ESPÍRITO DE POBRE
Do design Rick Jardim.
Não adianta tirar o pobre da miséria, dar-lhes um pouco mais de poder aquisitivo, dizer que agora ele é da classe média e não tirar dele o conceito de pobre. Não estou falando do pobre no sentido de sem dinheiro, do pobre que passa fome, mas do pobre conceitual. Ele vai continuar sendo culturalmente pobre e socialmente medíocre.
Eu – e algumas outras pessoas – nunca percebi isto tão claramente como nos últimos 10 anos, coincidentemente desde que começamos a ter um presidente que estudou somente até a 5ª série e fazia apologia da pouca cultura como contraponto para inteligência. Aí ele passou a expressar a “linguagem” do povo. Aí o fator dominante começou a ser: vamos todos ser medíocres e a ignorância começou a ser exaltada!
Ora, se temos um presidente que sequer tem o segundo grau completo, pra que precisamos de educação e cultura? Se nós temos deputados analfabetos, pra que falar corretamente? Pra que escrever corretamente? Pra que aprimorar o gosto cultural? Pra que termos mais noção de cidadania e civilidade?
Estamos nos mediocrizando a cada dia. Em todos os níveis, vejo as pessoas emburrecendo, com gostos cada vez mais “pobres” (e a esta pobreza que me refiro), exigindo cada vez menos de quem poderia lhes trazer mais aporte cultural até mesmo por falta de referência!
Aí você escreve isso e lhe acusam de elitista, de fascista e de discriminador! Ultra direita reaça! Mas jamais esqueçam que o tal presidente que fala errado e que exalta a falta de educação e o populismo, hoje é da alta elite! Veste Armani e só viaja de jatinho! O discurso populista era bom até chegar ao poder absoluto!
Com rótulos ou não, eu ainda preferia aquele Brasil onde se podia definir com toda a certeza: isso é ruim, isso é bom! Hoje, está tudo misturado, e menininhas da vila ou dos bairros chiques estão sacudindo a bunda em volta de um carro tocando funkão pesado!
Só mudam as marcas dos carros e as grifes das roupas! De resto, todas adoram os versos vagabundos! Estamos, dia a dia, nos tornando um país de “gente pobre!”
Muito Bom!!!
EXCELENTE APRECIAÇÃO!
certa feita, david coimbra em sua coluna, classificou essas pessoas como "muquiranas". vale a pena procurar esta coluna.
Ótimo.
http://www.luizantonio.com.br
Acredito que esses vistos na foto nasceram período demasiado quente e com consequente falta d'água o que levou as mães dos mesmos devem ter usado a água em que haviam as fraldas para o preparo das mamadeiras.
Matou a pau.
Ótimo. José Luiz Soares – Santa Rosa –
Boa crônica.
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Prévidi, você sabia que a Igreja Universal tomou QUATRO horas da programação da Guaíba? Entre 00h e 04h pregações de pastores…
O problema é que poucas pessoas associam a falta de educação e civilidade ao PT. Nunca haverá educação, nunca haverá punição pois para partido que tem aí sua grande base eleitoral não interessa ter o povo educado ou punido.
Nossa única arma é o voto. Acordem.
Virou tudo uma grande festa na "lage".
Sou engenheiro formado pela USP e em relação a foto que ilustra o tema, em referência a gostos musicais, nas palavras de um ex-colega de serviço, sou definitivamente um ogro sectário por admirar só (e só) jazz dos anos 50 e 60, além de, principalmente, música clássica. E, ao contrário, do que deu a entender o autor do texto, não me incomodo nem um pouco de assumir meu "reacionarismo", aliado a um certo senso de exclusividade, isto é, prezo com muito orgulho que nem todos tenham o mesmo gosto que tenho.
Alberto .