Quinta, 12 janeiro 2012


DIÁRIO DO PARAÍSO – 2

Paraíso, para muito gauchinho, é Santa Catarina; ou melhor, as suas praias.
Sei.
Leia trecho de um e-mail que o jornalista e apresentador da Band, João Garcia, enviou:
Voltei de férias por Ingleses, Costão do Santinho, Canasvieiras e uma visita ao amigo Felipão em Jurere Internacional. Esta vale a pena.
O Felipão alugou casa lá e pechinchou, dentro dumas ,mas comprar? Nem pensar.Disse ele: “não boto dinheiro bom em cima de dinheiro ruim. Assim posso trocar de praia ao meu gosto”.

Velho Felipão mãozinha!
(…)
Em Ingleses e Costão do Santinho, engarrafamento o tempo todo e o esgoto direto no mar. Desconfio que estamos por aqui de coliformes fecais, camarada!!

—–
Viram como está o paraíso aí ao lado?
Tenho escutado relatos impressionantes de engarrafamentos gigantes, não apenas na BR mas em todas as praias da ilha (é isso?).
O mais curioso é que todos, isso mesmo, TODOS os relatos terríveis são feitos por uns caras que contam com um certo orgulho. Tipo: sofri pra caramba, mas como é bom Santa Catarina!! Outro dia um me disse que demorou 10 horas para chegar a Porto Alegre. Até quando contou que as crianças vomitaram no carrro, o paspa… o cara tinha um sorriso na bochecha gorda.
É impressionante o fascínio que os gauchinhos têm por Floripa – como dizem.
Adoram sofrer por lá, adoram ser explorados nos restaurantes e na areia das “paradisíacas praias”.
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Se eu tivesse uma ong ou uma fundação bancaria a vinda do antropólogo Roberto da Matta para fazer um estudo desse tipos que gostam de sofrer em Santa Catarina.
Depois de “Carnavais, Malandros e Heróis”, ele poderia nos brindar com “Praias, Otários e Catarinas”.
Hahahaha!!!!
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Hoje, ao saber que em Porto Alegre os termômetros já beiravam os 30 graus, me dirigi lentamente, apenas de calção e cadeira, para a praia, e fico bem em frente ao Quiosque da Tia Eva.
Nada de nuvens, uma leve brisa.
Bandeira amarela e o mar limpinho.
Isso é Oeisis International.
Um dos guris que atende no Quiosque, veio serelepe.
– Gudimornim, alguma coisa?
– Calma, maifrendi, é cedo. Há pouco fiz o meu brequifesti.
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Nada de filas, nada de engarrafamento, nada de exploração, nada de sacanagem.
Não tem esgoto direto ao mar, como nos paraísos catarinenses.
Aqui não me sinto um paspalho.

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