O PAÍS ONDE DEUS NASCEU
É O ÚNICO CERTO NO MUNDO
Escreve o Ruy Gessinger, do ruygessinger.blogspot.com
Como é que eu não tinha me flagrado disso antes!
Nós é que somos o país da alegria, da descontração, dos quatro beijinhos.
E, por isso, justificadamente estamos prescindindo de qualquer regramento.
Assim, ninguém respeita filas, pagar contas é coisa de otário, fazer gatos de TV por assinatura é normal, litigar temerariamente é tolerado, até aí tudo bem, isso já vem de tempo.
A novidade é que ruas, logradouros, avenidas, pontes, rodovias, são passíveis de ” manus injectio” ( o que em sânscrito significa ” meter a mão”).
Funciona assim, ó.
Tu tens uma pretensão. Por exemplo comprar um Evoque sem pagar. Só que os injustos lá da Eurobike querem o pagamento. Daí tu arrumas mais uns vinte caras e fechas a rua da concessionária. Não deixa passar ninguém. Se brincar, sobe numa viatura dos que ganham para bancar a autoridade, e fica gritando no megafone.
Até que te chamam na Diretoria, te dão o Evoque e tu desobstruis a rua.
O pequeno problema que eu vejo é que não vai ter para todo mundo.
Ainda acho melhor como fazem nos EUA, na Inglaterra ou em outros países atrasados como a Suécia: chegam aqueles armários de 2 metros e meio e só dizem assim:
– Circulando, circulando.
Em seguida fazem jus aos seus vencimentos e descem-lhe a madeira.
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Leio apenas o título na Zero Hora on-line. Me nego a ler a pérola:
Estado busca apoio do governo federal para investir R$ 30 milhões em três prisões femininas
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Matéria sobre o ataque a um banco em Feliz.
Aí tem um box:
ENTREVISTA
“ Foram 20, 30 tiros”
Clóvis Assmann, morador que ajudou a socorrer os feridos no tiroteio
de presenciar da janela de casa o tiroteio, Clóvis Assmann, 61 anos,
teve a atenção despertada pelos gritos que vinham da casa vizinha. Ele
ajudou a socorrer o casal que foi ferido por uma bala perdida.
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Sabe quem é o “morador”.
Certamente a pessoa mais popular de Feliz.
Foi, simplesmente, três vezes prefeito da cidade.
“Morador”.
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Imbecilização é elogio.
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Do Gilberto Simões Pires, www.pontocritico.com:
Recebi do pensador André Burger, gaúcho que vive em São Paulo, a seguinte mensagem, pra lá de oportuna:
Como sempre tuas visões são realistas, sem douração da realidade. Contudo, se o Brasil vai mal (e vai) o que se pode dizer do RS?
Estive em Porto Alegre na 6ª feira para um bate e volta de reuniões de trabalho. Entre elas, passei os olhos no principal jornal do RS, a Zero Hora. Para minha surpresa, indignação e desespero, o quê leio nas páginas 4 e 5, sabidamente páginas que normalmente são dedicadas a assuntos importantes? O tema era a alteração dos critérios de eleição da primeira prenda.
Este assunto, de vital importância para os gaúchos, ocupava a totalidade de duas páginas do jornal. Para os não gaúchos, a primeira prenda é a versão feminina do gaúcho e representa os ideais (?) dessa figura semi-mítica do homem e, no caso, da mulher do campo do RS. Que tal? Ficou claro que a prioridade do jornal, e por conseguinte dos seus leitores, passa longe dos efetivos problemas do estado e do país. Voltei para SP mais triste e sem esperanças.
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O jornalístico SBT Rio Grande, comandado por Wilson Rosa, ficou na vice-liderança pelo segundo dia consecutivo na sexta, DIA 27. No ar das 12h16 às 12h52, o programa alcançou 6 pontos de média, 8 de pico e 16% de participação contra 5 pontos da terceira colocada. Um dia antes, a atração também conquistou a vice isolada com 6 pontos de média e 15% de participação enquanto que a terceira colocada obteve 4 pontos.
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Recebo:
Foi muito empolgante a inauguração do comitê central do candidatura José Fortunati/ Sebastião Melo, nessa terça à noite. No espaço do antigo Cinema Avenida, local um dia tão frequentado pelos porto-alegrenses, estiveram reunidos filiados de todos os partidos da coligação Por Amor a Porto Alegre e muitas lideranças expressivas como o senador Pedro Simon, Ibsen Pinheiro, Luiz Fernando Záchia, os deputados federais Vieira da Cunha, Afonso Motta, os ex-prefeitos Villela e José Fogaça, claro, que discursou com muita emoção.
Em comum a confiança no candidato Fortunati, que há muito trabalha pela cidade e, na minha opinião, a conhece como a palma da mão, porque está sempre presente, acessível, perto da população. É um gestor competente, dedicado e sério.
O vídeo e o jingle da campanha foram apresentados e isso empolgou ainda mais o ambiente. Fortunati estava acompanhado da família e muito a vontade e feliz vendo tanta gente junta por uma causa nobre chamada Porto Alegre.
(As fotos são da Paula Fiori)
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No piadinhas-do-dia.blogspot.com.br
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No Diário Catarinense:
200
medley
Thiago
Pereira e Henrique Rodrigues vão às
semis
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3XNeusa e Rádio Beatles em Santa Maria
Evento conjunto reunirá, na noite de sexta-feira, 3 de agosto, a abertura da exposição de fotografias “3XNeusa”, de Paulo de Araújo, e o lançamento do livro “Rádio Beatles”, de Clara Arreguy. Vai ser na Sala Iberê Camargo do Museu de Arte de Santa Maria, a partir das 19 horas.
A exposição de Paulo de Araújo reúne três ensaios fotográficos com a atriz Neusa Thomasi. Ambos filhos de Santa Maria, Paulo e Neusa mantêm trabalho conjunto de fotoarte há mais de 20 anos. “3XNeusa” condensa um pouco dessa história. São três ensaios separados no tempo, no espaço e no suporte de linguagem.
Cada série contém 12 fotos. A primeira, “Retorno ao primitivo”, foi feita em 1988, em Caxias do Sul, em preto e branco. A segunda, “Joinbike”, em negativo cor, teve como cenário Joinville, em 1992. A terceira, “Printemps”, em digital, ambientou-se em 2007, em Paris, onde a atriz santa-mariense está radicada há 30 anos.
Fotojornalista há mais de 25 anos, Paulo de Araújo desenvolve, nos ensaios com Neusa Thomasi, trabalho diferente de seu cotidiano, abrindo campo para pesquisas de linguagem. Com “3XNeusa”, ele aborda as evoluções da técnica e, a cada cidade onde a mostra chega, ministra uma oficina para jovens, na qual as diferenças de suporte realçam a centralidade do olhar no fazer fotográfico. Em Santa Maria não será diferente: a oficina será no sábado, dia 4.
Paulo de Araújo nasceu em Santa Maria em 1957. Começou a atuar como repórter fotográfico no jornal A Razão. Trabalhou também em O Pioneiro, de Caxias do Sul, Diário Catarinense, em Florianópolis e Joinville, e Correio Braziliense, em Brasília, onde mora desde 1994. Paralelamente, desenvolve trabalho autoral, com participação em publicações e mostras coletivas e individuais. “Um Brasil interior” e “3XNeusa” já foram exibidas em diversas cidades brasileiras, e “Eu existo: sou Kalunga” ocupou, em julho de 2012, o circo Repaire des Contraires, em Paris (França).
Neusa Thomasi tem formação em Artes Cênicas pela Universidade Federal de Santa Maria. Atuou no Grupo Macunaíma, em São Paulo, sob direção de Antunes Filho, morou na Argentina e hoje vive na França, onde dirige a Cie. des Contraires. Como atriz, diretora e mediadora social, trabalha na Europa e na África, com recursos do circo e do teatro, para o resgate da cidadania junto a jovens em situação de risco social.
Romance beatlemaníaco – Paixão pela música, em especial pelos Beatles, é o principal tema do quinto livro da jornalista e escritora Clara Arreguy, o romance “Rádio Beatles”. Às vésperas de completar 50 anos, o engenheiro Caio questiona a vida que levou até ali. Casado há 30 anos e pai de três filhos músicos, pensa se seria mais feliz se tivesse abraçado a arte e tomado outro rumo. Enquanto prepara sua festa de aniversário, um acontecimento envolvendo seu filho caçula vai pôr em xeque sua estabilidade.
Clara Arreguy é mineira de Belo Horizonte e mora em Brasília desde 2004. Trabalhou como jornalista no Estado de Minas e no Correio Braziliense. Lançou os livros “Fafich” (Conceito, 2005), “Segunda Divisão” (Lamparina, 2005), “Tempo Seco” (Geração Editorial, 2009) e “Catraca Inoperante” (Outubro, 2011). “Rádio Beatles” tem 192 páginas e orelha assinada pela cantora Fernanda Takai.
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