O MEU FABULOSO CUNHADO!!
Esse é a fera.
O Rube.
A Rute morava em Porto Alegre e eu no Rio. Decidimos casar através da troca de cartas.
Vim a Porto Alegre conhecer a família dela. Um jantar na casa dos pais. Estavam lá todos os irmãos, inclusive ele, o gêmeo. Logo que o vi, pensei: ainda bem que não são parecidos. Afinal, a Rute era – e é – uma gata.
Pouco antes do jantar, o cara vem com um garrafão de vinho.
De cara senti que queria me dar um porre. Eu dava uma bicada no copo e ele completava.
Bebi aquela coisa firme. Claro que passei mal a noite, mas nem piei.
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Passado um tempo viemos morar em Porto Alegre. E nos tornamos bons amigos.
Amigões mesmo.
Mas ele tem umas coisas que não dá pra aguentar.
Por exemplo, ele não suporta cebola. Na sua comida, a cebola não pode passar perto. Não se pode cortar uma cebola num prato onde vai a comida dele. Uma vez fizemos um baita churrasco lá em casa. E colocamos um espeto com cebolinhas. Ele não comeu carne, porque alegou que tinha cheiro da cebola.
Para terem uma ideia, a coisa é tão séria que a comida dele, hoje, só é temperada com sal. Mais nada. Sempre insiste para que eu prove, mas digo que não gosto de lavagem.
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Assim como eu, adora uísque.
Neste feriadão apareceu lá em Oeisis.
Olha o papo do cara:
– Cara, tava me sentindo inchado cada vez que tomava uma dose. Aí coloquei uma colher pequena de Olina. Bah, santo remédio!!
Aí me mostra o vidrinho de Essência Olina.
Saltei nele:
– Pô, comprei um rico de um uísque pra nós e tu vais botar Olina?
Ele vai na sala e pega um Chivas Regal.
– Taqui, não vou tomar do teu! Hahahaha!!!!
Coloca bastante gelo, uma dose do néctar e uma colherinha de Olina.
Prova, faz um “ahhhhh!!!” e sugere:
– Prova aí.
E eu:
– É, gosto de Olina.
Depois ainda colocou um pouco de guaraná.
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Teria centenas de histórias para contar do cara.
Mas chega.
Lá em cima ele está em um restaurante em Santo Antônio da Patrulha.