No início da semana publiquei no Bom Dia! um pau na atual Feira do Livro de Porto Alegre. Os organizadores não devem nem ter dormido, porque escrevi que faz uns 5 anos que não vou na praça da Alfândega naqueles dias de novembro.
Aí recebi um e-mail do jornalista Machado Filho – www.machadofilho.com
Estive na Feira do Livro um único dia. Fui pegar o autógrafo do Jones Lopes da Silva que tinha me entrevistado sobre histórias da minha convivência com o Escurinho, tema do livro No Último Minuto. Bastou para te dar razão em tudo o que está escrito no teu blog e confirmar o que diz o Ruy Gessinger. Naquele fim de tarde, quando cheguei na Praça da Alfândega, vi uma fila enorme e fiquei curioso para saber quem estava autografando. Claro, era o David Coimbra, da Zero Hora. Ao lado, poucas pessoas esperavam pelo autógrafo da desembargadora Maria Berenice Dias.
Admitindo-se concordar ou não com o conteúdo do livro dela, há que se fazer uma comparação entre a importância de um e de outro livro. Nada contra as crônicas do David, mas a quantidade de pessoas numa e outra fila, dá bem a dimensão da importância que as pessoas dão à figura do autor.
Ter em casa um autógrafo do David Coimbra, poder, quem sabe, aparecer numa foto da ZH ou numa matéria da RBS TV, não tem preço, como diz o comercial. Mas e o texto? Bem, se for bom, melhor, caso contrário, é o menos importante.
Ah! sobre o livro do Jones, é um documento escrito com muita qualidade. Um texto perfeito,de um grande profissional,sobre uma figura inesquecível.
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No mesmo dia que recebi este e-mail assisti na TVCOM uma entrevista do Pedro Ernesto com o Jones Lopes da Silva.
Falha minha não ter registrado o lançamento do livro do Jones – quem sabe, não chegou aqui um release.
O lançamento na Feira foi no último dia 7.
Abriria uma exceção e iria pegar o autógrafo do cara.
Por dois motivos: conheço o autor desde os anos 80 e conheci o Escurinnho, um dos meus ídolos nos anos 70.
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A impressão que tenho é de que os dois foram muito parecidos.
Apesar de ter pouco convivido com ele, o Jones me passa a impressão de um cara de bem com a vida, sempre com um sorriso, fala mansa, além de um excelente jornaslista esportivo.
O Escurinho, além de um dos maiores ídolos dos Colorados, era tabém um cara de bem com a vida, mesmo com todos os prpblemas que o atormentavam. Simpático ao extremo, educadíssimo, elegante, atencioso.
Sei disso porque em 2004 e 2005 o encontrava toda semana, na hora do almoço, em um bar na avenida João Pessoa, onde almoçava. E ele me contava as suas histórias, que certamente estão no livro do Jones. Escurinho tinha muito prazer em contá-las e dava muita risada, sempre.
Me chamava a atenção também a forma corretíssima que manejava os talheres. Destoava dos demais frequentadores do bar.
Tenho muito orgulho de ter conhecido o Escurinho.
Ele morreu no dia 27 de setembro deste ano.
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Vou comprar “No último minuto- A história de Escurinho: futebol, violão e fantasia” para ler nas férias.
É aquela história: ainda não li e já gostei, porque sei da competência do Jones Lopes da Silva.
Olhem só: o livro é resultado de quatro anos de entrevistas, com mais de 300 pessoas.
Bom Dia! Quinta, 1º dezembro 2011
O ESCURINHO
Ainda a lamentar como resultado da feira de vaidades, quer dizer, feira do livro, que para fixarem as barracas no chão, a cada ano arrancam mais pedras da calçada portuguesa ou até de paralelepípedos, inclusive na parte que está sendo recuperada, e não colocam nada no lugar depois, deixandom as duas calçadas com muitas falhas.
abs
jack bauer