Segunda, 17 de março de 2014 – parte 2

SE EU FOSSE O RECHE

Sei que o Luiz Carlos Reche, a nova estrela do Grupo Bandeirantes, vai pensar e dizer:
– Ainda bem que não é!
Assim mesmo escrevo.
Se eu fosse ele contratava – ele, não a Rádio – um produtor experiente, com iniciativa, muita cancha. Isto não é uma crítica aos atuais produtores do galã, pelo contrário. Nem sei quem faz o trabalho.
Mas me refiro a produtores experientes, como o Oto Bede (Guaíba) ou o Pedro da Fonseca (Pampa). Um produtor, do quilate dos dois, resolve o programa da manhã, que se arrasta.
(Desculpe, Felipe Vieira. Sei que para o Guaíba Cidades é bom que o programa do Reche não deslanche)
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ERCY SE RECUPERA

Antonio Goulart informa:

Com João Souza e Ayres Cerutti, estivemos visitando, na sexta-feira passada, o jornalista Ercy Torma, presidente do Conselho Deliberativo da ARI, que se recupera de uma fratura no fêmur, numa clínica de repouso na Rua João Guimarães.
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CONVITE

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MEUS ÍDOLOS DA ZH!!

(clica em cima que amplia)

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ONDE ESTÃO AS BICICLETAS

Nelson Perez*

A cidade de Porto Alegre está se notabilizando por adotar uma compreensão peculiar do conceito de democracia.
Cada vez mais, grupos de tamanho e de representatividade insignificantes, mas, barulhentos e com espaço na mídia e em partidos políticos, orientam decisões e ações governamentais que interferem pesadamente na vida da maioria dos cidadãos e no destino da cidade.
É como está ocorrendo na questão das ciclovias!
Por mais incrível que possa parecer a decisão aqui, de construir vias exclusivas para bicicletas inclui a desativação de vias existentes (e insuficientes) para automóveis.
Apesar de positivo e adequado, possuir ciclovias não é uma solução de transporte de massa e de mobilidade em Porto Alegre e retirar pistas das ruas e avenidas existentes não ajuda e ainda potencializa muito seus problemas.
Porto Alegre não é uma cidade plana, possui muitos morros e elevações que dificultam bastante ou inviabilizam o transporte por veículos de tração humana.
Ainda, o clima também é um fator decisivo para esta inviabilidade: a média histórica é de 127 dias de chuva por ano e mais de 65 dias com temperaturas superiores a 33°C e umidade relativa do ar acima de 80%.
Além da desconsideração destes dados na avaliação da destinação de recursos para a construção de ciclovias, diversas avenidas e ruas, principalmente no centro da cidade, tiveram sua capacidade de fluxo brutalmente reduzida, limitando uma de suas pistas para uso exclusivo de bicicletas.
O problema é que as bicicletas não apareceram.
Estamos, por enquanto, sem qualquer benefício, mas amargando um alto e injustificado custo.
Nestes últimos meses, a partir de 18h, deslocamentos de menos de 1.800 metros no centro da cidade duram a média de 60 a 120 minutos, dependendo da sorte do motorista.
As vias ficam lotadas de automóveis e de ônibus com seus cruzamentos bloqueados em cadeia.
Em contrapartida, as pistas exclusivas para bicicletas estão vazias, sem que se possa vislumbrar qualquer dos usuários a que se destinam.
O que está sendo gerado com as intervenções realizadas até agora é isso:
– considerável aumento da tensão entre as pessoas;
– atrasos em compromissos profissionais, escolares, acadêmicos, médicos, etc;
– diminuição do tempo de convívio entre pais, filhos, familiares e amigos;
– aumento do custo de utilização de automóveis pelo aumento do consumo de combustível;
– aumento significativo da geração de poluentes atmosféricos;
– diminuição de produtividade do município pela redução do tempo útil diário;
– menos tempo para as pessoas frequentarem shoppings, supermercados, lojas, pubs, restaurantes, cinemas, etc;
– aumento do “custo Porto Alegre”, e diminuição da receita do município via arrecadação de impostos como ISSQN e ICMS.
Que surjam, um dia, as bicicletas e seus condutores!
Não apenas em horários de lazer ou em passeios e manifestações com datas e horários antecipadamente  marcados, mas no cotidiano sistemático da dinâmica da cidade.
Quem sabe, com o tempo, possamos diminuir um pouco a insatisfação com o volume de investimentos que serão certamente necessários para consertar a cidade, corrigindo erros consequentes de atitudes que priorizam entendimentos distorcidos do que seria “politicamente correto” e desconsideram o processo científico de tomada de decisões.

* Gestor Empresarial e Professor Universitário
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SÓ PARA LEMBRAR: INVESTIMENTO
DO GOVERNO FEDERAL NA SAÚDE!!

2 comentários em “Segunda, 17 de março de 2014 – parte 2”

  1. Prévidi, a avaliação do professor Perez parece um pouco equivocada. Se agente esperar que tenham ciclistas para criar ciclovias, estes nunca virão. Em todos os lugares do mundo que as pessoas trocaram os carros por bicicletas e transporte coletivo, isso ocorreu porque o poder público deu condições para isto. Neste sentido, construir ciclovias, melhorar coletivos (inclusive com faixas exclusivas) e implantar alternativas de transporte (como o trem e o aeromóvel) podem, sim, colaborar para que as pessoas deixem os carros em casa. Então, queria apenas dizer que não concordo com o professor, que tenho visto – cada vez mais – pessoas nas ciclovias e que e só não ando nas ciclovias porque não sei andar de bicicleta. bas. Eduardo Pilares.

  2. Ruim, mas ruim mesmo, esse programa matinal do Reche. Creio que o problema não seja de produção, mas do apresentador que não talhado para tal. Não tem a mesma desenvoltura de quando fala de futebol.

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