ponto do dia
NINGUÉM FICA MILIONÁRIO
GANHANDO 20 MIL REAIS POR MÊS
Boa a matéria do Zero Hora de hoje sobre o patrimônio de deputados federais e estaduais.
Quando vi a chamada pensei que fosse mais um trabalho do repórter investigativo Giovani Grizotti. Mas, não. Os dois jornalistas fizeram o levantamento no site da justiça eleitoral, com base no que os parlamentares declararam em 2010 e agora e calcularam a variação. Entrevistaram os que mais “enriqueceram” em quatro anos. Simples e honesto.
A grande “falha” neste tipo de levantamento é a diferença entre o valor declarado ao valor real, como está colocado na matéria. Fora um detalhe que o jornalista Gustavo Mota destaca:
Prestação de contas dos deputados: O problema não é de quem declara bens e sim de quem tem “laranjal” e guarda grana em casa. Estes estão felizes da vida. Nem chamam a atenção. Continuam “pobres e honestos”…
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Certo, mas vamos partir de um princípio que qualquer pessoa com um pouco de bom senso concorda:
NINGUÉM FICA MILIONÁRIO GANHANDO 20 MIL REAIS POR MÊS
Ponto.
O cara pode financiar um apartamento em sua cidade, um carro, uma casa na praia, sei lá. Assim mesmo é difícil um parlamentar com métodos tradicionais guardar dinheiro.
Temos que considerar que existem pessoas de famílias ricas que ingressam na vida pública. Ou pessoas que enriqueceram antes de concorrer. Existem outras possibilidades, mas não são muitas.
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Conheço deputados que são pessoas simples. Levam uma boa vida, com os filhos estudando em bons colégios, viagens pelo mundo, tal e coisa, mas nada além disso. Administram bem o que ganham e não se metem em mutretas. Não cito nomes, me entendem.
Vários são de famílias ricas e conseguiram até aumentar o patrimônio. Mais do que normal.
Em compensação conheço alguns que são, hoje, realmente milionários. E se tornaram ricos depois de se elegerem e se meterem com governos, empreiteiras, etc. Um, por exemplo, foi sempre um cara simples, que vivia de salário. Hoje é dono de uma tremenda fazenda, outra com plantação de arroz, inclusive com beneficiamento, e mora em belas residência tanto em Brasília como em sua cidade no interior. Aí fui conferir o seu patrimônio e o cara-de-pau declara uma merreca.
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Gostaria de ver o Grizotti investigando a vida de alguns deputados estaduais e federais.
Até poderia sugerir alguns.
Também teria que mostrar os que tem uma longa vida pública e, além de não ostentarem, não são ricos. São pessoas normais.
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Tem um outro tipinho: O sujeito tem um patrimônio mínimo e gasta, a cada eleição, mais de um milhão de reais.
Se não fosse um sinal de roubalheira descarada, dava um hahahaha. Mas não tem a menor graça.
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ponto midiático
FARID ESTÁ MUITO VIVO – Ontem, a vítima foi o jornalista Farid Germano Filho. Pelo twitter, um babaquinha postou que ele tinha morrido. E a notícia se espalhou rapidamente. Farid recebeu mensagens de todo o Brasil e até do mundo, de pessoas preocupadas. Não preciso nem falar da ansiedade de sua família.
Mas ele foi na Delegacia de Polícia especializada para tentar identificar o bandido idiota.
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AINDA NÃO VI – Por absoluta falta de oportunidade ainda não conferi a performance do jornalista Voltaire Porto na apresentação do Balanço Geral, da TV Record. Ele já estava fazendo o programa aos sábados.
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NAS ENTRELINHAS – Quando o amigo ler “…informação que circulou na rede…” entenda: é mais uma notícia, em primeiríssima mão, do Blog do Prévidi.
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BOBAGENS MIDIÁTICAS – Insistem em chamar os blequi bloquis de “ativistas”. Chefes de bandidos de torcidas organizadas de “líderes”. Um casebre humilde, a popular maloca, é “residência”. Essa escutei hoje de manhã: “…a mulher foi assassinada com, pelo menos, três tiros…”.
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JORNALISMO DO CHAVES – Ontem me chamou a atenção uma matéria no Jornal Nacional porque vi um mapa do RS. A matéria já estava no final.
Aí escutei a repórter falando, mais ou menos assim: “… as pessoas se encontram depois de caminhar a pé“.
Deve ter sido em combinação com a matéria que destaquei ontem, do Zero Hora:
– Estou sempre feliz – disse, lacônico e sorridente, entrando para dentro de casa.
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ponto da perguntinha
Do jornalista Gilnei Lima:
As religiões (todas) são os partidos políticos de algum deus?
Seus templos e igrejas são seus diretórios. Existe toda a estrutura partidária em cada um. Nos programas de campanha para eleger o melhor deus, vale tudo: mentir, enganar, receber doações, captar recursos, adquirir empresas para o partido. Tem discurso inflamado, e até emotivo, que leva às lágrimas e aplausos. Vale até matar para chegar ao poder.
O que os correligionários da Divindade nunca se perguntaram é: Deus é candidato?
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ponto das eleições
“PESQUISAS MANIPULADAS!!” – Pela última pesquisa do Ibope, dona Dilma está com 38%, Aécio tem 22% e Eduardo Campos 8%. Como estarão analisando os meus amigos do PT? Mais uma pesquisa manipulada? Já sei: “A cumpanheira Dilma está com mais de 70 por cento dos votos!! Esses números são mentirosos, manipulados!!”.
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CHANCES PARA CANDIDATOS – Na sexta, posse na Fiergs; na segunda, posse na Fecomercio.
Nas duas uma grande quantidade de candidatos;
Precisa desenhar?
Claro, os maiores “apoiadores” das campanhas estavam presentes.
Dãããã!!!
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O MAIOR CABO ELEITORAL – Da candidata do PP ao Governo, Ana Amélia. Acontece que se ela se eleger, a sua vaga no Senado será ocupada por José Alberto Wenzel e o segundo suplente é Márcio Bergonsi Turra
José Alberto Wenzel, 62 anos, é geólogo. Foi secretário da Saúde, vereador e prefeito de Santa Cruz do Sul. Chefe da Casa Civil e secretário de Relações Internacionais de dona Yeda. Claro, é do PSDB.
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Coletiva de Tarso em Gravataí |
TARSO FERNANDO EM GRAVATAÍ – Com o governador e candidato à reeleição Tarso Genro na linha de frente, a militância da Unidade Popular Pelo Rio Grande foi recebida com festa nas ruas do Centro de Gravataí, no final da tarde de ontem.
Acompanhado da candidata a vice-governadora Abgail Pereira e por candidatos a deputado federal e estadual, Tarso conversou com trabalhadores do comércio local. Tarso e Abgail ainda pararam para tomar um café na Praça Borges de Medeiros, depois seguiram com a militância até o salão de eventos da Igreja Matriz Nossa Senhora dos Anjos, onde aconteceu a plenária de campanha.
“Os nossos militantes vão colocar a bandeira no ombro e sair nas ruas com a certeza de que não vão perder nenhum debate quando compararem o nosso governo com os demais”, afirmou o governador.
“Hoje nós falamos com os prefeitos e eles nos dizem ‘não quero mais recursos para a saúde, o que eu tenho eu não estou conseguindo mais aplicar’. Isso acontece porque nós estamos distribuindo os recursos de maneira republicana, sem olhar para o partido do prefeito, e também porque chegamos ao objetivo histórico de investir 12% em saúde”, afirmou.
“O projeto que representa o Rio Grande é o nosso”, disse o candidato da Unidade Popular, ovacionado pelos militantes presentes ao evento.
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PESQUISAS – Do Políbio Braga:
Acontecem coisas inusitadas, inusuais e inaceitáveis nas atuais eleições do RS, mas nenhuma delas tem como protagonistas os candidatos ou os Partidos políticos.
Surpreendentemente, quem age mal é a mídia.
Pela ordem:
A Rede Record mandou fazer pesquisa junto ao Instituto Methodus e sentou em cima dos resultados, sem dar explicação alguma aos seus leitores, telespectadores e ouvintes.
A RBS fez o mesmo com a pesquisa do Ibope, sentando em cima dos resultados do segundo turno.
Afinal de contas, este tipo de desrespeito com o distinto público não é nada aconselhável para quem vive de credibilidade junto a ele.
ponto g
NÃO ACREDITO!! – Escutei hoje na Rádio Gaúcha: “… promoção Engage Eventos”.
Hahahahahaha!!!! Promoção de uma empresa que, na real, não existe mais.
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GRANDES POLÍCIAS – Sem alarido, as polícias do Rio de Janeiro botaram em cana os bandidinhos dos blequi bloquis.
Engraçado é que todos os que deram suporte aos bandidinhos estão tirando da reta.
Até uma “deputada estadual” do Psol.
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A MELHOR DO MUNDO!! – Tá certo, vão dizer que eu sou um babão de Montevidéu. Mas a melhor pizza que conheço é a da Il Mondo della Pizza. Aí está a “muzarela”. O feliz aí é o meu filho (ele mesmo, aquele que desde gurizinho era o meu webdesigner e hoje é apenas filho):
Detalhe:
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ALÔ POTI SILVEIRA CAMPOS!! – Sei que o jornalista está na busca incessante pela “pizza perfeita”. Vale a pena conferir esta. Não apenas em Montevidéu, mas em todo o Uruguai, até aqui na fronteira.
Por um detalhe fundamental: a muzarela deles é deliciosa – a nossa não tem gosto, ou melhor, tem gosto de “papel”.
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ponto da piadinha
Essa é do grande Sampaulo.
Veja mais no http://sampaulocartunista.blogspot.com.br/
(clica em cima que amplia)
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Piadinha do jornalista Cláudio Andrade:
Liguei pro vidente pra fazer uma consulta.
E ele:
– Alou, quem está falando?
Desliguei na cara.
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ponto final
ESTRESSADOS
Marco Poli, jornalista, direto do Velho Mundo
Em meu primeiro sabadão pelas ruas de Lisboa, dei pela falta daquela quantidade interminável de ônibus e bondes circulando pelo Bairro Alto. Cheguei a pensar na possibilidade de aquilo tudo não funcionar e eu ter de caminhar até o Cais Sodré, ao que meu joelho ameaçou pedir asilo na embaixada do Uruguai, como bom inflamado reclamante estressado. Mesmo assim fui até a parada de ônibus mais próxima e perguntei à jovem que ali pacientemente aguardava sua condução se, havia autocarros no sábado. Ela sorriu e respondeu faceira: “não se preocupa que hoje eles demoram mais, mas vêm”. Era baiana e sua simpatia deixava isso claro.
Aproveitamos o átimo para saber um pouco mais de cada um. Ela foi levada do Brasil por uma família portuguesa, para trabalhar como doméstica. A exigência da função era a mesma que no Brasil; os pilas um pouco mais generosos do que ela ganhava em seu país de origem, tanto que já fizera poupança suficiente para montar uma escola de educação infantil na Boa Terra, que estava aos cuidados da mãe, gerando conforto para tantas outras mães que precisam trabalhar fora e saber onde e com quem estão os filhos, além de gerar renda para a própria família. Pegamos o ônibus onde sentamos confortavelmente -não vi gente em pé nos autocarros de Lisboa – e seguimos conversando rumo ao cais, onde cada um tomaria seu destino.
Depois de ouvir sobre as vantagens e desvantagens de ser doméstica na Europa, comentei com ela que os direitos e vencimentos da profissão nas terras brasilis já não eram tão parcos como outrora, mas entrar em um ônibus com 8 pessoas por metro quadrado, ao fim de uma jornada de trabalho fatigante e levar duas, 3 horas até chegar em casa, sendo amassada, apalpada e cantada por gente que jamais viu antes, faz toda a diferença. “Qualidade de vida” ela definiu, é a diferença.
É isso! Os portugueses, ao contrário de seus filhotes americanos, não são estressados. As coisas por aqui funcionam e não há porque se preocupar com o ônibus lotado, com a falta de respeito e com a falta de segurança. Lembrei de um voo em que retornava ao Brasil vindo da África do Sul. Sou ruim de dormir em avião e, quando passou o efeito do vinho da janta, levantei e fui procurar alguém com quem conversar. O único sinal de vida era uma luz na copa intermediária da aeronave, para onde me dirigi. Acordado e em pé, o comissário zulu, com quase 2m de altura perguntou em que poderia me ser útil e começamos a conversar. Até que perguntei quantas vezes por semana ele passava a noite em São Paulo; ele respondeu duas. Ri e sugeri: “deve fazer festa direto…” ao que ele cortou e comentou rispidamente: “não saio do quarto do hotel. Morro de medo de vocês e sabe por quê? Porque vocês são estressados demais. E sabe por que são estressados? Porque trabalham demais e ganham de menos”. Touchê!
Esse é o nosso mais grave problema na Brasil: somos estressados. Demais. Trabalhamos como escravos, ganhamos mal, ou quando conseguimos melhorar os vencimentos, não temos infra-estrutura mínima para garantir a qualidade de vida de que falava a doméstica baiana. Não basta ganhar um salário um pouco melhor. O ser humano para viver dignamente em sociedade tem de ter o direito a escolas de turno integral em todos os níveis, ao alcance de cada comunidade. Precisa de um sistema de saúde pública que realmente acolha e abrigue, dando tranquilidade. Necessita de segurança como tivemos nas cidades sede da Copa do Mundo, o ano todo, pra poder voltar pra casa depois da jornada de trabalho com paz no coração. E tem que ter um sistema de mobilidade urbana onde seres humanos não precisem se sentir como sardinhas enlatadas, nem sejam obrigadas a passar 3 a 4 horas dentro desse transporte a cada dia. Algum candidato à presidência da república de além mar tá oferecendo isso?
Sensacional o TF em Gravataí. Admitiu que a cidade está insegura e que estão pensando num concurso pra Brigada. Ou seja, daqui 3 anos teremos segurança.
Outra coisa é o Hospital Regional na cidade. Um dia disseram que vinha, no outro desmentiram. Aí o prefeito disse que estava tudo OK, só dependia do governo do RS. Agora o governador diz que só depende da prefeitura.
E a RS 118? Obra de 16 anos. Na terça, o secretário de infraestrutura garantiu que 13km ficam prontos até setembro. O Tarso diz que a obra não acaba nesta gestão.
Caminhar a pé integra o Padrão Globo de Jornalismo. A mulher do senhor Bonner, faz algum tempo e durante o Jornal por ambos apresentado, meteu-se a repórter quando dos deslizamentos na região serrana do Rio de Janeiro e disse: deixamos o carro estacionado e estamos, eu e o repórter CAMINHANDO A PÉ.
O Voltaire Porto convence bem nesta segunda passagem no comando do BALANÇO GERAL. A primeira vez parecia forçado, quase uma marionete recebendo ordens pelo ponto eletrônico, agora descobriu a naturalidade. Talvez tenha feito meditação, tomado um tranquilizante, tomado umas aulas de teatro, não sei. Mas agora está muito bem, apesar de preferi-lo como repórter, que é sua praia. Falando nisto que retorna ao Estado neste fim de semana é o Giuliano Marcos. Diz ele que vem gravar duas matérias. Sei não, pela insistência que ele aparece no BG local com matérias que, apesar de bem produzidas, nada tem a ver com estado, acredito que ele pode ser o AS do baralho numa eventual saída repentina do gordinho.
Sobre o assunto enriquecimento na vida política, impossível não relembrar opinião do piloto Nelson Piquet sobre o assunto. O tricampeão, todos sabem, fez magnifica carreira na F; obteve fama e, claro, fortuna (por sinal, amplificada por investir, ao final de 1991, no setor de rastreamento de frotas – para resumir longo relato, ele obteve espécie de ‘direitos autorais’ sobre licenciamento). Evidente que, como empresário, Piquet, por ocasião à revista Quatro Rodas (edição setembro de 1992, pagina 97) teceu a seguinte analise sobre política:
“Qual é a explicação para esses políticos, que gastam uma fortuna para se eleger, sabendo que jamais vão recuperar aquele dinheiro com o salário dos anos de seus mandatos? Tudo na vida é comércio, mas esse ‘investimento’ eu não entendo. Devo ser um idiota… ou eles certamente são muito sabidos”.
Eu concordo 100%. E digo mais: Em diversas cidades do Interior, pessoas buscam cargo de Prefeito -ou, who knows, vereador – por causa de uma conhecida palavra – ego.
So what?
Sabemos, o custo de 'qualquer' campanha fica em torno de, no mínimo, R$ 500.000,00 (talvez eu tenha errado no valor… aprecio contribuição do Prévidi e leitores para este assunto). Então, minha dica para aquelas pessoas que moram no interior do Brazil e acham 'importante' ser prefeito (enfim, politico) para APARECER e ser FAMOSO, perante sua comunidade:
Direcionem esforços para o melhor esporte do mundo (Automobilismo!). Explico: com uma verba de R$ 500.000,00, QUALQUER pessoa poderá fazer carreira como PILOTO na Stock Car Brazil.
RESULTADO?
Ao invés da pessoa se eleger prefeito e ficar recebendo 'criticas' e 'cobranças' da população, ela iria participar de um evento que é televisionado, com direito à reportagens especiais, grande apoio da mídia e bla bla bla. Ou seja: o que é mais 'fashion' e nobre? Ser piloto de corrida, com direito à entrevistas em programas de esporte (além de aparecer na Globo e – claro – no Esporte Espetacular?). Ou ser um político, no qual criticas e cobranças se farão presentes 365 dias por ano, durante quatro anos? Portanto, para aqueles que acham o 'máximo' a carreira politica… think again: voces não precisam ser burros 24 horas por dia…
Com renovado agradecimento ao Prévidi pela oportunidade de manifestação,
Paulo McCoy Lava
Jornalista de Automobilismo