Quarta, 6 de agosto de 2014

Atualizado diariamente até o meio dia.
Eventualmente, a tarde, notícias urgentes.





ponto do dia midiático

Uma manhã triste, cheia de incertezas, fofocas.
Parece que todos os que estão nos prédios da RBS estão num “campo de concentração”.
Dispensas na área administrativa, desde ontem.

SERÁ QUE A ENGAGE EVENTOS, EMPRESA FALIDA DA RBS, ESTÁ ORGANIZANDO O ANÚNCIO PRESIDENCIAL DOS 130 – OU MAIS – “COLABORADORES” DEMITIDOS NESTA QUARTA? QUEM SERÁ O APRESENTADOR?
LUCIANO HULK E FERNANDA MONTENEGRO?
QUEM SABE FAUSTÃO E FERNANDA LIMA?

DIÁRIOS ASSOCIADOS, CALDAS JÚNIOR:
O GRUPO RBS VAI PELO MESMO CAMINHO?

Entendidos já desenvolveram dezenas de teses sobre o fim da fotografia com a chegada do cinema. Assim como a aposentadoria do rádio com a popularização da TV. E o sepultamento de jornais e revistas pela internet. A única que mais se aproximou foi o fim das cartas pela facilidade do e-mail – e mesmo assim tem entendido que afirma que o fim do e-mail está próximo.
Todos foram se adaptando as novas realidades.
Alguns erram feio.
No final do século passado, a RBS se meteu na telefonia móvel, como se fosse uma barbada. Levou uma surra dos que realmente entendiam do riscado. E conseguiu pular fora a tempo.
Antes tentaram a internet, com o ZAZ. Não deu, venderam e se tornou o Terra.
Se meteram com TV de assinatura – NET Porto Alegre. Venderam.
E a TV Rural?
Por último, a empresa de eventos, Engage, praticamente faliu.

Agora, quando sentem na pele que a Comunicação muda muito rápido, o que fazem?
Investem em vinhos e cervejas.
Como escreveram no Facebook:
A pessoa fez treinamento pra virar presidente vendendo bala em quiosque de shopping. Esperar o que, né? Deve estar achando que vender vinho vai fazer dele menos jeca.

Um leitor do Blog assinalou:
Duas empresas de comunicação – RBS e Record – me deixam preocupado.
Uma investe no vício: cervejas e vinhos. A outra na fé do povão construindo um templo de 650 milhões de reais. Comunicação Social que é bom, nada. Só lixo e jornalismo chapa-preta – mais que chapa branca. Chapa-preta é primeiro escalão do oficialismo e pode estacionar em qualquer lugar… Melhor mesmo é ficar informado pelos blogueiros independentes.
Não custa lembrar o velho Roberto Marinho que dizia sempre: “Um jornal começa a morrer dez anos antes”. Isso vale para qualquer empresa de comunicação social.

Acredito que eles se convenceram de que estão fazendo tudo errado – jornal impresso, rádio e TV. Poderiam continuar ainda um bom tempo faturando, algumas décadas, pensando sempre que em pouco tempo, o Brasil vai ter meia dúzia de jornais diários de abrangência nacional. E vários bem segmentados. O Zero Hora, por exemplo, deveria se tornar o “jornal da província”, com pretensões mínimas. As TVs e as rádios? Repetidoras.
Não terão saída, até porque eles não descem do salto alto. SEMPRE vão ser arrogantes – “somos o maior grupo de comunicação da região sul!!”.
A SOBERBA E A INCOMPETÊNCIA OS COLOCARÃO COMO DONOS DE BOLICHO.

O jornalista Mário Marcos de Souza escreve:
A carta do presidente da RBS aos funcionários é um monumento à insensibilidade. Além da crueldade de anunciar na segunda-feira a divulgação de uma lista de demissões de 130 funcionários para a quarta-feira, três dias angustiantes depois, ele misturou na mesma carta as ‘justificativas’ e os investimentos. No mesmo texto em que fala das demissões, dá uma garantia de bons negócios aos acionistas, falando até em sites de vinho e cerveja. Deveria, ao menos, ter separado os temas: uma carta aos ‘colaboradores’, com aquele conhecido (e vazio) discurso de que todos são muito importantes, e outra aos acionistas, talvez destacando que nenhum deles ficará com problemas na consciência pela demissão de tanta gente – desde que o lucro seja garantido, claro. Do jeito que foi só faltou incluir na carta um pedido para que os degolados aplaudam a decisão da empresa.

A qualidade que o “presidente” faz questão de destacar nos veículos da RBS:

Negociação

Robinho fica perto de volta ao Santos: “Houve um avanço, faltam detalhes”

Atacante deve fechar contrato de empréstimo de um ano, mas pode deixar o clube antes do período. Advogada mostra confiança em desfecho positivo


05/08/2014 | 16h41

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ponto da fotografia

O grande fundador do Grupo RBS, Mauricio Sirotsky Sobrinho.

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ponto dos sumidos

Parece aqueles programas de rádio para encontrar parentes perdidos no mundo.
Só parece. É para que tenhamos notícias de pessoas que estão “sumidas” há tempo.
(Outro dia perguntei, no Facebook, se alguém tinha notícias de um jornalista, Ben-Hur Severo. Me disseram que faleceu. Não o via desde os anos 80.)
Certo? É só mandar o nome do seu “sumido” e alguma referência pelo jlprevidi@gmail.com

POR ONDE ANDA NELSON PACHECO SIROTSKY?

Filho do fundador da RBS, ex-presidente do Grupo e avalista da indicação de Eduardo Melzer para o supremo cargo.
Hoje, as empresas fundadas por Maurício Sirotsky enfrentam a maior crise financeira e ele não se manifesta.

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ponto g

NA REAL – Do Facebook: TEVE TERREMOTO EM GRAMADO, mas parece que pra sentir o tremor a pessoa tinha que pagar R$ 100.

A PROPÓSITO – O Terremoto foi produzido pela Engage Eventos, empresa falida da RBS?

CONFRARIA DO CACHORRO QUENTE (PANCHO)




Sim, pancho!! Porque é uma casa uruguaia!!
O 6º Encontro Histórico da CCE será nesta amanhã, dia 7, a partir das 19 horas, no Posta del Diablo, na rua Lima e Silva, 587 (Cidade Baixa), ao lado do Nicu’s.
Reitero que todos são convidados para saborear as delícias de um pancho com uma legítima cerveja uruguaia.
IMPERDÍVEL!!

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ponto da piadinha

No www.sul21.com.br:

5/ago/2014, 16h22min

Latuff e os cortes

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ponto final

PODER E COBIÇA

Paulo McCoy Lava *

Creio que o Prévidi e demais leitores conhecem o filme ‘Wall Street(Poder & Cobiça). Também penso que voces lembram o seguinte: Michael Douglas, astro principal, interpreta o comprador de empresas Gordon Gekko. Ainda dentro deste cenário positivo, vocês irão lembrar a famosa cena em que Gekko discursa perante acionistas de uma empresa falida.
Então, veja como ficaria parte do discurso se o personagem estivesse analisando o cenário editorial ( = adaptado à realidade brasileira e, claro, gaúcha…).
“O Brasil… o Brasil se tornou inoperante em diversos sentidos. O déficit fiscal de muitas empresas provoca pesadelos. Porém, no passado, nosso país era uma potência. O Chateuabriand, os Civitas, os Azulgarays, homens que construíram impérios da comunicação, granjearam estima e respeito porque, mais do que erguer empresas do zero, preocupavam-se com a continuidade do negócio. Hoje, a gerência de diversas empresas de jornalismo não está nem aí para os funcionários de renomada e comprovada folha corrida. Aliás, aonde o senhor ‘X’ investe seu salário? Não na empresa aonde foi contratado como gerente. Ele, assim como tantos burocratas, está mais preocupado com seus jatinhos, pescarias e aparecer ao lado de modelos que tem idade de serem filhas!”
Um ‘gerente’, bravo, intervém:
“Isto é um ultraje, Gordon. Componha-se. Você é dos nossos…”
Gordon responde:
“Negativo. Não me compare. Até porque, não é de hoje que constato que a nova lei da evolução no Brasil corporativo é a sobrevivência dos inúteis. Porém, no meu livro, ou você age certo, de acordo com o que é direito, da maneira correta como foi feita no passado… ou você é eliminado do jogo. O ponto, ‘ladies and gentleman’… É que a ambição, por falta de melhor palavra, é sadia. A ambição move o mundo e capta a essência do espírito evolutivo humano. E a ambição em fazer as coisas certas – marquem minhas palavras –, é o que usarei para salvar esta mal conduzida empresa de comunicação. E ambição para fazer coisas corretas, igualmente deveria ser usada para salvar a QUALIDADE do jornalismo praticado no Brasil.
Acionistas aplaudem. E Gordon Gekko agradece: thank you!
* Adaptação by Paulo McCoy Lava – jornalista. Alguém que assistiu Wall Street mais de 100 vezes, sendo cinco delas apenas em 2014…

8 comentários em “Quarta, 6 de agosto de 2014”

  1. . Vi que o sindicato está preparando para sexta-feira uma manifestação na frente da RBS. O sindicato não tem que fazer piquete na frente da RBS implorando por emprego. Nem ficar batendo boca implorando aumento de piso. O sindicato tem que fazer conferências, debates, seminários, buscando novas alternativas para jornalistas e comunicadores. A tecnologia está ai, esta substituindo o homem, sempre foi assim e não vai mudar. É impossível parar o progresso. No começo do século XX eram necessários no mínimo 5 pessoas para produzir uma única matéria para jornal, no final do século XX era necessário apenas 1, e agora neste começo de século 1 única pessoa produz várias pautas por dia. Uma única pessoa pode fazer um jornal inteiro, se for 0nline, ou semanal, mensal. Chega de implorar por emprego sindicato, ta na hora de buscar novas alternativas de empregabilidade. Nada para o progresso. Ainda acredito que ninguem mais vai assinar jornal para ler amanha o que todo mundo esta lendo hj de várias fontes diferentes na internet. Quem não concorda comigo, tudo bem, mas basta abrir os olhos e ver!

    1. Jornal impresso acabou. Quem tem minha idade (32 anos) ou menos, jamais comprou nem comprará papel. Televisão na minha casa só existe para deixar o notebook conectado na porta HDMI e assitir filmes e séries na internet. Nem antena tenho mais. A RBS e toda e qualquer GRANDE empresa de comunicação estão com os dias contados. Não há escapatória, o tempo não anda pra trás.

    2. Pois eu acho que o sindicato esta certo. sou estudante de jornalismo, e na faculdade aprendemos como escrever um bom texto para trabalhar nos jornais, como apresentar telejornais, fazer boas matérias e depois que sairmos vamos fazer o quê? Tem que colocar pressão para contratar e não demitir. As pessoas lem jornal e assitem TV, e alguém precisa estar la, esse alguém é o jornalista. Somos nós. Todos os anos se formam mais de 800 jornalistas aqui no estado. Se a RBS não contratar o que vamos fazer das nossas vidas. Só aprendemos isso! Tem que fazer protesto na frente da RBS e pedir empregos sim!

    3. Então, Anônimo, você acha que uma empresa pode contratar os outros para "dar" emprego porque o sindicatozinho quer? Acha que estamos na União Soviética? Cuba? Qualquer empresa tem que dar lucro e, convenhamos, o jornalismo no Rio Grande do Sul não se reinventa há muito tempo. O sindicato tem que parar de chorar e ser pidão e começar a fazer o que sempre deveria ter feito: Zelar pela qualidade dos profissionais do meio para que ele não morra.

    4. Caro estudante, uma sugestão: aproveita o momento para conhecer melhor o mercado e abrir a cabeça.
      Existem outras oportunidades, até mesmo com negócios próprios.
      Se a RBS paga muito mal é porque há ainda muita gente disposta a trabalhar lá por miséria, por não procurar alternativas.
      Pensa nisso e usa a faculdade pra aprender algo de Internet, também.

    5. Que piada. Tem que manter os empregos porque cara pálida? Pra você ter o que comer? Se a sua profissão tornou-se obsoleta devido à tecnologia e aos novos tempos, alguém é obrigado a te contratar e continuar te bancando? Sério que você quer ser a minha fonte de informação? Acorda pra vida.

  2. Zero Hora e RBS "começaram a morrer" há vinte anos, quando da contratação do Augusto Nunes para Diretor de Redação. Quiseram transformar ZH em um "jornal nacional" e não dava tempo (devido a circulação) de publicar o resultado do GRE-NAL do domingo. Esqueceram da província. Não conseguiram o objetivo de se tornar em um jornal de circulação nacional e estão perdendo a província. Um ex- Diretor da RBS (já retirado) cantou esta pedra em livro chamado, parece, "O Alto Falante do Poste".

    Um abraço,
    Eduardo Stein.

  3. O que o anônimo das 11:37 e o Collovini escreveram foi algo parecido com o que escrevi dias atrás e que, aparentemente, não chegou, visto que não publicastes sobre a falta de importância de empresas jornalísticas e, por conseguinte que venham a sumir do mapa ou que, na melhor das hipóteses venham a se ‘reestruturar’ (é esse o eufemismo mais adequado?) no sentido de se encolherem tanto em tamanho quanto na sua importância.
    Não sou do jornalismo, como vejo que é a maioria que tá postando comentários. Tenho uma opinião sobre o jornalismo que talvez não seja verdadeira (que seja…) que quando ela se desenvolve fora dos (verdadeiros) centros do poder, ela é, na melhor das hipóteses, de importância secundária. E é o caso do jornalismo no RS.
    Não sei se tô ‘viajando na maionese’, mas tem muito a ver com a importância do RS no atual contexto. Não dá pra comparar com 30, 40 anos atrás quando o estado reinava quase absoluto na agricultura (e daí vinha sua importância pro país – visto que industrialmente sempre foi nanico na comparação com SP), daqui saiam a maioria dos generais-presidentes, etc.
    Mesmo morando no RS, mas com a internet que me permite acessar notícias de todo o mundo, por que deixaria de ler uma notícia na Reuters, na Associated Press, ou no NYT – que, aliás, assinei on-line de ‘grátis’, me permitindo ter acesso ilimitado as suas notícias por 4 semanas, com possibilidade de renovar por mais 4 semanas por 99 centavos de dólar – pra ler a imprensa gaúcha? E se eu não quiser pagar esses 99 centavos, ainda por cima, tenho a Reuters, o The Guardian inglês e o El País espanhol que, não têm (ainda) essa frescura de limitar para cobrar os acessos as suas páginas…coisa que a ‘poderosa’ RBS faz…ainda lembro que me mijei rindo quando ela justificou que fazia isso, pois os sites dos principais jornais mundiais faziam isso…
    Não leva a mal, Prévidi…sempre digo aos meus amigos que a gente só deve prestar atenção à imprensa do RS para duas coisas: saber os resultados dos jogos do Grêmio e do Inter além de saber se a falta de água irá atingir o bairro onde o cara mora. Pra saber das novidades da política? Pro cara se interessar por política no RS (e mesmo no Brasil) só se for futrica de política paroquial, visto que como qualquer país periférico como o nosso, quem decide o que acontecerá aqui é decidido lá fora…pra se interessar pela política paroquial só se tiver pendor pra ser CC ou por simpatia pessoal por essa ou aquela figurinha política…

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