Fim de Semana do Prévidi – 7-8 janeiro 2015

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NÃO GOSTA DA “FOLIA”
E NEM DE “SAMBA NO PÉ?





ponto da venda

GRANDES PROMOÇÕES
DA SEMANA DO CARNAVAL


– OS LIVROS DO PRÉVIDI –

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Porto Alegre é Assim!
Apaixonados por Porto Alegre – Personagens do Centro
A Porto Alegre Deles – Histórias de Famosos que Passaram por Aqui

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PACOTE 3 – VARIADOS

10 Anos às Ganhas! – Uma Década do previdi.com.br
A Revolução da Minha Janela
15 Maneiras  Diferentes de Ser Ainda Mais Feliz

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Sexta, 6 de fevereiro de 2015

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ponto midiático especial 








IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DUDA – 2

1 – Recebo:

Que tal identificar nesta foto do link da videoconferência quem ainda permanece na redação. Acho que sobram poucos.
No http://wp.clicrbs.com.br/editor/2012/12/20/redacao-de-zh-participa-da-videoconferencia-de-natal-do-grupo-rbs/?topo=13,1,1,,,13

2 – Recebo:

Nesses eventos religioso-corporativos, os funcionários do Call Center são a massa de manobra dos sacerdotes comedores de sucrilhos. Fazem festa, se vestem, gritam palavras de ordem, cantam músicas da firma, mandam os elogios mais generosos à empresa e aos líderes etc.
Se a RBS é uma igreja, a turma do Call Center são os obreiros.

3 – Recebo:

Lembro bem do dia dessa exibição do tímido presidente. Nossa “chefe” determinou que todos fossem para aquele forno do Tesourinha. Chegando lá, tivemos que aguentar toda a “suposta” (para usar a terminologia em voga na ZH) animação dos palhacinhos de plantão da empresa (pretinhos), de um suposto humorista catarinense (horroroso) e ainda os faladores de sempre (Santana, Nelson), todos tentando legitimar o Duda como líder verdadeiro da empresa. E ele lá, bancando o animador de auditório, tentando provar que tinha mais semelhanças com o avô do que apenas a barba. Mas eu não culpo o Duda. A ideia “brilhante” do show deve ter sido do Deli (que adora esse comportamento de “massa obediente”, típico de exército ou culto evangélico dentro de empresas) ou de algum puxa-saco da direção.

4 – Recebo:

Estava lá nesse dia e não lembro de nada disso até porque fui porque quis ninguém obrigou. Foi um evento que a empresa fez, claro que tem quem não gosta, estava um calor realmente e depois caiu um temporal. Pessoal do call center que fez os cantos, isso para eles é normal. Tinha ônibus para levar as pessoas. Foi bem animado, era próximo ao Natal e foi uma forma de agregar os diversos setores. Mas isso cada um enxerga como quer, minha forma de ver é essa. É só minha opinião… respeito todas as contrárias.

ponto da memória

SOLIDARIEDADE E CRUELDADE?

Desde segunda, dia 2, conto um pouco da vida do jornalista João Carlos Casarotto Terlera.
Em capítulos, trato de algumas histórias, de 1980 para cá.
Para quem não sabe, em determinada época, ele foi o jornalista político mais importante do Estado e referência nacional de colunismo político. Uma figuraça competente.
Acompanhe:

A ÚLTIMA DO TERLERA – 4

Quando fui morar no Rio, conversávamos quase todos os dias. E sempre que ficava sabendo de uma novidade do Governo Brizola passava pra ele. Nos meus plantões de final de semana batíamos longos papos. E um assunto recorrente era o resultado dos anúncios no “Recados”. E me contava as aventuras no “matadouro da Ladeira”. Como não convivia mais com ele não sabia se estava dando a real ou era mais uma mentirinha.
Voltei para Porto Alegre, ainda nos anos 80, e fui trabalhar na Assembleia. E continuamos batendo longos papos.
Destaco sempre que me perguntam um ponto da personalidade do Terlera: a solidariedade, em qualquer momento. Mas, ao mesmo tempo, tinha toques de crueldade, difíceis de se encontrar num humano. Para terem uma ideia, já neste século, ele foi  cruel com dois de seus melhores e mais fieis amigos, Flávio Pereira e eu. Por motivos diferentes, injustos, mas ultrapassou todos os limites da crueldade – se existem estes limites.
Para terem uma ideia, pagava um idiota para que escrevesse num site fatos mal explicados, com o simplório prazer de “denegrir” a nossa imagem. Não conseguiu, porque tanto o idiota escrevinhador como o próprio Terlera já não tinha credibilidade.
Ainda no ano passado ele me mandou um recado por um amigo comum. Que gostava muito de mim, essas coisas. Não conversamos mais por falta de oportunidade, mas jamais deixei de admirá-lo, mesmo que a sacanagem que ele tentou foi de lascar.

A “decadência” do Terlera começou com a chegada de Augusto Nunes para a direção da redação da Zero Hora, já na década de 90.
Já contei várias vezes que praticamente todos os jornalistas da ZH tinham duplo emprego. Praticamente todos, inclusive o diretor e o editor-chefe. A própria direção da RBS incentivava isso, porque as exigências de melhorias salariais eram mínimas.
Augusto chegou com carta branca para fazer o que bem  entendesse. Curioso é que a coluna do Terlera perdeu muita qualidade. Não sei o motivo. Talvez por uma nova orientação. Ficou completamentre chocha. O novo diretor e seus auxiliares de confiança, que chegaram com ele,  promoveram uma “limpa” na redação. Demitiram quem achavam que não poderia estar numa redação de um “jornal nacional” – essa era a pretensão da tchurma do Augusto.
Até que num sábado, à tarde, a ZH Dominical trouxe na capa a contratação de José Barrionuevo, editor e colunista do concorrente Correio do Povo, que passaria a assinar a nova coluna política, a “Página 10”.
“Bastidores” foi sepultada e ele durou mais uns anos como contratado da empresa. Segundo dizia, era assessor de Fernando Ernesto Correa, um dirigente e acionista da RBS.
Quando foi demitido, entrou na Justiça do Trabalho contra a Zero Hora, um processo milionário. Imagine que ele assinava uma coluna de segunda a segunda, não tirava férias e trabalhava para o jornal o dia todo – não tinha aquela história de “bater ponto”. Estava sempre a disposição do jornal. Uauu!! Fui uma das testemunhas do processo e não sei quanto levou.
Lembro que parar provar que assinava colunas diárias no jornal, comprou centenas de edições para integrar o processo – uma Kombi cheia de ZH.

Tinha pouquíssimos amigos entre os políticos. Acredito que o seu amigo político, de verdade, era o Victor Faccioni. Um gringo boa praça, que foi vereador em Caxias do Sul, deputado estadual e federal e conselheiro do Tribunal de Contas do RS. Também exerceu o jornalismo.
Faccioni apresentou ao Terlera a Leonor, uma bela mulher. Apaixounou-se,  ao ponto de casarem-se.
Dona Madalena já havia falecido e o casal foi morar no apartamento da Praça da Matriz.
Levavam a vida numa boa, mas Terlera não abria mão de sua rotina, inclusive a de ir todos os dias na  Assembleia, mesmo que tivesse apenas uma coluna semanal no ABC Domingo, do Grupo Sinos. O Gabinete de Imprensa mudou até de nome – agora é Superintendência de Comunicação -, mudou algumas vezes estruturalmente, passou por várias chefias, mas a mesa do Terlera sempre foi preservada. A mesa e um pequeno armário. E em sua mesa sempre, desde que o conheci, havia uma gaveta com chave, onde guardava suas “intimidades”.

ponto do paraíso

A TV PAMPA E O BIBO NUNES

Descobri o motivo da TV Pampa  não respeitar a grade de programação da Rede TV!: os paulistas não pagam, há tempo, o que determina o contrato com a Rede do doutor Gadret. Por isso, passam, durante quase todo o dia, as tais pegadinhas e no sábado a noite repetem exaustivamente os xaropes “testes de fidelidade”.
Aí me lembrei de uma coisa: Por que ainda passam o programa da Luciana Gimenez? Meu Deus, é uma das piores “atrações” da TV brasileira! Não pode ser pior e, mais “grave”, a Pampa não ganha nada.
Por que não transmitir um programa local, de interesse do RS?
O Bibo Nunes está aí, pior enquanto fora do ar.
Apenas uma ideia.

UM BAITA PROGRAMA

Na década de 90, durante o Governo Collares, Bibo Nunes criou e era um dos apresentadores do “7 no Ar”. Na TVE.
Olha o time: Rejane Noschang, Sérgio Schuller, Bibo e Vera Armando.

POR ONDE ANDA?

O Sérgio Schuller? Um tremendo profissional e um bom amigo!

FÁBIO MARÇAL DIFERENTE

É muito difícil ouvir a Rádio Guaíba na praia, em todo o Litoral.
Se o dia está sem nuvens até consigo, mas tem que ter muito boa vontade.
Mas nessa semana consegui ouvir um dia – outros dois foram em Porto Alegre.
No Bom Dia,  do Rogério Mendelski,  o Fábio Marçal é o mesmo indignado com a bandidagem de Brasília.
Aí entra o Agora, programa do Felipe Vieira, e o cara se transforma. Vira um repórter bem comportado – nada a ver com o Fábio Marçal que a gente se acostumou.
Uma pena.

QUANDO O SUJEITO É IMBECIL…

Leia o  comentário de um anônimo:

Um escreve, outro revisa e um terceiro edita! Nossa, que mundo tu vive? Esse é teu modelo de jornal? Talvez seja assim no jornal da Câmara dos Deputados, aquele cabide de empregos inúteis. Um texto escrito por um profissional qualificado não precisa disso. E se é assim que tu prefere, então contrata um revisor, pois teus textos são cheios de erros crassos.

Taí, esse é mais um “jornalista” da geração internet.
A informação correta não importa.
O infeliz fala em “profissional qualificado”. Não tem a menor ideia de como funcionavam – e ainda funcionam – os verdadeiros veículos de comunicação.
Além  do repórter, redator, revisor e editor, ainda tinha um outro profissional fundamental, o copidesque.
Claro, mas isso a geração internet não tem  a  menor ideia.
“Erros crassos”? A RBS se vangloriava de empregar 700 jornalistas em seus veículos. Como podem ser publicados,  diariamente, tantos “erros crassos”?
O Blog do Prévidi tem apenas um jornalista.

ESCOLINHA ZH

Crime insolúvel:

Violência

Homem é encontrado morto dentro do Parque da Redenção em Porto Alegre
Ele tinha ferimentos na cabeça, possivelmente feitos com um facão


Atualizada em 05/02/2015 | 06h1705/02/2015 | 03h00

Um homem foi encontrado morto dentro do Parque da Redenção na madrugada desta quinta-feira em Porto Alegre. O corpo foi localizado por volta das 2h30min, atrás dos tapumes do espelho d’água, próximo à rótula da Rua Setembrina.

O corpo foi encontrado por uma equipe da Guarda Municipal que fazia patrulhamento na região. Pouco tempo depois, foram ouvidos estampidos próximo ao Monumento ao Expedicionário, mas quando os guardas chegaram ao local ninguém foi localizado.

O homem tinha ferimentos de facão na cabeça. A área onde o corpo foi encontrado é iluminada por um poste. A Brigada Militar e a Guarda Municipal isolaram a área. Ainda não há a identificação do homem, mas os policiais acreditam que ele seja morador de rua.

MELHOR DO QUE GANHA MUITO JORNALISTA

Do Facebook:

(clica em cima que amplia)

PARA CONFERIR

(clica em cima que amplia)

SUGESTÃO

Novo texto do professor Paulo Moura: RUM COM COCA COLA – RELATOS DE UMA VIAGEM À CUBA.
Vai!! professorpaulomoura.blogspot.com

Quinta, 5 de fevereiro de 2015

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ponto midiático especial 

IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DUDA

O pastor em  ação, no histórico dia

Recebo:

O texto de ontem do Luiz Cláudio Cunha me lembrou aquela tarde fatídica de dezembro de 2012, quando a tradicional “videoconferência”, que geralmente ocorre só com transmissões das redações, teve um lado… PRESENCIAL em Porto Alegre.

Só que era uma das tardes mais quentes do ano!

E fizeram todo mundo sair do prédio da Erico em romaria, a pé, com o sol a pino, até o Tesourinha, onde a multidão começou rapidamente a derreter conjuntamente, enquanto ouvia o pessoal das rádios* fazer piadas sem graça, jogar confetes nos “líderes” e “talentos”, e entoar cânticos, ou os intermináveis discursos autocongratulatórios dos executivos, que tiveram o seu ponto alto no discurso de Duda Melzer, que, com todo o carisma que Deus não lhe deu, disse ao microfone: “Vamos todos cantar o nosso hino, ‘Vida’?” – e começou a cantar, desafinado…. “Vida é chuva, é sol…” até que parte da plateia, envergonhada com o líder que pagava mico, começou a acompanhá-lo. Um dos animadores das rádios, constrangido, correu para pegar o microfone enquanto a banda pegava os instrumentos para salvar o presidente. Lindo (só que não).

E centenas de trabalhadores sendo obrigados a ficar lá por horas, suando, cantando músicas da empresa e louvando a Deus, digo ao patrão… o editor-chefe reclamou de ter que assistir a isso em videoconferência? MUITO PIOR ERA ESTAR PRESENTE! E, depois, ter de voltar a pé pra redação… só que na volta o sol não estava a pino… pelo contrário: um SENHOR TEMPORAL se armava e não lembro se alguém se molhou, mas se todo mundo escapou da chuvarada,. foi por pouco.

E TÁ TUDO DOCUMENTADO nesse link: http://wp.clicrbs.com.br/editor/2012/12/20/redacao-de-zh-participa-da-videoconferencia-de-natal-do-grupo-rbs/?topo=13,1,1,,,13

A foto mostra a galera da empresa louvando os patrões no culto.

*PS: o pessoal das rádios, em especial “A Turma do Pretinho”, como são introduzidos, são uma espécie de FRONT DE ANIMAÇÂO DE AUDITÓRIO dos patrões durante as videoconferências… eles fazem o serviço sujo de animar e motivar a não muito motivada plateia, como os puxadores de escola de samba ou aqueles caras que ficam vestidos de super-herói no auditório do Gugu, conclamando as donas de casa a agitar os braços… e tome brincadeiras com o Paulo Pagodinho e rasgação de seda pros gestores e “talentos”.

ponto da memória

O MATADOURO PARA
ATENDER AOS “RECADOS”

Desde segunda, dia 2, conto um pouco da vida do jornalista João Carlos Casarotto Terlera.
Em capítulos, trato de algumas histórias, de 1980 para cá.
Para quem não sabe, em determinada época, ele foi o jornalista político mais importante do Estado e referência nacional de colunismo político. Uma figuraça competente.
Acompanhe:

A ÚLTIMA DO TERLERA – 3

Não lembro bem a época, mas acho que foi no final de 1982. Ele descobriu, na ZH Dominical, a seção “Recados”. Era mais ou menos uma página de pessoas que procuravam sua “alma gêmea”. De tanto ler e de algumas tentativas de enviar cartas para mulheres que se ofereciam, ele resolveu alugar uma caixa postal nos Correios e começou a anunciar. Fazia textos poéticos, que lia em voz alta para todo o Gabinete de Imprensa conferir. E dar risada do “cinismo”.
Agora, imagina: ele passava o dia recebendo dezenas de telefonemas de políticos, além das visitas constantes. Aí começou a receber telefonemas e visitas das pretendentes.
Mas para receber as visitas tinha um ritual fantástico. Quem levava o anúncio ao posto comercial do jornal era o Hugo Passarinho. Quando ele se agradava de alguma, apenas pelo telefonema, mandava flores. Só que quem levava as flores era o próprio Hugo e ele vaticinava:
– Terlera, é uma baita mulher, linda, uns tetão!
Ou então:
– Terlera, não vale nada, uma velha toda enrrugada, gordona!
O “negócio” começou a dar certo, tanto que alugou um pequeno apartamento na rua General Câmara, a Rua da Ladeira, pertinho da Assembleia. Quem mobiliou o apartamento? O Hugo. Imagina.
Vez que outra ele sumia do Gabinete de Imprensa. Todos perguntavam por ele, as telefonistas entravam em pânico.
Ele voltava e dizia que estava no Palácio, mas nós, que trabalhávamos com ele, sabíamos que tinha ido no “matadouro da Ladeira”.

Mentirinhas e mentiras cabeludas.
O Terlera mentia muito. Demais.
A maioria delas era para se vangloriar.
Carlos Sávio, Flávio Pereira e eu, que trabalhávamos diretamente com ele, sabíamos quando ele começava uma mentirinha.
A imensa maioria era bobagem. Tipo: “Ontem saí com uma gata para jantar”, “Fui ontem numa boate muito legal”, “Jantei com o governador”. A gente sabia que ele não ia a restaurantes – exceção o almoço em algum restaurante da região de Lajeado ou Estrela, aos sábados -, depois da grave doença nunca foi a uma boate e jamais deixava sua mãe almoçar sozinha – imagina jantar!
Muitas mentirinhas para os deputados, também, que acreditavam piamente no que falava. Inventava diálogos telefônicos com Brizola, Tancredo, e todos os principais líderes políticos e empresariais do país. Claro que tinha interlocutores importantes, como Nelson Marchezan. Mas inventava muito. Bah!
Na convivência diária, de quase quatro anos na Zero Hora, assisti a uma grande maldade do Terlera. Um texto  baseado em mentiras cabeludas. Mas isso não é assunto para este espaço. Quer saber? Pergunte ao jornalista Políbio Braga, que foi quem sofreu com umas mentiras de verdade.

Continua amanhã.

ponto do paraíso

NÃO É SÓ A PROFESSORINHA
LUCIANA GENRO QUE TEM BOQUINHA

Algo em torno de 8 mil reais.

Página da Câmara de Vereadores de Porto Alegre:

No detalhe:

(clica em cima que amplia)


Ele mesmo, o ex-esposo da Professorinha Luciana Genro.

DUAS DA TVE

1 – Recebo:

Acabo de ler no Vide Versus, do Vitor Vieira, que a Comunicação do Piratini (Clóvis Bevengnu) distribui release sobre o programa Midia em Debate, hoje (4) às 20 horas, na TVE.
Quem apresenta o programa é o mais petista dos jornalistas brasileiros, o Celso Schröreder, presidente da Fenaj. Entre os convidados, a repÓrter Angélica Coronel, da TVE, petista de carteirinha. Imagina debater a midia num programa comandado por um petista doente. Não mudou nada na TVE, ou seja, o PT segue dando as tintas. Será que o Sartori sabe?

2 – Recebo:

Aí está o novo diretor financeiro da TVE, Leo Lewgoy, petista dos mais ferrenhos,que fez campanha para o Tarso e para a Dilma e que foi contra o Sartori. Será que o Gringo sabe disso ou é coisa da Isara? Parece que ele já era diretor na gestão passada e foi confirmado.

DÚVIDA

Recebo:

Leio na tua coluna que a TV Record vai ter um quadro de fofocas de celebridades nacionais e gaúchas, apresentado por Mônica Fonseca. Desculpa a minha ignorância, mas quem é Mônica Fonseca? Ela tem experiência nesta área de ti-ti-ti? Ela sabe que se trata de um setor sensível que dá processos por dano moral por qualquer bobagem dita? Poderia o conceituado colunista nos dar um perfil da Mônica?

Taí:

Mônica Fonseca Apresentadora da TV RECORD 📺 🎥 🎤 Amante das palavras 🌹 E focada em uma vida saudável 🍏 🍍 🍉 Protegida e muito abençoada por Deus! 🙏 🙏

LUIZ CARLOS RECHE

Amigos: Neste dia cinco comemoro um ano de Bandeirantes. Dia também do aniversário da minha irmã Marilva. Um ano passa rápido. A vida passa rápido. Por isso procuro viver o dia a dia. São muitas movimentações e emoções. Cada vez mais provando da sabedoria popular. E neste sentido , quem sabe, a Internet seja o principal canal. Sou feliz. Como sempre. É hora de agradecer direção e colegas da Bandeirantes, família, ouvintes , anunciantes e projetar dias ainda mais felizes. Valeu pelo carinho. Parabéns Marilva e viva o Timaço da Bandeirantes. Cada dia melhor que antes. Não diga tudo bem, diga tudo Band.

A ORGIA DOS FERIADOS

O MINISTRO DE ESTADO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO, no uso da atribuição que lhe confere o art. 87, inciso I, da Constituição, resolve:
Art. 1º Ficam divulgados os dias de feriados nacionais e estabelecidos os dias de ponto facultativo no ano de 2015, para cumprimento pelos órgãos e entidades da Administração Pública federal direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo, sem prejuízo da prestação dos serviços considerados essenciais:
I – 1º de janeiro, Confraternização Universal (feriado nacional);
II – 16 de fevereiro, Carnaval (ponto facultativo);
III – 17 de fevereiro, Carnaval (ponto facultativo);
IV – 18 de fevereiro, Quarta-Feira de Cinzas (ponto facultativo até as 14 horas);
V – 3 de abril, Sexta-Feira da Paixão (feriado nacional);
VI – 21 de abril, Tiradentes (feriado nacional);
VII – 1º de maio, Dia Mundial do Trabalho (feriado nacional);
VIII – 4 de junho, Corpus Christi (ponto facultativo);
IX – 7 de setembro, Independência do Brasil (feriado nacional);
X – 12 de outubro, Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil (feriado nacional);
XI – 30 de outubro, Dia do Servidor Público – art. 236 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 (ponto facultativo);
XII – 2 de novembro, Finados (feriado nacional);
XIII – 15 de novembro, Proclamação da República (feriado nacional);
XIV – 24 de dezembro, véspera de Natal (ponto facultativo após as 14 horas);
XV – 25 de dezembro, Natal (feriado nacional); e
XVI – 31 de dezembro, véspera de Ano Novo (ponto facultativo após as 14 horas).

ESCOLINHA ZH

Tem um pessoal do NH que está superando as expectativas!

(clica em cima que amplia)

AGORA, CHEGA!

Com a saída da bandidagem da direção da Petrobras espero que termine essa perversa campanha de desmoralização da maior empresa nacional.

NO FINALZINHO DE JANEIRO

No ZH:

Porto Alegre

Incêndio atinge oficina mecânica na Cidade Baixa

Fogo teria se iniciado a partir de fogo usado para soldagem

OS “MAGISTRADOS” NÃO TÊM JEITO

No ZH:

Judiciário e Ministério Público propõem criar cargos e gratificações

Se os projetos forem aprovados, representarão impacto de R$ 20,2 milhões até o fim do ano

Quarta, 4 de fevereiro de 2015 – parte 2

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ponto incrível

ZH: O ÚNICO JORNAL DO BRASIL
QUE CITA CLÁUDIO GALEAZZI

Leram o texto do Luiz Cláudio Cunha?
Desde o primeiro que publiquei, ele se refere ao “consultor” da RBS, Cláudio Galeazzi, como “mãos de tesoura”.
Neste último artigo é assim:
Em agosto passado, quando o fio aguçado do consultor Cláudio Mãos de Tesoura Galeazzi escancarou a dura política de ‘reestruturação’ financeira da RBS em crise, ceifando 130 empregos de uma só vez, a empresa tomou uma discreta decisão para economizar ainda mais à custa dos eleitores menos atentos.

Pois bem, hoje está no Zero Hora:

Mudanças na Petrobras

Veja quem são os cotados para assumir a posição de Graça Foster

Lá pelas tantas:

Claudio Galeazzi
Presidente da BRF até o final de 2014, tem uma trajetória conhecida no mercado como um executivo especialista em cortar custos e revigorar empresas. ​

Que feio!
Fazendo lobby pelo mãos de tesoura?






ponto escandaloso

PROFESSORINHA LUCIANA CONSEGUE
BOQUINHA NA ASSEMBLEIA GAÚCHA!!

Ela mesma, a rainha da esquerda brasileira Luciana Genro.
Desde ontem é a coordenadora-geral da bancada do PSOL na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, pelo qual vai receber R$ 16,9 mil mensais.
Que boquinha, hein? Note a foto!!
Já estou com pena da Professorinha Luciana. Vai fazer a coordenação-geral de toda a bancada do PSOL.
Sabe quantos deputados têm o partido tri-de-esquerda?
UM. PEDRO RUAS.

Não, não é Piadinha.

ponto da memória

A INTIMIDADE COM O PODER
E A DONA MADALENA ERA A PRIORIDADE

Comecei ontem a contar um pouco da vida do jornalista João Carlos Casarotto Terlera.
Em capítulos, trato de algumas histórias, de 1980 para cá.
Para quem não sabe, em determinada época, ele foi o jornalista político mais importante do Estado e referência nacional de colunismo político. Uma figuraça competente.
Acompanhe:

A ÚLTIMA DO TERLERA – 2

O jornalista Gilberto Jasper acrescenta:

O dentista do JC Terlera é um profissional de Arroio do Meio, cidade localizada no Vale do Taquari, a 6 quilômetros de Lajeado, e chama-se Sérgio Kerbes.
Kerbes é cônsul do Grêmio há décadas, figura muito conhecido na comunidade e que mantém um clínica odontológica com seus filhos.
Terlera sempre manteve contato com o dentista, de quem tornou-se grande amigo, depois do tratamento odontológico.

A sua rotina era muito estranha.
Raramente chegava na Assembleia antes das 10 horas. Servia um café, acendia um cigarro e ligava – ou recebia uma ligação – do Carlos Fehlberg, o editor-chefe da Zero Hora. Conversavam muito, sei lá o quê. Atendia dezenas de telefonemas, recebia visitas e mais visitas, especialmente de deputados, e as vezes era chamado no Palácio Piratini. Em 80 e 81 ia muito lá para conversar com o Xavier, que era o chefe da Casa Civil, e mesmo com o governador Amaralzinho.
Saía para almoçar com a mãe, dona Madalena, à uma da tarde. Todo santo dia. Podia estar a maior agitação política. Ele se despedia, aos berros, gozava da “agitação” e saía com a sua pasta.
Retornava às três. Podia estar chovendo canivete, mas a primeira coisa que fazia era tirar o seu lanche da pasta – geralmente biscoitos da colônia ou fatias de bolo ou cuca.

Entre as 6 e 7 da noite o boy do jornal vinha buscar o material. E ele ficava lá no Gabinete até às 10, 11 da noite. Mais cedo recebia muitas visitas, especialmente de deputados. Eu gostava de ficar até mais tarde porque conhecia mais aqueles deputados que “atuavam” no plenário e nas comissões. Aí aprendi a gostar de muitos, de todos os partidos que existiam na época – PMDB, PDT e PDS. Olívio Dutra e Clóvis Ilgenfritz, que lutavam para formar o PT, o Terlera não dava muito papo – passava a bola pra mim, que cobria o  PDT e o PT (este tinha apenas um jornalista que trabalhava de graça para o partido, Remi Baldasso, que também era sub-editor na ZH. Precocemente falecido).

Mulher? Não tinha nenhuma. Nada. Tinha um gravíssimo problema, que se negava a arrumar: os dentes. Os que restavam eram podres. Tanto é que, na  brincadeira, uns jornalistas o chamavam de “boca de velha”. Isso o afastava das mulheres, apesar da sua simpatia e do papo fácil.

Continua amanhã.

ponto do paraíso

DUAS DA TV RECORD

Recebo as duas informações, por email:

1 – A média de audiência do Balanço Geral em janeiro, com a apresentação de Rafael Machado, foi maior em relação a dezembro, apresentado por Alexandre Mota.
Explicação para isso? Todo departamento de jornalismo da Record trabalha neste mês com tranquilidade, sem o stress causado pelo Gordinho.
2 – O desrespeito dos editores da TV Record com os colegas cinegrafistas está fora dos limites aceitáveis. Esses profissionais, que carregam um equipamento que pesa cerca de 10 quilos merece o seu devido e correto reconhecimento do seu trabalho.  É constante a troca de créditos nos VTs. Tipo cinegrafista que faz imagem e entra o crédito de outro. Os casos são muitos e poderia cansar seus leitores.
Merecem um puxão de orelhas pelo desrespeito.

OUTRA

Da coluna do Lauro Jardim, na Veja online:

XUXA ASSINA COM A RECORD
Depois de 29 anos na Globo e no ano do cinquentenário da emissora, Xuxa está prestes a mudar de casa. A apresentadora, um dos ícones da Globo, fechou com a Record. Só falta assinar, mas todas as conversas já foram feitas, as decisões tomadas.
Na Record, Xuxa fará um programa diário no horário da tarde. A ideia é uma atração calcada no que Ellen DeGeneris faz na TV americana: entrevistas com personalidades, brincadeiras com a plateia e atrações musicais.
Em 2014, Xuxa ficou fora da programação da Globo pela primeira vez desde 1986. Passou meses negociando com a emissora líder, mas o programa que queria fazer não atraía a Globo.

NOVIDADE AO ESTILO REDE TV!

Recebo:

Uma nova atração no Balanço Geral é o quadro A Hora da Venenosa, sob o comando da modelo e apresentadora Mônica Fonseca.
No quadro de fofocas, a apresentadora garante que vai contar aos telespectadores do Balanço Geral detalhes do que acontece na vida dos famosos, em comentários descontraídos e sem papas na língua. “Comandar o quadro é um desafio e está sendo ótimo ver o retorno positivo de quem já me acompanhava, isto me dá segurança para continuar”, conta a bela, que faz uma dobradinha ao lado do irreverente apresentador Alexandre Mota.
Além de comentar sobre a vida das celebridades nacionais, Mônica também traz informações e fofocas sobre os famosos gaúchos.

MENOS UM

A foto é do Mauro Schaefer 

Um dos maiores repórteres fotográficos do Brasil, Assis Hoffmann não conseguiu segurar mais.
Há anos estava doente.
Faleceu na manhã de ontem, aos 73 anos.

Uma foto histórica do Assis: Leonel Brizola chega do exílio, no aeroporto de São Borja. Em 7 de setembro de 1979.

DÚVIDA GAUCHESCA

Recebo:

Ontem, durante a abertura do programa “Dose Dupla”, da Rádio Gaúcha, Marco Antônio Pereira abriu o programa assim, cantando: “achavam que eu não voltava, mas eu estou aqui”. Ai, parou de cantar e disse “pelo menos por enquanto”.
Então, antes de dar as manchetes do programa, falou sobre a saída de um narrador da Gaúcha, Luís Augusto Alano, que está indo para a SporTV, após um contrato milionário. Eis que, após falar sobre isso, falou mais uma vez: “Eu e o Alano apresentamos este programa juntos por mais de 10 anos. Agora, eu vou apresentar sozinho. Pelo menos pelos próximos dias”.

PARA CONFERIR

Recebo:

Mansão a venda, na Ilha da Pintada, propriedade de um Sirotsky.

(clica em cima que amplia)

DESPEDIDA TEMPORÁRIA

O jornalista Gilmar Eitelwein escreve:

Amigos, dia 31 foi meu último dia de trabalho na Assembleia Legislativa. Após o carnaval estarei na luta pelo pão nosso de cada dia, novamente. Nas ruas, nas estradas, nas fazendas, sob chuva ou sol vou em busca de novos desafios. O que vier, eu traço. Régua e compasso, já tenho. Ofereço o que posso: minha dedicação, conhecimento e o suor do meu trabalho. Agradeço pelas oportunidades recebidas, mando um abraço e todos(as) e desejo um grande ano para as pessoas do bem.

AO TRABALHO

O jornalista Flávio Dutra vai chefiar o escritório da senadora Ana Amélia Lemos em Porto Alegre.

QUERO ASSISTIR

Meu amigo Fernando Waschburger está no elenco. A direção é do Néstor Monesterio.

(clica em cima que amplia)

GAÚCHOS CRIATIVOS

Cartazes que promovem festas em Veranópolis e em Nova Petrópolis.
Maças e figos:

(clica em cima que amplia)




FÉRIAS GERAIS

A escassa chegada de emails demonstra que tem muita gente em férias.

BEÓCIO É BEÓCIO


VEZ QUE OUTRA APARECE UM IDIOTA

Perdão, não quero ofender aos idiotas, comparando o “anônimo” que enviou um comentário com esta “catigoria”.
E estou publicando porque é uma aula de imbecilidade.
Não poderia deixar que vocês acompanhassem essa pérola.

Já me acostumei a essas figuras me chamarem de homofóbico.
Agora, ganhei mais um elogio: pedófilo!
Velho já estou acostumado!

Deliciem-se. Grifo em vermelho o que achei ainda mais interessante:

Caro jornalista, que não tem a dignidade de ter uma boa relação com seus colegas de profissão. Como já foi dito – e como sei que irá apagar esse comentário -, então gostaria que entendesse essa lição uma vez por todas. Pare de prejudicar quem não tem nada a ver com seus problemas dentro da RBS. Se quiser crucificar alguém, mande a crítica aos proprietários das empresas. Ao ficar expondo o que julga errado ou ridículo, você não está atacando a empresa, mas sim seu colega de profissão, que não é nenhum milionário e nem tem dinheiro para processá-lo. Se é que dá para chamá-lo de colega ou profissional. Velho e pedófilo, como o senhor é, deveria procurar manter a honra intacta diante da classe. 
Aproveitando, vamos para uma aulinha de Direito. Perguntamos: Qual é o crime que se comete quando alguém altera provas ou a cena do crime?
Fraude processual: Diz o artigo 347 de nosso Código Penal que esse crime é “inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito” e que a pena varia entre 3 meses e 2 ano, além da multa. E se for um processo penal, as penas dobram (6 meses a 4 anos).
Então, o delegado de Homicídios de São Leopoldo está investigando, sim, fraude processual, já que a intenção é de alterar a conclusão do inquérito policial e por consequência, o resultado da ação penal.

Como recebi a matéria de um advogado, sobre a “fraude processual”, não me meto.
Mas notaram a soberba do crápula?
O que será que esta múmia pensa que é?
Se fosse homem, mesmo, assinava, colocava RG, CPF e o telefone.
Mas como é um covarde, cagão, não assina.

Juro, não me preocupe com essa gente miúda. Dou risada.
Já cansei de escrever que publico esses erros para que esses chefes de merda contratem revisores e editores de verdade. E não apenas “entendidos em internet”. Jornalistas de verdade.
Um dia isso vai dar certo e eles vão entender que repórter NÃO pode ter autonomia para editar uma matéria. Ele redige, passa por um revisor e vai pro editor. Simples.
Entenderam, palhacinhos sem graça?

Quarta, 4 de fevereiro de 2015

Atualizado diariamente até o meio dia.
Eventualmente, a tarde, notícias urgentes.







Escreva apenas para  jlprevidi@gmail.com










ponto midiático especial

Uma vulgar
impressão sobre
a imprensa
‘popular’ da RBS
                                   Luiz Cláudio Cunha

Especial para o Blog do Prévidi
    
Caro
Prévidi,
Meu
texto “A tesoura da RBS vai em frente”, publicado originalmente no Jornal e gentilmente reproduzido em teu blog
em 13 de janeiro passado, mereceu três dias depois uma elegante contestação do
jornalista Roberto Jardim, no trecho que citava o Diário Gaúcho, o braço em Porto Alegre da chamada ‘imprensa
popular’ da RBS.  Ex-editor de Polícia
tesourado na safra de cortes do Diário
Gaúcho,
Jardim contesta a informação de que a redação do DG encolheu na
crise de 20 para 12 jornalistas (“o número inicial em 2000 era entre 35 a 40…
hoje, numa conta pelo alto, devem trabalhar lá cerca de 25 jornalistas”, diz) e
repudia como “preconceituosa” a classificação de “vulgar” que
dei à linha editorial do jornal.
Peço
licença, Prévidi, para fazer minhas observações. A saber:
1.                     
Dependendo do momento, das circunstâncias e das
fontes, os números da crise variam, mas a encrenca continua do mesmo tamanho.
Minhas fontes diziam que a redação de 20 foi decapitada para 12 repórteres, 60%
do total. Jardim corrige a informação, esclarecendo que a redução foi de 40
para 25 jornalistas, o que representa pouco mais de 62%. Ou seja, dá na mesma.
Mudam os números absolutos, mas permanece a proporção assustadora.
2.                    
Consultando rapidamente o site do jornal na internet (http://diariogaucho.clicrbs.com.br/rs/pagina/quem-e-quem.html),
com nomes, função e fotos, é possível contar hoje — por enquanto — uma redação
de apenas 26 jornalistas, dos quais somente 10 na função de repórter.  Lá estão identificados, por área, dois
editores executivos e seus subordinados por editorias: Dia-a-Dia (2 editores, 4
repórteres), Variedades (2 editores, 1 repórter), Polícia (2 editores, 2
repórteres), Esportes (1 editor, um colunista, 1 repórter), Opinião (1
editorialista), DG On Line (2 repórteres) e Diagramação (2 editores, 2
diagramadores, 1 ilustrador).
3.                    
Jardim diz que é “uma visão um tanto quanto
preconceituosa’ minha avaliação como ‘vulgar’ do Diário Gaúcho, um jornal que, conforme meu texto, baseia sua linha
editorial em “notas policiais, futebol, fofocas de TV e fotos na capa de
mulheres com pouca roupa e muitas curvas”. Jardim lembra feitos marcantes do
jornal na área que coordenou, a Editoria de Polícia, destacando, entre outros,
que o DG foi o primeiro jornal do RS a alertar para os riscos do crack, além de
denunciar o índice crescente de homicídios na Região Metropolitana de Porto Alegre.
4.                   
Não desmereço o esforço dos bravos profissionais que
suaram, com tanta dificuldade, para realizar um bom trabalho em suas áreas.
Vivo em Brasília desde 1980, mas a distância não me impede de avaliar que esse
não é um jornal que atraia minha leitura ou atenção. Há quem goste. Eu não
gosto.
5.                    
Fundado em abril de 2000, o Diário Gaúcho representa a rendição da RBS ao segmento lucrativo
dos jornais populares que tentam capturar clientes, não necessariamente
leitores, nas camadas menos exigentes da população de classe C, D e E,
geralmente mais interessadas nos brindes de panelas, pratos, copos e kits de
cozinha do que na qualidade da informação. 
O fast-food do DG é baseado em
quatro editorias que resumem seu intragável cardápio calórico: Polícia,
Esportes, Variedades e Esportes. Há quem goste. Eu não gosto.
6.                   
 Essa fórmula
vencedora, embrulhada em selos diários que dão direito aos brindes, não é uma
invenção da RBS. Ela prolifera nos grandes centros do país, como recurso de
caixa das grandes empresas para driblar a queda de vendas de seus jornais
tradicionais. São diários ditos ‘populares’, que seduzem seu público mais pelo
brilho das bugigangas de cozinha do que pelo conteúdo de jornalismo de
entretenimento que oferecem.  Eles miram
consumidores, não leitores.   Não
traduzem uma esperta manobra para ampliar o público que consome informação, mas
refletem uma rendição às demandas mais rasteiras de quem busca utilitários
domésticos casualmente embrulhados em páginas de rasteiro jornalismo. Todos
nivelados pela grife que os identifica na triste mesmice: uma primeira página
feia, visualmente pobre, cheia de fotos ruins e letras garrafais, manchada com
cores berrantes e  manchetes aberrantes.
7.                    
No início do milênio, o campeão de tiragem do país, a Folha de S.Paulo, se orgulhava de ser ‘o
terceiro maior jornal do Ocidente’, vendendo um milhão de exemplares aos
domingos. Hoje não chega a 300 mil exemplares. O maior jornal do Brasil, com
302 mil exemplares, agora é o primo mineiro do DG gaúcho, o SuperNotícia,  de Belo Horizonte, com a mesma fórmula
vencedora e vendedora de jornalismo vulgar, embalado pelo preço baixo (75
centavos) e muita polícia, futebol, fofoca de astros globais e fotos de moças
hiper desinibidas em biquínis super acanhados. O Agora São Paulo, jornal popular do Grupo Frias, vende 110 mil
exemplares, um terço de seu primo rico, a Folha
de S.Paulo. 
O quinto maior diário do
Brasil, o Extra, com tiragem de 225
mil exemplares, é o lado popular do Grupo Globo, oferecendo o mesmo cesto
hipnótico de futebol, polícia, TV e selos para troca de brindes.

      Os maiores jornais do Brasil e do Rio Grande: garotas
e o modelito barato da vulgaridade
8.                   
Mais do que uma discussão acadêmica sobre o perfil
dessa imprensa ‘popular’, falam mais alto os resultados sonantes da estratégia
marqueteira. Tanto que o Diário Gaúcho
cresce só com a venda em bancas, superando o primo rico da casa, a Zero Hora, que se segura principalmente
nas assinaturas. O DG, acusa o IVC (Instituto Verificador de Circulação) de
setembro passado, agora é o maior jornal do Rio Grande do Sul: vendeu naquele
mês 185 mil exemplares diários, contra 170 mil da ZH.  Como se vê, há muitos que gostam. Eu não
gosto.
9.                   
A política de resultados poderia justificar este
duvidoso exemplo de jornalismo, que não satisfaz um paladar mais apurado. Os
números provam que, cada vez mais, há quem goste. Eu não gosto. O sucesso de
vendas não exime o DG e seus congêneres ‘populares’ de serem exemplos de um
jornalismo vulgar, que traduz exatamente o que penso sobre este tipo de
imprensa que mira os sentimentos mais primitivos de um leitor que se move não
pela reflexão, mas pela reação instintiva ao que é grotesco, bizarro,
espalhafatoso — ou simplesmente ‘mundo-cão’.
10.                
É uma expressão inventada na TV pelo apresentador
Jacinto Figueira Júnior (1927-2005), criador na TV Globo em 1966 do programa ‘O
Homem do Sapato Branco’, que trazia para o estúdio, ao vivo, brigas
constrangedoras de casais e casos repulsivos de polícia.  Jacinto morreu, mas o estilo sobreviveu e
prospera hoje nas grandes redes de TV, graças ao ibope persistente de
apresentadores furiosos e mesmerizados como Ratinho (SBT), José Luiz Datena e
Luiz Bacci (BAND), Marcelo Rezende (Record) e outros menos notórios, mas que
proliferam aos gritos em todas as manhãs e tardes nas telinhas truculentas do
País. Traduzem, ecoam, berram sempre uma visão policial e teratológica da
realidade, não a preocupação social de uma segurança pública falida e
desarvorada pelas balas perdidas da incompetência e da violência. Há quem
goste. Eu não gosto.
11.                  
Este ‘mundo-cão’, que ajuda a manter a audiência na
TV, foi adotado pela mídia impressa na chamada ‘imprensa popular’ que procura
leitores/consumidores a qualquer (baixo) custo e apelando para qualquer
(ordinário) recurso. Ninguém deve se sentir ofendido pelos adjetivos que
identificam esse jornalismo ‘mundo-cão’ pelo que ele é de fato: vulgar, banal,
pueril, pífio, grosseiro, vil, sensacionalista. Essa imprensa não define o
caráter dos nobres profissionais que ali exercem seu ofício com dignidade, mas
revela a essência da ótica empresarial que se preocupa mais com a receita e o
lucro, e menos com a excelência da informação e a qualidade do produto
jornalístico. 
12.                 
Roberto Jardim, o ex-editor do Diário Gaúcho, defende o miolo do jornal e do projeto, atribuindo
sua má imagem apenas à primeira página: “Só a capa, que é feita para vender,
não traduz o bom jornalismo que os profissionais que passaram e ainda estão por
lá fizeram e fazem”. Pois eu não gosto do produto final, já a partir da capa,
que traduz o tipo de jornalismo tacanho dessa dita imprensa ‘popular’. O DG de
Porto Alegre tem um irmão siamês em Florianópolis, o Hora de Santa Catarina, nascido em 2006. Seus 30 mil exemplares,
com preço de capa de 1 real, são vendidos nas bancas dos 15 municípios da
região metropolitana da capital. Além do preço baixo e dos inevitáveis brindes
de cozinha, o Hora centra fogo no
cardápio que supostamente atende à dieta restrita de seu público de renda
magra: notícias de crimes, aventuras amorosas de artistas e famosos, os lances
do futebol regional e as fotos de praxe de mulheres com muita saúde e pouca
roupa. É mais do mesmo, com a mesma fragilidade, a mesma banalidade, a mesma
mediocridade. E há, como eu, quem não goste.  

 O editor-executivo do jornal acusa: “Hora só vende
pelo brinde de panelas péssimas da China…”
13.                 
Fabiano Golgo, editor-executivo do Hora de Santa Catarina entre 2012 e 2013, também não gosta. Ele leu aqui no Blog do Prévidi a contestação
de seu ex-colega do DG ao meu texto sobre as vulgaridades do jornal gaúcho. E
decidiu rebater as observações de Jardim, confirmando minha opinião e agregando
seu importante testemunho sobre o que viu e viveu em Florianópolis, num texto
publicado neste blog em 20 de janeiro passado. Produtor dos programas dos
consagrados Flávio Alcaraz Gomes e Mendes Ribeiro na rádio e TV Guaíba na
década de 1980, Golgo viajou em 1991 para os Estados Unidos, onde fez estágios
na CNN, MTV e The New York Times.
Mudou-se para a Europa, atuou como correspondente do Jornal do Brasil no Leste Europeu e, a partir de 2000, foi editor,
apresentador e comentarista de revistas, rádios e emissoras de TV na República
Tcheca. Dirigiu dois semanários de atualidades em Praga, o Redhot e o Mlada Fronta Plus,
antes de assumir em 2005 o Metro,
versão local do jornal sueco gratuito que se tornou o diário mais lido da
capital tcheca. Voltou ao Brasil em 2012 para assumir o posto de
editor-executivo do Hora de Santa
Catarina.
14.                
Pelo que contou aqui no Blog do Prévidi, Golgo teve um
amargo regresso. “Sempre fui hostilizado por não querer entender que o jornal é
vendido em virtude dos cupons para retirada de panelas e outros produtos de
péssima qualidade, trazidos da China por uma empresa terceirizada, e não pelo
conteúdo, se não levarmos em consideração o horóscopo e o futebol”, escreveu. “Eu
tentei mostrar que nossos editores – todos formados em Jornalismo – poderiam
facilmente escrever seus próprios textos sobre os fatos do mundo, nas minguadas
páginas do jornal que não eram ocupadas por conselhos sexuais, fotos de bebês,
avisos entre namorados e fotos de buracos que a prefeitura de Florianópolis
deveria consertar. Mas a engessada RBS não gosta de ondas, a não ser que sejam
promovidas pelo sétimo andar da [avenida]
Érico Veríssimo [sede da RBS em Porto
Alegre
], por um clubinho fechado de pessoas sem contato com a realidade de
seus leitores”.

Jardim, do Diário, e Golgo, do Hora, editores tesourados na RBS: um defende, o
outro ataca
15.                 
Golgo respondeu diretamente a Jardim: “Quanto à
contestação do colega que foi demitido pelo Diário
Gaúcho
, eu fui orientado de forma diferente, recebendo a ordem de basear o
jornal no esporte, nas amenidades, e não na relevância de seu conteúdo”.  Golgo entra de sola na copa e cozinha do
jornal: “A verdade era que o título só vendia mesmo por causa das panelas.
Quando cheguei à firma, descobri que os chefinhos da parte catarinense vinham
escondendo dos chefetes — tipo Marcelo Rech [diretor executivo de Jornalismo da RBS], da central mantenedora e
decisória, gaúcha — o problema das tais panelas. A empresa distribuidora, que
encomendava o produto da China, não entregou número suficiente de produtos e os
leitores portadores de cartelas preenchidas com os colecionados cupons, que
saem na capa do jornal, simplesmente não estavam podendo retirar seus sonhados
utensílios de cozinha. E o atraso já se referia a três produtos. Há meses, as
quatro moças do atendimento ao cliente não davam conta do número de ligações
com reclamações diárias. Descobri que toda a redação vinha sendo obrigada, a
contragosto, a também atender esses raivosos leitores, já que as telefonistas
não conseguiam atender a todos. Chegavam a ser 180 ligações por dia”, revelou.
16.                
Golgo, assim como Jardim, faz pesadas restrições à
primeira página e sua arma de sedução em massa — as fotos de garotas
pretensamente sensuais. “As moçoilas que são obrigatórias na capa e na
página central, inevitavelmente de biquíni e com silicone, me davam muito
trabalho, pois, apesar de ter sido Editor-Chefe da Playboy tcheca, em 2002, era muito difícil cumprir a ordem do meu
superior de escrever nos balões textos ‘safadinhos e picantes’ sobre as
senhoritas, e de criar mais dois, com o mesmo tom, para a parte interna.
Portanto, a vulgaridade é, sim, elemento de venda do jornal. Eu mesmo, sabendo
disso, implantei a chamada quase diária na capa da coluna de sexo, com frases
apelativas, tipo ‘Por trás sempre dói? Esposa conta como aprendeu sexo anal com
o amigo do marido’…”, confessa o ex-editor do Hora de Santa Catarina.
 17.                 
Em agosto passado, quando o fio aguçado do consultor
Cláudio Mãos de Tesoura Galeazzi escancarou a dura política de ‘reestruturação’
financeira da RBS em crise, ceifando 130 empregos de uma só vez, a empresa
tomou uma discreta decisão para economizar ainda mais à custa dos eleitores
menos atentos. Um núcleo de cinco pessoas foi criado na sede da empresa, em
Porto Alegre, para fazer o que muitos fazem, no recesso do lar ou na rotina do
trabalho: apelar para as teclas do Ctrl+C e Ctrl+V, o prosaico Copiar e Colar.
Páginas inteiras, das editorias de Mundo ou de TV, eram simplesmente copiadas
do jornal principal para o jornal secundário. Isso acontecia da Zero Hora para o Diário Gaúcho e do Diário
Catarinense
para o Hora de Santa Catarina, economizando gente e recursos às custas da boa fé do
leitor, que inocentemente imaginava estar consumindo material exclusivo. Sempre
criativa, a RBS deu um nome em código para esta equipe que copia e cola páginas
de um jornal para o outro: ‘Projeto LEGO’, o celebrado jogo de encaixe de peças
que permite inúmeras combinações e imagens. A lúdica solução da RBS com o
‘Projeto LEGO’ define bem o momento empresarial que vive, encaixando páginas
mais baratas em jornais ajustados às combinações mais rentáveis, certos de que
os leitores de jornais distintos em Porto Alegre e em Florianópolis não vão
perceber o truque. Mas, há sempre alguém que percebe. E que acaba avisando o
atento Blog do Prévidi.  
18.                
O ex-editor-executivo do Hora de Santa Catarina, Fabiano Golgo, escancarou a prática no
texto que enviou para este blog, contando: “Logo de início, contestei o
modelo preguiçoso e inadequado ao público-alvo do jornal, onde praticamente
todos os textos do Hora eram versões
encurtadas de textos originais do Diário
Catarinense
ou do Diário Gaúcho.
Meu mais notório confronto foi em relação ao desrespeito ao leitor catarinense
pela prática de se imprimir uma cópia da página central, de fofocas, do Diário Gaúcho, um dia mais tarde, no Hora de Santa Catarina. Isso em plena
era virtual, onde — ao invés de ver a chefe da seção de ‘Entretenimento’ lendo
em papel, no próprio DG, feito no dia anterior, aquilo que ela colocaria na
página mais concorrida do seu diário, no dia seguinte –, poderia menos
preguiçosamente receber os textos via sistema interno de comunicação, e
oferecer ao leitor um produto mais fresco. Praticamente dois dias de velhice
das notinhas sobre idiotices — tipo o que a Bruna Marquezine disse sobre o
Neymar  — era algo que nunca pude aceitar
e não me contive em ser insistente, em quase todas as reuniões de pauta”.
19.                
Golgo foi impiedoso na descrição que faz das
performances do diretor-presidente da RBS, Eduardo Sirotsky Melzer, o popular
Duda, nas reuniões internas do grupo: “Quando eu vi o Duda em um palco, dando
uma de apresentador, durante um aniversário da empresa, com milhares de
funcionários na plateia do Ginásio Tesourinha [em Porto Alegre] — todos com camisetas idênticas da RBS, e a Redação
catarinense toda sendo obrigada a colocar os fones de ouvido e assistir a
transmissão do evento em seus computadores e pelos televisores espalhados pelas
paredes —, me pareceu uma cena com aqueles líderes comunistas, tipo o romeno
Nicolae Ceausescu ou o general polonês Wojciech Jaruzelski, em frente aos seus Politburos, todos com o mesmo uniforme.
Ou aquela propaganda do ‘Bonita camisa, Fernandinho!’… A versão Sílvio Santos
do Duda foi comédia trash. Com
carisma zero e problemas técnicos constantes, só não foi pior que suas
reuniões, direto da Redação da Zero Hora,
com todo o grupo, para responder às perguntas dos funcionários. Nunca vi uma
pergunta sequer que não fosse sobre salários ou benefícios. O interesse pelo Jornalismo
com J maiúsculo ou ideias sobre adaptação ao novo panorama midiático não faz
parte do DNA da  firma. A RBS leva os funcionários a fazer apenas o que
são obrigados, recolhendo seus minguados salários no final do mês e rezando
 para sobreviver aos potenciais cortes anuais”, condena Golgo.
20.               
Os cortes, agora, são mais frequentes. São mensais,
para diluir o impacto do ajuste implacável que tesoura empregos e salários. O
Sindicato dos Jornalistas tem informações, não confirmadas ainda, de um acordo
entre a RBS e a Delegacia Regional do Trabalho para que as traumáticas demissões
em massa sejam parceladas em doses homeopáticas, reduzidas, semanais. Na
primeira planilha de 2015, a de janeiro, o Sindicato gaúcho registra cinco
demissões da RBS entre as 17 anotadas no mês. E avisa que outras quatro
demissões já estão agendadas pela RBS para fevereiro, na previsão feita em 30
de janeiro – e que sempre pode piorar.
21.                 
A RBS tenta enganar a crise do jornalismo com a
solução mais rasteira e medíocre: demitindo jornalistas.  De forma massiva ou em doses pequenas para
disfarçar o estrago, a dura tesourada nos custos imposta à RBS pelo Método
Galeazzi acaba turvando a visão de profissionais experientes, cada vez mais
confusos e sacrificados pela crise de qualidade que compromete, a cada dia, o
jornalismo praticado pela empresa dos Sirotsky em suas diferentes plataformas.
Para quem duvida, basta acompanhar a crônica de horrores que o Blog do Prévidi
registra todo santo dia, anotando erros, descuidos, deslizes, derrapadas nas
informações e trombadas no vernáculo dos sites, blog, colunas, editorias e
manchetes produzidas pela RBS nos jornais, rádios e TVs do grupo. É uma safra
inacreditável de mancadas, muitas delas cômicas, que refletem amadorismo,
pressa e inexperiência. São filhos diretos da política de cortes e ajustes que
sacrificam os empregos, a experiência e a qualidade de redações e equipes
adolescentes subjugadas pela rigidez contábil e tacanha de executivos de
resultados, sem quaisquer compromisso com o jornalismo.
22.               
Os diretores e funcionários mais graduados do clã Sirotsky ainda tentam
justificar tais equívocos, defendendo o acerto de projetos indigentes como os
dos jornais ditos ‘populares’, que se explicam justamente pela pobreza –
editorial, material, visual e ética. Um dos executivos da RBS chegou a comparar,
para mim, os dois jornais da casa em Porto Alegre: “O Diário Gaúcho é e sempre foi um jornal melhor resolvido com o seu
leitor do que a Zero Hora em relação
ao dela. É um outro mundo, que a gente não entende e não vive. Por isso temos
que ter cuidado com as análises sobre sua suposta vulgaridade…” Esta frase
coloca uma questão intrigante. Se o jornalismo dito ‘popular’ da RBS “é um
outro mundo, que a gente não entende”, como se ousa fazer um jornal para um
mundo que estes jornalistas não entendem e não vivem? Quem concedeu a
empresários “deste mundo” a franquia para esta irresponsável aventura
interplanetária que invade mundos estranhos com jornais de baixa qualidade
produzidos por alienígenas que não entendem e não vivem o mundo de seus ignotos
leitores? Essa é a grande, a obscena vulgaridade dessa impiedosa jogada
empresarial que cava e escava leitores nos grotões da periferia, à custa de
panelas chinesas de segunda e do mundo-cão de terceira categoria.
23.               
A RBS conseguiu, afinal, cair no fundo do poço da vulgaridade, virando
ré de um inédito inquérito civil instaurado contra ela, no dia 27 de janeiro
passado, pela Procuradoria Regional do Trabalho da 4ª Região do Ministério
Público do Trabalho, que abrange o Rio Grande do Sul. O processo de número
quilométrico, 0000177-85.2011.5.04.0019, oriundo da 19ª Vara do Trabalho de
Porto Alegre, com oito volumes e exatas 1.511 folhas,  evidentemente não foi revelado ao povo gaúcho
pelo mais importante jornal do Estado, a Zero
Hora.
 A notícia foi um ‘furo’ deste
bravo Blog do Prévidi, que noticiou este fato espantoso no dia seguinte à
decisão da Procuradoria do Trabalho, já na quarta-feira, 28 de janeiro. Ali
está escrito que a RBS responde, nos termos da legislação trabalhista, pelo
item 03.01.06 do código, que trata expressamente do ‘Desvirtuamento de Pessoa
Jurídica’, truque que os sindicatos costumam denunciar como ‘precarização do
trabalho’. Na denúncia da Procuradoria do Trabalho, está escrito que a RBS
virou ré por “desvirtuamento da relação de emprego pela determinação de criação
de pessoa jurídica por trabalhadora cujas atividades eram prestadas de forma
habitual e com subordinação, estando vinculadas às necessidades essenciais da
tomadora do serviço”.
24.               
O maior constrangimento público e legal vivido pela RBS em sua história
não é produto de uma desavença com nenhum jornalista importante ou conhecido. O
pivô do processo é uma discreta senhora de 52 anos, com apenas 221 amigos na
sua página do Facebook, natural de Porto Alegre, que nem passou por uma redação
nem pelo ofício de jornalista. Sonyara Thiele, identificada no processo como a
‘reclamante principal’, é formada em química pela PUC de Porto Alegre, onde
ingressou em 1988.  Trabalhando no
Banrisul, especializou-se em informática e em programação de computador.
25.               
Em 1998, conta Sonyara, ela foi chamada pela RBS para trabalhar no
sistema de computação que administrava a entrega e a distribuição pelo Estado
das edições de Zero Hora. “Eu nem era
contratada, nem tinha carteira, nem salário. Eu ganhava por hora trabalhada.
Mas tinha chefe, tinha horário de trabalho e viajava muito. Cheguei a ser
mandada para Santa Catarina, para implantar o mesmo sistema no Diário Catarinense e no A Notícia, o jornal da RBS em Joinville.
Até que um dia, em 1999, me pediram que eu abrisse uma empresa. Criei então a
Thiele Informática. Apesar disso, me contrataram como pessoa física, reduzindo
pela metade o que eu ganhava. Alguém do departamento jurídico me disse que eu
representava um passivo trabalhista muito grande”, lembrou Sonyara ao telefone,
nesta terça-feira.
26.               
A situação de Sonyara virou um inferno em meados de dezembro de 2010,
quando ela testemunhou na Justiça do Trabalho em favor de uma colega de
serviço. Seu emprego sobreviveu apenas algumas horas. “Fui demitida dois dias
depois. ‘Você não ficaria aqui nem que fosse a melhor funcionária de todas.
Você não vestiu a camiseta da RBS, ao testemunhar contra a empresa’,
reclamaram. Eu fiquei muito abalada, foi a primeira e única demissão da minha
vida”. Em fevereiro de 2011, Sonyara entrou na Justiça contra a RBS, reclamando
seus direitos trabalhistas, vínculo empregatício, salários perdidos, férias,
13º salário, além de indenização por danos morais pela retaliação ao seu
testemunho na Justiça.
27.               
Sonyara, hoje à frente de uma loja de artesanato em tecidos na avenida
Juca Batista   — a ‘Maria Antônia
Patchwork e Bonecos’ —, ministra ali cursos de bordados, cartonagem, bonecos,
tricô e crochê. Entretida no mundo sereno e entretecido dos artesãos, Sonyara
ficou surpresa com o desfecho retumbante de um processo trabalhista que
capengava há anos na Justiça. Ela foi alertada pelo marido sobre o nome e
sobrenome da procuradora do Trabalho que ele nunca viu: uma certa Paula
Rousseff Araújo, filha de um ex-guerrilheiro e advogado, Carlos Araújo, e de
uma ex-guerrilheira e atual presidente da República, Dilma Rousseff. Mentes
mais criativas da cúpula dos Sirotsky viram na ação inesperada da procuradora
Paula uma atravessada retaliação contra a RBS pela suposta linha de oposição e
crítica de Zero Hora ao governo de
sua mãe. Um Sirotsky mais esperto poderia imaginar, também, que é apenas a ação
natural de uma diligente procuradora do Trabalho, chamada Rousseff, que cumpre
sua obrigação funcional independente de ser ou não filha da presidente da
República.

       
Paula
Rousseff, a mãe Dilma e a reclamante Sonyara: “desvirtuamento de emprego na
RBS”
28.               
O processo em que a RBS é ré em inquérito civil aberto pelo Ministério
Público do Trabalho revela que há na empresa dos Sirotsty quem  goste do “desvirtuamento da relação de
emprego”. A procuradora Paula Rousseff não gosta.   
        Luiz Cláudio Cunha  
      
                                                                                                        
cunha.luizclaudio@gmail.com