20ª Avaliação Nacional de Vinhos
As 386 amostras inscritas por 70 vinícolas de sete estados brasileiros para a 20ª Avaliação Nacional de Vinhos – Safra 2012 já estão sendo coletadas pela Associação Brasileira de Enologia (ABE). O processo, feito diretamente nas vinícolas por enólogos nomeados pela entidade, segue até o final de julho. A partir do dia 10 de agosto inicia a degustação de seleção feita por 120 enólogos brasileiros divididos em quatro grupos. A empreitada encerra dia 31 de agosto, mas o resultado será apresentado a um público de mais de 800 apreciadores de vinho somente no dia 29 de setembro no Parque de Eventos de Bento Gonçalves.
Bahia, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo são os estados representados no evento. Assim, é possível identificar as características, ou melhor, o terroir de cada região produtora brasileira. O Rio Grande do Sul, que detém 90% da produção nacional, segue com a ampla maioria das amostras. No entanto, este ano aparece Pernambuco que em 2011 não figurava entre as representações. “A avaliação tem o importante papel de munir enólogos e vinícolas com um diagnóstico capaz de analisar as particularidades de cada região e, a partir delas, dotar os profissionais de informações relevantes para novos investimentos”, destaca.
Cada grupo de enólogos que participa da degustação de seleção terá quatro dias para avaliar um quarto das amostras. O resultado será apresentado ao grande público no dia 29 de setembro, no Parque de Eventos de Bento Gonçalves. Além de anunciar a relação dos 30% representativos da Safra 2012, também serão divulgados os 16 vinhos selecionados entre este seleto grupo, e que serão degustados pelo público no dia do evento. Para participar do maior momento do vinho brasileiro, os apreciadores deverão aguardar o período das inscrições que inicia no dia 4 de setembro.
Novidades na 20ª safra
Histórica, a 20ª Avaliação chega trazendo novidades e também surpresas. As alterações acompanham o cenário vitícola, que muda conforme o desempenho de cada safra, o que não depende do mercado, mas da produção. As mudanças mais representativas estão nas categorias dos vinhos, que espelham o desempenho da produção vitícola.
A baixa representatividade dos vinhos rosé levou a entidade a eliminar essa categoria. Também foi reduzido de duas para uma amostra a classificação dos brancos finos secos aromáticos. Por outro lado, os tintos finos secos, que previam a classificação de seis amostras, agora terão sete vinhos destacados. O mesmo acontece na categoria de vinho base para espumante, que passa de duas para três amostras.
(foto Gilmar Gomes)