– CATINGA-DE-MULATA??!!
DEPOIS EU QUE SOU O
POLITICAMENTE INCORRETO!!
Na horta lá de casa, em Oeisis International, não conheci a plantinha acima.
– É catinga-de-mulata.
– Como é que é?
– Não lembra? Catinga-de-mulata. Bom para vermes e até hemorroidas.
—
Caramba!!
O nome de chá mais politicamente incorreto que conheci.
Nada é mais preconceituoso!!
—
Como ainda não começaram uma campanha nacional para trocar o nome desse conhecido chá?
Eu, daqui do meu recanto politicamente correto, sugiro que algum deputado federal ou senador apresente um projeto transformando esse palavrão em uma outra denominação popular:
—
Que tal? Não fica melhor?
—
UMA NOVA CAMPANHA!!
Já que estou imbuído nessa sanha, ou melhor, nessa cruzada contra o politicamente incorreto, sugiro que os nossos parlamentares proíbam, eternamente, algumas músicas.
Começamos com uma “música” interpretada pelo grande sambista Paulinho da Viola.
Trata-se de Nega Luzia, de um racista chamado Wilson Batista:
Lá vem a nega Luzia
No meio da cavalaria
Vai correr lista lá na vizinhança
Pra pagar mais uma fiança
Foi cangebrina demais
Lá no xadrez
Ninguém vai dormir em paz
Vou contar pra vocês
O que a nega fez
Era de madrugada
Todos dormiam
O silêncio foi quebrado
Por um grito de socorro
A nega recebeu um Nero
Queria botar fogo no morro
Este é o meliante Wilson Batista, autor do “sucesso” acima |
—
Mais um absurdo inominável!!
Esta foi gravada até pelo ex-ministro Gilberto Gil.
Trata-se de uma “composição” de Doca e Germano Mathias.
Reflita!! Quantos anos de cana poderiam pegar uns bandidos desses??!! Quantas leis são desconsideradas??!!
Não sou de briga
Mas estou com a razão
Ainda ontem bateram na janela
Do meu barracão
Saltei de banda
Peguei da navalha e disse
Pula muleque abusado
Deixa de alegria pro meu lado
Minha nega na janela
Diz que está tirando linha
Êta nega tu é feia
Que parece macaquinha
Olhei pra ela e disse
Vai já pra cozinha
Dei um murro nela
E joguei ela dentro da pia
Quem foi que disse
Que essa nega não cabia?
—
Inominável, não?
Mais um meliante, Germano Mathias |
—
Assim como várias obras do “escritor” Monteiro Lobato devem ser banidas da vida brasileira, este tipo de música tem que ser esquecida!!
“É RACISTA!!” |
Como disse muito bem o famoso jornalista e escritor Juremir Machado da Silva, “MONTEIRO LOBATO ERA RACISTA!!”.
—
Mais uma.
Para vocês terem uma ideia, até a imortal Elis Regina gravou Nega do Cabelo Duro.
Tremei!!
Nega do cabelo duro
Qual é o pente que te penteia
Qual é o pente que te penteia
Qual é o pente que te penteia, ô nega
Teu cabelo está a moda
E o teu corpo bamboleia
Minha nega, meu amor
Qual é o pente que te penteia, ô nega
—
Mais um exemplo de racismo flagrante, como poderia dizer o famoso jornalista e escritor Juremir Machado da Silva: O Teu Cabelo Não Nega, de um notório racista chamado Lamartine Babo e dos Irmãos Valença:
O teu cabelo não nega mulata
Porque és mulata na cor
Mas como a cor não pega mulata
Mulata eu quero o teu amor
Tens um sabor bem do Brasil
Tens a alma cor de anil
Mulata mulatinha meu amor
Fui nomeado teu tenente interventor
Quem te inventou meu pancadão
Teve uma consagração
A lua te invejando faz careta
Porque mulata tu não és deste planeta
Quando meu bem vieste à terra
Portugal declarou guerra
A concorrência então foi colossal
Vasco da Gama contra o batalhão naval
Lamartine Babo, notório racista!!! |
—
Espero contar com a colaboração dos homens e mulheres de bem!!
Prévidi, já sei por que dás espaço às manifestações do Juremir da Silva: para fazer concorrência ao teu mesmo site "Piadinhas do Dia", como a Johnson & Johnson fez quando lançou o Sempre Livre para concorrer com o seu próprio Modess. Aliás, a Kimberly Clark fez o mesmo com papel higiênico, um produto mais apropriado ao caso em lente.
Boa tarde, Prévidi.
O assunto muito bem registrado por você me lembra situações envolvendo as famosas ‘marchinhas’ de Carnaval. E, você sabe, a mulata é uma obsessão do período carnavalesco. Ela foi saudada, entre muitos outros, por Lamartine Barbo e pelos irmãos Valença, em 1931. Aliás, como foi retratado acima, os versos, merecem lugar de ‘honra’ entre os campeões de racismo: “e como a cor não pega, mulata / mulata, quero o teu amor”. Não menos digno de nota, Antônio Almeida, depois de afirmar que “branca é branca, preta é preta, mas a mulata é a tal”, acrescento que quando ela passa, todo mundo grita: “Eu to aí nessa marmita”. Eis-me diante dos mistérios da expressão. Que pode significar “estar numa marmita”? Evidente, fiz informais consultas no dicionário (aliás, sou da época em que o dicionário na estante é para ser usado, não para ‘decoração’). Descobri, entre outras coisas, que marmita pode ser ventre, barriga e – pasme –, “meretriz que sustenta o rufião” (está no Houaiss, acredite…). Particularmente, penso que a mulata em questão, carregasse uma ‘marmita’ própria. Idem sobre o fato de que o autor, carinhoso’, gostaria de estar dentro dela só para privar de sua intimidade. Mesmo assim, a canção foi escrita em 1947. Os valores, sem dúvida, distintos dos que integram o dia a dia deste século…