Bom Dia!! Sexta, 31 de agosto de 2012

AFINAL, O MENSALÃO EXISTIU??!!

Algum jornalista “genial” do chamado centro do país deve ter inventado essa bobagem de “mensalão”.
Sério, não entendi o termo. O certo deveria ser “mesadão” ou, melhor, “mesadona”. A ideia era, pelo que contam, segurar os aliados do nosso ex-presidente Lula com uma mesadinha básica.
Nada de genial. E, mais, nada de inédito.
Acompanho política desde o final dos anos 70.
E já vi todo tipo de “auxílio” a políticos.
Como isso não veio a público antes?
Simples, porque nenhum envolvido roeu a corda. É como o código de ética da bandidagem, das máfias. O cara pode perder a mamata, mas não abre o bico.
No tal do mensalão, um paspalho abriu o bico e, pronto!!, caiu a casa. Ainda mais quando envolvia um dos quadros mais importantes do PT, Zé Dirceu, um dos baluartes da ética partidária. Afinal, o PT sempre foi considerado um partido “puro”.
Só isso.

Os militares, quando mandavam no Brasil, eram pródigos em ajudar seus aliados e àqueles que se dispunham a trocar de lado. Não com singelas mesadinhas, mas com nomeações de afilhados, liberação de recursos para obras, empréstimos, essas cositas mais discretas.
Quando da chamada abertura democrática, acompanhei atentamente a maneira com que a tchurma de Tancredo Neves atuava para conseguir votos no colégio eleitoral, que elegeria o sucessor de João Figueiredo. Foi um trabalho impressionante!! Voto a voto pago a preço de ouro!! Qualquer dúvida, é só consultar os jornais da época. O Globo, por exemplo, tinha um repórter que contava, diariamente, como eram comprados os votantes no colégio eleitoral – valia tudo para ganhar de Maluf.

Quando começaram a ser criados os partidos que substituíram MDB e Arena, bah!!, rolou muito dinheiro. Descaradamente!!
Uma vez estava em Brasília e ouvi, meio sem querer, uma conversa de dois deputados federais com Leonel Brizola.
Um deles disse a Brizola:
– Bah, governador, o cara quer 100 mil dólares pra vir com a gente!!
Isso na década de 80!!

Muito deputado federal e senador enriqueceu na chamada abertura política.
Escutei de um deputado o seguinte relato:
– Reunimos 10 colegas de confiança, dispostos a fazer negócio. Compramos uma baita área, aqui perto de Brasília. Só que praticamente não tinha uma estrada de acesso. Pagamos uma mixaria, que foi financiada pelo Governo. Aí no orçamento colocamos emendas para pavimentar a estrada. E assim aconteceu. Resultado? Vendemos a área por uma grana preta. Dez vezes mais!!

Aí os senhores parlamentares se acostumaram com a mutretagem.
Tudo que pediam a eles tinha que ser regiamente pago. Tudo, das formas mais variadas.

Evidente que nem todos eram comprados, mas certamente a maioria enriqueceu.

Depois de arghh!! Sarney, outros presidentes foram eleitos e sabe-se muito bem o que tinham que fazer para aprovar seus projetos. Collor tentou quebrar isso e todos sabem muito bem o fim que teve.
Com Itamar Franco tudo voltou ao normal. FHC se não entrasse no jogo não conseguiria nada.
Lula? Seguiu os passos de FHC e só teve o “azar” de confiar num “traidor”.

No fundo, a charge lá de cima é perfeita.
O mensalão não existiu, diz o nosso ex-presidente Lula.
Melhor seria ele dizer:
O MENSALÃO SEMPRE EXISTIU!!

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