Quarta, 21 de novembro de 2012 – parte 4

JOHN F. KENNEDY 
Um símbolo icônico do século XX

* João Paulo da Fontoura,
escritor diletante do livro “Dai velas Aos Largos Ventos”

Nesta quinta, dia 22, estará completando 49 anos do assassinato do 35º presidente dos Estados Unidos, JOHN FITZGERALD KENNEDY, certamente o mais icônico entre todos.
Morreu muito jovem, pois tinha somente 46 anos. Esta morte foi um dos eventos de maior repercussão do século XX. Em verdade, não morreu um homem e sim um mito. Seu nascimento em uma família riquíssima e poderosa (seu pai, Joseph P. Kennedy, tornou-se presidente de banco com, apenas, 25 anos!), sua adolescência dourada na Europa, onde o pai era embaixador no Reino Unido, sua participação na segunda guerra, onde, como tenente comandante do barco PT-109 – afundado pelos japoneses – consegue salvar 10 colegas sobreviventes, tornando-se, ato continuo, herói nacional, seu livro/tese “Por que a Europa adormeceu”, que, após publicado,  torna-se um “best-sellers”, seu casamento com a bela e culta Jaqueline, sua ação singular na presidência do mais poderoso pais do mundo tornaram-no um mito, um poderoso mito americano. O grande óbice em sua eleição foi o fato da família Kennedy ser… católica! Hoje, um mórmon e um negro foram as opções dos eleitores, absolutamente sem problemas.
Tudo relacionado a Kennedy é controverso, principalmente sua morte. Foi morto por duas balas certeiras disparadas pelo fuzil de Lee Oswald, o qual, dia seguinte, ao entrar no tribunal para a primeira audiência com um juiz, foi, à frente de todos, morto à bala por Jack Rubby (dono de boate e apaixonado pelos Kennedys). Um fato interessante na vida de Lee Oswald foi de ser um comunista de carteirinha, daqueles de panfletar nas ruas de Nova York (há filme feitos pelo FBI) e imigrar para a então União Soviética, na busca do paraíso comunista. Lá, era vigiado pelo KGB que desconfiava da história. Há inclusive áudios de gravações dos gemidos da senhora Oswald (ele, lá, casou com uma operária russa) quando dos conúbios sexuais do casal.
Há milhões de teorias relacionadas à sua morte (inclusive um famoso filme “JFK” do doidivanas diretor americano Oliver Stone – aquele da bala mágica – que põem a culpa na indústria bélica americana), porém, não ponho dúvidas da conclusão da “comissão Warren”, um trambolho com mais de 8.000 páginas que reuniu uma espécie de CPI, com deputados e senadores sob a liderança do presidente do Supremo tribunal, Juiz Earl Warren que afirmou (o relatório) ser um ato isolado do insano Lee Oswald.
Por último, uma curiosidade: O Kennedy escolhido pelo velho Joseph para ser o político da família não era o John e sim, Joseph Jr.. As tragédias começaram por ai; não estava no script que John viraria um herói de guerra com o episódio do abalroamento do seu barco e, ergo, nos amores do pai. Joseph Kennedy Jr. – piloto de bombardeios na guerra – tentou, num ato de desespero, virar o jogo novamente e apresentou-se como voluntário numa missão quase suicida sobre Berlim… Morreu!

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