ponto do dia / midiático
RBS DEMITE MUITOS “COLABORADORES”.
O GRUPO DEFINHA. CULPA DOS JORNALISTAS?
(Se o presidente Melzer fosse corajoso, mesmo, diria: Sou o primeiro dos 130 demitidos)
– Querida, não vai ao supermercado, não compra nada. Economia total.
– Quéisso?
– Na próxima quarta não sei se vou estar empregado.
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Desde o ano passado que os veículos da RBS estão demitindo, toda semana. Dois, três, quatro. E as vagas fecham – quando muito contratam estagiários. Pelo jeito não deu resultado, em que pese a queda flagrante de qualidade em todos os níveis.
Nesta segunda, o – ainda – todo poderoso Eduardo Melzer anunciou em teleconferência aos “colaboradores” a demissão de mais 130. Já imaginou? O cara assistindo aquilo? E suportar até quarta? Sei que ficaram se olhando sem dizer nada. O facão pode atingir qualquer um.
Bem, qualquer um não. Porque os “executivos”, que adoram Toddynho com sucrilhos, devem estar com os empregos garantidos.
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Uma baita patifaria com os empregados. Típica de “primeiro mundo” – só que nos países civilizados os sindicatos interferem, brigam, fazem de tudo para manter os empregos. O que não é o caso dos jornalistas que estão na Zero Hora. Aliás, deve ter muito “sindicalista” adorando esse passaralho na RBS.
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Por mais paradoxal que possa parecer, Dudu Melzer teve muita coragem de anunciar este baita corte de pessoal. E também poderá ser muito covarde. Simples.
Se os veículos da RBS não estão no lucro, quem são os culpados? Os empregados, que só cumprem ordens? Ou os tais diretores, chefes e chefetes que aplicaram uma filosofia burra nos jornais, TVs e rádios?
Só vai sobrar para os “arigós”?
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Fora os comedores de sucrilhos com Toddynho, que são plenos de culpa pelo fracasso dos veículos. Fazem mestrado, doutorado em famosas universidades do mundo e chegam cheios de teorias babacas!!
E o próprio Dudu Melzer deveria fazer o mea culpa:
– EU FRACASSEI COMO PRINCIPAL EXECUTIVO DO GRUPO RBS. O PRIMEIRO DEMITIDO DESTA LISTA DE 130 SOU EU!!
Simples, não?
E parar com esta conversinha fiada de “reengenharia”, “eficiência”, “qualidade”.
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Sabe qual a importância da “carta aos colaboradores” assinada pelo Duda?
Nenhuma.
Papinho de moribundo.
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Aproveito para usar um comentário do jornalista Mario Marona (ex-RBS):
O dono da RBS anuncia que, num ato de coragem, fará um passaralho de 130 trabalhadores na redação dos jornais da empresa.
Coragem?
Respondo com trecho de um texto do historiador Tony Judt, no livro “O mal ronda a Terra”:
“Quando impõem cortes nos benefícios aos pobres, por exemplo, legisladores da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos demonstram um singular orgulho pelas ‘escolhas duras’ que foram forçados a fazer.
“Se um antigo costume ainda valesse, ser duro consistiria em suportar a dor, e não em impingí-la aos outros.”
Deve valer o mesmo para explicar o curioso conceito de coragem do dono da RBS. Coragem é sacrificar-se, não sacrificar os outros.
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E leiam este comentário, de um leitor anônimo:
Domingo, a editora da ZH escreveu um panegírico ao User Generated Content e o conteúdo influenciado pelos leitores e disse: “as redes sociais são demais”. Na semana seguinte, demitem 130 cabeças. Daqui a um ano, o jornal vai ser ‘user generated’. Claro que as redes sociais são demais, leitor não bate cartão.
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Amigos, não sou mestre e/ou doutor, mas a crise da RBS era até previsível.
Há muito anos que acontece isso:
– Esse jornal está cada vez pior!
– Mas vendemos mais do que todos os demais juntos.
Outra:
– Esse programa que vocês colocaram no ar é ridículo!
– É? Somos o líder disparado, com mais de 50 por cento de audiência.
Fácil de entender.
A venda avulsa dos jornais do Grupo RBS é ridícula, se comparada com o final do século passado.
Exceção para o Diário Gaúcho.
Rádios? Só a Gaúcha fatura.
TVs? Não se pagam.
Internet? Só prejuízos dese que começaram a investir.
Nada dá certo, mas a soberba é cada vez maior. Os egos são mastodônticos.
Se recomeçarem com alguma humildade, acredito que possam orgulhar o seu Maurício. E o doutor Jayme que apenas acompanha toda esta “movimentação”.
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Pra encerrar: acredito que o doutor Nelson Sirotsky vai voltar.
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ponto da fotografia
Um casarão amarelo próximo ao Parque Farroupilha, em Porto Alegre, é a sede central da campanha majoritária da Unidade Popular pelo Rio Grande (PT, PCdoB, PTB, PR, PTC, PPL, PR, PROS). O comitê da coligação de apoio à reeleição do governador Tarso Genro fica na Rua Venâncio Aires, esquina com Rua Santa Terezinha, no bairro Bom Fim.
O casarão, em estilo neoclássico, erguido no início do século 20, possui uma história interessante. O prédio pertencia à família Trindade, que alugava os fundos da casa para os artistas Elida Tessler e Jailton Moreira, que mais tarde fundaram um ateliê no espaço. Chamado de Torreão, o ateliê foi criado em julho de 1993 para ser também sala de aula e centro de estudos. Sua peça emblemática é a bela torre de observação, no topo do casarão amarelo, com três janelas em cada parede, uma escadinha muito estreita e uma pequena pia no canto.
(foto de Emilio Pedroso)
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Mulheres do PP no Brique da Redenção, domingo passado, em campanha por Ana Amélia ao Governo…
… e de homens, de todas as idade.
(Fotos de Daniela de Souza da Silva)
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ponto dos sumidos
Parece aqueles programas de rádio para encontrar parentes perdidos no mundo.
Só parece. É para que tenhamos notícias de pessoas que estão “sumidas” há tempo.
(Outro dia perguntei, no Facebook, se alguém tinha notícias de um jornalista, Ben-Hur Severo. Me disseram que faleceu. Não o via desde os anos 80.)
Certo? É só mandar o nome do seu “sumido” e alguma referência pelo jlprevidi@gmail.com
POR ONDE ANDA JANETE JOBIM?
Foi repórter da Rádio Gaúcha.
Estudou na Famecos-PUC.
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ponto da eleição
O QUE VEM POR AÍ, DEPOIS DO PERÍODO ELEITORAL?
Marco Poli, jornalista
A inacreditável sucessão em dominó da crise instalada no sistema financeiro internacional com a derrocada do Banco Lehman Brothers, em 2008, teve uma cauda tão longa que somente 6 anos depois está derrubando economias que se julgavam estarem surfando na onda desta débâcle. Pois a marolinha, pasmem, demorou mas derrubou os pilares em que se sustentava a política financeira do Brasil. Estagnado e sem crescimento há quase 2 anos e retornando à política de captação de recursos com o aumento contumaz dos juros, o atual governo brasileiro não consegue segurar a inflação, tampouco recuperar o crescimento da economia, que era de quase 6% em 2010 e está abaixo do 1% neste ano.
Pior que isso, as grandes empresas brasileiras, outro pilar de sustentação da atual política econômica, já dão sinais claros de que não pretendem segurar mais esse rojão. E começam a demitir. Depois que o governo encerrou a isenção de impostos federais sobre as empresas produtoras de eletrodomésticos da linha branca, o resultado é uma massa de demissões em toda o sistema de fornecedores.
Na indústria automotiva a recessão já atingiu do fabricante de carros populares às montadoras de implementos agrícolas, passando pelas fábricas de caminhões e carrocerias e até de tratores pesados usados na construção civil.
A direção da principal empresa siderúrgica de aço do País, anunciou o fechamento de uma de suas unidades em São Paulo. Claro, se as duas principais indústrias consumidoras de aço, a automotiva a linha branca param, quem produz o aço não tem muito o que fazer.
Se alguém acha que as demissões atingem apenas a indústria, é bom notar que a área de serviços urbana já ressente o problema. As empresas de comunicação, já notando a drástica diminuição nos anúncios, vem praticando o tradicional “passaralho”, demissões em massa que sempre ocorrem em momentos que a economia oscila. A maior empresa de comunicação do Brasil sul anunciou ontem 130 demissões e seus concorrentes locais já vêm fazendo isso silenciosa e gradativamente há algum tempo.
Isso tudo em ano eleitoral, onde a maquiagem de números e políticas macroeconômicas costuma ser uma chaga brasileira. Nem assim, com a sustentação de preços defasados nos combustíveis pela Petrobras e da energia elétrica, pelo sistema Eletrobras, a política está conseguindo sustentar o sonho de nação em desenvolvimento. Uma pena, mas resultado de 6 anos de fantasia no modo de encarar essa gigantesca crise, que fez como que economias bem maiores que a nossa, como os EUA por exemplo, apertassem o cinto, para só agora voltarem a crescer. Enquanto isso gastamos, gastamos e ainda estamos gastando.
Lembrando que, no ano passado, as contas públicas só fecharam por conta da inacreditável venda do Pré Sal para os estrangeiros. Este ano, não tem outro patrimônio público nacional para vender a preço vil ao capitalismo internacional, logo a marolinha vai afundar esse barco. Há quem diga que já afundou e estamos vendo passivos um cadáver adiado crescer unhas e cabelos, deitado com os pés juntos. Agora cabe ao eleitor decidir se fechamos a tampa, ou injetamos cortisona e aplicamos desfibrilador ao moribundo.
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ponto g
CONFRARIA DO CACHORRO QUENTE
O 6º Encontro Histórico da CCE será nesta quinta, dia 7, a partir das 19 horas, no Posta del Diablo, na rua Lima e Silva, 587 (Cidade Baixa), ao lado do Nicu’s.
Reitero que todos são convidados para saborear as delícias de um pancho com uma legítima cerveja uruguaia.
IMPERDÍVEL!!
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FESTIVAL DOS DESAFINADOS – O amigo e leitor Marko Petek já tinha anunciado, na semana passada, que eles estavam de volta. Mas não tinha constatado. Desde domingo eles já se apresentam na minha rua, nas madrugadas. Eles mesmo, os sabiás.
Nesta madrugada foi conferir. Três horas. Muita desafinação na Redenção, e uma solitária na minha rua, ainda tímida.
Ai meu Deus!!
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ponto da piadinha midiática
A PRINCIPAL QUALIDADE DO “PRESIDENTE” DA RBS?
O NARIZ EMPINADO.
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E O CARA AINDA FALA EM QUALIDADE:
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ponto final
IDEOLOGIA MUMIFICADA
Glauco Fonseca
O fim de uma ideia boa é sempre uma lástima. Eu adorava as latas de Panquecas da Tia Jemima. Bastava adicionar leite, colocar numa frigideira e rapidamente surgiam pilhas de panquecas “american style” com Karo à mesa. Outra boa ideia era o Mandiopã. Que coisinhas fantásticas e saborosas eram aqueles flocos se expandindo em óleo fervente diante de nossos olhos. Não tem mais Néctar Yuki, nem Marabá, nem Crush, nem Mirinda Limão. Pensar que conseguiram liquidar com o Bauru do Coruja, com o Torta de Panela, com os crepes do Sancho Pança e com o Zé do Passaporte. Parece que há pessoas com “permissão para matar” boas ideias. Ainda bem que não terminaram com o Barranco nem com o Prinz ainda, esses facínoras. Já o “Mão-tem-du” que vá com o diabo que o carregue.
Há outras hordas à espreita neste métier. Uns querem acabar com a imprensa livre, outros com a carne vermelha. Existem os que criam e os que “descontinuam”. Há um terceiro grupo, contudo, ocupado em tentar a preservação do que já morreu mesmo, “morte morrida”, como diria Severino. São os famigerados “mumificadores” do século XXI.
Exemplos destes três tipos (criadores, descontinuadores e mumificadores) são encontrados facilmente em todo o mundo. Os mumificadores, principalmente, são facílimos de serem encontrados em universidades, veículos de comunicação, repartições públicas ou em bancadas de esquerda em todas as casas legislativas sul americanas e brasileiras. Possuem características radicais. Consideram que matar ou morrer em nome de uma causa ou de uma crença religiosa é hipótese plausível e que uma mentira pode ser espichada ad aeternum, como se fosse vidro fundido.
Vejamos, didaticamente, o que acontece com a “ideia” Socialismo: Alguém surgiu com uma tese a respeito de um sistema caracterizado pela apropriação dos meios de produção pela coletividade, com abolição da propriedade privada, com todos tomando parte na produção, com as desigualdades sociais sendo drasticamente reduzidas, uma vez que a produção poderia ser equitativamente distribuída. A ideia em si é boa, apesar de diversos questionamentos. Ninguém, munido de faculdades mentais decentes e moralmente equilibradas, seria contra algo que privilegiasse, hipoteticamente, o coletivo ao invés do indivíduo.
Em seguida, entram em campo os descontinuadores, também conhecidos como subversivos ou, por aqui no Brasil, reacionários de uma “elite branca”. Eles começaram a botar areia nas engrenagens ao fazer simples perguntas do tipo: “quem paga a conta?”, “como ficam as liberdades civis e religiosas?” ou “que fim levou a democracia, na prática”? Pronto. Apenas poucas décadas foram suficientes para que a doutrina se tornasse obsoleta, insustentável, tirânica, prevalecendo apenas seus vieses mais deploráveis. Em termos práticos, o socialismo morreu. Morte morrida.
Eis que surgem os Mumificadores, grupos que evocam não somente os valores mais arcaicos e retrógrados da doutrina, mas principalmente os vícios de outras, principalmente do capitalismo. São tipificados por diversos crimes de corrupção ao mesmo tempo em que levantam o punho cerrado ao entrar na cadeia posando como preso político. Estes grupos, não satisfeitos em tentar espichar a verdade a respeito da morte de sua utopia, cometem, em nome do que restou de sua dignidade social e política, crimes de todos os tipos, de assassinato a peculato, de concussão a calúnias e injúrias, ou seja, uma repetição incessante de delitos cometidos à sombra da ideologia falecida.
O socialismo está comprovadamente morto. Ao invés de se debruçarem por sobre uma nova ideia, os mumificadores preparam o cadáver para ver se ele renasce de novo no futuro, da mesma forma, do mesmo jeito e com a mesma cara que tinha quando morreu. Enrolam o corpo morto em uma “gaze de impunidade”, revestindo algo que está podre por dentro e que só poderá eventualmente se repetir no futuro como…farsa.
Prévidi, olha só isso aqui:
https://br.noticias.yahoo.com/blogs/laura-capriglione/tudo-o-que-voc%C3%AA-queria-saber-sobre-inaugura%C3%A7%C3%A3o-025715044.html
Prévidi sabe o q é pior? É babar no saco do PT durante 12 anos, aguentar calado as agressões do Tarso e de outros antes dele e omitir diariamente informações que são importante p os brasileiros – E NÃO FATURAR O SUFICIENTE PARA NÃO QUEBRAR!!. é muita incompetência sob todos os aspectos! Acho que o PT e RBS, pelo jeito, acabarão juntos finalmente…
Sobre o post: RBS DEMITE MUITOS "COLABORADORES".O GRUPO DEFINHA. CULPA DOS JORNALISTAS?
Tenho que dizer que você foi sensacional, como ex funcionaria da RBS, concordo com tudo que foi dito, a crise está sendo exposta somente agora, mas ocorre de fato desde o ano passado, há muitos meses os veículos e as DCNs(diretorias de comercialização nacional) instaladas em Brasilia, RJ, PR, SP estão no negativo sem bater metas,muito abaixo do esperado e isso em um dado momento iria ter um reflexo, e logico que esse reflexo iria afetar somente os funcionários "chao de fabrica, os peões". Quem está no topo e teoricamente tem o poder e/ou capacidade para resolver a crise, prefere sugerir corte de funcionários para se livrar e garantir o seu, isso de fato não é um ato de coragem, discursam sobre transparência porém só resolveram assumir isso agora, não jogam aberto com os funcionários tentaram camuflar a merda toda só que agora não deu!Discursam sobre o programa de meritocracia mas ele só funciona entre os cargos de alto escalão, não possuem critério de avaliação de nota e jogam sujo com os funcionarios, a reformulação não precisa ocorrer somente nos jornais ou veiculos, precisa acontecer com as pessoas que com sua bunda gorda ficam em seus cargos altos comendo sucrilhos com Toddynho como você mesmo disse!Retirar estes sim, talvez pudesse ser um ato de coragem.
obrigada pelo post!