Especial – 26 de dezembro de 2013

CADA VEZ MAIS
ACREDITO EM PAPAI NOEL!!
E NA BOTA VERMELHA DE PRESENTES!!

Excertos de um texto publicado no Natal de 2011. A mais pura verdade:

Fingia que acreditava na história do Papai Noel. Claro, para ganhar presentes. Tão cara-de-pau que chegava ao cúmulo de escrever, todo ano, uma cartinha com a relação de presentes. Sempre deu certo. Apenas em duas ocasiões não levei os meus pedidos.
Já era grandinho, mais ou menos 10 anos. Num ano pedi ao meu pai um Autorama da Estrela. Ele desconversou. No ano seguinte, uma bateria. Aí ele não apenas desconversou como deu uma risada. Muitos anos depois entendi e não pude brincar sobre o assunto com ele, porque o cara já tinha partido. Lembro que em relação a bateria chegou a murmurar:
– Não quero ter um Ringo em casa.
Já imaginou o inferno que iria se tornar o nosso apartamento com a garotada lá em casa, todo o dia para brincar no Autorama?
Ou eu tocando bateria?
(…)
Desde o primeiro Natal que lembro,  os presentes ficavam numa imensa bota vermelha, com um laçarote, ao lado da árvore e presépio. Ninguém se aventurava em tocar nela. Quando lotava, os presentes eram colocados ao lado.
O tempo passou, casei e tivemos o primeiro filho, o Guilherme. No Natal, o guri com 6 meses, a minha mãe veio do Rio e trouxe um presente para nós. O que era?
Acreditem, a bota vermelha!
Aí em todos os nossos Natais a bota vermelha esteve presente.

Ali está a bota, encostada na parede

E sempre foi essa festa, como está na foto. Guilherme e Gustavo querendo adivinhar o que tinha ali.
Era muito legal.
Antes, eu ficava com o Gustavo na sacada, cuidando o PN. E o Gui ao lado. Geralmente não tinha uma viva alma na rua, mas eu ficava ali, fazendo onda com eles. Até que tocavam na campainha e íamos correndo abrir a porta. E lá estava a bota vermelha e mais um monte de sacolas. Imagina a cara deles.
Pura felicidade.

É inexplicável a ansiedade que antecede a entrega dos presentes. Eu ficava a ponto de explodir! Acredito que por isso meus pais sempre atenderam meus pedidos de presentes. Tudo.
Quando meus filhos deixaram de ser bebês comecei a imaginar a ansiedade deles, naquele período que antecede a entrega dos presentes.A mesma emoção que sentia. Aí me desdobrava para dar todos os presentes que pediam. Sempre dei um jeito de comprar tudo que queriam. E a festa estava feita. Uma beleza!!

Ao fundo o tombo da Rute, que experimentava patins

Não existe na vida de uma criança, independente da classe social, momento mais emocionante. Duvido. A criança pobre sabe que não vai ganhar o que deseja, mas não deixa de sonhar – vai que o PN existe, mesmo. As crianças classe média sabem que vão ganhar presentes, que os pais, avós e demais parentes vão aparecer com surpresas, mas a ansiedade é grande para saber o que vai ganhar.
Aí, meus amigos, eu me sentia um Papai Noel de verdade no momento em que tirava da bota vermelha os presentes e dizia para quem era.
Um negócio muito legal.

Pra encerrar.
Coloquei na pesquisa da minha poderosa máquina “Natal”.
Meu Deus, apareceu um texto do Gustavo, quando tinha 15 anos (2004).
Olha que legal:

Eu tinha quatro anos. Foi o primeiro Natal que guardei na memória. Na noite do dia 24 estava ansioso porque meus pedidos ao Papai Noel… eram muitos. Tudo que sonhava.
Mais de onze horas e nada do Papai Noel.
Fui com o pai para a sacada e lá ficamos vendo o movimento.
Até que a campainha tocou várias vezes.
– É ele!!, gritei.
Ao abrir a porta, vi uma imensa bota vermelha com os presentes.
Fui o primeiro a agarrar a bota e puxá-la para a sala.
Meu pai começa a tirar os pacotes da bota e dizer a quem pertencia. Ganhei todos que pedi.
Depois, quem disse que eu conseguia dormir?
Foi um Natal inesquecível.

Não sei por onde anda a bota vermelha.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *