Bom Dia!! Segunda, 1º de outubro de 2012

PROGRAMAS DO HORÁRIO ELEITORAL:
QUEM GANHOU COM A TV?

É uma pena, mas os 20 candidatos a vereador que gostaria de ver na Câmara de Porto Alegre não ganharam nada com os programas de rádio e TV. Por uma simples razão: dividiram os espaços com malucos, oportunistas, idiotas e/ou incompetentes históricos. Um espetáculo de mal gosto, mesmo que, vez que outra, eu tenha dado algumas risadas.
Para quem não está em Porto Alegre, conto que tem candidatos imbecis como em qualquer outra cidade brasileira. Um, por exemplo, aparece fantasiado grotescamente de mulher e mostra a sua foto “natural”, como vai aparecer na urna; os que fazem rimas primárias com o nome é comum; uma mulher, se diz “mãe e universitária”; vários vão estar na lutra pelos animais; a imensa maioria diz que vai “lutar” por causas que não estão nas tarefas de um vereador.
Já escrevi isso: os culpados por estes absurdos são os dirigentes dos partidos. Se um maluco desses pode, apenas isso, fazer 100, 200 votos está registrado. Um horror!!
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Os candidatos a prefeito de Porto Alegre.
Wambert Di Lorenzo – O candidato da dona Yeda, do PSDB. Sério, é o que mais ganhou com esta eleição. Um desconhecido que se tornou até mesmo popular. Abriu espaço para concorrer a deputado estadual em 2014. Sua campanha na TV foi surpreendente. Musiquinha boa – “Wambert, 45 oh, oh!!” – e o seu estilo Lindomar Castilhos é único. Se chegar a 2, 3 por cento é muito bom. Outra coisa: quase terminado o período de propaganda, as legendas continuam com erros grotescos, como “levalas”.
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Jocelin Azambuja – Do desconhecido PSL. Não sei o que dá na cabeça de um cara, sem a menor condição, de grana, por exemplo, concorrer a prefeito. Jocelin foi um bom vereador. Poderia estar num partido estruturado e concorrido a vereador, novamente. Insistiu numa bobagem – ao invés de metrô defendeu o aeromóvel, movido a um “combustível” caríssimo. Bastava que conversasse com algum entendido que não defenderia esse absurdo.
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Roberto Robaina e Érico Corrêa – Psol e PSTU, respectivamente. Não estão totalmente para brincadeira, porque pretendem eleger vereadores. O Psol aposta na reeleição dos atuais vereadores (2); o PSTU aposta na histórica eleição de um vereador na cidade.
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Adão Villaverde – “Cabeça de engenheiro, coração de militante”. O que é isso, meu Deus do Céu? Como sou meio burrão, não consigo entender o que querem dizer. Está em uma musiquinha do Adão. Curioso: os criativos do PT são excelentes quando seus candidatos são favoritos. Caso contrário, passam claramente o pessimismo nos programas. Inventaram um “âncora”, que é uma mistura de Carlos Gerbase, Nelson Coelho de Castro, com um toque do falecido Carlinhos Hartlieb. Um apresentador dos anos 80, típico. Não sei até que ponto o Villa aparecer com o nosso ex-presidente Lula é gol. Marina Silva? Coisa mais triste os programas do Villa. Continuo acreditando que deveria ter contratado a Iris Valverde. Muito melhor do que o Lula.
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Manuela D’Ávila – Todos os dias a gente escuta a mesma coisa: juventude é sinônimo de alegria. A nossa Musa Comunista sempre insistiu nessa história de juventude, que ela é jovem, tal e coisa. Na TV, a gente assiste a uma jovem, bonitinha, mas com a amargura de uma anciã decadente. Sempre seriíssima, meio raivosa, a cara do PCdoB, o seu partido, que ela tentou sempre esconder nos programas. Sei não, mas acredito que o seu pessoal – ou ela mesma – errou feio. Sua campanha deveria ser uma festa, muita gurizada cantando, gente bonita. Meio a meio. Festa e assunto sério. Mas não foi isso que vi. Assisti a Musa Comunista, ex-glamourosa, querendo aparentar o que não é – carrancuda, uma velhinha precoce, daquelas que reclama der tudo.
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José Alberto Fortunati – Está comprovado que o maior tempo na TV não garante vitória. São vários os casos nesta eleição. Acontece que Fortunati contou com a experiência do jornalista Marcos Martinelli em campanhas e nas sacadas brilhantes do publicitário Marcelo Pires. O resultado foi excelente. Nos últimos dias, o clip das crianças, o do cantor tipo evangélico (cheio de tremeliques na voz) e aquele da loira lindíssima com a linguagem para surdos-mudos foram maravilhosos. O candidato não apareceu demais, o que foi perfeito, sempre com uma cara tranquila. Comportou-se como um vitorioso. Não é a toa que a cada nova pesquisa ganha pontos e tudo indica que ganha no primeiro turno.