QUE FESTA!!
No geral, a reinauguração do Estádio Beira-Rio, do Internacional de Porto Alegre, foi uma festa legal. Como se dizia antes do politicamente correto, foi uma “festa que a família classe média adora”. Algo assim, como aquele desfile pelas ruas de Caxias do Sul durante a Festa da Uva. Ou o Natal Luz de Gramado.
Gostei muito da homenagem que os jogadores, Campeões do Mundo, fizeram ao Adriano Gabiru – autor do gol contra o Barcelona que deu o título ao Inter. Foi emocionante!
Assisti pela TV e por isso posso comentar.
– Me torra a paciência essa tal “grenalização”. Não existe coisa mais babaca. O pior é que incentivam essa idiotice.
– Blitz? Eu nem sabia que ainda existia. Pra mim, o Evandro Mesquita era ator de A Grande Família.
– Por que o Fernando Carvalho, o presidente daquele time Campeão do Mundo, não foi chamado? Deve ser alguma besteira da “política clubística”.
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O jornalista Márcio Pinheiro, que estava lá no Estádio, escreveu no Facebook:
A omissão da direção que aceitou que a festa fosse terceirizada e comandada por uma empresa de eventos sem nenhuma identificação com a história do Internacional conseguiu algo que parecia impossível num estádio colorado: burocratizar a alegria.
Algumas anotações da noite de hoje:
1. Por que convidar para a abertura uma banda decadente que há mais de três décadas não emplaca um sucesso? E mais: comandada por um cantor claramente identificado com um time tricolor. Menos mal que era o Fluminense. Como se não bastasse o tempo dado para esta atração foi longo: mais de 30 minutos. Ou seja, já de largada o clima de euforia da torcida foi arrefecido.
2. Por que dividir em décadas e não em conquistas, ou personagens, ou grandes jogos? Pela divisão escolhida fomos obrigados a relembrar, por exemplo, os anos 80. Período que nenhum colorado gostaria de lembrar Para piorar recupera um troféu de pouca expressão, no caso o Joan Gamper, e ainda comete uma gafe: coloca um tango como trilha sonora de um torneio realizado em Barcelona.
3. Como se faz o registro de um estádio de quase meio século e de um clube centenário ignorando a importância de seus dirigentes. Para ficar só nos da Era Beira-Rio foram solenemente deixados de lado Ruy Tedesco e Aldo Dias Rosa (duas figuras sem as quais aquele local não existiria) e, mais recentemente, Vitorio Piffero e Fernando Carvalho, dois dos presidentes que carregam os títulos mais expressívos da história do Clube em seu currículo. Este último, inclusive, sentado a menos de dois metro de onde eu estava passou a noite inteira demonstrando como é imenso seu carisma e sua identificação com o torcedor, tendo seu nome gritado e atendendo constantes pedidos de fotos e de autógrafos. Uma gafe maior, que beira a grosseria, foi ignorar o ex-presidente Paulo Rogério Amoretty na lista dos grandes colorados que já nos deixaram.
4. Como um evento em homenagem ao Internacional o hino do clube é tocado apenas uma vez, ainda assim duas horas e meia depois do início do espetáculo?
Mas foi tudo ruim? Não. O estádio está belíssimo. As instalações são confortáveis. E na noite de abertura salvaram-se em meio a tantos equívocos a emoção recuperada pelas velhas imagens de gols históricos, alguns dos depoimentos gravados e a reação da torcida quando se sentia parte da festa – como no momento em que Kleiton e Kledir cantaram “a galera do Beira Rio”.
Que agora venham os jogos e as conquistas de campeonatos. Momentos que fazem a grandeza deste clube e que mostram como este estádio é Gigante.
Amigo Prévidi:
Festa sensacional; até eu, que tenho uma certa ojeriza à RBS e seus acólitos, tive de reconhecer a qualidade da presentação, de nível de abertura de Olimpíadas. Um pequeno óbice, não sei se ouvi – e vi – mal: na introdução da década de 80 o áudio apresentava eventos políticos importantes e destacou a invasão do Afeganistão pelos Estados Unidos ( inclusive, aparecendo um gráfico na tela). Quem invadiu o Afeganistão, bem no início da década de 80, foi a URSS. Os EEUU só o invadiram nos inciados de 2002, para vingar o, triste, episódio das Torres Gêmeas. Será que estou louco, que só eu ouvi isso?
Erros, enganos, esquecimentos vão ocorrer em qualquer evento.
Foi SENSACIONAL,algo digno do Inter e sua grandeza e, principalmente, focado para o torcedor.
Parabéns Inter !
Outro erro imperdoável foi não ter chamado o Carpegiani, um ícone dos anos 70, para dar depoimento. Será que ele está brigado com a direção?
Se é para falar dos anos 80, então que relembrassem o tetra gaúcho no início da década, com os gols do Geraldão. O mesmo deveria ocorrer em relação aos anos 90, lembrando os títulos gaúchos de 91 e 97, este com Gamarra, Cristian e Fabiano. Foram momentos de loucura no Gigante. Mas a empresa seguiu a cartilha da RBS: ignorar completamente os títulos regionais, como se não fizessem parte da história do estádio e do clube. Triste e lamentável.
Também fizeram graça com a Argentina no episódio das Malvinas e esqueceram que o maior ídolo da torcida na atualidade é um argentino. Parabéns aos inteligentes.
Mas eu, como gremista que não cai na onda dos "grenalzismos" , apesar da Blitz, senti uma inveja dos colorados… ! Porque a festa estava bonita!
Impressionante como colorado adora título regional