ponto do dia

RUÍDOS

Paulo Motta, jornalista

Há pouco conversava com um amigo sobre os ruídos que deixamos entrar nas nossas vidas e como lidamos com essas coisinhas muitas vezes enjoadinhas.
Tempos atrás, saía do trabalho e deixava lá os telefones, ramais e seus gritos laborais até o outro dia. Hoje, eles vêm comigo e nem no banheiro me deixam em paz.
Quem nunca foi interrompido durante um momento íntimo daqueles de tirar o fôlego e a porcaria do artefato começar a te chamar, prenunciando bronca, hein?
Pior se o numero for o da patroa, seu cafajeste!
Aí temos o bi-bi-bi do microondas, a campainha da porta e o porteiro eletrônico te pedindo um pratinho de salmão ao molho de alcaparras que tu não queira mais.
Se o celular fala, a buzina do demente atrás de ti urra, lembrando que o sinal abriu, seu bocaberta! Se pensarmos com serenidade – sim, é possível, mesmo sóbrios – somos verdadeiras muralhas intransponíveis de sanidade, perceberam isso?
Toda a vez que se inicia um novo ano penso em fugir dessa demência diária à qual fui amestrado desde a mais tenra idade – parece papo de canibal – e me adequei numa boa, salvo alguns pés-na-bunda de moçoilas voláteis e uma que outra rejeição por parte de moçoilas não tão voláteis assim.
Fugir talvez não, mas ficar olhando de longe essa divertida esculhambação numa casinha lá longe, sem o risco de estacionar um carro amarelo rebaixado tocando “tchutchuca levanta a perninha, tchutchuca vou comer tua baranguinha” e outras pérolas do tipo.
Enfim, estou entrando no quinquagésimo quinto ano de vida e nunca sei o que dizer pros amigos além do clássico ‘Feliz Ano Novo!’ mas vou tentar traduzir o que meu coração tenta, me puxando o braço que nem criança querendo mais uma fatia de bolo.
Gostaria que a natureza fosse mais generosa com os excluídos. Com os excluídos emocionais, aqueles que não tem sensibilidade, que não foram agraciados com a tolerância e o amor aos semelhantes; com os insensatos que passam por cima de muitos para afirmar sua insignificante arrogância. E àqueles que pensam que dinheiro é o fim e não o meio para se chegar a algum lugar.
Acho que ainda não agora, mas futuramente vou querer aquela casinha pintada de azul lá no fundo do campo com cachorros e alguns patos na beira daquela lagoa ali do lado. Se tiver algumas ovelhas e bergamoteiras não fico brabo.

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ponto da fotografia

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ponto do tiete

Espaço a disposição! Fotos para jlprevidi@gmail.com

Em Torres, a jornalista Cristina Duarte e Leonardo Boff.

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ponto midiático

O BALDE – Volta ao ar hoje o “Chutando Balde”, no Balanço Geral da TV Record. O quadro sempre foi uma verdadeira identidade direta da emissora com o povo gaúcho no programa Balanço. A atração já foi ao ar 124 vezes. Quem participa fala sobre seus problemas e vale tudo, desde a briga com a sogra, ex-marido até os buracos da rua, o povo desabafa e chuta o balde.
Raquel Rosa na direção e edição, também responsável pela nova vinheta com jingle especialmente criado pelo músico Alvaro Luthi.
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DESPEDIDA – Nestor Tipa Júnior escreve:
Hoje é o dia de fechar mais um ciclo. Chego hoje no Jornal do Comércio para escrever minha última página de uma história de um ano e três meses. Infelizmente precisamos fazer escolhas e estava complicado seguir com dois trabalhos em paralelo, por isso a partir de segunda me dedico integralmente à AgroEffective e seus clientes e parceiros.
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NA BOA – Renato Franco conta:
Fiz minha última entrada como repórter de televisão há quase 10 anos, pela Band. Neste tempo de andança, longe de minha terra, aprendi grandes lições e fiz bons amigos. Rodei um tanto e achei meu canto. Neste ano especial, em que casei com a doce Michele d’Angelo, também vibro com outra conquista: voltei pra TV como repórter concursado da Rede Minas.
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SE ACHA – Eduardo Escobar relata:
Aí a repórter da Rádio Gaucha, cobrindo a operação da PRF com radares na Rodovia do Parque, fica indignada:
– Os motoristas passam em alta velocidade, não diminuem, nem quando vêem as viaturas da PRF e os veículos da IMPRENSA…
Audácia da pilombeta! Tá se achando mesmo poderosa. Hahahaha!!!
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VICE – O SBT RS mantém sua média mensal de 2,7 pontos de audiência e empata na vice-liderança com sua principal concorrente (queda de 8%), na média das 24 horas de programação. Já no comparativo com o mês de maio, o SBT RS permanece com o resultado dos últimos três meses: 2,7 pontos, enquanto a concorrência apresentou queda 21%.
Na faixa da manhã, das 06h às 12h, o SBT RS retoma a vice-liderança de audiência e ganha destaque por ser a única emissora a apresentar crescimento em julho. Com 2,2 pontos de média e 13% de crescimento, contra 2,1 pontos da terceira colocada e 8,4 da primeira. As emissoras concorrentes sofreram queda de 5% e 10% respectivamente.
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No horário nobre, das 18h à 0h, o SBT RS foi a única emissora que não apresentou queda e mantém sua audiência em 3,8 pontos de média.
No período da madrugada, da 0h às 06h, o SBT RS segue na vice-liderança absoluta com crescimento de 12% e 1,8 pontos de média, contra 0,8 da terceira e quarta colocadas. A primeira colocada fechou com 8,6 pontos e queda de 11% no período.

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ponto da eleição

ATENÇÃO AGERT!! – O jornalista Gustavo Mota explica:
Pelas dezenas de ligações telefônicas que estamos recebendo aqui no QG de Rádio da Campanha que atuo, as emissoras do interior estão mais perdidas que deficiente visual em tiroteio. Não tiveram orientações sobre como distribuir os spots com os comerciais partidários,desconhecem o mapa de mídia da justiça eleitoral e por aí afora.
Estamos fazendo nossa parte, em nome da democracia, explicando os procedimentos, quando isso deveria partir da Associação Gaúcha das Emissoras de Rádio e TV, que pressionou e conseguiu da Justiça Eleitoral, a determinação de que o material seja enviado pelos CORREIOS. Um atraso tecnológico e estímulo a gastança.
Mas superamos esta arcaica e absurda determinação e já estão nas emissoras desde hoje 1600 CDS, com comerciais de governador a deputado estadual. Acontece, e agora, ATENÇÃO TRE, que muitas emissoras alegam que não receberam a autorização da Justiça Eleitoral e AGERT para veicular os spots.
Na boa, façam a sua parte por uma eleição limpa, igualitária e sem boicotes. Pronto falei. O bom de tudo isso, é que todas as rádios revelam que só o nosso material chegou, até agora!!!!! E podem nos pedir orientação, que vamos atendê-los com muita atenção e carinho.
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HORÁRIOS – Os programas eleitorais serão veiculados nas TVs, de segunda a sábado, das 13 horas às 13h50min e das 20h30min às 21h20min;  nas rádios, das 7 horas às 7h50min e das 12 horas às 12h50min.

GRAVANDO! – Desde terça, a candidata Ana Amélia, da coligação Esperança que Une o Rio Grande (PP-PSDB-PRB-SD) vem gravando sua participação nos programas de rádio e televisão da propaganda eleitoral que inicia no próximo dia 19. Em cenas gravadas em estúdio e em externas, os programas mostrarão os principais projetos da candidata frente aos diversos temas de sua campanha, seu trabalho como senadora e profissional de comunicação.
Para Cado Bottega, diretor de criação da Agência E21, trabalhar com a progressista é “bastante fácil, por sua larga experiência como comunicadora o tempo para gravação está sendo muito bem aproveitado”. A equipe de trabalho, composta por 26 profissionais, já vem acompanhando Ana Amélia em todas as suas agendas e ações de campanha, sendo responsável pela produção, captação e edição dos programas para rádio e televisão.
“Estaremos, em todos os programas, chamando pela participação das pessoas na campanha, convidando-as a se integrarem a nós nesta caminhada. Porque assim será, também, o governo de Ana Amélia”, afirma Marco Aurélio Ferreira, coordenador de campanha.
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VIEIRA DO CAFÉ DA MANHÃ – O candidato do PDT ao Piratini, Vieira da Cunha, apresentou propostas e respondeu perguntas formuladas pela Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado (Fecomércio) nesta quinta-feira, em café da manhã na sede da entidade.
Os empresários voltaram suas questões para as áreas econômica e tributária, o que envolve também infraestrutura rodoviária. Sobre o assunto, Vieira afirmou que irá reestruturar o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), e que no seu governo a recém criada Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) poderá conviver com empresas que firmarem Parcerias Público Privadas (PPPs) com o Estado.
“Este assunto (das PPPs) será tratado sem preconceito, num processo transparente. Tenho certeza que a população não se nega a pagar pedágio, desde que as estradas estejam em boas condições e que haja modicidade tarifária. Não vamos repetir o modelo de exploração implantado no Governo Brito, o qual eu votei contra como deputado estadual. Portanto, parceria sim, exploração não”, afirmou.
Questionado se no seu governo aumentaria impostos, Vieira foi taxativo ao afirmar que não elevará a carga tributária, por entender que ela já se encontra em nível altíssimo, o que prejudica o desenvolvimento do Estado e do país.
“Eu vou para o enfrentamento com a União, que não pode continuar sangrando o Rio Grande do Sul. Todos os meses 13% da nossa Receita corrente Líquida vai para Brasília. Nós (deputados federais) aprovamos na Câmara o projeto para renegociar a dívida e ele foi engavetado no Senado, por pressão do ministro da Fazenda. Assinamos em 1998 um contrato para pagar R$ 7,5 bilhões, já pagamos R$ 17 bilhões e devemos outros R$ 50 bilhões. Não precisa ser economista para saber que isto é inaceitável”, disse Vieira.
A última pergunta foi sobre a manutenção do chamado imposto de fronteira, cujo assunto está sendo estudado pela equipe técnica que trabalha na elaboração do plano de governo. O posicionamento oficial sobre o assunto deverá ser enviado à Federação até o final deste mês.
Vieira foi ao café da manhã acompanhado pelo candidato a vice-governador Flávio Gomes (PSC), que é vice-presidente licenciado da Fecomércio. Em seu pronunciamento, Flávio disse que como vice-governador será um parceiro da entidade para tratar das questões ligadas ao desenvolvimento econômico do Estado.
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DESAFIOS – Território onde se concentra mais de 40% da população gaúcha – são 4 milhões de habitantes -, a Região Metropolitana de Porto Alegre será tema de uma plenária específica da Unidade Popular pelo Rio Grande (PT, PCdoB, PTB, PR, PPL, PTC, PROS) na próxima segunda, no Hotel Embaixador, em Porto Alegre.
A partir das 18 horas, vereadores e dirigentes dos diretórios metropolitanos das siglas que compõem a coligação, além de uma dezena de prefeitos, estarão reunidos com o governador Tarso Genro para realizar um balanço das ações do governo do Estado voltadas aos municípios da área e debater propostas para o futuro da Região Metropolitana.
“Foi feita uma parte do que gostaríamos, o que fez a sociedade perceber que é possível avançar e que precisamos dar continuidade a este projeto”, considera o prefeito de Canoas, Jairo Jorge, um dos articuladores do movimento de apoio à reeleição.
A criação do Gabinete de Gestão Metropolitana e o Conselho Metropolitano, logo no início da gestão de Tarso Genro, abriu espaço para o diálogo institucional e pautou as políticas públicas desenvolvidas especificamente para estes municípios. Por meio destes órgãos, e com articulação de temas pontuais junto ao Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do RS (CDES-RS), foram realizadas conquistas importantes, como os repasses para hospitais regionais e filantrópicos, o cumprimento dos 12% constitucionais em Saúde e a instalação de inúmeras empresas que estão gerando empregos na região.
“Através da Política Industrial, o governo atraiu grandes empreendimentos para os nossos municípios”, lembra o prefeito, citando as fábricas de caminhões Navistar (Canoas) e Foton (Guaíba), a montadora de elevadores Hunday (São Leopoldo) e a Celulose Riograndense, que é o maior investimento privado da história do Rio Grande do Sul, cujo valor alcança os R$ 5 bilhões.
A Região Metropolitana também foi atingida em profusão pelos programas sociais. Lá estão, por exemplo, 23 mil famílias beneficiárias do RS Mais Igual. Também o total de matrículas no Pronatec FIC, que qualifica mão de obra profissional, chama a atenção: são 57.438 alunos frequentando salas de aula, aprendendo ou ampliando seus conhecimentos para conquistar melhores posições no mercado de trabalho.
Na área da saúde, a Região Metropolitana virou referência com a recuperação emblemática do Hospital Universitário de Canoas (HU). “Esta instituição tinha 7 pacientes quando o governador Tarso Genro assumiu. Com expressivos recursos do Estado e da União, hoje conta com 500 leitos SUS, sendo o maior hospital fora da Capital, atendendo 1 milhão de pessoas”, enumera Jairo Jorge.
E complementa: “Não recebíamos recursos do Estado para saúde. Hoje recebemos estes repasses. É uma realidade”.

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ponto g

TROTES – Coisa patética. Recebo esta foto do Glauco Fonseca:

Olha o humilhante detalhe:

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DICA – Feiras ecológicas em Porto Alegre.

Quarta – feira:
MENINO DEUS – das 13 às 19h
Av. Getúlio Vargas (no pátio da Secretaria Estadual da Agricultura)

PETRÓPOLIS – das 13 às 18h
Rua General Tibúrcio, parte lateral da praça Ruy Teixeira.

MAPA/ Incra – 10h as 14 h
Av Loureiro da Silva, 515

Sábado:
TRISTEZA – das 7 às 12h30
Av. Otto Niemeyer esquina com a Av. Wenceslau Escobar

BOM FIM – das 7h às 12h30
Av. José Bonifácio, 675

MENINO DEUS – 7:00 às 12:30
Av. Getúlio Vargas (no pátio da Secretaria Estadual da Agricultura)

TRÊS FIGUEIRAS – das 8h às 13h
Rua Cel. Armando Assis, ao lado da praça Desembargador La Hire Guerra

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ponto da piadinha

ISSO NÃO É PIADINHA.
Papo de…
Ou falta de…

(clica em cima que amplia)

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ponto final

EDUARDO E OS TRÊS PEPINOS

Glauco Fonseca

Eduardo Campos será sempre lembrado por ter sido um sujeito de bom trato, elegante e com grande capacidade gestora. Era um “branco de olhos azuis” – sem o pejorativo do fenótipo atribuído por Lula – que  falava manso e tratava os adversários como tais e não como inimigos a serem dizimados. Será sempre bem lembrado pelos brasileiros e que Deus o tenha em Sua graça.

Eduardo, entretanto, deixou três sementinhas políticas que se tornaram um conglomerado de pepinos em conserva, amargos e indigestos. Primeiro, trouxe Marina Silva para um período eleitoral que, legal e historicamente, deveria estar livre da senhora das florestas. Ao trazer Marina para seu lado, tentando contabilizar os 20 milhões de votos que ela amealhou em 2010, Eduardo não obteve sucesso e, pelo andar da carruagem, não teria obtido com seus dois breves minutos diários de televisão. O pepino número um aí está. Quem não deveria entrar, entrou.

O segundo pepino que Eduardo nos legou foi…morrer. Ao deixar, supostamente, Marina Silva como sua “herdeira” política (coisa que Marina jamais teria feito por ele em situação semelhante), ele nos legou um prognóstico eleitoral sombrio. O Brasil sobreviveria com Eduardo presidindo-o, podendo até mesmo crescer, pois que os êxitos dele num estado difícil como Pernambuco o cacifaram devidamente. O segundo pepino que Eduardo nos presenteou foi, portanto, um cenário eleitoral que prometia bons augúrios e, sem ele, sobrevieram nuvens negras ainda mais espessas.

O terceiro pepino também pode acontecer caso Marina seja eleita presidente do Brasil. Marina não tem partido, não tem jogo de cintura e demonstra carregar rancor em sua aparência contida e em suas manifestações dúbias e confusas. Este será o pai de todos os pepinos. Fosse em 2010, num cenário mais ameno, Marina poderia até fazer um governo melhor do que Dilma (possível diante dos péssimos resultados da petista). No entanto, os tempos são outros, bem piores, com um futuro ainda mais nebuloso e complexo. Todos sabem, inclusive Marina e seus coligados, que ela não reúne as condições políticas para resolver o legado podre de 12 anos de Lula e Dilma.

O imponderável não foi bom para o Brasil. Ele nos tirou Eduardo Campos, um sujeito limpo e do bem. Já o que é ponderável piorou. Pode-se até rezar, mas a assombração já apareceu. Em rede.