Sexta, 29 de maio de 2015

Atualizado diariamente ao meio dia.
Eventualmente, a tarde, notícias urgentes.







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BOM DIA ESPECIAL

Vai para Otávio Gadret, o dono da Rede Pampa.
A foto é do início desse século – época em que o doutor Gadret não se importava em ser fotografado. Hoje ele está mais recluso e eu mais cabeludo.
Não sei se ele fica brabo, mas costumo chamá-lo de “o nosso Silvio Santos”. Porque ele é assim: seus executivos decidem, colocam no ar um determinado programa, por exemplo. Quando ele toma conhecimento e não gosta, tira do ar. Bem como faz o SS.
Gosto dele também porque não dá mole pra ninguém. Quando tem que falar alguma coisa para quem quer que seja não manda recado. Fala na lata.
Deve ter ficado muito triste quando teve que terminar com a versão impressa de O Sul. Pra ele era um grande barato o jornal. Mas aí o empresário falou mais alto.
Ah, a foto foi na festa oferecida pela Rede TV!, quando se associou à Pampa pela primeira vez.

ponto do dia especial

OLHAÍ, ROMÁRIO, CONTRIBUIÇÃO
PARA A CPI DOS EXECUTIVOS DO FUTEBOL!!

Executivos?
HAHAHAHAHA!!!!!

No Zero Hora, no Blog Bola Dividida, do Luiz Zini Pires.
Em 4 de maio de 2013:

Amizades antigas!! Intimidade total!!
Só falta eles falarem: “EU NÃO SABIA DE NADA!!”

Conmebol e Federação Gaúcha de Futebol, ligação direta

Eugenio Figueredo, novo líder da Conmebol, é amigo pessoal de Francisco Novelletto, presidente da Federação Gaúcha de Futebol.
As famílias de ambos também são muito próximas desde a década passada. Costumam se encontrar no verão em Punta del Este, onde o uruguaio tem casa.
Novelletto é um dos dirigentes brasileiros com acesso direto à Confederação Sul-Americana de Futebol, com sede no Paraguai.

E essa, desse bandido internacional?

Eugenio Figueredo, ex presidente de la Conmebol y uno de los vicepresidentes de la FIFAarrestados el miércoles en Suiza por un escándalo de corrupción, mintió en su solicitud de ciudadanía estadounidense al declarar que sufría de “demencia severa”.
Según la acusación presentada el miércoles por el Departamento de Justicia de los Estados Unidos, Figueredo pidió ser excusado del examen de inglés y civismo requerido a los aspirantes a la ciudadanía por una supuesta enfermedad mental.
“Antes de obtener la ciudadanía estadounidense en agosto de 2006, Figueredo presentó documentación explicando su enfermedad mental, que declaraba falsamente que sufría de demencia severa”, indica la acusación por casos de corrupción y sobornos relacionados con la venta de derechos de transmisión de torneos.

A  lembrança da amizade entre os dois “executivos do futebol” é do cornetadorw.blogspot.com.br.
Mostra, em poucas linhas, onde o futebol está metido.

Francisco Noveletto vai continuar na presidência da Federação Gaúcha de Futebol até 2019.
Mas, é sempre bom lembrar que o presidente não tem IMPUNIDADE!!

SUGESTÃO


NO EMBALO, A ASSEMBLEIA DEVERIA FORMALIZAR
 CPI PARA INVESTIGAR O FUTEBOL GAÚCHO, NÃO?

Sei que tudo na Assembleia gaúcha é muito lento, a maioria dos parlamentares não gosta muito de agitações. São tão lentos que agora é que devem ter iniciado o debate sobre as adulterações do leite.
Mas tenho esperança de que alguns devam estar indignados com a putaria do futebol mundial, brasileiro e gaúcho.
Querem assuntos?
As viagens vergonhosas que os presidentes de clubes fizeram, para o exterior, patrocinadas pela “entidade maior do esporte bretão”; a exploração irregular de terreno na avenida Praia de Belas, em Porto Alegre; o descumprimento de documento assinado com a Prefeitura de Porto Alegre; premiações irregulares para os torcedores em estádios; utilização de funcionários de um rede de lojas por entidade esportiva; falta de condições dos estádios no interior; e muito mais. Fora as “amizades perigosas”.

ponto do dia

Deli Matsuo está fora desde o ano passado

A CAPA DE NATIONAL KID DO JAPA
HÁ TEMPOS QUE ESTAVA FURADA!!

Ontem, um alvoroço geral, porque o portalmakingof.com.br publicou que o Japa da RBS, Deli Matsuo, o carrasco dos “recursos humanos”, o National Kid às avessas, deixaria o Grupo nesta sexta.
No primeiro semestre do ano passado publiquei que ele estava fora, que só fazia figuração e que era uma espécie de consultor. Claro que os comedores de sucrilhos com nescauzinho me desmentiram, fizeram comentários anônimos de deboche, tal e coisa.
Era óbvio que todas as bobagens que inventou para massacrar os funcionários foram um fracasso. Ficou claro que o Grupo estava sendo mal administrado e que, mesmo assim, os comedores de sucrilhos com nescauzinho eram intocáveis.
O que fazer? O Japa não resolvia nada, só fazia firulas.
Em setembro do ano passado, o jornalista Luiz Cláudio Cunha, colunista eventual do Blog do Prévidi matou a charada.
Releia este trecho do magistral texto “A tesoura que assombra a RBS”:

O artífice que modela a nova RBS é Cláudio Galeazzi — um senhor de 74 anos e sorriso rasgado, cara limpa e cabelos quase brancos, 1m84 e 92 kg de um corpo massudo modelado pelo exercício disciplinado do halterofilismo —, reconhecido nos principais círculos econômicos do Rio e São Paulo, respeitado entre os grandes empresários brasileiros e disputado por empresas em crise que o veneram como o temido Galeazzi Mãos de Tesoura.
Com mais de 150 projetos de salvação empresarial no portfolio da consultoria Galeazzi & Associados que fundou em São Paulo, em 1995, Cláudio teve passagens triunfais (para os patrões) e traumáticas (para os empregados) no comando temporário de gigantes como os grupos Pão de Açúcar, Vulcabrás/Azaleia, Lojas Americanas, Artex, Cicrisa, Vila Romana, entre outros. Na coronha de seu revólver de serial killer de empregos, na conta sinistra da revista Época Negócios, estão registradas até janeiro de 2008 mais de 20 mil demissões — o triplo dos 6,5 mil funcionários hoje sobressaltados da RBS.
Cláudio Eugênio Stiller Galeazzi não ganhou fama pela ficção de Holywood, mas pelos cortantes resultados de eficiência gerencial, redução de custos e otimização de lucros que o tornaram uma lenda da vida real das empresas estressadas por balanços avermelhados e deslizamentos de receita. Era inevitável que Galeazzi e a RBS acabassem, um dia, se encontrando.


Entenderam ou precisa desenhar?
O Galeazzi Mãos de Tesoura veio fazer o serviço que o Japa não fez ou não teve condições de fazer.
Deli já tinha pulado fora, o presidente jovem e tímido do Grupo RBS sentiu que as firulas do Japa não serviam para nada e as empresas afundavam mais a cada dia.

Ah, sei, o Japa vai sair hoje… Conta outra!
HAHAHAHAHA!!!!

Te cuida, plenipotenciário!!!

ponto midiático

ZH INCORPOROU O SENSACIONALISTA!

Impressionante!! Eles são geniais!!

Longe do estresse

Morar em rua com muito barulho pode engordar

Pesquisa mostra relação entre ruídos de tráfego e aumento da circunferência abdominal




ISSO NÃO É DE UM SITE DE HUMOR

Recebo do Alex:

Sem revisão não tem perdão ! Falam que o clube (ATLAS DO MÉXICO) , é milionário e seu dono também , mas olhem os valores na matéria para ver que faltou uma revisão no texto.

UNISINOS NO FUTEBOL

Daniel Felix informa:
A Rádio Unisinos FM 103,3 vem transmitindo futebol e “estamos fazendo dupla Grenal, também”.

O jornalista e radialista Fabiano Brasil está de volta ao rádio esportivo. A partir da próxima segunda, ele passa a integrar a EQUIPE SHOW DE BOLA NA RÁDIO UNISINOS FM 103.3.
A estreia será no programa Arena Esportiva Debates, ao vivo, a partir das 11h30min.

ESCOLINHA ZH

Menina ou adolescente?

Adolescente é assassinada em parada de ônibus de Sapucaia do Sul

Menina de 17 anos estava com um amigo, de 16 anos, quando foi atacada a tiros por outra jovem, na Vila Vargas. Polícia ainda investiga a motivação do crime.

PERGUNTINHA

Além da bandidagem em geral, a quem interessa TODAS as “informações” sobre o assassinato de um traficante cruel e sanguinário como esse Teréu?

ESCOLINHA ZH – 2

No site da Rádio Gaúcha.
Divisa?

MODINHA

Há um bom tempo que escuto nas rádios um verbo que está muito na moda: complicar.
O trânsito está complicado, uma manifestação complicada, o tempo está complicado, tudo é complicado.

ENCONTRO DE QUALIFICAÇÃO: BOM EXEMPLO

A Província dos Capuchinhos do RS oferece, no sábado e domingo, 30 e 31 de maio, encontro de  formação com profissionais das mídias coordenada pela Ordem no Rio Grande do Sul. O local do encontro será a Pousada do Convento São Francisco, em Garibaldi. O curso é destinado para comunicadores e colaboradores da RedeSul, Maisnova, Jornal Correio Riograndense, Escritório Corporativo e Rede Scalabriniana.
De acordo com o jornalista e supervisor de conteúdo das mídias, Frei João Carlos Romanini, o objetivo do encontro estará focado na preparação de profissionais que estão inseridos em um mundo de contínuas mudanças. Por isso, conforme ele, é fundamental que os comunicadores estejam atentos a estas mudanças que são sutis, mas determinam a realidade dos ouvintes, internautas e leitores. A linguagem e a forma de receber informações também mudaram. E um elemento que é característico dos capuchinhos é e espiritualidade franciscana. “Os encontros de formação também vem ao encontro dos apelos da igreja com seus documentos que busquemos uma comunicação do encontro”, completa ele.
Para Romanini, existe um movimento que vêm dos Freis Capuchinhos do Rio Grande do Sul, de resgatar a intuição e missão dos veículos de comunicação, na atualidade.  A prática da comunicação está focada na tecnologia, a comunicação é feita para as pessoas, e é esta visão que queremos que seja percebida. Devemos usar da tecnologia para humanizar as relações humanas, uma das bandeiras proposto pelos primeiros capuchinhos franceses que há 107 anos fundaram o Correio Riograndense, com o objetivo de Evangelizar, educar, qualificar os imigrantes que chegaram ao sul do Brasil.
A jornalista, doutora em comunicação e irmã paulina, Joana Teresinha Puntel será a palestrante do encontro de formação. Ela falará sobre o diretório da comunicação da Igreja no Brasil.

ESCOLINHA ZH – 3

Recebo:

Está no clicRBS:

“As cidades de Tapes, Barra do Ribeiro e Morrinhos do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre, encaminharam nesta quinta-feira pedido de situação de emergência à Defesa Civil estadual devido às chuvas. O mau tempo predomina no Estado desde a última terça-feira”.

Municípios limítrofes de Morrinhos do Sul: Torres, Três Cachoeiras, Dom Pedro de Alcântara, Mampituba e Três Forquilhas
Com tal geografia, a Região Metropolitana de Porto Alegre tem um raio de 200 km, logo a tua praia Oeisis faz parte da RM de Porto Alegre…

ponto g/da memória

MARIN, O ALGOZ DE HERZOG, ENFIM NA CADEIA

Randolfe Rodrigues*

Copa de Ouro da CONCACAF, 10 de fevereiro de 1998. A maioria da população, no Brasil e nos Estados Unidos, sequer via TV quando a Seleção Brasileira perdeu por 1 a 0 para a equipe norte-americana em um campo improvisado de Los Angeles, na Califórnia. Foi a única derrota do Brasil em 18 jogos. Isso até a goleada desta quarta-feira, 27 de maio de 2015, dia em que a Justiça dos Estados Unidos desmascarou uma das maiores quadrilhas do mundo, a Gang da FIFA, chefiada dentre outros por um dos vice-presidentes da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), o notório José Maria Marin, também vice-presidente da FIFA.
Tomamos uma goleada, porque convivemos há décadas — inertes, omissos — com essa quadrilha verde-amarela. Eles mandam e desmandam em nossas federações estaduais e na confederação nacional. Organizam todos os grandes campeonatos nacionais e internacionais de que participamos e acompanhamos pela TV. Foram os gestores sem controle dos bastidores ainda mal contados e mal contabilizados da Copa do Mundo que aconteceu no Brasil em 2014. E, para decepção da torcida brasileira, acabaram sendo flagrados e presos não pela Polícia Federal brasileira, mas pelos agentes do FBI e da Justiça dos Estados Unidos.
 Uma das acusações que pesa sobre o quadrilheiro José Maria Marin é a de receber propina na venda dos direitos de transmissão da Copa do Brasil. Não a Copa do Mundo, mas a nossa doméstica Copa do Brasil, uma competição nacional, realizada em solo brasileiro, disputada por 86 equipes brasileiras, televisionada para todo o País e retransmitida para o território norte-americano.
 A prisão de 7 altos executivos da FIFA, incluindo o notório José Maria Marin, nos remete à vergonha dos 7 a 1 que sofremos na Copa do Mundo. Nosso consolo é que, agora, a prisão dos que roubam a alegria e a inocência do futebol faz a alegria dessa paciente e maltratada torcida brasileira. José Maria Marin é um fiapo da ditadura militar brasileira. É produto da pior fase de nossa história, foi um gestor público afinado com torturadores e com a ala dura do regime que torturou e assassinou toda uma geração.
 José Maria Marin resume, como ninguém, os caminhos cruzados que fazem do futebol e da política um campo aberto onde se confundem os oportunistas, os canalhas e os corruptos. No campo do futebol, como na política, Marin sempre jogou na direita. Foi ponta-direita medíocre de times do interior paulista, no início da década de 1950, atuando por times como o São Bento e o Jabaquara. Chegou a enganar num time grande, o São Paulo, onde disputou apenas dois jogos oficiais e fez um único gol.
 Esperto, Marin decidiu trocar de campo para enganar na política. Elegeu-se vereador na capital paulista por uma sigla ideologicamente adequada ao ex-ponta-direita: o PRP, fundado pelo líder integralista Plínio Salgado, guru da extrema-direita brasileira que se inspirava no III Reich de Adolf Hitler.  Quando veio o golpe de 1964, Marin trocou de camiseta, sem mudar de time: filiou-se à ARENA, o partido da ditadura militar. Em 9 de outubro de 1975, no auge da violência do Governo Médici, o deputado estadual da ARENA José Maria Marin subiu à tribuna para denunciar a existência de comunistas na TV Cultura de São Paulo.
Duas semanas depois, o jornalista Vladimir Herzog, chefe de jornalismo da TV, foi encaminhado à sede do DOI-CODI, na sinistra rua Tutóia, o endereço mais sangrento da rede de tortura e barbárie da ditadura. Herzog chegou lá na manhã do dia 25 de outubro, 15 dias após o discurso furioso de Marin. No início da tarde daquele dia, Herzog estava morto.
 Esta criminosa conexão foi revelada em 2012 pelo jornalista Juca Kfouri, ao afirmar que Marin é “fartamente” responsável pela prisão que resultou no assassinato de Herzog. Marin é um fóssil da ditadura, uma carcaça do entulho autoritário legado ao País por 21 anos de regime arbitrário. É uma pena que Marin ​ tenha passado impune por tudo isso, imune às investigações da Comissão Nacional da Verdade, ignorado pela polícia e fora de alcance da Justiça brasileira. É uma vergonha para todos nós que, depois dos anos de chumbo e de sua gestão corrupta nas federações e na CBF, Marin só tenha sido preso por ação de órgãos investigativos e policiais dos Estados Unidos, e não do Brasil. Escapou da Polícia Federal, mas não conseguiu escapulir do FBI. A torcida sempre aplaude um gol de placa. Assim, palmas para o FBI!
Mas, não nos enganemos: Marin nunca andou só. Como cabe a todo quadrilheiro, ele tinha comparsas no crime. Foi ungido presidente na CBF por Ricardo Teixeira, seu antecessor, e sagrou o seu sucessor, o atual mandatário, Marco Polo del Nero. Ambos agora sob investigação pelo FBI e pela Justiça dos Estados Unidos. Ainda veremos outros gols de placa, espero!
 Conseguiremos nós, brasileiros, dar conta da quadrilha instalada em nossos clubes e estádios? Temos duas oportunidades de faxina, nesse momento. A  primeira missão é investigar esse esquema nacional e internacional em todas as frentes, inclusive a parlamentar. O senador Romário acaba de aprovar em tempo recorde no Senado Federal, com 54 assinaturas, uma CPI para investigar Marin e seus comparsas.
A corrupção no futebol é um moto contínuo, que não afeta uma única competição nacional ou internacional. É preciso desmascarar os corruptos, punir os envolvidos e garantir o ressarcimento dos valores pagos como propina para os cofres das entidades. Mas, isso só não basta. É fundamental uma segunda medida: aproveitar esse momento ímpar da história para reformar a estrutura decadente do futebol brasileiro. A Medida Provisória 671, que tramita no Congresso, é um gol de placa de um governo que anda meio ruim das pernas.
É preciso garantir, como prevê o texto original da MP, que órgãos como a CBF funcionem de maneira democrática, com participação efetiva dos jogadores, com direito a voz e a voto nas assembleias, e estabelecendo limite à reeleição dos dirigentes. Isso evitaria a apropriação da CBF e federações por clãs e gangues que se perpetuam e se acumpliciam. Tanto quanto de clubes e entidades, é necessário transparência na gestão de recursos, com a divulgação de balanços financeiros e o fim dos sigilos contratuais por onde se infiltra a corrupção.
Muito mais do que um negócio, o futebol é um patrimônio cultural do povo brasileiro. Quem administra o esporte não deve atuar como empresário de um negócio oculto. Ele deve ter a consciência de um gestor de patrimônio público, um bem valioso e caro às emoções de milhões de brasileiros. No campo sagrado e vitorioso do futebol, não existe espaço para gente da laia de José Maria Marin.

* ​Randolfe Rodrigues é senador pelo PSOL do Amapá

ponto da reflexão

Nesses dias de patrulhamento ideológico ferrenho, de correto e incorreto, precisamos ter muito cuidado com expressões do tipo: “Parece que foi ontem que te peguei no colo!”, conversando com a filha linda da vizinha.

Paulo Motta

ponto da piadinha

Ela também foi fazer um empréstimo consignado!!

ponto final

AS NOVAS GUERRAS DO FUTEBOL

Raul Rübenich, jornalista, do raulrubenich.wordpress.com

Nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 1970, enfrentaram-se as seleções de Honduras e El Salvador, dois países da América Central, para definir quem enfrentaria o ganhador do confronto entre Estados Unidos e Haiti, e escolher assim o representante da Concacaf , juntamente com o México, país sede. Uma vitória de cada lado, mais a decisão, no próprio México, favoreceram El Salvador. Dezoito dias depois do último jogo, os dois países entraram numa guerra que, pela própria fragilidade dos beligerantes, durou pouco, e ficou conhecida como a Guerra do Futebol – uma possível causa do confronto em que nenhum dos lados tinha grande coisa a ganhar. Foi em 1969, e a Copa 70, todos sabem, quem ganhou foi o Brasil, de Pelé & Cia., inclusive o Everaldo, do Grêmio.

Quarenta e cinco anos depois, a Concacaf – ou Confederação de Futebol da América do Norte, América Central e do Caribe – volta ao noticiário porque alguns de seus atuais e antigos dirigentes arriscam passar praticamente o resto da vida na cadeia, pelo ativo envolvimento na   rede de subornos, propinas,  vendas  de apoios para a escolha de sedes da Copa do Mundo e nas votações de dirigentes da FIFA, a Federação Internacional de Futebol. Quem denunciou o escândalo foi, como todos já sabem, o governo – representado pelo Departamento de Justiça, FBI (polícia federal) e outros órgãos semelhantes – dos Estados Unidos, o país em que futebol nem é futebol, mas “soccer”. E onde esse esporte não havia rendido manchetes simultâneas dos dois principais jornais, The New York Times e The Washington Post, nem mesmo nas finais da Copa do Mundo de 1994, lá disputada  – o Brasil ganhou da Itália nos pênaltis, lembram? E a organizadora da Copa foi a mesma FIFA agora tão esculhambada, lembram também?

Mesmo que a sede da Concacaf  fique atualmente em Miami, e tenha sido “varrida” pelos agentes do FBI em busca de documentos para fortalecer as evidências das acusações, qual a base para comparar os dois fatos?  Tudo depende de um terceiro fato: aquela guerra na América Central já foi um absurdo, por misturar competição e rivalidade que nunca deveriam sair dos limites, digamos,  civilizados. Ninguém, no entanto, apostou no surgimento de consequências para muito além daqueles dois países. Agora, porém, a “guerra”, mesmo que seja só por interesses contrariados, se dá entre EUA e Rússia, as superpotências que outrora, entre muitos confrontos, chegaram à beira de uma guerra nuclear na chamada crise dos mísseis de Cuba, começo da década de 1960. Os interesses contrariados ficam por conta da Rússia, que não admite a ingerência norte-americana na Copa do Mundo de 2018, cuja sede é a própria antiga União Soviética.

A Rússia estranha essa ingerência por um  país que, como acima referido,  chama futebol de soccer, e que já conseguiu a participação das autoridades da Suíça, país-sede da FIFA, em investigações sobre supostas irregularidades  no processo da escolha da Copa 2018. E,  também, na de 2022, marcada para o Qatar, país no meio do deserto em que inclusive datas e horários dos jogos serão diferentes, pela impossibilidade de se jogar futebol em pleno dia em meio ao verão.

Os russos jogam esse interesse da investigação do FBI na conta da política geral do governo de Washington, tão generoso, sob o presidente Barak Obama,  em relação a antigos inimigos dos EUA, mas sempre fazendo questão de endurecer quando na outra ponta da corda estiverem  Moscou e o todo-poderoso líder Vladimir Putin. Por exemplo, promovendo sanções econômicas contra o governo russo atual em função da anexação, por este, da Crimeia, e sua continuada participação num confronto que parece destinado a enfraquecer permanentemente a Ucrânia, antiga integrante da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas mas atualmente vizinha nada amistosa da Rússia. Mais: sanções esportivas, como o boicote dos últimos Jogos Olímpicos de Inverno, em Sochi, e também das cerimônias militares recentes em Moscou, para honrar a vitória do Exército Vermelho sobre as tropas da Alemanha na II Guerra Mundial.

Os russos entendem que tudo faz parte de um esforço para vingar a derrota dos EUA na disputa pela conquista da sede da Copa 2022. Na assembleia da FIFA de novembro de 2010, em Zurique, que indicou o Qatar como o primeiro país árabe a realizar esse evento,  havia uma delegação norte-americana liderada pelo ex-presidente Bill Clinton e pelo então secretário da Justiça Eric Holder, antecessor de Loretta Lynch, que, nesta quarta-feira, comandou o espetáculo e garantiu que vem mais por aí, faltando só dizer “duela a quien duela”…

Na entrevista-bomba convocada para a biblioteca do seu antigo escritório no Brooklyn, em Nova York, que certamente considerou ter maior visibilidade midiática que a sede do Departamento da Justiça em Washington, Loretta Lynch, a titular do cargo cujo equivalente, no Brasil, é o de ministro(a) da Justiça, fez questão de deixar claro que não se trata de nenhum esforço para provocar outros países. Lembrou assim, com o aval do diretor do FBI James B. Comey, que a corrupção na Concacaf vem de muito tempo, desde 1991. Richard Weber, do Imposto de Renda, também fez frase de efeito, diretamente para a FIFA: “Tudo isso é a copa do mundo da fraude, e nós  estamos dando cartão vermelho” à entidade presidida pelo “chefão”  Josef Blatter.

Nem só à FIFA, parece. Pelo menos é o que se deduz da denúncia de que a escolha dos EUA como sede da Copa América 2016 foi “facilitada” por 110 milhões de dólares em subornos. Os “beneficiados”, no caso, estariam no âmbito da Conmebol, que cuida de competições  como a Libertadores da América. Voltando à Copa do Mundo, dois ex-dirigentes da FIFA teriam recebido 10 milhões de dólares dos sul-africanos por seus “esforços” para a realização da Copa de 2010. Sobre o Brasil, até ontem os “investigadores” de todos os cantos só haviam localizado irregularidades no patrocínio da Seleção da CBF por um fabricante norte-americano de artigos esportivos.

Não é preciso dizer que, mundo afora, o destaque dado pelos grandes jornais norte-americanos à investida contra a entidade que cuida (?) de tudo o que se relaciona com o “soccer” foi até modesto. Nem é possível dar aqui uma ideia  das manchetes que correram o mundo. Para resumir, poderíamos voltar novamente aos EUA, e ao site de The Nation, uma publicação mais que centenária, de esquerda, voltada  para política, economia, ambiente, enfim, todos os temas politicamente corretos, mas que ontem abrigou em seu site um artigo de Dave Zirin. Ele cita o falecido jornalista uruguaio, apaixonado pelo futebol, Eduardo Galeano: “Existem ditadores visíveis e invisíveis. A estrutura de poder do futebol mundial é monárquico. Trata-se do reinado mais secreto da face da Terra”.

Depois de lembrar Galeano, o articulista chama Sepp Blatter de “o troglodita sexista e homofóbico que transformou a FIFA num motor multibilionário de corrupção”. Estranha, também, que o “chefão” não esteja na lista dos acusados (esse filme já passou em algum lugar…) Ressalta que “vale a pena salvar o futebol”, mas que para isso é preciso abolir a FIFA, que compara a uma gangrena que precisa ser extirpada enquanto é tempo. Tudo isso sob o título “Down Goes FIFA!”

9 comentários em “Sexta, 29 de maio de 2015”

  1. Quando divide um municipio com outro é o que? Divisa!! o acidente ocorreu na divisa dos municipios tais e tais. em algum momento, existe sim uma ' divisa" de municipios.

    1. Se o acidente ocorrer segundo os guardas de trânsito ou repórteres e em havendo vítimas caberá à autoridade policial única que é o Delegado de Polícia definir em qual dos dois municípios tal ocorreu por questão de circunscrição na investigação assim como a jurisdição para efeito de julgamento do ou dos crimes em que se enquadrem ou autor ou autores. Entendeu anônimo? Ótimo se a resposta for sim e se for não fica calado ou revela tua identidade, pois cansei de dar voz a covardes.

  2. É engraçado que o anônimo iletrado tente corrigir algo. Ousado o garoto, não? Sugiro retornar ao ensino fundamental.

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