PARA PUBLICAÇÃO NACIONAL,
NELSON SIROTSKY É
“NARCISISTA E PREPOTENTE”
Texto principal do Relatório Reservado de ontem, 17 de outubro.
Além de taxá-lo de narcisista e prepotente, a publicação afirma que doutor Nelson preferiu acreditar que ele próprio era o tecelão do destino da RBS e o guardião da sua “consanguinidade na regência do grupo. Não custou muito para que a ampulheta do tempo testasse suas convicções.”
Primeiro, conta a trajetória de Marcos Dvoskin, ex-motorista de táxi, e casado com a irmã de Nelson, Sônia. Ficou 28 anos na RBS, se destacou pela construção do Diário Gaúcho – era diretor de mídia do Grupo – e um grande amigo do fundador da RBS, Maurício Sirotsky Sobrinho.
Nelson gostou quando Marcos e Sônia se separaram. Saiu do Grupo e foi ser diretor-geral da Editora Globo, em São Paulo, onde também se destacou. Depois, comprou as revistas do espólio da Manchete.
O próximo queridinho do Grupo foi Francisco Valim, que entrou com a “bênção e o chamego” de Nelson Sirotsky, chegando ao cargo de vice-presidente financeiro da RBS Participações. O cara se desdobrou e foi o responsável pela capitalização do grupo. Nelson espalhava, a torto e a direito, que Valim estava sendo preparado para se tornar seu sucessor.
Confiram: “Muitos acreditaram que eram palavras sinceras. Mas a realeza sabia que o destino do VP financeiro eram favas contadas. Havia o sangue impuro. Dito e feito. Valim foi parar na Telemar em episódio nebuloso de perda da titularidade na RBS. Não fosse a onipotência, Nelson já teria se penitenciado mil vezes por tê-lo deixado sair.
Aí o redator chega a Eduardo Melzer, que “começou a trabalhar como um franqueado de venda de balas açucaradas em lojas de shopping”.
Foi, então, que seu pai, Carlos Melzer, perguntou-lhe, em tom de intimação: “Você vai continuar vendendo bala o resto da vida? Vai logo para a RBS.” Duda tinha “sangue azul”. Sua ascensão dependia só de Nelson. E a profecia se cumpriu.
Aliás, o texto não ressalta que Carlos é casado com Suzana, filha de Maurício Sirotsky Sobrinho; portanto, Dudu é sobrinho do doutor Nelson.
A parte final do texto é enigmático:
Talvez tenha sido esse o maior castigo de Nelson por querer jogar dados com o universo. Sofrimento maior somente se um dos acionistas controladores – sangue do seu sangue – vendesse sua parte, cindindo um reinado que já parece flertar com a acefalia. Melhor não desdenhar do destino, e jogar melhor as cartas que ele embaralha.
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Amigo Prévidi. Não tenho procuração pra tal, mas por uma questão de justiça – pelo menos no meu ponto de vista – preciso me manifestar a respeito deste tópico, reproduzido de uma revista que, te confesso, da qual nunca ouvi falar. Falha minha… Trabalhei – como tu – muitos anos na RBS. Foram 22 ótimos anos, no total. Em vários veículos. Desde a época em que a Zero era o quarto ou quinto jornal em Porto Alegre. Tive o privilégio de conviver com o seu Maurício, com o seu Jaime, com o Fernando Ernesto, com o Marcus, com o Lauro, com o Pedro e com o Nelson. Aprendi muito com todos eles. Com os acertos e com os erros. Assim, lembro deles, sempre, com muita gratidão. Houve desencontros, claro. A vida é assim. Mas o saldo desta conta, Prévidi, é extremamente positivo. Especialmente sobre o Nelson, que é o caso do post, não tenho a mínima restrição ou mágoa. Muito pelo contrário. Se para alguns ele é isto e aquilo, para mim sempre foi um cara correto e franco. Sempre nos tratamos olho no olho. Erros, quem não os comete? E no caso de uma figura como a dele, que comanda um empresa do porte da RBS, não há como não pisar nos calos de uns e outros. É do jogo. Ou não? Quando eu escolho "a" em detrimento de "b", e eu preciso fazer esta escolha, "b" provavelmente não vai gostar. Mas, repito, para mim e – tenho absoluta certeza – para muitos que com ele trabalharam e ainda trabalham, o Nelson sempre será um cara competente, correto, visionário e corajoso. Falível, sim. Como eu, como tu, como todos. Não preciso fazer média com o Nelson – e ele sabe disto. O considero e me basta. É meu coração me exigindo fazer isto. Hoje, graças aos meus anos de trabalho na RBS, à experiência que lá pude adquirir, tenho imenso orgulho de trabalhar no Grupo Sinos, com a competente e correta família Gusmão que aqui me acolheu e me dá oportunidade de fazer o que mais gosto. Ser jornalista. Mas não esqueço do meu passado. Foi ele que me trouxe até aqui e, com a ajuda do meu presente, espero que me leve adiante no futuro.
Um abração e saudações tricolores.
Nelson Matzenbacher Ferrão (Mola, para os conhecidos…)
Faltou a referência ao Pedro Parente.
Assim como o Nelson "Mola"Ferrão, trabalhei por muitos anos (26) na RBS. Comecei na TV nos tempos das vacas magérrimas, voltei lá quando as coisas estavam bem melhores, passei pela rádio e acabei na ZH, onde me aposentei quando achei que era a hora. Achei o artigo do RR injusto para com o Nelson Sirotsky e extremamente rancoroso. O comentário do Mola repõe as coisas nos devidos lugares.
Concordando com o Clovis e o Mola também acho que o Relatório Reservado foi injusto com o Nelson. Tem muita gente do nosso ramo que não entende como agem as grandes empresas – todas elas, sem exceção – quando precisam dispensar profissionais que até o momento do bilhete azul eram pessoas importantes em seus quadros. Substituir tais pessoas está no DNA jurídico de qualquer empresa – seja no minimercado que troca o seu excelente açougueiro, seja na Rede Globo que dispensou Walter Clarck e o Boni – O estremecimento que fica é do dispensado que se acha um injustiçado e que acreditou que ele era uma das "faces visíveis" da empresa. Pode até ser que alguém tenha essa identificação pelos anos de serviço prestado, mas empresas que desejam se manter atualizadas trocam de empregados como as mulheres trocam de maquiagem. Ah, então, o senhor quer dizer que ninguém deve "vestir a camiseta" de seu local de trabalho para não se frustar com uma dispensa insperada? Não mesmo. O bom profissional sempre acredita que fez o melhor e que sua empresa deve melhorar cada vez mais em busca de posições confortáveis de receita e despesa. Não fosse assim, a Apple estaria no mato sem cachorro com a morte de seu lider maior Stve Jobs que recebeu dispensa da vida no melhor momento da empresa. Mais uma: E quando pessoas incompetentes estão em cargos de responsabilidade? Aí é questão de gestão, a qual, sempre terá alguém acima dos gestores-executivos para dar a sua palavra final. Geralmente, o dono ou o maior acionista de um grupo familiar.Traumas pessoais com dispensas
de bons profissionais duram pouco tempo e só ficam martelando na cabeça de quem saiu. Todas as grandes empresas de comunicação formam grandes profissionais que hoje estão aqui e amanhã estão na concorrência. Ninguém pode mudar isso por que são regras do capitalismo e da Justiça do Trabalho que delimita quem é patrão e quem é empregado. O importante para um profissional do nosso meio é ter a consciência de que você é apenas um empregado que deve cumprir com suas obrigações. Na maior parte das vezes há quem acredite ser uma estrela e até se acha no direito de ter chiliques de uma special guest star. Só uma special guest star numa empresa: o dono! Um ex-profissional da RBS
Existe muita pomposidade e narcisismo sim nisso tudo. A RBS se apropriou do RS, assim como a Globo do Brasil. E dividiram o circo em multi-cargos, todos imponentes: Diretor-Presidente, vice-presidente disso e daquilo e por aí vai. E enriqueceram com trabalho, mas também aproveitando-se dessa democracia lesa-pátria que existe no país, em que os favorecidos sufocam os que tem menos oportunidades. E a ganância não tem fim. Já está na 3ª geração. Azar o nosso que temos que "ASSISTIR" a tudo isso sem poder mudar alguma coisa.