Domingo, 12 de junho de 2011

A única certeza na vida, Clóvis

Sei que hoje é um dia muito legal. E, para completar, em Porto Alegre o sol está a mil e nem nuvens apareceram. Melhor, ainda: não está frio!!
Hoje é um dia legal, porque a gente faz uma média com a patroa. Assim como as gurias fazem uma média com os caras. Um dia de trégua, não é? Parece que todos os furos que deixamos, desde 1º de janeiro, foram esquecidos. Até mesmo aquele porrão na casa do cunhado cai no esquecimento. O ciumento-doente pede pra querida usar aquela minisaia que achou “escandalosa” quando ela comprou. Até isso!
É, Dia dos Namorados!!
Eu, que não sou bobo, mandei entregar hoje de manhã um buquê de rosas. Média total.
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O curioso é que eu nessas datas legais sempre me lembro de pessoas queridas que se foram.
Não é um negócio deprê. Nada disso!! Me lembro deles numa  boa e como estariam reagindo hoje. Quer ver? O que o meu pai daria para a minha mãe no Dia dos Namorados de 2011? Imagina, ele que se foi em 1966!!
Daria para a amada um celular com TV? Um iPad?
E fico fazendo esse exercício bobo nos momentos que estou sozinho. Envolve não apenas parentes, mas amigpos que se foram. Todos. O que faria o Fulano hoje?
Bobagem pura.
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A gente chega num momento na vida que sempre tem um parente ou amigo pela bola sete.
A vida é assim. Já me acostumei com isso.
Para terem uma ideia, convivo com essas notícias ruins desde os12 anos, quando o meu pai se foi.
Aí, parece mentira, mas não parou mais. Cansei de ir em cerimônias de despedida.
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Hoje e nos últimos 10 dias estou triste, mas disfarço muito bem. Sou um bom ator.
Esta tristeza passa, um pouco, quando faço as minhas orações. E, acreditem, eu tenho as minhas orações. Coisa que fui inventando com os anos.
Um querido amigo não está bem. Nada bem.
As pessoas me ligam, mandam e-mails querendo notícias e só digo uma coisa: façam orações.
Fico muito mais triste porque sei que ele gosta muito de mim. E eu tenho uma grande admiração por toda a sua vida de lutador, desde os tempos em que me deu aula no IPV.
Sim, amigos, estou falando de um grande homem chamado Clóvis Duarte.
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Não vou entrar em detalhes.
Só peço a todos que lembrem-se do rosto dele e peçam, se acreditam em algo, que ele saia dessa.
Que volte a alegrar as nossas vidas com o seu sorriso, com as sua indignação.
Não é muito, não é mesmo?

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Por hoje é isso, certo?

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