O SAPO E O BICHO-PREGUIÇA
Paulo Motta
Numa dessas fábulas fabulosas, um sapo encontrou um bicho-preguiça agonizando, na beira de um laguinho. Era um bicho-preguiça simpático – como todo bicho-preguiça – e o sapo, sensibilizado, acolheu e tratou o bichinho.
Alguns meses se passaram e a amizade entre os dois aumentava: o sapo e o preguiça. Não se imaginavam longe um do outro. O sapo arrastava seu parceiro aos mais lindos e remotos lugares, coloridos bosques e adocicados néctares que o bicho-preguiça nem sonhava, creiam.
Era quase um sonho de verão. Mas o sapo nem imaginava quão ingrato lhe seria o parceiro, aquele que recolhera em agonia na beira do lago primaveril, o preguiça!
Numa tarde morna, retornando ao seu ninho, deu falta do amigo, antigo, ingrato. O parceiro se foi sem deixar nada que lembrasse o afeto, o carinho, a pata estendida na beira do laguinho, só um covarde tiau num papel rabiscado com letra de preguiça, sem cobiça, apenas hortaliça, talvez.
O sapo aprendeu, de forma inesperada, que os preguiças são maus e mal-agradecidos, apesar de aparentarem uma bondade bondosa em suas carinhas fofas e indefesas.
Moral da história: não tem moral essa história.
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PORTO ALEGRE É DEMAIS!!
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O QUE É ISSO, MEU DEUS!! – 9
Pô meu . Tu ainda nada sabe o que é isso?????????????