Segunda, 5 de outubro de 2015 – parte 1

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Eventualmente, à tarde, notícias urgentes.

especial –
todas as segundas


mundo
gaudério com fronteiras

DE MODELO A
TODA TERRA? – 1

PRIVATIZAR O ZOO DE SAPUCAIA:
OS CARANGUEJOS ESBRAVEJAM

Um belo e decadente Parque, a 30 km do Centro de Porto Alegre

Para terem uma ideia, o melhor e mais completo zoológico do mundo é o de Berlim. Também é o que dispensa o tratamento ideal aos animais em cativeiro. São 1.600 espécies e mais de 17 mil animais. Foi criado por um capricho do Rei da Prússia, em 1844. Passou por vários reveses: durante a 2ª Guerra a maioria dos bichos foi dizimada.
A área total do Zoológico de Berlim é de 35 hectares.
São 3 milhões de visitantes por ano.
Pelo mundo são vários zoológicos fantásticos. Alguns:
– Pequim: 14.500 animais, com 450 espécies terrestres e mais de 500 marinhos. Está numa área de  89 hectares e o destaque são os pandas gigantes.
– Nova York: o do Bronx tem 107 hectares de parques e reproduções de habitats naturais para mais de 4 mil animais de 650 espécies diferentes, muitas delas ameaçadas de extinção.
– San Diego: um dos mais famosos do mundo, com 40 hectares. São 4 mil animais de 800 espécies. O clima da Califórnia contribui para atrair turistas. Se destaca por preservar espécies ameaçadas e, depois, devolvê-las para seus habitats
– Moscou: 21 hectares, com mais de 6 mil animais de cerca de mil espécies diferentes, incluindo um grande aquário e um aviário, que está dividido em duas partes conectadas por uma ponte..
Cinco exemplos de zoológicos exemplares pelo mundo. Poderiam ser mais, inúmeros que serviriam de MODELO A TODA TERRA.
Notaram o tamanho dos parques e o número de animais?
Dos citados, o maior é o do Bronx, com 107 hectares. E aquele com mais espécimes é o de Berlim, com 1.600 e incríveis 17 mil animais.
Não importa que tipo de administração é adotada nestes zoológicos. Importa, sim, o que eles oferecem aos visitantes. O produto final.

No Rio Grande do Sul temos um zoológico a 30 quilômetros do Centro de Porto Alegre. Pode-se chegar a ele de várias maneiras, até em confortáveis trens e ônibus diretos.
Pelo que informa o site da Fundação Zoobotânica do RS, “formado por uma área total de 780 hectares, sendo 620 pertencentes a área da Reserva Florestal Padre Balduíno Rambo e 160 hectares pelo Zoológico propriamente dito. Abriga cerca de 130 espécies dentre aves, répteis e mamíferos que formam um plantel com mais de mil animais nativos e exóticos”.
 De todos os listados acima, o de Sapucaia do Sul é o maior – não que seja o maior do mundo, porque o de Monarto, perto de Adelaide, na Austrália , tem 10 quilômetros quadrados, em que pese ser outro conceito. Não é um “parque urbano”.
E, mais, o de Sapucaia do Sul é o que tem o menos número de animais, insignificantes 130 espécies.
Informa a administração pública que são 500 mil visitantes por ano, especialmente grupos de escolares.
O Zoológico é mantido com recursos próprios na parte de custeio. O Estado entra com os salários dos 78 funcionários, um total de 6 milhões de reais.  A receita é de R$ 3, 1 milhões.

Não sei o que significa custeio para os que defendem que o Estado tem que administrar um parque zoológico.

Nas últimas semanas, foi noticiado que animais foram levados e alguns bens materiais.
A segurança – será que está no custeio? – da área de incríveis 160 hectares é feita por singelos CINCO SEGURANÇAS, À NOITE. Além disso, câmeras de monitoramento e sistema de alarme dos prédios estão desligadas há anos. Sabem quanto custa a “segurança” do Zoo? Acreditem, 118 MIL REAIS POR MÊS!!
Os funcionários alegam que os criminosos, que invadem o parque, pertencem a uma “quadrilha especializada”, que realizam “sucessivos assaltos, inclusive com extrema sofisticação a ponto de arrombarem locais protegidos”.
Impressionante a especialização e sofisticação.
Já informaram a Polícia, por exemplo, que dois porcos-selvagens foram levados e que foram abatidos, porque havia sangue no local. Quer dizer, os “sofisticados bandidos” mataram o porco para comer, mesmo.
Levaram ainda carrinho de mão, ferramentas, facões e um botijão de gás, além de gaiolas vazias. Uns chinelões sofisticados.

Acredito que se aparecer alguém com disposição – e dinheiro – para administrar o Parque Zoológico de Sapucaia do Sul a população irá ganhar. Sem a burocracia imposta pelo Estado, a aquisição e troca de animais será facilitada e os investimentos em equipamentos para os 160 hectares disponíveis serão possíveis.

Hoje, dê apenas uma razão para que uma família volte pela segunda vez ao Parque.

Os caranguejos estão enlouquecidos!
Para a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, a ideia é fazer a concessão de certas áreas de uso público previamente definidas nos planos de manejo de cada unidade.
Segundo matéria do jornalismoambiental.uniritter.edu.br, o presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), Alfredo Gui Ferreira, acredita que a Secretaria Estadual do Meio Ambiente só irá com este projeto favorecer alguns capitalistas que estão visando exclusivamente o lucro e não o bem público. “Acho que todos deveriam ter recebido antes o que se pretendia fazer para poder discutir. Eu solicito aos senhores deputados que não se privatize o zoológico, mas que ele sirva a toda população”, pediu Ferreira.
Um primor de bobagens o que diz o deputado estadual Altemir Tortelli, do PT, na mesma publicação:
– O negócio arquitetado pelo governo estadual pode vir a monetizar mais de mil animais nativos e exóticos. A área total é de 780 hectares, estratégica para a preservação ecológica na Região Metropolitana. Entre as dúvidas que surgem, também está o futuro dos cerca de 80 funcionários do quadro do Zoo, composto por técnicos, auxiliares, tratadores, atendentes e serventes, além de 25 funcionários terceirizados.
Outra:
– Dito pelo próprio Governo do Estado, o Zoológico não gera prejuízos. As mais variadas desculpas surgem quando se quer entregar à iniciativa privada o que é da população por direito. Sua renda, de R$ 3 milhões, vem dos 500 mil visitantes anuais. O valor é suficiente para pagar as despesas da manutenção. A folha de pagamento dos funcionários custa o dobro – R$ 6 milhões -, sendo oriunda do Estado, via Fundação Zoobotânica.

Essa é a melhor parte da entrevista do caranguejo parlamentar:
– Na sua opinião, por que o governo estadual quer privatizar o Zoológico de Sapucaia do Sul?
Tortelli: Durante a audiência pública ocorrida no dia 3 de junho na Assembleia Legislativa foi confirmado que o governo José Ivo Sartori (PMDB) pretende ceder à iniciativa privada a parte comercial do Zoológico de Sapucaia e explorar comercialmente as 23 Unidades de Conservação existentes no Rio Grande do Sul, todas por meio do mecanismo de concessão. A atitude retira do Estado sua responsabilidade sobre essas importantes unidades do ecossistema gaúcho. Ganha apenas a iniciativa privada, que tem como foco a lucratividade. Os grupos corporativos são motivados pela busca incessante de dinheiro, o que, muitas vezes, não coincide com o interesse da coletividade. Vale lembrar que o Zoo pertence a uma valorizada área de terra localizada nas proximidades da BR-116. Seguramente, ela interessa à especulação imobiliária, que pode dar múltiplas finalidades ao local, como shopping centers, condomínios fechados, instalação de hotéis e empresas.

“Privatizar” ou não os 160 hectares?
Sim, privatizar, com um bem elaborado contrato, que seja vantajoso para a população e para os investidores. E, claro, para os animais existentes e aos que poderão vir.
É possível?

Fim de Semana do Prévidi – 3-4 outubro 2015

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ATENÇÃO CARANGUEJOS!


SÓLIDOS ARGUMENTOS
CONTRA A REVITALIZAÇÃO DO CAIS MAUÁ

Henrique Cezar Paz Wittler *

Prezado jornalista,

Fui o Engenheiro Coordenador e Chefe do projeto contra inundações de São Leopoldo, iniciei e praticamente terminei as obras. Em 1996 consegui, mesmo não sendo mais o encarregado do sistema, junto ao MIR, R$ 100.000.000,00 para terminar os diques entre a BR-116 e a estrada RS 240 bem como complementar o sistema.
Hoje vejo com tristeza o que fazem nestas obras por puro desconhecimento e desleixo.
Hoje em dia os sistemas de proteção contra inundações se transformaram em armadilhas, que dão falsa idéia de segurança, mas que a qualquer momento pode romper levando pânico e destruição á área protegida muito maior do que se a obra não existisse.
O caso da ocupação do Cais é um exemplo do que disse anteriormente, pois a Cais Mauá do Brasil SA em seu projeto não respeita as obras de contenção contra inundações, inclusive construindo em cima do muro da Mauá e abrindo 50% mais passagens no mesmo. Fato de total irresponsabilidade em face de desconhecimento de como funciona todo o sistema e principalmente como é estruturado o muro da Mauá.
Este muro deve ter respeitado no mínimo 7 m para cada lado como área de manutenção (mais sério em emergência) sendo esta uma faixa de domínio da obra.
1. No Governo de Yeda Crusius foi feito edital para licitar a área portuária do Cais Mauá em Porto Alegre RS. Na oportunidade a Governadora alegava que o Estado era o dono da área.
2. A área é de 187.000 m2.
3. Tendo em vista o Edital de aluguel da área, a ANTAQ questionou a legalidade de posse da área.
4. Acabou sendo feito um acordo em juízo para que quem efetuasse os termos e licitasse a área fosse o SPH em Porto Alegre.
5. Desconhecemos se assim foi feito. Documento que recebi da ANTAQ recentemente diz que não tem conhecimento de que o SPH tenha alterado o solicitado e que existe norma que não foi cumprida até agora.
6. O Edital foi feito pelo Governo do Estado e não pelo SPH, bem como a licitação.
7. Ganhou a licitação a firma Cais Mauá do Brasil S.A. por um valor anual de aproximadamente 3,2 milhões o que equivale a mais ou menos R$ 250.000,00/mês.
8. Em Porto Alegre alugar uma área limpa custa entre 30,00 e R$ 100,00 por metro quadrado. Isto significa uma variação entre R$ 5.610.000,00 e R$ 18.700.000,00 mensais. Indica diferença muito grande e significa dinheiro público colocado no lixo.
9. Por dados divulgados, por contato com corretores e mesmo com Engenheiros e Arquitetos estima-se que a Cais do Porto do Brasil SA arrecadará somente com alugueis das áreas de armazéns (33.000 m2) no mínimo R$ 33.000.000,00 mensais. Obtendo assim um lucro aproximado de R$ 33.000.000,00/mês.
Dinheiro este que em entre 10 a 15 meses será investido na construção de mais de 150.000 m2 de shopping, área de salas comercias e outros empreendimentos, com aporte total de 500 milhões.
Tenta o Estado e SPH justificar a obra pelo investimento destes 500 milhões que na realidade a empresa não tem e talvez não pretenda ter, pois só os alugueis á serem obtidos serão suficientes para obras que podem demandar entre 3 e 4 anos.
10. Além destes fatos que implicam a SPH, ANTAQ e SEP existem fatos graves de desrespeito a Leis Federal, Estadual e Municipal (PDDUA) no que concerne ao parcelamento do solo que no caso é proibido no cais Mauá por se tratar de área inundável.
11. No EIA RIMA em aprovação consta que a ANTAQ aprovou os projetos e ocupação da área. Tentam desta forma burlar as leis citadas no item 10 e darem a entender ao povo que se existe culpa não é do Estado nem do município.
12. O assunto é longo e por isto só cito o que interessa. Quando digo longo é porque muitas outras Leis ambientais são desprezadas, tanto Federal, Estadual e municipal. Por ser longo o questionamento técnico e legal o relatório entregue por mim na audiência Pública do dia 18/09/2015 constam 105 páginas de contestação á ocupação da área.
Não existem pessoas em Porto Alegre, que eu tenha conhecimento, de que seja contra a revitalização dos Armazéns do porto, somos contrários é a construção de quatro prédios com 80 m de altura (variáveis) e um Shopping Center de 35.000 m2.
13. Para liberarem mais obras na orla do Guaíba trocaram o topônimo de Rio Guaíba para Lago Guaíba, ganhando com isto 470 m numa faixa ao longo do Rio Guaíba. Esta faixa resulta de que aplicando a Lei Federal 4771/65 para o caso de Rio Guaíba a faixa de APP seria de 500 m e se Lago Guaíba seria de 30 m.
14. Esta mudança de nome foi questionada pelo IBGE/CONCAR nos anos de 2005 dizendo que fosse adotado o topônimo de Rio Guaíba e não Lago Guaíba.
15. A omissão do representante do IBGE no Rio Grande do Sul permite que a área da orla seja agredida.
16 Por último um assunto que me diz respeito como ex Engenheiro do DNOS, pois, coube a mim ser o Assessor do Inventariante para o Estado e por ter sido Servidor por mais de 23 anos, tendo sido ali projetista de parte do Muro da Mauá existente junto ao Cais Mauá e que protege Porto Alegre das Inundações.Também por ter sido o Coordenador do Sistema Contra Inundações do Rio dos Sinos entre 1974 e 1992 e Engenheiro Chefe do Projeto no período de 1975 a 1992.
Como disse antes fui o Assessor do Inventariante Nacional do DNOS para o Estado por 3 anos.
Já presenciamos em obras que pertencem ao Governo Federal processos de destruição inclusive acobertados por servidores do extinto DNOS como é o caso de um lago, na divisa de São Leopoldo com novo Hamburgo cuja área foi desapropriada e é da União ser aterrada para construção de blocos de edifício para construção de moradia para pessoa que moravam ao longo dos futuros trilho do Trensurb. Questionamos tal atitude em tempo hábil, mas ninguém deu atenção.
Hoje em dia quando chove a área inunda por falta do lago inundando inclusive os prédio construído e as vilas no entorno.
Mas no caso presente, cabe alertar para o fato de que o sistema do Muro da Mauá, parte do sistema Contra Inundações de Porto Alegre e que são da UNIÃO (hoje por convênio operado e mantidas pelo município), estão sendo ameaçadas de destruição (probabilidade existe) e incorporada à prédios á serem construídos.
Na volta do Gasômetro a cortina terá apoiada nela ou passando rente á seu topo, uma área em concreto do Shopping. Terá também em um trecho a agressão de um túnel que acessará á área do Cais para estacionamento subterrâneo. Esta obra poderá causar inundação na área protegida da cidade, pois o túnel funcionará em época de Cheia do Rio Guaíba como um sifão.
A área reservada pelo DNOS ao longo das obras de proteção do lado do cais seria de 6 a 7 metros para permitir intervenções de manutenção e em caso de rompimento da obra poder acessar a mesma. Portanto esta faixa reservada é da União porém não faz parte da área portuária do Cais Mauá e deve ser PRESERVADA livre (manutenção principalmente em época de inundação).
O SPU e outros Órgãos Federais que aqui atuam estão totalmente omissos. É realmente uma situação bastante complicada e que em um futuro não muito distante poderá ser uma tragédia.

* Engenheiro Civil
Professor fundador do Instituto de Matemática da PUC RS
Professor fundador da disciplina de Hidrologia na PUC RS
Na Puc RS lecionei:
Portos Rios e Canais
Planejamento hidroelétrico
Hidrologia
Calculo Numérico
Estabilidade das Construções
Engenheiro aposentado do DNOS/INCRA
No DNOS Exerci a Coordenação (1974 a 1992 entre a União, Estado e Banco Alemão KFW) e a Chefia (1975 a 1992) do Projeto do Controle de Inundações do Vale do Rio dos Sinos.
Fui o assessor do inventariante Nacional na Extinção do DNOS.
Fui representante do Ministro do MIR em 1995 e 1996 para o RS.
Projetei algumas obras no sistema contra inundações de Porto Alegre, entre elas o Muro da Mauá no engastamento com a Usina do Gasômetro.

Sexta, 2 de outubro de 2015

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O LEITOR DO DIA

O cara está de molho no Hospital Ernesto Dornelles até segunda. Encara uma diverticulite.
Boa oportunidade de colocar em dia os papos internos e a leitura do Blog do Prévidi.
Quem?
O amigão Sérgio Arnoud, que é o presidente da Fessergs, a Federação Sindical dos Servidores Públicos do RS

Bom dia, Sérgio!

QUEM NÃO GOSTA?

Muito, mas muito melhor do que o hino oficial de Porto Alegre.
Não?

mundo midiático

O CORREIO E EU

Foto da Dulce Helfer

Não acompanhei as comemorações relativas aos 120 anos do Correio do Povo. Luis Grisólio, diretor de Novos Negócios do jornal, me enviou convite para ir hoje na empresa, mas não pude. Também não li a edição digital, porque só os que pagam a mensalidade têm este direito. Por isso não sei como foi o tratamento que dispensaram ao mais notório e admirado funcionário do jornal, de todos os tempos, Mário Quintana.
Das poucas semanas que trabalhei no CP tenho bolas lembranças do doutor Breno Caldas e do Poeta.
Conto.
Em 31 de dezembro de 1979 fui passar a virada na casa de uma namorada, também jornalista. Passei o dia em casa, dormindo. Quando ela abriu a porta, veio com a novidade:
– E aí, vais começar o ano desempregado?
Não entendi. Imagina a minha cara.
– Não viu os jornais hoje?
– Estou acordando.
– Ué, está em tudo que é lugar, o Diário de Notícias fechou.
Baita notícia para um dia de Réveillon. Eu era editor no Diarinho. Sabia que a coisa estava feia por lá, mas os funcionários não foram avisados.
No primeiro dia útil de 1980 fui na sede da avenida São Pedro. Claro, todos os funcionários fizeram o mesmo. Recebemos o salário e marcaram um dia para o acerto no Sindicato dos Jornalistas.
Saí para o Centro com o Marçal, ele mesmo, o famoso jornalista João Batista Marçal, o popular radialista. No Mercado Público tomamos umas cervejas e ficamos madrugada a dentro pensando no que fazer.
Recebemos a indenização, tudo certinho. Entre uma cerveja e outra procuramos trabalho. Fizemos até um programa piloto em uma rádio, para o horário da madrugada – ele apresentador e eu repórter. Mas os diretores não toparam contratar, de novo, o Marçal.
Um dia, com a grana da indenização quase terminando, um amigo/colega – não lembro quem – me disse que tinha uma vaga para freelancer no Correio do Povo. Um negócio inédito no tradicional jornal, ainda mais para a função do repórter: Editoria Geral – Carnaval. Tive sorte. Fui lá e no dia seguinte já comecei.
Passava as noites e madrugadas percorrendo as escolas de samba e até as tribos. Tudo. Sempre acompanhado por um repórter-fotográfico. Geralmente me largavam em casa e dormia algumas horas, para escrever a matéria até o início da tarde. Quando me “atrasava” – a festa continuava depois do trabalho – ia direto para a redação. Várias vezes só eu, nas máquinas de escrever do pessoal da Geral. E na diagonal, lá do outro lado do salão, o Mario Quintana, de cabeça baixa, lendo ou escrevendo.
Jamais tive coragem de falar com ele. E tenho certeza de que ele jamais me viu ali sentado – pelo menos era a impressão quer tinha. Algumas vezes, ele saía e voltava alguns minutos depois. Um dia fui atrás e ele foi ao bar, tomar um café com pastel. Passei a fazer o mesmo. Ficava no balcão perto dele, mas como iria incomodá-lo?
Aprendi muito por lá, porque o chefe de reportagem era um cara cordato, que não se importava em ensinar. Anos depois virou uma pessoa repulsiva, que apenas maltratava produtores, repórteres e redatores. Um ditadorzinho. Aí, há anos dei umas notinhas mostrando a personalidade desta figura. Ele não gostou, tentou me processar e não deu em nada.
Voltando ao Carnaval no Correio. Acreditem, fiz as primeiras reportagens no Correio do Povo sobre Carnaval. Até mesmo a  cobertura do Baile Municipal, trajando um ortodoxo smoking. E os dias dos desfiles.
Interessante era a redação do jornal. Eu tinha vinte e poucos anos e a maioria era de senhores. Muitos de ternos e até mesmo gravatas. Ia sempre de “calça de brim”, camisa e sandália. De manhã, ia de havaianas. Um dia fiquei até mais tarde por lá e o secretário da redação me chamou:
– Tu podes vir de calça de brim e essas camisas. Mas, por favor, chinelas, não!!
Depois do desfile dos campeões, o meu trabalho terminou. Recebi o meu free e desci na redação. O chefe de reportagem disse que iria falar coimo doutor Breno para me contratar. Que eu esperasse.
Fiquei ali sentado e lá pelas tantas a porta da sala do doutor Breno se abre. Ele, o próprio, bota só a cabeça pra fora e me olha por alguns segundos.
O chefe de reportagem volta e me diz:
– Tu estás contratado. O doutor gosta de ti.
Aí me caiu a ficha. Eu tinha entrevistado o poderoso Breno Caldas para um caderno especial do Diário de Notícias sobre outro grande jornalista, Ernesto Correa. E o Edgar Lisboa tinha me dito que o poderoso tinha gostado da minha matéria.
O problema é que fui ser setorista de um abacaxi: o Tribunal de Justiça, um negócio muito chato. Era audiências com bandidos, papos com juízes, bah!, nada que um guri, quase formado, sonharia em fazer.
Depois de alguns dias no enfadonho posto, um colega de faculdade, Carlos Sávio, me liga:
– Tem uma vaga de repórter de política aqui no jornal. Topas?
Imagina. No jornal concorrente.
Quando falei com o chefe de reportagem ele quase surtou:
– A tua vaga vai fechar!
Não sei se fechou, mas eu fui se repórter da Política.
No ano seguinte, o free no Correio do Povo no Carnaval foi do meu amigão Paulo Ricardo Moraes, o Negão. ou Baiano.

REFLEXÃO

ei, eduardo cunha, vai tomar no prefixo…

Denison Mendes, jornalista

mundo político

VIP

Do ex-vereador de Porto Alegre, Adeli Sell:

Vocês não podem acreditar.
Presidente de um Diretório Municipal do PT do interior me contata, pede o fone de um deptuado.
Ligo para o Gabinete e a assessoria nao quer dar, quer saber quem é, etc e tal.
Sabe o que fiz? Agradeci e desliguei.
Petista assim não me serve.
Vou mandar uma carta desaforada para o deputado diretamente.

mundo midiático 2

Coincidências e bobagens

O criativo e soberbo jornal de Porto Alegre, um dos 5 maiores periódicos do universo – incluindo Marte – adora ler a Folha de S. Paulo. Geralmente copia os títulos; quando os “editores” estão com o processo criativo aguçado eles mudam um pouco, como ontem:
O jornal de Porto Alegre:
Cunha cancela viagem à Itália após denúncias sobre contas secretas
A Folha de S.Paulo:
Cunha desiste de viagem à Itália após investigação sobre contas secretas

E essa? Não se dão nem ao trabalho de reler o que escrevem. Num outro diário da capital gaúcha:

Nas primeiras horas da manhã, os policiais conseguiram fechar 100 pontos de tráfico na Restinga, alguns nos condomínios Ana Paula e Camila. Pelo menos 30 presos já foram presas nesta quinta-feira. Outras 16 foram detidas ao longo das investigações. 


Olha o UOL entrando pro time (quinta, 22h30min):

Mudanças na esplanada
Miguel Rossetto, do PMDB, assumirá Ministério do Trabalho e Previdência
E essa do G1?
A jornalista Priscilla Sampaio, de 32 anos, morreu na madrugada desta quarta-feira (30) em Campo Grande. O velório é realizado desde as 10h (de MS), no cemitério Jardim das Palmeiras, na avenida Tamandaré. O sepultamento está previsto para as 17h.
Ela foi internada na manhã de segunda-feira (28) após reclamar de falta de ar e foi diagnosticada com pneumonia.
A jornalista não resistiu e morreu nesta madrugada. A causa da morte não foi divulgada.

mundo maluco

Cruzes!!

L’Etat islamique voudrait planifier un “holocauste nucléaire” sur l’Occident et exterminer 500 millions de personnes

Selon un journaliste allemand ayant passé du temps au sein de l’organisation terroriste, l’Occident ne mesure pas la gravité de la situation.

L’horreur 30/09/2015

mundo literário

Queridona!!

(clica em cima que amplia)

mundo moderno

Te cuida, Porto Alegre!

Alguns porto-alegrenses querem tornar a cidade a “Capital Gay do Brasil”.
Como a Prefeitura de Porto Alegre se mexe tal qual um bicho-preguiça, Canoas está aí, na disputa!

A maquiadora Nicolli Di Armanni, 20 anos, é a Miss Diversidade Canoas 2015. O anúncio foi realizado no início da madrugada de ontem, durante a 6ª edição do Concurso Miss e Mister Diversidade de Canoas 2015, realizada na sede da Associação dos Servidores Municipais de Canoas, e que contou com a presença de mais de 300 participantes.
“Esse título é muito importante para mim, era o meu sonho. Espero representar muito bem a minha cidade”, declarou ela, minutos após receber a faixa da Miss Diversidade 2014, Priscila Froes e do vereador Paulinho D’ Odé. Autoridades do Executivo e do Legislativo municipal, ativistas do movimento LGBT, familiares e amigos dos concorrentes lotaram o local.

Na ocasião, o prefeito Jairo Jorge destacou a livre orientação sexual com políticas públicas comprometidas com o respeito às liberdades individuais.
“Canoas é a cidade da tolerância, a cidade da Paz. Hoje é uma noite de beleza e de criatividade, mas é também um momento para aprofundarmos a liberdade e a livre orientação sexual. Vivemos tempos de obscurantismo, mas não vamos nos calar. Estamos aqui para lutar pela liberdade e contra o preconceito. Essa é uma luta de todos nós”, ressaltou.

mundo midiático 3

“Palpiteiro”

Sobre a nota de ontem, do Alfredo Souto, leitor de São Leopoldo, com críticas à programação da Rádio Guaíba e ao Nando Gross, recebi:
Gabriel Ribeiro – Concordo com o leitor de São Leopoldo sobre a Radio Guaíba ter se tornado a voz do Nando FM, Ele opina sobre todos os temas e seus colegas talvez fiquem constrangidos em cortá-lo o que ficam nítido para quem ouve a radio. Também concordo sobre o programa de futebol Americano um programa que fala para um público muito especifico, que é mais ligado em internet e Tv fechada e  não vai ligar o radio sábado a noite para ouvir sobre o tema. O Juremir é outro que acaba tendo uma superexposição já que participa do Bom Dia,Ganhando o Jogo, Esfera Pública e Guaíba Revista  e que seguramente acaba se repetindo e invariavelmente cansando o ouvinte.

Roque – Sobre o comentário de Alfredo Souto, de São Leopoldo: Guaibeiro há mais de 45 anos, quero dizer que concordo com ele em gênero, número e grau, e afirmo que o Nando Gross não conhece o perfil e o gosto do “guaibeiro”. Se conhecesse um pouco apenas, não viria com esse negócio de Futebol Americano e MMA. Ele precisa saber que não está na Rádio Gaúcha ou na Farroupilha. Na Guaíba o perfil do ouvinte é outro bem diferente!

mundo “antenado”

Me dá uma pena danada dessa gente

mundo midiático 4

Mais um que saiu da NET e foi para a TV Urbana

mundo curioso

Quem é o guardinha da EPTC?

Muitos leitores acertaram!
Claro, é o fantástico jornalista Milton Cardoso, do programa Repórter Bandeirantes, 22 horas, na Band AM/FM-RS.
Ele explica:
Foi para uma matéria especial para a Band em 2013. O fotógrafo Guerreiro me enviou a foto, eu nem lembrava mais. Foi um dia de fiscalização com microfone escondido, câmera, para sentir a relação dos agentes de trânsito. Percebi a falta de educação dos motoristas  e respeito com os guardas. Foi muito legal.

mundo inacreditável

Edu K está em A Fazenda!!

Ele mesmo, aquela maravilhosa figura que foi do DeFalla.
E, pelo que li, já arrumou um monte de bronca com as pessoas que estão confinadas.
A foto oficial:

Conheci o Edu através do Marco Poli. No início desse século.
Ele não tinha esse estilo de cantor sertanejo, né Poli?

NÃO É PIADINHA

PIADINHA

Estou na dieta da fé!!!
Como de tudo e espero
acontecer um milagre!
Cláudio Andrade, jornalista

Quinta 1º de outubro de 2015

Atualizado diariamente ao meio-dia.
Eventualmente, à tarde, notícias urgentes.

O LEITOR DO DIA

Porto-alegrense e gremista.
Blogueiro – cinemapoa.blogspot.com.br
Gosta de rock.
O Felipe Mostardeiro está feliz da vida com a Karin Heidrich.
E também é leitor do Blog do Prévidi

Bom dia, Felipe!

FOI UM BOM COMEÇO

A maioria dos que estão fazendo alguma coisa que presta na música brasileira foi lançada na década de 60 e 70. Pouca coisa nas décadas seguintes. Neste século? Nada.
Em 1973 foi lançada a cantora Simone, uma ex-jogadora de basquete. O LP, “Simone”, era simples, mas honesto. Sem a menor pretensão.
Assisti a um pequeno show da moça, em 73, na SAVA Clube, na zona Sul de Porto Alegre.
Gostava muito da simplicidade da Simone.
“Maior Que o Meu Amor”, de Renato Barros.

mundo literário


DILAN CAMARGO NA FEIRA QUE MORREU










Foi anunciado hoje de manhã que o grande Dilan Camargo é o Patrono da Feira do Livro de Porto Alegre, que começa em 30 de outubro. Muito bom, um escritor de verdade, um intelectual sem as firulas características da “intelligentsia gaudéria”.
E, cá entre nós, não se poderia imaginar uma “patrona” que brigou na justiça para fechar uma creche, que a incomodava pelo barulho das crianças. A senhora não conseguia “criar com a algazarra”.
Apesar da minha alegria pela indicação do Dilan, continuo com a mesma impressão que tinha em 2011 sobre a Feira do Livro de Porto Alegre. Não vou lá, na Praça da Alfândega, há muitos anos, pelos motivos que explico abaixo. Texto de novembro de 2011:

Em novembro de 2006 fiz uma série de textos com o título “A Feira do Livro morreu”. Recebi pau de todos os lados. Aí juntei todos esses artigos para publicar em um jornal ou revista, não lembro.
Antes de continuar, reproduzo:
Quando ainda estava na Famecos, no final da década de 70, um dos prazeres era passear pelas barracas da Feira do Livro de Porto Alegre. Namorava-se os livros que não se conseguia comprar e todos podiam conversar com os escritores na praça da Alfândega mesmo, sem formalismos. Sessões de autógrafos? Poucas, só de escritores de verdade.
Numa das Feiras pude conversar por um bom tempo com Rubem Fonseca. Noutra ouvi atentamente Lygia Fagundes Telles.
Nada de espetáculos, shows, oficinas, estas baboseiras que não acrescentam nada. Afinal, a estrela é o livro, e seus escritores. Explico o “baboseiras”: em 15 dias não se ensina nada e existem salas específicas para espetáculos. Havia, naquela época, um modestíssimo bar.
Nesse tempo, a grande atração da Feira era o livro e, claro, seus escritores. Literatura de verdade e escritores que sabiam o ofício. E talvez por esta simplicidade tenha sido sucesso desde a sua criação, há 52 anos. Além disso, o desconto de 20 por cento atrai até hoje milhares de pessoas.
Logo depois de encerrada a última edição, li uma crônica de uma jornalista, que trabalhou na cobertura da Feira, exultante com as “600 atrações culturais” e a impossibilidade de uma equipe de veículo cobrir “a grande festa da comunicação”. Meu Deus, é definitivo: A Feira do Livro de Porto Alegre morreu! Festa da comunicação?
Há alguns anos, o livro é secundário, e não duvide de que seja expulso da Praça da Alfândega.
(…)
E o “evento cultural” se traduz em “dois eixos”: a cada ano um maior número de participantes no setor de autógrafos – não tendo o menor critério para sentar numa cadeira e receber familiares e amigos – e muitos, inúmeros eventos paralelos, como oficinas, debates, palestras, encenações, leituras dramáticas, tudo o que aparecer terá espaço.
Aí alguém pode perguntar: Por que as TVs, rádios e jornais dão tanto espaço para a Feira do Livro, dedicando horas e horas para elogios? Ora, ingênuo indagador, porque as TVs, rádios e jornais conseguem com muita facilidade patrocinadores para “eventos culturais”. Tente lembrar dos patrocinadores deste ano. Todos grandes.
O atual modelo é tão interessante para os organizadores, e quem gravita em torno deles, que um dos mais conceituados jornalistas de Porto Alegre sugeriu que algumas barracas tivessem livros por gênero. Por exemplo, bancas de romances policiais, de ficção científica, históricos, para falar em livros que são muito procurados. Claro que o organizador da Feira do Livro não achou boa a ideia.
Comenta-se que o principal responsável pelo assassinato da Feira é um sujeito que não tem a menor intimidade com os livros – e nem mesmo com as letras –, dedicando-se a ganhar dinheiro em negócios com jogadores de futebol. Nada contra, evidente, mas existem na capital gaúcha intelectuais que poderiam gerir o evento dentro do princípio que sempre a norteou.
Não entendo muito disso, mas vários me falaram nos recursos das leis de incentivo a cultura, que estariam entrando aos borbotões. Duas pessoas me falaram, inclusive, que a atual administração da Feira não resistiria a uma CPI, se fosse uma entidade pública.
A Feira do Livro de Porto Alegre morreu.
Quero responsáveis, culpados!!
Quero que os meios de comunicação façam um mea culpa, admitam que ajudaram no sepultamento da Feira, incentivando as tais “manifestações culturais”. Vamos!
Quero que os intelectuais gaúchos tenham a coragem de discutir a atual Feira do Livro de Porto Alegre, com os penduricalhos “culturais”, com o lixo que as pessoas são obrigadas a conviver na praça da Alfândega.
A Feira do Livro de Porto Alegre morreu!

Desde esta época nem passo perto do que restou da Feira do Livro. Larguei!!
Agora, na edição de 2011, acompanhei pela mídia. Não sei se os patrocínios minguaram, mas a cobertura não foi tão espetaculosa.





PALAVRAS CRUZADAS

A propósito de bons escritores, vai aí um texto do Léo Iolovitch, advogado e escritor.

Tiveram uma relação intensa, mas por motivos que nem sabem, talvez uma briga banal, não ficaram juntos e cada qual foi para seu lado. Seguiram suas vidas e não mais se viram. Somente bem mais tarde, é que perceberam que cada qual foi para o outro o grande amor de suas vidas.
Uma tarde ele está em casa fazendo palavras cruzadas e recebe a visita inesperada de seu maior amigo. Sem levantar os olhos do papel, pergunta para a visita: “Relação fraterna com sete letras tem “z” no meio e “de” no final? “AMIZADE”! o outro respondeu rindo e abraçando o dono da casa.
Falaram algumas amenidades, quando o visitante disse: “Nem imaginas quem eu encontrei?”. Fez uma pausa e completou: “A grande paixão da tua vida”. Notando a curiosidade despertada, foi contando como ela estava e outros pormenores. Só ele falava, o outro ouvia com o maior interesse, sem interrupções. A narrativa denotava alguma ansiedade, pois precisava chegar ao ponto mais difícil, que era a razão principal daquela visita. Então começou a abordar o assunto:
“Fomos a um bar e falamos muito de ti. Ela também considera que foste a grande paixão que teve. Lembramos detalhes do tempo de vocês, até alguns mais íntimos e acho que esse papo foi nos excitando. E aí meu velho… pintou um clima”.
Foi interrompido com a indignação do outro: “O que? Vais me contar que transaram? Tu que eras o meu maior amigo?”
“Calma aí, como assim? Eu “era o teu maior amigo”, então deixei de ser? Só porque fui para a cama com a mulher que não é mais tua há mais de 12 anos”? E, tentando justificar, usou um argumento para impressionar: “E tem mais, acho que ela enquanto transava comigo, estava pensando em ti”.
“Ora, corta essa. Trepada por procuração não existe e nem eu te conferi estes poderes”. Fez uma pausa e prosseguiu “Não quero mais falar nesse assunto”. Ficou um pouco em silêncio, olhou para as palavras cruzadas e disse: “TRAIÇÃO com 9 letras, começa com “s” e termina com “m”. Antes que o outro respondesse, deu a resposta: “Sacanagem”.
Houve tentativas de amenizar, justificativas, apelo à velha amizade, reiterações de lealdade, mas a questão central permanecia. Qual direito tinha alguém de impor restrições ao relacionamento de um amigo com a mulher que fora sua, mas agora era apenas uma lembrança amorosa?
Aquela visita, as recordações e o relato inesperado causaram um impacto muito forte. Estava abalado e procurando o sentido naquilo tudo. Quando já estavam quase se despedindo, externou sua perplexidade, apelando mais uma vez para as palavras cruzadas: “Penso em tudo o que me contaste e no que aconteceu, mas não consigo entender.“Quero o SENTIDO DE TUDO, com 4 letras e que termina em “exo”, qual o NEXO”?
O amigo sorriu e falou: “Não é um “n” que falta, é um “s”. É SEXO”.

mundo cruel

Carga tributária

Escreve o Sérgio Oliveira, de Charqueadas:

A carga tributária nos governos, primeiro e último ano de mandato, de 1947 até 2010; percentual sobre o PIB, com dados do IBGE, Ministério da Fazenda e Contas Nacionais:

Eurico Gaspar Dutra: 13,8% e 14,4%; Getúlio Vargas 2: 15,7% e 15,2%; Juscelino Kubitschek: 16,4% e 17,4%; João Goulart: 16,4% e 16,1%; Ditadura Militar 1: 17,0% e 25,1%; Ditadura Militar 2: 25,1% e 24,3%; José Sarney: 24,0% e 24,1%; Fernando Collor: 28,8% e 25,0%; Itamar Franco: 26,0% e 29,8%; Fernando Henrique Cardoso: 27,2% e 32,0%; Luiz Inácio: 31,4% e 34,6%.

Será que este aumento da carga, ao longo dos anos, tem algo a ver com a sonegação? Sem sonegação, de repente, não poderia ocorrer a diminuição dos impostos?

REFLEXÃO

Leio que assaltaram a APAE de Porto Alegre e levaram os computadores.
Vamos meteoro, dá no meio!

Fernando Seffrin Martins

mundo midiático

Variadas

BOATARIA – Muitos leitores preocupados com o “sumiço” do apresentador Rogério Mendelski do programa Bom Dia, da Rádio Guaíba. Calma, rapazes e moças, nada significativo. O Rogério fica uma semana fora do ar para fazer um check-up. Nada a ver com com o tal “direito de resposta”, a repeito de uma discussão entre o Rogério e um irresponsável “líder sindical” que participava de um bloqueio da entrada de Porto Alegre, na semana passada.

ALIÁS – Os dirigentes da Rádio Guaíba deram muito cartaz a um advogado que se sentiu discriminado porque não leram um email que enviou à emissora. O tal reclamante é muito amiguinho de um chefete de outra emissora. Os dois devem ter dado muita risada da “lisura” da Guaíba.

BAIXARIA NO FUTEBOL – Não assisti pela Band o jogo do Internacional de Porto Alegre com o Palmeiras.. Foi de doer, mas ao menos fiquei sabendo várias vezes que o jogo estava sendo transmitido “ao vivo”. O locutor também parece que estava sempre atrasado para dizer o nome dos jogadores. Será delay? Ah, sim, quando dizia. Ao final do primeiro tempo entrou o jogo do Grêmio com o Fluminense. Acreditem, o MESMO narrador foi usado no outro jogo! Jamais tinha presenciado isso. Nem a mais modesta rádio do interior do Brasil faria algo semelhante. Significa que a emissora tem APENAS um narrador. Ao final do jogo em São Paulo, o jogo do Grêmio ainda acontecia. Aí os gênios prefeririam mostrar os jogadores do Inter cumprimentando os jogadores do Palmeiras. Só no finalzinho mostraram o jogo na Arena em tela cheia. Um fiasco!

DESPEDIDA – Gilberto Leal, o Papa dos cadernos de carros, escreveu hoje sua última coluna.

MUITO LEGAL – Leonel Paulo Rocha Souza, funcionário da Rádio Guaíba, registrou:
Recebemos hoje no estúdio da Rádio Guaiba visita do Mestre Lauro Quadros. Para mim uma satisfação.

porto alegre abandonada

Mais um exemplo de Canoas

Durante o mês de conscientização sobre o câncer de mama, o Outubro Rosa, diversas atividades serão promovidas em Canoas, pela Coordenadoria de Políticas para Mulheres, em parceria com secretarias municipais e entidades. O destaque da primeira quinzena é a inauguração da Casa Lilás, na quarta, dia 7, às 14 horas.
Localizada na Avenida Boqueirão, 1.985, a Casa marcará o início de um atendimento inédito no Estado. Será mais um espaço de atenção à mulher, oferecido pelo Município a vitimas de violência doméstica e mulheres que precisam de um espaço para espairecer, trocar ideias e buscar conhecimento.
O diferencial da Casa Lilás é que ela estará voltada ao lazer, ao resgate da autoestima e à qualificação profissional. No local, voluntários ministrarão cursos de diversas áreas, oficinas e palestras gratuitas. Haverá também um ambiente para leitura ou bate-papo, onde está sendo montada uma biblioteca. Quem puder doar livros, pode entrar em contato com a Coordenadoria, no telefone 3463 5794.

A abertura oficial acontece na segunda-feira (5), com a Caminhada Outubro Rosa, que terá concentração no Centro de Referência da Mulher Patrícia Esber – CRM (Rua Siqueira Campos, 321). Antes, porém, no sábado, dia 3, ocorre a Exposição “Arte Reciclável”, na Sociedade Cultural e Beneficente Rui Barbosa (Avenida Farroupilha, 834, Bairro Nossa Senhora das Graças).

mundo curioso

Quem é o guardinha da EPTC?

Respostas para jlprevidi@gmail.com

mundo das “redes sociais”

Deu a louca no Facebook! Hoje:

mundo midiático 2

“Palpiteiro”?

Recebo do Alfredo Souto, leitor de São Leopoldo:

Como ouvinte da Rádio Guaíba, portanto um “guaibeiro”, tenho notado que o gerente de jornalismo da emissora Nando Gross está indo além das chuteiras,assim como o sapateiro não deve ir além das sandálias.
Digo isso por que o Nando Gross, comentarista de futebol, quando resolve opinar sobre outros assuntos transforma-se num Pelé falante. Lembras do que o Romário disse sobre o Rei:? “Pelé calado é um poeta”.
Logo, ele participa de todos os programas quando bem entender. Pela manhã, no “Bom Dia”, seja qual for o apresentador, lá está  Nando dentro do estúdio, ultrapassando o seu tempo de comentarista que não deveria ir além dos dez minutos. Nando deveria dar o seu boletim por telefone, pois quando o faz, fica nos limites do seu espaço.
Em outros programas também se dá o mesmo. Nando não se deu conta de que a Guaíba já tem “esporte” demais e mesmo assim ainda introduziu na programação o futebol americano (a bola oval!) e as lutas MMA. Basta ver os índices de audiência da emissora que sempre primou por qualidade de sua programação e eles mostrarão que MMA e Bola Oval não fazem parte da preferência do ouvinte da Guaíba.
Em resumo: gosto do Nando falando sobre futebol, mas mudo de estação quando ele se mete a opinar sobre a liberação da maconha ou qualquer outro assunto que ele comente fora das quatro linhas.

O leitor leopoldense ainda esclarece:
Apeles, um pintor grego, estava pintando um retrato, um sapateiro viu a cena representada na tela e criticou o desenho das sandálias, o pintor acolheu a crítica e corrigiu a obra, cheio de si o sapateiro resolveu criticar o restante do quadro, e a expressão de Apeles “Sapateiro, não vá além das sandálias” foi pronunciada e mais de mil anos depois ainda temos pessoas que nada tem a ver com o seu negócio opinando.

mundo literário 2

Catarino papeleiro e poeta

Papeleiro por profissão, poeta por vocação, é assim que Catarino Brum Pereira, o Tio Cata,  se define, aos 66 anos está lançando seu segundo livro independente, no sábado, dia 3, a partir  das  17 horas na Palavraria, na rua Vasco da Gama, 165, no Bom Fim, em Porto Alegre. Além da força da Palavraria, do jornal Fala Bom Fim, também estarão presentes artistas, quem comanda a função é Jottaga Souza Gomes, da Fróide Explica, também o sambista Jorge Maestrinho, já confirmou presença (Maestrinho é o atual presidente do Conselho Municipal de Cultura).
A história de sua luta e sua sensibilidade está associada ao bullyng, incapaz de se conformar com o sofrimento da primogênita, por ser motivo de  “chacota” dos colegas que riam da “filha de papeleiro”, Catarino Brum Pereira empenhou uma soma que não tinha para consertar uma incorreção e fez o primeiro livro, O Escritor e Papeleiro, com muita dificuldade foi vendendo seu livro enquanto juntava lixo com sua carroça, conseguiu um bom espaço na imprensa e se tornou conhecido.
Depois de perder tudo numa enchente, conseguiu editar, novamente de modo independente, um novo livro “As Lutas de Um Escritor “,  que agora lança oficialmente ao preço de R$ 20,00.
A história de vida do Tio Cata é muito maior, conheça melhor se emocione e ajude, no www.facebook.com/catarino.brum ou  pelo 9599.4654 / 3042.1461.

mundo babaca

Pais atraentes normalmente

têm filhas e não filhos, mostra estudo

A PESQUISA FOI FEITA PELO PSICÓLOGO AUTOR DO LIVRO “POR QUE PESSOAS BONITAS TÊM MAIS FILHAS?”

PIADINHA

Do Sensacionalista:

Datafolha revela que se eleições
fossem hoje, Lula seria eleito funcionário
do mês da Odebrecht

Uma recente pesquisa do instituto Datafolha revelou que se as eleições fossem hoje, Lula seria eleito funcionário do mês da Odebrecht no primeiro turno, com 93% dos votos.

Após a divulgação do resultado da pesquisa, diversos funcionários da construtora protestaram nas redes sociais. “Estou indignado, sou um ótimo funcionário da Odebrecht, mas nunca sou eleito o funcionário do mês porque o Lula está invicto vencendo as eleições todo mês, por mais de dez anos!”, disse Armando Pontes, funcionário da empresa.

Lula revelou que, caso sua popularidade não volte a subir aqui no Brasil, irá construir um país novo na África junto com a Odebrecht e alguns amigos presidentes da região para poder voltar a ser presidente.

Quarta, 30 de setembro de 2015 – parte 2

Atualizado diariamente ao meio-dia.
Eventualmente, à tarde, notícias urgentes.

mundo midiático

EXCLUSIVO! POR MIL ZELOTES!!


PRESIDENTE JOVEM E TÍMIDO NEGA
SAÍDA DO GRUPO DE COMUNICAÇÃO

Comedores de sucrilhos com nescauzinho estão exultantes!!
Colegas,
Ontem circulou uma informação falsa e absurda, dizendo que eu estava me afastando. Obviamente, isso não é verdade.
Responder a boatos é contra nossos valores e princípios. Eles desviam nossa energia e nos movem em direção à desinformação.
Entretanto, com vocês, meus colegas, quero ser bastante claro: sou e continuarei sendo presidente , sob a liderança e com o apoio do Conselho de Administração e com toda a energia e foco que o momento nos exige.
Desde que assumi a presidência, em julho de 2012, tenho como missão avançar com nosso projeto empresarial, junto com cada um de vocês. Recentemente, reafirmamos a nossa crença na comunicação e o nosso compromisso com o jornalismo e com o entretenimento que entregamos ao público.
O Brasil precisa, mais do que nunca, de empresas e pessoas com coragem para enfrentar os enormes desafios que a realidade nos impõe. É muito importante que estejamos juntos, unidos, neste momento. Não vamos perder tempo e energia com boatos, pois temos um grande propósito para executar!
Bom trabalho a todos!
Forte abraço,
Clap!! Clap!! Clap!! Sucrilhetes felizes!!!

ENQUANTO ISSO…


O FUTURO PRESIDENTE CONTINUA EM PORTO ALEGRE, EM NEGOCIAÇÕES

MAS SERÁ QUE CONSEGUIRIA
UMA BOQUINHA EM OUTRA EMPRESA?