Segunda, 17 de março de 2014 – parte 4

MARCOS MARTINELLI ESCREVE

O PREMIADO MARTINELLI. DESTA VEZ, EM MIAMI

Caros amigos, 
Pra começar, não estou comprando nem vendendo dólares e, infelizmente, não tenho conta no exterior. Estou trabalhando em Roraima (contribuo para o INSS há 40 anos e preciso trabalhar para pagar contas)e a PF foi ao meu apartamento (único que tenho, vizinho do Daniel Scola) para executar um mandato de busca e apreensão. Pra começar, O MANDATO ESTAVA EM NOME DE OUTRA PESSOA, que não cito para não complicar também a vida dela que, certamente, também nada tem a ver com os bilhões que a tal operação se refere. Mas quem quiser checar é só procurar os autos.
Mas este “erro”é pra outro momento. Foco no que aconteceu em termos práticos: mesmo sem mandato em meu nome, minha esposa deixou a equipe de quatro policiais federais entrar. 
Vasculharam tudo, reviraram e nada encontraram, claro, pois nada de errado tinha. Dentro do trabalho de praxe, levaram documentos e meu computador para verificação. Certamente nada encontrarão que me leve a fazer parte do tal complô bilionário. 
Como consultor de marketing e gestão de crise para empresas e partidos, tenho contatos no Brasil inteiro. Sem eles, não consigo trabalhos. Um dos últimos trabalhos que ainda realizo é para a honrada Fundação Ulysses Guimarães, realizando palestras em todas as regiões do Brasil, a próxima no Rio e, na outra semana, em POA.
Até agora não recebi contato da polícia federal, que certamente tem meu telefone. Não me escondo de nada, nem de ninguém. Quem me conhece, sabe disto. Como jornalista há quatro décadas, sempre fui contra ações “espetacularizantes” que, certamente, poderiam apurar antes com maior eficiência e, divulgar, depois. Mas sabemos como as ações de mídia são importantes. 
Assim que souber o que realmente está acontecendo informo meus amigos. Ainda estou surpreso com tudo isto. Imaginem-se no meu lugar. Mas não perco o humor e antecipo: não adianta pedir ou querer me vender dólares, não trabalho com este tipo de mercado… Ah, também – infelizmente – não tenho contas no exterior, só no velho Banrisul e no Itaú, devidamente registradas no meu imposto de renda, bem como os impostos que pago regularmente, em dia.
Volto ao trabalho, desejando que o dia de vocês seja menos tumultuado que o meu.
Abraços e obrigado pela solidariedade de quem me conhece, que é o que importa.

EU QUERIA VER ESSES SABICHÕES ESCREVENDO, DE RORAIMA, SOBRE UM PEPINÃO QUE ACONTECEU EM PORTO ALEGRE.
SERÁ QUE NÃO TROCARIAM UMA LETRA DE UMA PALAVRA?
TÁ SABICHÕES, É MANDADO.

3 comentários em “Segunda, 17 de março de 2014 – parte 4”

  1. Previdi! Tu como defensor do bom português, principalmente para jornalistas, não vai corrigir texto do colega, de onde se lês MANDATO para MANDADO. Erro crasso, como diria minha avó Camila. Uma abraço.

    Eduardo,
    eduardo_782003@yahoo.com.br

    1. Caro Eduardo você desconhece a Constituição Federal que veda o anonimato. O Prévidi, generoso que é, dá vez e voz aos que se acovardam no anonimato. No meu blog esses não tem vez.
      Vamos ao uso de certa expressão em jornalismo, erro crasso e lido e ouvido em noticiários de TV várias vezes ao dia, assim como nos grandes jornalões.
      A Polícia ABRIU um inquérito policial. O emprego do verbo abrir em tais matérias é coisa de burros, gente que não pensa, pois durante a tramitação de um inquérito policial por longo tempo ele é ABERTO incontáveis vezes, mas apenas uma vez INSTAURADO. Fico por aqui, pois gosto que as pessoas deixem a preguiça de lado, especialmente os "espertinhos" para que vão ao dicionário saber o sentido de INSTAURAR.

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