Sexta, 10 de agosto de 2012 – parte 2

SOBRE A MORTE DO VALMOR.
OU O SUS É UMA MERDA!!

Escrevi ontem um “Boa Tarde!!”, sobre a morte de um querido amigo, que esperava na fila por uma cirurgia do coração. O Valmor. Meu vizinho em Oeisis. Poderia estar aí, entre nos, fazendo carinhos na esposa Terezinha. Isso se o SUS não fosse uma merda!!
Recebi ontem um pequeno texto do jornalista Fábio Marçal, da Rádio Guaíba:
Tu mostras neste relato todo o caráter e o coração que tu tens.O SUS é uma merda. Pacientes como o saudoso Valmor morrem nas filas de espera dos hospitais públicos. Fico triste de ver em Brasília um monte de canalhas que só pensam enriquecer, roubando na merenda escolar, superfaturando remédios, roubando do povo
Os hospitais públicos estão cheios de cargos de confiança para abrigar seus cupinchas. Não conheci o seu Valmor. Mas pelo teu relato ele é mais uma vítima da merda deste sistema de saúde. Desculpe Valmor. Desculpe por estar há 20 anos em Brasília e nunca ter conseguido ajudar estes milhões de Valmores que morrem nas filas do SUS. Desculpe Valmor!

Hoje, o Ruy Gessinger postou no ruygessinger.blogspot.com.br
Confira:
Li agora o relato do Prévidi no seu indispensável blog, da morte de um amigo dele. E termina dizendo que banhou seu teclado de lágrimas ao terminar de digitar.
Pois comigo aconteceu mais vezes isso também, só que duma feita inutilizei todo o Notebook de tantas lágrimas.
———
Um dia, na estradinha de chão que liga o asfalto com minha estância, ví um filhote de pastor alemão, sorrindo, ao lado de uma bolsa vazia de sementes. Alguém o abandonara ali, mas ele pensava que fora colocado para guardar e zelar pela bolsa. Na volta, lá continuava ele, todo molhado pela chuva. Parei a caminhonete e ele me “rosneou”. Fui tenteando e ajeitando até que ele concordou em vir comigo ” deusde” que eu deixasse ele vir com o saco plástico vazio.
Eu já tinha um outro cachorro da raça e dei aos dois os nomes de Debby e Lloyd.
Debby logo se tornou meu dono, exigia exclusividade, lamuriava-se à minha porta quando eu não estava e ouvia o ronco de minha caminhonete a dezenas de kms e ia esperar no mata-burro. Só se acalmava depois de duas horas de afagos.
Passaram-se os anos.
Um dia meu capataz me liga durante o dia. Maus presságios.
– Doutor , seu cachorro tá muy mal!
Só deu tempo de eu abastacer e me toquei na hora para a estância enquanto ia dando instruções.
Cheguei e o pobre cusco estava morrendo.
Quando falei com ele  ele levantou a cabeça, que acariciei. Ele deu um pequeno uivo e faleceu.
Quando comuniquei ao meu filho Rudolf não conseguia digitar pela inundação de lágrimas.
Debby está sepultado no nosso Cemitério de Campo.

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