HOJE, TODOS DÃO PAU NA DITADURA!!
MAS, HÁ 50 ANOS, NÃO ERA BEM ASSIM
Viram que capricho os jornalões tiveram para criticar os militares?
Notaram?
Confesso que não li nenhuma matéria. Só conferi os títulos.
Aqui no RS, pra variar, a Zero Hora foi a mais “radical”, mostrando o mal que a ditadura militar fez a todos.
Impressionante.
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Então, olha isso:
(clica em cima que a joinha amplia)
Quem publicou esta pérola histórica no Facebook foi o jornalista Emanuel Mattos:
Editorial publicado no jornal Zero Hora em 1964 logo depois de ter sido fundada em cima do espólio da “Última Hora”, que foi obrigada pela ditadura a deixar de circular porque seu fundador, Samuel Wainer (1910-1980) apoiava o governo de João Goulart.
Emanuel explica:
Resgatei esse editorial no Facebook de Cris Rodrigues, do Gabinete Digital da Assembleia Legislativa do RS.
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Alguns apressadinhos vão comentar:
– Ah, não era da família Sirotsky! Está lá, “Diretor-responsável: Ary de Carvalho”.
Não me venham com lero-lero.
Conheço toda a história.
E muita gente também conhece detalhes de como a Zero Hora foi parar nas mãos da família Sirotsky.
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Aliás, ao longo de todo o período ditatorial, o “maior jornal” do RS sempre deu provas e mais provas de estar alinhadíssimo com os militares.
A mais vergonhosa foi durante a campanha das “Diretas Já”, na década de 80.
Quando os comícios nas capitais e grandes cidades começaram a reunir milhares e milhares de pessoas, a Folha de S. Paulo publicou na capa um editorial defendendo a imediata convocação de uma assembleia constituinte e as eleições diretas para presidente.
No outro dia, Zero Hora quis dar uma prova de independência e tomou, discretamente, a mesma iniciativa.
Os donos devem ter tomado uma mijada histórica dos milicos, porque no dia seguinte escreveram outro editorial, tipo “não é bem isso que vocês leram, tal e coisa”, “não é bem assim”.
Mais ou menos o que fez e faz o Jornal Nacional e os demais veículos da família Marinho.
Sobre a ULTIMA HORA gaúcha foi lançado pela editora SULINA (2002) escrito por Antonio Hohlfeldt e Carolina Buckup o livro ULTIMA HORA – POPULISMO NACIONALISTA NAS PÁGINAS DE UM JORNAL. As informações vão além de um mero editorial e ainda descobre-se que nesta fase de transição a família Sirostsky não tinha nada a ver com o diário.
Vale a pena, ainda que desprovido de informações de cotidiano e relações. É mais focado em pesquisa. E tem alguns depoimentos interessantes, tais como de João Aveline: "… E neste tipo de conflito, a UH tomava o lado do mais forte, contra o poder instituído, que já era do Meneghetti. E se a UH já vinha sofrendo uma pressão muito forte no sentido de não municiar o jornal de suas informações publicitárias, isso foi se agravando. quando chegou 1964 o jornal sucumbiu, foi o estrangulamento, acabou. O Ary de Carvalho, que era o diretor nessa época, tentou uma política de ADESÃO AO NOVO ESTADO, COM UM EDITORIAL DE PRIMEIRA PÁGINA muito nauseabundo, ADERINDO ao governo, de certa forma. O jornal só tinha um caminho, a morte. E o Ary de Carvalho conseguiu estabilidade suficiente pra conseguir se safar com o grupo dele. O SAMUEL então autorizou o Ary de Carvalho a vender a dívida de UH, junto com o pequeno patrimônio. E os novos donos fizeram um novo jornal, a ZERO HORA…"
Nossa grande imprensa, de uma maneira geral, é vendida aos que estão no poder, quem quer que eles sejam.
É vergonhoso o que os filhos do Roberto Marinho fizeram com a memória do pai,
Para ter bilhões e andar rastejando, prefiro minha modesta vida e ter vergonha na cara !
Bah cara! Eu não! Prefiro me vender pros poderosos e, em troca, ver aquele monte de zeros nos extratos bancários e rastejar…de Ferrari, de iate, de jatinho particular…vergonha na cara, eu poderia deixar pra citar nas minhas memórias que eu escreveria nos meus últimos anos de vida…justamente porque tem um monte de gente de vida modesta e vergonha na cara que ficariam hooooras em filas nas livrarias para comprar essas 'obras-primas' escritos por aqueles que só no finalzinho da vida 'se envergonham'. E com o dinheiro do meu best-seller ainda conseguiria manter minha vida de rastejante com Ferraris, iates,…mas que círculo virtuoso, hein?
O Correio do Povo do Dr. Breno Caldas também apoiou o Golpe, não?
Meus amigos, muito antes da Cris Rodrigues publicar este editorial o Wladimir Ungaretti já o tinha postado no facebook e eu roubatilhei dele. É de uma zero hora que ele guardava em seus arquivos