RECHE NA BAND
Sei não, mas tô achando que ele fica na Rádio Guaíba.
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GREVE DOS RODOVIÁRIOS
O Bibo Nunes também está perdendo com os ônibus nas garagens!
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DO ESPAÇO VITAL
GOL DO ATAÍDES MIRANDA
A direção da Rádio Guaíba propôs acordo na justiça referente a ação que o jornalista movia
cobrando horas extras não pagas. Depois de 3 anos contestando o pagamento
dessas horas extras e sendo derrotada em todas as instâncias, a direção da Guaíba decidiu fazer uma proposta para negociação. Pagamento deve ser feito em 10 parcelas, a partir deste mês. Ficou abaixo do que tinha direito, porém, compensa os 20 anos de
trabalho, dedicação e paciência “para aturar alguns dirigentes aventureiros que
por lá passaram”.
PACIÊNCIA
3G instável nesta terça, ao contrário do tempo.
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UM CARA DO BEM
Giba Giba.
Que esteja num bom lugar.
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DO JANER CRISTALDO
ZH DESCOBRE A RODA
Jornal de província é triste. Sempre atrás não dos bois, mas da carroça. Leio na Zero Hora, de Porto Alegre, reportagem sobre a pretensa nova moda, o poliamor. Tão antiga como os dias de Alexandre ou Salomão. Diz o jornal:
– Eles fazem parte de uma turma que multiplica adeptos. Vociferam que a monogamia fracassou e que o ciúme é controlável até sumir de vez. São catalogados em denominações com princípios próprios: swing, relações livres, relacionamento aberto e poliamor, cada um com estratégias singulares para fugir do convencional.
– Em 2012, em Tupã, no interior de São Paulo, foi registrada em cartório a primeira união entre três pessoas, o poliamor.
Há muito defendo a idéia de que os jornais deviam ter nas redações um jornalista antigo, com a função exclusiva de revisar o que escrevem os focas. Pelo jeito, os neojornalistas perderam a memória. Ou têm preguiça de pesquisar. Já escrevi sobre o assunto. Tenho de retomar o tema.
Para começar, não foi em Tupã que ocorreu o primeiro caso. Há seis anos, em Porto Velho, Rondônia, uma mulher obteve na Justiça o direito de receber parte dos bens do amante com quem conviveu durante quase 30 anos. Ele era casado e morreu em 2007, aos 71 anos. O juiz Adolfo Naujorks, que concedeu à moça o direito de herança, baseou-se em artigo publicado num site jurídico segundo o qual uma teoria psicológica, denominada “poliamorismo”, admitia a coexistência de duas ou mais relações afetivas paralelas em que casais se conhecem e se aceitam em uma relação aberta.
Ou seja, a teoria não surgiu ontem. E sites jurídicos não só estão substituindo o Legislativo, como modificando o regime de transmissão de bens entre herdeiros. Mais ainda, estão legitimando a poligamia. Nada contra. Estou apenas constatando.
Poliamorismo soa mais elegante. Procurei a palavrinha nos dicionários. Não encontrei. Nem meu processador de texto reconhece a palavra, sempre a sublinha em vermelho. Fui ao Google. Já está lá. Escreve um jurista: “As relações interpessoais de cunho amoroso, por vezes destoam do padrão habitual da monogamia entre os casais formados por pessoas de sexos diferentes. Assim, encontramos relacionamentos afetivos que envolvem um casal, vale dizer um dos cônjuges e um parceiro ou parceira, os quais se desenvolvem simultaneamente. Ditas relações são denominadas de poliamorismo ou poliamor, e se constituem na coexistência de duas ou mais relações afetivas paralelas ao matrimônio”. Ora, isso é mais antigo que a descoberta da roda. Ou alguém acha que o Neanderthal era monogâmico?
Ah! As palavras… Eu conhecia poligamia, poliandria, até mesmo policromia. Mas o tal de poliamorismo foi para mim novidade. Quem diria? Cheguei aos sessenta e ainda descubro palavrinhas exóticas. Me restam no entanto algumas dúvidas. Já que a palavrinha amor é parte constitutiva do novo palavrão, me pergunto: é preciso que exista o tal de amor? Ou sexo puro também serve? O conceito é extensivo a todas as profissionais que curtimos em nossas vidas, ou profissional não vale? Aquela distante namorada, que encontramos de ano em ano, é poliamor? Ou um amorzinho mixuruca, sem direito à herança?
Apesar de ter vivido muito mais de duas relações paralelas, confesso que até há pouco desconhecia o neologismo. Mas o fenômeno sempre existiu, ainda que clandestino. Em meus dias de jovem, chamava-se isto amasiamento, adultério, infidelidade. Ou ainda, vendo a coisa por outro ângulo, de donjuanismo. Ou casanovismo.
Mais adiante, anos 70 para cá, começou-se a falar em relação aberta. Tudo dependia do consenso do casal. Conheci casais que viveram unidos a vida toda, mantendo este tipo de relação. Era um relacionamento honesto, sem mentiras. Mas o Direito jamais reconheceu direito à herança por parte de quem não fosse a mulher legítima. Neste sentido, o matrimônio funcionava como proteção. O marido podia ser infiel à vontade, sem precisar dividir seus bens com a Outra, como se dizia então.
A psicanalista e escritora Regina Navarro Lins, autora de O Livro do Amor, prevê: nos próximos 10 ou 20 anos abrir o relacionamento será uma tendência. Segundo Regina, as pessoas não buscam o outro porque têm um vazio ou porque o sexo com o parceiro não está legal, mas sim porque variar é bom.
A psicanalista está ainda atrás dos que vão atrás da carroça. O fenômeno é antigo, esteve em recesso durante o surgimento da Aids e está ressurgindo como se fosse algo novo.
Os muçulmanos são mais práticos. Todo crente tem direito a quatro mulheres e estamos conversados. Não se fala em amor nem poliamor. Mas não precisamos ir até o Islã. No livro que embasa a cultura ocidental, temos o rei Salomão. “Tinha ele setecentas mulheres, princesas, e trezentas concubinas; e suas mulheres lhe perverteram o coração”, lemos no I Reis. Poliamantíssimo, o sábio rei. Bem que gostaria de ter meu meigo coração assim pervertido.V Alexandre também cultivava intensamente o tal de poliamor. Mas no fundo preferia os meninos de seu exército. Homoafetivos já podem casar. Homoafetividade – outro neologismo gentil – exclui o tal de poliamor? Obviamente não. Se um homem pode amar duas mulheres, por que não poderia amar dois homens? Nada impede. Se obedecermos à boa lógica, em breve teremos três ou mais homens (ou mulheres, por que não?) registrando suas relações estáveis em cartório. O velho casamento católico vai virar partouse.
De novo, nada contra. Apenas constato.
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O QUE É ISSO, MEU DEUS!! – 7
E a Jovem Pan rompeu com a Pampa… mais uma bola fora dos Gadret e cia. Deviam ficar só com a Grenal.
Prezado Prévidi,
Como vai?
Como é praxe, li seu ‘blog’ e notei algo que motivou-me a te escrever. In verbis, voce abre o segundo parágrafo com a seguinte frase “Há muito defendo a idéia de que os jornais deviam ter nas redações um jornalista antigo, com a função exclusiva de revisar o que escrevem os focas”.
Você sabe, atuo como jornalista de Automobilismo. Além de diversas coberturas de eventos nacionais realizados nos autódromos gaúchos (provas das categorias Fórmula Truck, Copa Caixa Stock Car, Itaipava GT3 Brasil, entre outras, anualmente se apresentam aqui no Estado), igualmente atuo como pesquisador sobre o assunto.
Em diversas ocasiões, sugeri à editoria de Esportes do jornal Zero Hora a importância de um pesquisador sobre o assunto ‘Velocidade’. Nunca obtive resposta positiva. Porém, me pergunto como é possível seus gestores terem funcionário que, nas RARAS ocasiões em que comparece à Tarumã, reclama da vida? Explico: o sujeito, além de não gostar de Automobilismo, ainda ‘reclama’ de ter que trabalhar sábado e domingo. Detalhe: durante informal conversa, ele atestou ganhar em torno de R$ 1.700,00. Se ele acha pouco, para mim é suficiente – e nem irei me estender que a comunidade automotiva do RGS iria renovar apreço para o jornal, ao menos no quesito ‘reportagens de Automobilismo’. Mas, enquanto isto não acontece, me resta apenas parafrasear a Danuza Leão: ‘Complicada, a vida…’.
Kind regards,
Paulo Lava
Jornalista & pesquisador de Automobilismo
Uma foto antiga de casa de madeira em Capão da Canoa , ali funcionou um antigo Boliche