ponto do dia
MILAGRE SOCIAL!!
OS CRAQUEIROS SUMIRAM!!
É inacreditável.
Desde a semana passada, vários bairros de Porto Alegre receberam a presença de brigadianos. Muitos brigadianos. Na Cidade Baixa, onde vivo, chega a impressionar. São dezenas e dezenas de policiais militares com todo o equipamento necessário. Chega a ser bonito de ver. As pessoas param para conversar com eles, brincam, pedem que fiquem durante todo o ano e não apenas no período da Copa.
Ontem tive uma experiência fascinante.
Fui levar a nossa cadela, a Gabriela, para dar uma banda e fazer o xixi e cocô. Saí pela Rua da República e entrei na rua Sofia Veloso. Para quem não sabe, a Sofia Veloso é o paraíso dos craqueiros. Logo que escurece, eles tomam conta. Chegam a se sentar um ao lado do outra. E a Gabriela até conhece uns, faz até festa para os coitados.
Pois ontem, andei por toda a Sofia Veloso. Acreditem, não tinha nenhum craqueiro!! Nenhum!!
Conversei com alguns moradores e eles estão felizes com o sossego. Nada de bagunça, gritarias. Tranquilidade total, como sempre foi esta pequena rua.
Está tudo tão tranquilo que entrei novamente na República e fui até a Lima e Silva.
Mais uma vez fiquei abobado.
Pouco antes da esquina, sempre tinha um bando de “guardadores de carros”, que, segundo dizem, são os encarregados de distribuir o crack. Nada deles. O negócio era tão descarado que tinham até colchões na calçada.
Antes de dormir, uma e pouco, fui conferir o movimento. Nada, nenhum traficante rondando o Bar Van Gogh. Um sossego só na Rua da República e na Cidade Baixa!!
Hoje de manhã, 7 e meia, os brigadianos já estavam caminhando pela Rua da República.
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Pena que dizem que isto vai se restringir ao período da Copa.
Muitos desses brigadianos são do interior e em julho voltam para suas cidades.
Pena mesmo.
Acredito que merecíamos este policiamento constante.
Um dia, quem sabe, vamos ter.
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Mas estou encasquetado com um negócio: O que fizeram com os craqueiros?
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ponto radiofônico
DESISTI – Com a porrada que foi a notícia da morte do Fernandão, resolvi fazer uma coisa que não faço mais há meses: ligar o rádio aos sábados. Estava na Gaúcha e deixei, mesmo sabendo que tinha tudo para me irritar ainda mais. Até o meio-dia várias joias foram ditas na poderosa da Ipiranga. Não deu.
Acreditem:
– Bandeira a meio PALMO:
– Fernandão com hábitos GRÃ-FINOS:
– Fazer a FUNÇÃO do velório.
Destaque: “Os ouvintes estão gostando da cobertura.”, se elogiavam.
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DÚVIDA – O advogado e dirigente gremista Nestor Hein não participa mais, nas segundas, do Bom Dia, do Rogério Mendelski, da Rádio Guaíba?
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PODE? – Ouvi hoje numa rádio: “Dois acidentes em andamento nas ruas de Porto Alegre”.
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ponto televisivo
NOVO APELIDO – O puxa-saquismo do Galvão Bueno não tem limites. No último amistoso da Seleção, ele babou tanto no Neymar (como fazia antes com o Kaká), que ganhou um novo apelido no Twitter: Neymarzete. Informação da Folha de S. Paulo.
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TELEDOMINGO – Gostei da edição de ontem. Nenhuma “notícia” sobre mortes no trânsito e nem assaltos. Não mostram mais velórios.
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ponto g
AINDA DÁ TEMPO – Lembra que inventaram de dar o nome de Eliseu Santos ao Pronto Socorro Municipal? Tantos os protestos que a Câmara de Vereadores desistiu da tal homenagem e revogou a medida.
Agora, os nossos vereadores poderiam tomar a mesma iniciativa e revogar a homenagem ao Abdias do Nascimento, um grande homem que nada tem a ver com Porto Alegre, no viaduto da Pinheiro Borda..
Tinha sugerido o nome de Luis Carlos Machado – Escurinho.
Agora, está caindo de maduro: Viaduto Fernando Lúcio da Costa – Fernandão.
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BOBAGEM? – Começamos pela primeira grande frustração do Brasil em Copas do Mundo: foi em 1950, quando perdemos em casa para o Uruguai.
Dezesseis anos depois, a segunda.
Em 1966, como bicampeões mundiais, caímos na primeira fase, perdendo para Hungria e Portugal.
Dezesseis anos depois, a terceira.
Em 1982, como tricampeões e com um time de fazer inveja a qualquer argentino, fomos bisonhamente eliminados pela Itália, embora jogássemos pelo empate.
Dezesseis anos depois, a quarta grande decepção.
Em 1998, já tetracampeões, perdemos a final para a França, de goleada. Até hoje não se sabe direito o que aconteceu com Ronaldo Gordo. Dançamos no Moulin Rouge do futebol!
Dezesseis anos depois, retorna a Copa do Mundo ao Brasil.
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CONTINUA TUDO NA MESMA – Nem que se pare de criticar, para que tenham tranquilidade, adianta. Olha essa do nosso ZH online:
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UMA VERDADE – Porto Alegre não tem restaurante “A” em classificação da Anvisa. De 74 estabelecimentos avaliados, 24 não atingiram a pontuação mínima para serem categorizados. Foram avaliadas churrascarias e galeterias.
Aí o Raul Marques conclui: Em Porto Alegre só se come bem no Gruta Azul e na Tia Carmen.
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BANRISUL PERDE TODAS – No Top of Mind da revista Amanhã, o Banrisul perde a primeira posição no tópico “bancos públicos”. Banco do Brasil ocupa, agora, o primeiro lugar.
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ELEIÇÕES – Até o final do mês todos os partidos definem seus candidatos ao Governo e ao Senado.
O PSB, dia 14; PDT, 21; PP e PSDB, 27; PT, 28; e PMDB 29.
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MODERNISMOS – Não consigo me segurar!! No CP online:
Derrubada de árvores do Clínicas volta a ser adiada
Remoção de mais de 280 vegetais só deve começar na próxima semana
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ponto da piadinha
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ponto final
Porto Alegre está hoje insuportavelmente gelada e úmida.
Argh!!
A burrice e falta de um mínimo de leitura leva muitos a dizerem bobagens em meios de comunicação. Ontem assistia a excelente programação da TV Cultura de São Paulo. Estava no ar um documentário sobre o Peru e a civilização Inca. O repórter ao descrever uma salina, apanhou uma pequena porção de sal e lascou: isto aqui é “clareto” de potássio. Quase morremos de rir, a frau e eu.
O ensino em nosso país cai dia após dia. É uma vergonha. Hoje quem fez um segundo grau outrora, seja o científico ou o clássico sabe mais do que boa parte dos que saem de faculdades apenas com um canudo na mão. Triste, mas verdade inquestionável. Ninguém quer mais saber e sim apenas o canudo.
Na minha opinião o Sr. Nestor Hein não traz nada de proveito nas segundas feiras,a não ser grenalizar qualquer assunto e sempre puxando pro lado do Gremio.
Caro Prévidi, os craqueiros que abandonaram a Cidade Baixa hoje se concentram nos arredores da Praça Garibaldi. Há um albergue da Prefeitura ao lado do Tesourinha, que agora virou dormitório e estacionamento de carrinhos de catadores. Além disso, há duas instituições que oferecem refeições a moradores de rua (uma na Getúlio com a Ipiranga e a outra na Azenha com a Ipiranga). Nas últimas duas semanas aumentou a quantidade de tentativas de arrombamento nas casas e comércios daqui do entorno. Fico feliz que a região a que te referes esteja mais tranquila na noite, mas me preocupo com a minha, que nos últimos cinco anos não vinha convivendo com a chinelagem.
Depois que ouvi a sra. Ana Maria Braga dizer "ovinos são animais que põem ovos" e "mindingo", nada mais me surpreende. E o tal "podem vim" ela repete à exaustão. Mandei uma msg. à emissora e ela falou certo por alguns programas, depois, voltou à carga. Dizer "podem vim" é o mesmo que dizer "podem cheguei", "podem aproximei", pois "vim" é o passado do verbo vir (eu vim, tu vieste, ele veio). No caso, deve estar SEMPRE no infinitivo: podem vir, podem entrar, podem chegar, etc. Arre, égua"
Laís
Prezado Prévidi
Há mais de uma semana havia muitos brigadianos aqui na Bela Vista, inclusive na frente da Embratel e na Praça da Encol. Desapareceram.
Na caminhada matinal de ontem perguntei a um único soldado que encontrei na praça o que houve.
A resposta foi rápida com uma ponta de ironia. " Retornaram a suas bases no interior pois não há dinheiro para o rancho nem para as diárias".
Típico das gestões petistas. Incompetência e falta de planejamento.
Abraços
No final de semana vi em ZH o MP “recomendando” aos mendigos que abandonem as ruas. Na dita catedral metropolitana onde seria a casa do Criador os padrecos colocaram grades de ferro de modo a impedir o acesso aos mendigos que ali se abrigavam nas madrugadas frias e chuvosas. É hipocrisia demais para o meu gosto. E essa gente está imune ao pagamento de impostos assim como os entes federados entre si o que é o mesmo que dizer que aquele prédio suntuoso não paga um único centavo de IPTU, por exemplo.