Quinta, 15 de fevereiro de 2018

Jamais troquei de lado.
Por quê? Eu não tenho lado.
Ou melhor, o meu lado sou eu




SITE/BLOG DO PRÉVIDI: HÁ 14 ANOS
INCOMODANDO CHATOS, 
INCOMPETENTES E BANDIDOS
(E CANALHAS)
HORÁRIO DE VERÃO:
Atualizado diariamente
pela manhã





Tendo que aguentar o moralismo
politicamente correto dos 
dias atuais, aumenta a
minha saudade dos anos 70 e 80.

UNANIMIDADES

Sempre imaginei que Catherine Deneuve e Elis Regina fossem duas unanimidades.
A primeira mundial; A outra brasileira.
Me enganei.
Já li artigos de entendidos em cinema dizendo que Deneuve não é tudo isso.
A Elis? Nem mesmo a cidade em que nasceu a homenageou. Uma vergonha. Adoram falar mal da maior cantora que o Brasil já produziu. Aliás, é considerada uma das cinco maiores cantoras do mundo. Mas para o porto-alegrense ela “não é tudo isso”.

Na semana passada morreu a senhora Eva Sopher, que se intitulava a dona ou a comandante do Theatro São Pedro.
O maior argumento que usam é que ela fez muito pela cultura em Porto Alegre.
Tudo bem, concordo.
Mas não se esqueçam de que ela era muito bem remunerada para trabalhar. Desde o tempo dos governadores nomeados pelos milicos ela tinha um cargo em comissão do Governo do RS. Portanto, ela justificou a CC que recebia regiamente todo mês.
É mais ou menos como num noticiário de TV, depois que um repórter apresenta uma matéria, o bonner da vida agradece pelas informações. O repórter só cumpriu a sua obrigação.
Como a senhora Eva.
….
Em 1966 vim de muda para Porto Alegre. Fui estudar num colégio público, Infante Dom Henrique. Fiquei lá o segundo semestre. Valeu por dois motivos: conheci a Nega Lu e assisti “A Moreninha” no São Pedro. Lembro que o teatro estava mal cuidado, mas gostei muito. Foi um tipo de excursão do colégio.
Foi uma das raras vezes que entrei no São Pedro.
Primeiro, porque sempre considerei os ingressos para as peças do eixo Rio-São Paulo caríssimos. Uma exploração. Fui muito nos pequenos teatros da cidade e assistia atores que conhecia.

Quando concluíram a reforma só se apresentavam no São Pedro companhias do centro do país. E em janeiro e fevereiro abriam espaços pro pessoal daqui – por exemplo, Tangos e Tragédias.
E esse pessoal do Rio e São Paulo, especialmente estrelinhas da Globo, ajudavam a preservar a CC da chefona. Ou não?
Não? Então conto um episódio de 1991.
Alceu Collares tinha assumido o Governo do Estado. Estava um zumzum na cidade que a secretária da Cultura, Mila Cultura, iria substituir a senhora Eva.
Jô Soares estava no auge. Claro, chamou Collares para uma entrevista:
– Governador, o senhor vai substituir esta instituição da cultura nacional que é Eva Sopher?
Collares deu nos rins do gordo:
– Você pisou na bola mais uma vez. Quem é que falou que vou substituí-la?
Isso é um lobby de verdade!!

Com o tempo foram surgindo outros espaços em Porto Alegre. Mais modernos, como o Teatro do Sesi e o Teatro do Bourbon. O do CIEE.
O reinado do São Pedro chegou ao fim.
Aí foram obrigados a abrir o Theatro para cantores e humoristas locais – caso contrário, ficaria às moscas.

Mas a senhora Eva insistia no tal Multipalco.
Brincando, digo que a Fundação Theatro São Pedro não resiste a uma sindicância.
Por exemplo, quantos milhões foram enterrados naquela obra até agora?
Também tenho curiosidade de saber onde vai o dinheiro arrecadado no estacionamento que funciona no espaço do Multipalco. Mas isso é outro assunto.
Leiam este post no Facebook do jornalista Erico Valduga:

Dona Eva Sopher merece a cascata de homenagens pelo desempenho cultural. Mas não será demasia lembrar que ela, por sua personalidade marcante e neutralidade politico-ideológica, abocanhou por três décadas grande parte do dinheiro público e privado que poderia irrigar o multiculturalismo do Estado todo. Aliás, quanto custou até agora o inacabado Multipalco?

E este comentário do Robson Rocha:

Realmente isso é algo que sempre me chamou atenção e de muitos gaúchos artistas principalmente, com relação a obra do multipalco que já consumiu grandes cifras e nunca foi terminado.. Segundo o último levantamento da associação, ainda precisa se arrecadar no mínimo vinte milhões para conclusão total das obras.. Uma vez me falou um diretor de teatro local e ligado a cultura gaúcha, que esse era um tipo de assunto que ninguém tinha coragem de tocar nos tempos da Dona Eva.. E que pela proteção que as pessoas tinham com ela, e por ninguém ter coragem contraria-la então sempre se evitava de falar sobre as obras no quesito valores arrecadados.

Pra encerrar: querem passar a impressão de que a senhora Eva era uma unanimidade.
Não era. Muito pelo contrário.
Um dos mais respeitados intelectuais do RS foi Luiz Pilla Vares. E ele tinha discussões seriíssimas com ela.
Muitas pessoas respeitadas do meio cultural criticam a forma de administrar da falecida senhora.
Mas para a população em geral – inclusive muitos jornalistas – ela era um “ícone”.
No fim de semana passada fiz dois posts no Facebook relacionados com o São Pedro. Bah, o que levei de porrada, um nível horrível, que me obrigaram a apagar os posts.

Que o governador José Ivo consiga nomear uma pessoa responsável para substituir a senhora Eva.

Querem que o tal Multipalco seja oficialmente chamado de “Eva Sopher”.
E a Elis Regina continua sem uma homenagem justa em Porto Alegre, sua cidade natal.






PICARETAGEM  OU DESLEALDADE DO SINDICATO? – Desde o começo do ano, o Sindicato dos Jornalistas do RS está responsável pela assessoria de comunicação do Sindicato dos Enfermeiros do Estado.

Assino o comentário do Orestes de Andrade Jr:
Isso é um absurdo!!! Entre os vários pontos obscuros, o presidente do sindicato disse que um jornalista vai trabalhar mas não vai receber, é isso? O valor — abaixo de outras assessorias, seria concorrência desleal?! — vai todo pro sindicato e não pro jornalista. Ele é funcionário do sindicato? Vai trabalhar sem receber? Dúvidas, dúvidas, e uma certeza: sindicato não pode fazer isso! Simples.

Pelo que sei, o Sindicato dos Enfermeiros pode, sim, pagar uma assessoria de imprensa, das várias que existem em Porto Alegre, dirigidas por jornalistas profissionais.
Por sua vez, o Sindicato dos Jornalistas deveria, em primeiro lugar, fazer com que os jornalistas de verdade voltem a se associar e contribuam para que a entidade não termine. Não vai ser fazendo uma “assessoria de imprensa” completamente fria que o Sindicato vai se recuperar.

GLOBO INCENTIVA A PICARETAGEM – Escreve o Juarez Trindade de Oliveira:

Impressionante a forma rasteira e irresponsável com que a Rede Globo trata os temas e as situações de suas novelas.
Uma menina, nas novela das 9, advogada, se presta as usar técnicas de coach para “destravar” uma outra menina com bloqueios relacionados à atividade sexual!
E quem assiste acha que essas técnicas – pelo jeito a Globo que ditar mais uma “moda” – podem realmente fazer aquilo que a menina 1 conseguiu junto à menina 2!
Primeiro, ela usou técnicas de hipnotismo, quase de regressão, nem de longe aproximadas das ferramentas de coach.
Segundo, induziu, pela postura, pelo ambiente, etc., todos a pensarem estar diante de uma sessão de terapia, típica dos psicólogos ou dos psiquiatras.
Terceiro, mostrou pra quem quisesse ver que as limitações dessas suas “técnicas” são absolutamente solares: a menina 2 surtou ao fim da “sessão”e a menina 1 viu-se obrigada a chamar a “amiga” para ajudá-la!
Quarto, um(a) psicólogo(a) – terapeuta habilitado para esse tipo de ajuda – saberia o que fazer nessas situações e, provavelmente, acolheria a menina 2 e a acalmaria, sem maiores problemas.
Quinto, se dá alguma merda nesse tipo de processo (como deu nessa ficção!) ou é usada alguma técnica não autorizada, quem se submete a esse tipo de ajuda – para esse tipo de caso! – vai se queixar prá quem? Coach tem algum Conselho? Algum Código de Ética? Psicólogos e Psiquiatras tem.
Por essas e outras é que esse tipo de coisa tem de ter alguma posição prévia de alguém responsável.
Não dá mais pra ir vendendo soluções mágicas por aí.
Basta!



TEMPO “MALUCO” – O Marcos Funk informa:

Como veranista de Capão da Canoa, tenho a lhe dizer que no domingo de carnaval, nove horas da manhã,  apenas, tempo nublado em Capão com “entradas do sol”.
Pela manhã, a praia estava lotada!!

CARNAVALIZAÇÃO –  Antes tenho ue explicar que na semana passada dei uma gozada  num “novo verbo”, carnavalizar. Aí recebi o texto abaixo.
Quem explica é o jornalista Rogério Mendelski:

Amigo, aí vai uma sintética definição de carnavalização, palavra muito utilizada na Antropologia Social. Roberto DaMatta e Affonso Romano de Sant’Anna tem belíssimos textos sobre carnavalização. Na China, quando alguém perdia uma batalha, o vencedor obrigava o general vencido a desfilar entre os prisioneiros com vestes de bebê.  Carnavalizar também é debochar, ironizar e não precisa ser no carnaval. Um exemplo: a nomeação da Cristiane Brasil cuja posse não sai, é uma carnavalização de nossas instituições. Uma ministra do Trabalho que tem sob o seu comando a fiscalização do trabalho  irregular, não assinava a carteira de seus empregados.  Magistrados com mansões, ganhando auxílio-moradia. Isso é pura carnavalização!

CARNAVALIZAR
Carnavalização, uma teoria sobre a inversão de papéis na sociedade moderna muito presente nas artes do fim do século XIX, começo do século XX, e desenvolvida por um dos maiores estudiosos da literatura mundial, o russo Mikhail Bakhtin.

LUIS GRISOLIO ESCLARECE
DO ANTENOR SILVA – A quem interessa a Rádio Guaíba transmitir um jogo de futebol americano  (na verdade, apenas comentar, pois não pode sequer narrar, já que há direitos de transmissão)? É o jogo da bola oval, mas, na verdade, não é o Ibope que fica oval?
Em reposta ao Sr.Antenor Silva quanto ao programa Especial Bola Oval de domingo, ainda não recebemos o IBOPE mas com certeza pelas manifestações em nossas redes sociais, no próprio lugar onde fizemos ao vivo e em nosso WhatsApp, que é o termômetro em relação ao ouvinte, percebemos que o novo tem lugar e fomos muito bem recebidos. Inovar com qualidade é sempre bom mas às vezes incomoda os acomodados.

IMAGEM DO CARNAVAL – O amigo da onça de folião.


(clica em cima que amplia)


A ALEGRIA DE ZECA PAGODINHO – Ao tirar uma foto com o prefeito de São Paulo, João Dória. Este fiasco aconteceu no sábado de Carnaval.


(clica em cima que amplia)



VIDARTE NA RECOPA – O comentarista Ricardo Vidarte embarca rumo a Buenos Aires para acompanhar o Grêmio na final contra o Independiente pela Recopa Sul-Americana. Durante toda a semana, Vidarte fará reportagens especiais sobre o clube gaúcho, que busca o bicampeonato pela Recopa. “Já fiz a cobertura da final da Recopa em duas ocasiões em que a dupla grenal saiu campeã. Uma com Grêmio em 1996 e outra com o Inter em 2011”, conta Vidarte que tem mais de 30 anos de experiência no jornalismo esportivo.

Os boletins e reportagens sobre a final da Recopa Sul-Americana serão exibidos no SBT Esporte, no SBT Rio Grande e SBT Rio Grande 2ª edição. O primeiro jogo acontece em Buenos Aires no dia 14 de fevereiro e a volta da equipe será dia 21 do mesmo mês, em Porto Alegre.



VERDADE



SONINHO DURANTE O BAILE

PIADINHA


Do José Simão:

Luciano Hulk, candidato a presidente;
Louro José, candidato a vice





Quarta, 14 de fevereiro de 2018

Jamais troquei de lado.
Por quê? Eu não tenho lado.
Ou melhor, o meu lado sou eu




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BOM DIA! BOA TARDE! BOA NOITE!



QUARTA-FEIRA DE CINZAS

Sério, hoje tem que ser bem light.
Porque sei que a imensa maioria está fazendo tarefas mais importantes.
Uma grande parte está voltando para casa.
Os demais estão, certamente, se curando das bebedeiras e comilanças.
Não é isso?

Também não aconteceu nada relevante nestes dias de carnaval.
Um bom dia de praia no sábado, um temporal no domingo e seguiu a rotina de um feriadão. Segunda com cara de bunda flácida, ridícula.
O ponto negativo é a quantidade imensa de gente nas praias – o pior é que são pessoas que não sabem conviver. Acham que não há mais ninguém em todos os lugares em que estão.

Ainda bem que estou fora de Porto Alegre neste período.
Leio que o carnaval da Cidade Baixa foi um sucesso.
Claro, quem não mora na Cidade Baixa acha um espetáculo.
Mas ninguém imagina como ficam as calçadas e as fachadas das casas e edifícios.
Toda CB fede a mijo e cocô.
Porque a prefeitura jamais teve pressa em limpar o bairro.
Imagina agora com o Despacito Tigrão Júnior.
O meu bairro, a minha rua deve estar insuportável!
Quanto mais sucesso o carnaval da Cidade Baixa mais fedido fica todo o bairro!!

Hoje ou amanhã divulgam os números trágicos do carnaval.
Quantos assassinatos, mortos em estradas federais e estaduais, presos por bebedeiras nas ruas e estradas, além das multas por excesso de velocidade – aí mostram a foto de um carro a mais de 200 km/h.

Emocionante? A divulgação dos campeões do desfile das escolas de samba do Rio e São Paulo.
E eu sempre me lembro do Carlos Imperial lendo as notas:
– Deeezzz, nota deeezzz!!!

Lamento que o ano ainda não vai começar. Temos que aguardar março para tudo voltar ao normal. Março recomeça e em abril já estamos a mil!

No domingo, um dilúvio.
Aí o maior “portal” do universo, lasca esta:

Viu só que interessante?
Tempo ruim e aí ninguém foi na beira-mar.
Que coisa, né?

Estava tudo muito tranquilo.
Aí na segunda uma porrada.
Morreu o jornalista Edison Moiano.
Foi editor do Correspondente Renner da Rádio Guaíba. 
E trabalhamos na mesma época na Imprensa da Assembleia Legislativa.
Depois de se aposentar se dedicava a advocacia trabalhista.
Uma pena. Bom caráter.

Faleceu o jornalista Elias Soares, 75 anos, no último dia 12, em Petrópolis (RJ). Ele estava aposentado e ficou hospitalizado cerca de 10 dias por complicações da diabetes. O velório e a cremação foram na cidade do Rio de Janeiro. 

Vocês viram que as fantasias de índio estão proibidas. Não duvidem: quem se fantasiou de índio poderia ser preso ou até mesmo levar um pau da polícia do politicamente correto.
Como está chato esse nosso país, hein?

Leia esse início de matéria de O Globo:

Índio não pode. Cigano também não. Enfermeira sensual? Nem pensar. Iemanjá, de jeito nenhum. Nega maluca, árabe e homem vestido de mulher também estão na lista de fantasias que devem ser banidas pelos foliões, de acordo com um vídeo postado pelo site “Catraca Livre”, que estabelece “as sete fantasias que não devem ser usadas no carnaval” por serem preconceituosas ou machistas.
O politicamente correto disputa espaço com a irreverência dos blocos, e os debates esquentaram. A artista indígena Katú Mirim deu início, também na web, à campanha #ÍndioNãoéÉFantasia, em que defende que o uso desses trajes é, sim, um ato ofensivo.
Nos tornamos um paisinho de merda!

E este título? A melhor rádio do universo é criativa!!


O Sindicato Médico do RS convoca para coletiva de imprensa nesta quarta, às 14 horas, no Hospital Beneficência Portuguesa (Av. Independência, 270 – Centro de Porto Alegre).  Na ocasião, será detalhado o trabalho de consultoria do Sirio-Libanês, instituição hospitalar que passa a fazer o diagnóstico das condições atuais do hospital e  apontar os caminhos a seguir na continuidade da assistência à população.

A coletiva ocorrerá no Salão da Nobre do hospital e contará com a presença do diretor-executivo do Sírio-Libanês, Fernando Torelly, do presidente, do Simers, Paulo de Argollo Mendes, do presidente do Beneficência, Augusto Veit, da presidente da Associação Brasileira em Defesa dos Usuários de Sistemas de Saúde (Abrasus), Terezinha Alves Borges, e do presidente da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Estado (Fehasul), Cláudio Allgayer.  

ESSE “APENAS” É DE UMA CANALHICE ÍMPAR!!

(clica em cima que amplia)

Sexta, 9 de fevereiro de 2018

Jamais troquei de lado.
Por quê? Eu não tenho lado.
Ou melhor, o meu lado sou eu




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HÁ UMA SEMANA OS ENTENDIDOS
EM TEMPO DIZEM QUE VAI CHOVER
NO NORTE DO RS E NO LITORAL NORTE.
SOLAÇO MARAVILHOSO!! 



LULA: VALESA OU FUJIMORI?

Do jornalista Rogério Mendelski. Coluna espetacular de 25 de janeiro de 2018 no Correio do Povo:

A decisão de ontem do TRF/4 empurrou Lula para um nicho da história política brasileira que nos obriga a comparar a situação em que se encontra com a Lech Valesa ou com a de Alberto Fujimori.  Onde Lula mais se parece com Lech Valesa? A origem de suas lideranças tem muita semelhança.  De líderes icônicos e depositários das esperanças da classe trabalhadora foram se perdendo  pelo deslumbramento da chegança, pelas mordomias infindáveis do poder e pela prepotência que se materializou em Lula quando disse – “eu posso eleger até um poste”.  Valesa teve vida política muito curta e nem se reelegeu por que o povo polonês é mais sábio e mais culto que o povão de Lula que ainda lhe deu mais um mandato e outros dois para o seu “poste”.

A Operação Lava Jato se encarregou do desmonte ético de Lula e como Valesa até o seu passado de informante do DOPS foi revelado nos livros de Romeu Tuma Júnior. O líder da resistência operária do ABC paulista era íntimo do pai do escritor, então diretor da polícia política do regime militar. Walesa também teve atividade semelhante. Em fevereiro de 2016, o arquivo estatal da Polônia divulgou documentos que confirmariam que o líder democrático e ex-presidente polonês Lech Walesa colaborou com a polícia secreta comunista na década de 70, antes de assumir a liderança do movimento que posteriormente ajudou a derrubar o comunismo no país. Valesa gostou tanto das mordomias que criou uma fundação com o seu nome e conforme o site petista Carta Maior, em outubro de 2011, “tornou-se conferencista-mercenário e assessor de quem paga mais e, recentemente, se vendeu a uma cadeia de lojas, conhecida por violar massivamente os direitos trabalhistas”. Lula ainda não vende eletrodomésticos, mas a Odebrecht o tinha como uma gazua para as portas de grandes negócios em republiquetas do Terceiro Mundo.

E a comparação com Alberto Fujimori?  O ex-presidente peruano também fez reformas sociais e econômicas, mas a corrupção tomou conta de seu governo e em dez anos a Comissão Anticorrupção apurou um desvio de 870 milhões de dólares (café pequeno para a corrupção brasileira).  A liderança de Fujimori desmoronou e ele fugiu para o Japão, país de seus ascendentes.  Seu estilo de governo foi revelado num depoimento do ex-chefe de seu serviço secreto, Vladimiro Montesinos:  “Distribui milhares de dólares a deputados e senadores cumprindo ordens do presidente que queria garantir maioria no Congresso”.

Quando governantes se assemelham no estilo de administrar, os resultados de seus atos não podem ser diferentes, sejam eles cometidos no Brasil, na Polônia ou no Peru. Lula é igual a Valesa ou a Fujimori? Ou é a síntese do que foram os dois?

ACABOU A LIDERANÇA?

O jornal “Washington Post” publicou que “ um tribunal brasileiro manteve condenação por corrupção do ex-presidente Lula, potencialmente encerrando a carreira de um icônico líder latino-americano.”

NA MOSCA

O desembargador Leandro Paulsen acertou na mosca em seu voto:  “É de se perguntar se alguém, que não é titular de um imóvel, muda a escada de lugar, manda instalar um elevador, uma piscina. Ou uma cozinha, que custou 150 mil ou 300 mil, e não perguntar o preço.”

NO POPULAR

A piada que circula nas redes sociais tem alguma semelhança com as palavras de Leandro Paulsen. “Ladrão de carro só pode ser preso se ele passar o veículo para o seu nome no Detran”.

A LIÇÃO DO TRF/4

A decisão dos desembargadores do TRF/4 apenas mostrou que Lula não estava no Olimpo, mas numa terra onde o lado decente de seus habitantes ainda pode sentir orgulho de juízes independentes e desprovidos de qualquer temor de turbas barulhentas e do brancaleone MST.

FIM DA VIAGEM

O dirigente máximo da CUT no Mato Grosso do Sul, Genilson Duarte, não chegou a Porto Alegre. Procurado pela polícia desde o ano passado,  havia um mandado de prisão contra ele por desobediência.  A abordagem foi em Montenegro e o ônibus onde viajava também estava com documentação irregular. Genilson e o veículo terminaram a viagem no distrito policial.

DO JOSELITO MULLER 




BRASIL
Stevie Wonder Diz Que Não Viu Provas Para Condenar Lula

Fazendo coro com uma legião de intelectuais, tais como o deputado Sibá Machado e a senadora Fátima Bezerra, o músico Stevie Wonder, em entrevista exclusiva à nossa reportagem, afirmou, na tarde de ontem, que não viu provas para condenar o ex-presidente do Brasil.

“Eu até baixei uma cópia em PDF dos autos do processo no meu computador, mas sou franco em dizer que não vi provas para condenar Lula”.

A afirmação do músico foi bem recebida por correligionários do ex-presidente, que têm afirmado que também não viram provas para condenar o petista.

“É como diz aquele ditado: ‘Em terra de cego, quem tem um olho é caolho’. Tenho visto com bons olhos que essas coisas que estão acontecendo ao menos serviram para revelar a quantidade de juristas que tem no PT e no MST, dada a propriedade com que eles analisam os autos processuais”, disse Wonder.



CIRCULAÇÃO DOS DIÁRIOS – Recebo do Rafael Moreno:


(clica em cima que amplia)



ELES SÃO MUITO ENGRAÇADOS



DE LASCAR! POBRE AGENTE!!

RICARDO AZEREDO – Fazendo um free no SBT RS.



SÓ SENDO MUITO BABAQUARA – Para cair nessa história de “ritual satânico”. Passam seman as falando nessa bobagem. Quando se conclui que era fria, se fazen de espertinhos – “sempre achei que tinha algo errado”. Babacas!!



FUTEBOL AMERICANO – Escreve o Cesar Day:
Em relação ao futebol americano, é um esporte que está evoluindo e ganhando adeptos. No RS destaco o Soldiers de Santa Maria e o Juventude de Caxias. Aqui em Porto Alegre e grande Porto Alegre, temos o Cruzeiro Lions, Restinga, Punpkins entre outros que já ganham conotação de profissionalismo, com empresas e clubes fazendo parcerias. Claro que é diferente de um Super hall americano. A Guaíba visa transmitir os eventos que atraem muita gente.
O último que aconteceu no Beira Rio teve mais de 20 mil espectadores. Outras emissoras estão analisando.



NOVOS TEMPOS COM DESPACITO TIGRÃO JÚNIOR – A foto, do corredor de ônibus da avenida João Pessoa, é do Pablo Melo:



ACREDITE – Anitta vai dar (ui!!) uma palestra na Universidade de Harvard.
A informação é do jornalista Léo Dias, do SBT.

DANIELA UNGARETTI – Esteve brilhante na apresentação do Jornal da Almoço.
Muito legal.

PIADINHA

Quinta, 8 de fevereiro de 2018

Jamais troquei de lado.
Por quê? Eu não tenho lado.
Ou melhor, o meu lado sou eu




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A piada que circula nas redes sociais tem alguma semelhança com as palavras do desembargador do TRF 4 Leandro Paulsen. “Ladrão de carro só pode ser preso se ele passar o veículo para o seu nome no Detran”.
Rogério Mendelski

MEMÓRIAS DE VERÃO

Escreve o jornalista Clovis Heberle:

Durante os longos anos da ditadura militar, os PMs eram muito mais temidos do que depois da redemocratização. Nos anos 70 cheguei a ser detido e levado para a delegacia de Polícia de Ipanema por ter subido na guarita dos salva-vidas para apreciar o entardecer – naquele tempo se veraneava nos bairros à beira do Guaíba, como Tristeza, Assunção, Pedra Redonda, Guarujá.
No verão de 2008, a beleza da salva-vidas do posto 131 do Imbé , uma PM chamada Roberta chamava a atenção pela beleza. Cheio de temores, criei coragem e perguntei se podia fazer uma foto dela.
Ela não só concordou como fez pose e depois pediu uma cópia da foto.
Nunca houve uma salva-vidas bela como a PM Roberta.

NO MAIOR “PORTAL” DO UNIVERSO – Demoraram 45 minutos para anunciar a morte da dona Eva. Sim, senhores, 45 minutos. Eu já tinha lido num post do Julio Ribeiro e do Felipe Vieira.
É uma maravilha!!



SÍRIO LIBANÊS AJUDA A BENEFICÊNCIA – A notícia de que o Hospital Sírio Libanês, de São Paulo, fará consultoria para o Hospital Beneficência Portuguesa foi considerada pelo Sindicato Médico do RS (Simers) como um passo decisivo para a recuperação da instituição. “Agora temos certeza de que vamos recuperar o Beneficência e ele voltará a atender com capacidade plena”, afirma o presidente do Simers, Paulo de Argollo Mendes.
Além da consultoria, outras medidas em andamento são uma auditoria financeira, negociação com hospitais que possam assumir a instituição e um plano de saúde interessado em credenciar para atendimento, elenca Argollo.

A escolha do Sírio foi confirmada nesta terça-feira (6) pelo Ministério da Saúde e pelo deputado Jerônimo Goergen, que vem apoiando a forte campanha liderada pelo Simers para salvar o hospital. O Sírio Libanês é uma das seis instituições do País que integram o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), financiado com recursos de isenção fiscal (Cofins e cota patronal do INSS). Pelo programa, o hospital paulista dará consultoria, fazendo um amplo diagnóstico, transferirá tecnologias de gestão e auxiliará o Beneficência a se reestruturar como uma instituição hospitalar.
“O Sírio vai fazer um estudo aprofundado para ter um diagnóstico preciso. Em paralelo, já está ocorrendo uma auditoria do Banrisul para avaliar a condição financeira para que o hospital possa acessar empréstimo e sanear as dívidas”, informa o presidente do Simers. Já se avalia a possibilidade de algum outro hospital alugar a estrutura para atender pelo SUS, enquanto o Beneficência se reestrutura para voltar com tudo.

Outra medida que também é esperada para breve é a abertura de 30 leitos de psiquiatria, que o Estado já manifestou que repassará verbas à prefeitura de Porto Alegre. “Leito psiquiátrico é mais fácil de manter, não precisa bloco cirúrgico, não exige muitos exames”, observou Argollo. Há carência muito alta de leitos em saúde mental, principalmente para crianças e adolescentes que hoje ficam internados em consultórios das emergências do SUS. 
Atualmente, apenas três pacientes estão internados no Beneficência. A baixa ocupação se deve à condição do estabelecimento e serve para deixá-lo aberto. “Se transferirmos estes doentes, o hospital fecha e não reabre”, preocupa-se o dirigente.



MICO – Meu amigo Fábio Matçal, repórter em Brasília da Rádio Guaíba e assessor de comunicação no Palácio do Planalto, conversou ontem com a Kelly Mattos sobre uma entrevista com Temer. Só que ela é de uma rádio concorrente.
E sugeriu ainda que só a moça entrevistasse o presidente.
Tóing!!

DO ANTENOR SILVA – A quem interessa a Rádio Guaíba transmitir um jogo de futebol americano  (na verdade, apenas comentar, pois não pode sequer narrar, já que há direitos de transmissão)? É o jogo da bola oval, mas, na verdade, não é o Ibope que fica oval?



VICE-LÍDER – Janeiro foi um mês de crescimento histórico para o SBT RS. A emissora bateu recorde de crescimento e garantiu a vice-liderança nas faixas da manhã, noite, 24 horas e madrugada. No período matutino, no ar das 6h às 12h, o SBT obteve um crescimento de 14% (comparando ao mês anterior), marcando 3,3 pontos (37% a mais que a terceira colocada), contra 2,4 da terceira colocada e 8,9 da primeira. Foi a melhor média desde setembro de 2015.
No período vespertino (12h às 18h), o SBT RS obteve 5,1 pontos, um crescimento de 21% e atingiu o melhor índice desde dezembro de 2008. No período da noite, no ar das 18h às 24h, garantiu a vice-liderança pelo 6º mês consecutivo, com 4,9 pontos, contra 3,9 da terceira colocada e 30,4 da emissora líder.

A emissora permanece na vice-liderança na faixa horária da madrugada (das 24h às 30h) e ainda obteve crescimento de 13%. No mês de janeiro, obteve 2,1 pontos, contra 1,6 da terceira colocada e 7,9 da primeira colocada.
Já na média das 24 horas (6h às 30h), a emissora gaúcha está na vice-liderança pelo 7º mês consecutivo e obteve 3,8 pontos, contra 3,4 da terceira colocada e 16,0 da primeira. O SBT RS cresceu 16% e atingiu a melhor média desde agosto de 2016. Vale lembrar, que em janeiro de 2018, a emissora atingiu 3,1 milhões de telespectadores.
“O nosso crescimento mostra que o público gaúcho está cada vez mais afinado com o SBT RS. Informação e diversão pra família é o que a gente busca levar para os lares do RS”, ressalta o editor regional Danilo Teixeira.

Na programação local, os destaques do mês foram:

– Anonymus Gourmet conquistou a vice-liderança isolada com 5,4 pontos, contra 3,9 da terceira colocada e 17,3 da primeira. O programa é vice-líder desde sua estreia, em maio de 2015.

– O Masbah! obteve um crescimento de 9% em relação ao mês anterior e alcançou a maior média mensal desde sua estreia, em 2012. Em janeiro, ficou na vice-liderança com 5,7 pontos, contra 2,0 da terceira colocada e 20,6 da primeira.

– Já o SBT Rio Grande deu um banho na concorrência e bateu recorde de audiência. Obteve um crescimento de 27% comparando com o mês de dezembro e alcançou a maior média desde julho de 2008. No mês de janeiro, marcou 7,0 pontos, contra 4,8 da terceira colocada e 17,2 da primeira. No dia 24, o programa bateu mais um recorde e registrou um pico de 2 dígitos, com 10,3.

– O Negócios da Terra garantiu a vice-liderança isolada com 1,4 pontos, contra 1,0 da terceira colocada e 5,1 da primeira.

–  O SBT Esporte bateu 1 milhão de telespectadores alcançados e obteve, em janeiro, uma média de 5,8 pontos. Foi a melhor média desde a sua estreia, em 2014.

“O resultado reforça nosso compromisso com o telespectador gaúcho, levando até eles produtos nacionais de qualidade e sem esquecer do principal: o regionalismo, com uma programação local forte composta de sete programas produzidos no RS e para o RS. É apenas o começo de um ano de muito trabalho e novidades”, diz o coordenador Clayton Sasahara.



A MELHOR DA SEMANA – No CP:



NA MAIOR RÁDIO DO UNIVERSO – Recebo:

Repórter do trânsito sobre bloqueios de circulação próximo ao
TRF:
“Pessoas e pedestres já não podem acessar”

Repórter no Gaúcha Hoje, sobre para onde vão os telefones roubados:
“Os celulares são vendidos a RECEPTORES no centro da cidade”

E ESSA? – Dá uma olhada:

https://www.facebook.com/pedro.macedo.313/posts/1709333592461178



QUE RIQUEZA DE TÍTULO!!

POLÍTICA

Sérgio Cabral recorre ao STF para voltar a ser preso no Rio de Janeiro

CUMÃ? –  Não tenho certeza, mas acredito que ouvi ‘CARNAVALIZAR”

E essa?

DO MANECA – Olha só que curiosa esta
Uma amiga comenta com outra em uma roda de bate-papo:
“Quero ver aparecer alguém reclamando de assédio do Brad Pitt, Antônio Bandeiras, Leonardo Di Caprio ou Cauã Reimonds”.
Como resposta, fez-se o silêncio.



PARCERIA –  Em uma parceria inédita, o Oi Futuro e o British Council lançaram ontem, em Porto Alegre, um novo edital de fomento a projetos culturais, o Programa Pontes, com foco na internacionalização de festivais artísticos de todo o Brasil. Produtores de festivais de linguagens variadas podem inscrever suas propostas até dia 28 de fevereiro no site do Oi Futuro (www.oifuturo.org.br).
“O Oi Futuro acredita no diálogo entre criadores locais e de fora como maneira de fortalecer a cultura”, define Roberto Guimarães, gestor de Cultura do Oi Futuro. “Os festivais artísticos são uma força única para renovar a vida nas cidades e contribuem para formar novos públicos, e o Programa Pontes vai fomentar experimentações de inovação e estimulam conexões. ”

“A construção de um programa especialmente concebido para festivais brasileiros é uma forma de responder aos desafios colocados pelo complexo momento econômico e social do país, que afeta fortemente a cena artística. Ao oferecer canal inovador – um edital inédito – o British Council Brasil pretende promover um programa estratégico e participativo que apoie a sustentabilidade dos festivais, bem como o aprofundamento de parcerias internacionais duradouras com o setor, através de relevante presença britânica na cena local”, explica Cristina Becker, gestora de Artes do British Council. “Outro importante fator é a frutífera troca de expertises entre o Oi Futuro e o British Council através desta pioneira iniciativa conjunta de troca de conhecimentos e que agregam valores preciosos para o ambos os lados”.
Usando o modelo matchfunding, as duas instituições farão uma seleção conjunta de festivais brasileiros, que receberão aporte financeiro com o compromisso de incluir residências de criadores britânicos em sua programação e promover o intercâmbio cultural, contribuindo para formação de redes internacionais nas artes e troca de experiências. O programa vai destinar um total de R$ 500 mil para os dez festivais selecionados. As residências devem durar no mínimo duas semanas e resultar necessariamente em trabalhos artísticos originais e abertos ao público. A lista de referência de criadores britânicos pode ser acessada no site do British Council Brasil (www.britishcouncil.org.br).
Podem se inscrever festivais brasileiros dispostos a receber artistas do Reino Unido (Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales) para residência cocriativa, com oportunidades de conexão e experimentação com criadores brasileiros. O festival deve propor atividades relacionadas a essa residência com amplo alcance e benefícios mútuos para artistas ou grupos britânicos e o público local. Para participar, o produtor cultural não precisa estar inscrito em leis de incentivo à cultura, já que o programa é realizado com financiamento direto das duas instituições, podendo inclusive beneficiar projetos de estados que não são contemplados por essas leis.

O Programa Pontes é uma criação conjunta do Oi Futuro e British Council, com o objetivo de oferecer novas alternativas de fomento aos festivais brasileiros e de promover a produção artística do Reino Unido no Brasil. Partindo de um modelo inovador, baseado na colaboração institucional, o programa une a expertise do Oi Futuro na gestão de editais de seleção de projetos culturais e a experiência do British Council na formação de redes internacionais de artistas e especialistas. Os festivais foram escolhidos para o benefício por serem importantes veículos de acesso à cultura e de estímulo à economia criativa local.

REFLEXÃO

No Timeline, Maurício Saraiva tratando de política. E eu que pensava que era só de futebol que ele não entendia…

Andre Arnt

PIADINHA

Quarta, 7 de fevereiro de 2018



Jamais troquei de lado.
Por quê? Eu não tenho lado.
Ou melhor, o meu lado sou eu




SITE/BLOG DO PRÉVIDI: HÁ 14 ANOS
INCOMODANDO CHATOS, 
INCOMPETENTES E BANDIDOS
(E CANALHAS)

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especial

Os laços de família que operam a Justiça do Brasil

Texto do jornalista Carlos Wagner: – http://carloswagner.jor.br:

Um advogado casado com uma juíza ou uma promotora pode defender o seu cliente em uma sessão em que ela esteja presente? Um ministro aposentado  do Supremo Tribunal Federal (STF) pode abrir um escritório de advogados e defender clientes  que tenham sido condenados por ele? Funcionários da Justiça podem ter contrato de prestação de serviços com escritórios de advogados? Existe um emaranhado de leis que regulamentam esses assuntos, que, pela sua complexidade, são ásperos para serem manuseados pelos repórteres. Aliás, nós só nos envolvemos quando acontecem os escândalos. Um exemplo é a questão do auxílio-moradia dos juízes. Esse penduricalho foi criado há mais de cinco anos e nunca tinha merecido a nossa devida atenção. Agora, entrou na pauta dos noticiários por envolver dois figurões da Justiça Federal: os juízes de primeira instância da Operação Lava Jato Marcelo Bretas, do Rio de Janeiro (RJ),  que colocou na cadeia o ex-governador carioca  Sérgio Cabral (PMDB – RJ), e Sérgio Moro, de Curitiba (PR), que condenou a 9 anos e seis meses (a sentença foi confirmada e aumentada para 12 anos e um mês no Tribunal Regional Federal da 4ª Região) o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT – RJ). O penduricalho é legal. Mas é imoral. Os repórteres que trabalham com investigação sabem que, na área familiar, o problema é bem maior. E que chegou a hora de jogarmos luzes em cima para explicar para os nossos leitores quais as leis que regulamentam o assunto. Para que ele possa saber o que é legal ou ilegal.

Antes de seguir conversando com os meus colegas repórteres velhos e com os novatos, eu quero lembrá-los o seguinte: a democracia no Brasil é nova, ela tem 33 anos apenas. Nasceu com a queda do Regime Militar (1964 e 1985). Mas vem se consolidando  em uma velocidade espantosa. E essa consolidação significa que os três poderes (Judiciário, Legislativo e Executivo) vêm assumindo o seu papel na condução do país. E isso exige de nós, repórteres, uma qualificação muito apurada para explicarmos ao nosso leitor o que acontece de legal e ilegal no âmago dos três poderes. Por exemplo, a notoriedade que a Justiça tem hoje no cotidiano dos brasileiros deixou à mostra as suas contradições. E uma delas, talvez a mais antiga, são os laços de família. A primeira vez em que ouvi falar no assunto foi lá por 1983, quando fazia reportagens por todos os sertões do país, envolvendo conflitos entre sem-terra, fazendeiros, índios e garimpeiros. Foi em uma dessas reportagens, envolvendo conflito de índios e garimpeiros no norte do Brasil, que acabei tomando cerveja no hotel durante a janta com um jovem juiz federal e um procurador da República. A conversa entrou pela madrugada, e o assunto, as influências familiares, opera dentro dos tribunais. Esqueci o nome deles, lá se vão 35 anos dessa conversa. Não esqueci o conteúdo do que falamos. No final dos anos 80, eu estava trabalhando em um conflito agrário no interior do Rio Grande do Sul. Por conta dos acontecimentos, acabei ficando umas três semanas na região. E acabei tomando umas cervejas com uma promotora de Justiça que era uma autoridade em questão agrária da América do Sul.  Entre os assuntos que falamos, veio a questão do assédio que sofria. Na época, era solteira.

Tem sido assim. Nas três décadas em que trabalhei em redação (1983 2014), pelo menos uma vez por ano vem um caso envolvendo laços familiares na Justiça do Brasil. Como sempre, passa batido pelas redações. E, na maioria das notícias, não explicamos ao leitor se a situação é legal ou ilegal. Simplesmente faz-se um relato. Há outro assunto. Existem escritórios de advogados. Vão dos luxuosos recintos em Brasília até os mais humildes no interior do Brasil, que disputam a peso de ouro parentes ou juízes aposentados para fazer parte de suas equipes. Aqui é o seguinte. Nós também temos que explicar ao nosso leitor como é que os outros países tratam desse assunto. Nos últimos dois anos, a frase mais repetida no Brasil foi:

– Ninguém está acima da lei.

Cabe a nós, repórteres,  lembrar que estão incluídos os operadores da Justiça do Brasil.