Sexta, 6 de julho de 2018

Jamais troquei de lado.
Por quê? Eu não tenho lado.
Ou melhor, o meu lado sou eu



Atualizado diariamente
até o meio-dia





especial

Nesta sexta, uma cesta de
JOSÉ LUIZ PRÉVIDI

40 anos de Jornalismo – 4

NÃO FOI FÁCIL:
HISTÓRIAS NADA EMOCIONANTES

O verão de 1974 foi digno de um guri de 19 anos.
Comecei o ano me matriculando na Faculdade de Filosofia da UFRGS. Nessa época, o cara se inscrevia na faculdade que queria fazer e colocava uma segunda opção. Foi o meu caso.
Feliz da vida fui aproveitar as férias, com o patrocínio da minha mãe, a Etna.
A primeira farofada foi irmos para uma casa em Pinhal no meio da areia. Sem água e sem luz. O dono da dita era o pai do Homero Zanotta, que foi junto. E o Henrique Howes. Pouco antes de irmos, uma prima, a Stela, me liga e diz que estava vindo de S~çao Paulo. Quando falei da farofada ela disse que iria adorar.
Ficamos lá mais ou menos uma semana. Rodamos uns três, quatro filmes com uma máquina super 8.
Depois fui passar o Carnaval em Camboriú. Rimon Hauli, Henrique Howes e eu. Guris com pouca grana, dormíamos no carro, depois das festas.
Na quarta-feira de cinzas começamos a votar. largamos o Rimon em Atlântida, onde almoçamos com Q-Suco.
Quase chegando em Porto Alegre, pela friuei, deu uma pane no meu possante TL 1973 e tivemos um desastre e tanto. Sozinhos.
Quase fui para o espaço, junto como Henrique.
Seis meses de recuperação, deitado – não levantava nem para fazer xixi.
Uma das promessas que fiz foi fazer uma faculdade “decente”, tipo Economia. Afinal, a minha mãe teve que gastar comigo o equivalente a um apartamento de dois quartos na rua Santana.
Mas não cumpri a promessa.
Quando recomecei a caminhar fui cursar a Filosofia.
Logo depois passei no vestibular para a Famecos-PUC.

Comecei a acreditar que um dia seria jornalista quando entrei na faculdade. Sério. Já cursava Filosofia na UFRGS e no vestibular de inverno de 1975 fui aprovado para a Famecos. Era um bom curso. Muita conversa de política, livros, revistas e jornais. O recreio era o melhor das aulas. Gurias aos borbotões no saguão e no barzinho. Lindas, felizes e falantes. Fora da Universidade, tomávamos cerveja e muita conversa seriíssima, fiada. Bons professores – os doutores e mestres ainda não tinham tomado conta.
Tinha terminado o terceiro semestre quando tive a primeira provação: havia passado no concurso do Banco do Brasil e antes de começar o período letivo fui mandado para Palmeira das Missões. Fiquei exilado por lá 14 meses, lendo sempre tudo que aparecia pela frente. Pedi demissão no início de 1978 e voltei para Porto Alegre. Aí a situação ficou feia, porque tinha me acostumado a ter sempre dinheiro no bolso e, pior, tinha comprado na prestação um flamante Opala. Tinha que ir à luta.
Com mais três colegas fizemos um suplemento para o Diário de Notícias, que rendeu uma boa grana. O editor do jornal, um mineiro gente fina chamado Sinfrônio Veiga, foi com a minha cara e me contratou como repórter da Geral. Mesmo que o Sindicato dos Jornalistas lutasse para que estudantes não trabalhassem, está lá na minha carteira: Data da admissão – 1º de junho de 1978. Outra provação: fui chamado para ser promotor de vendas da Varig. Era o dobro do que iria ganhar no jornal.
Faculdade de manhã, Diarinho à tarde e a Filosofia de noite. Fazia ainda boletins, matérias para jornais de sindicatos e do interior, o que pintava eu traçava. Nesse tempo comecei a aprender alguma coisa de jornalismo com o primeiro chefe direto: Renan Antunes de Oliveira. No primeiro dia me disse, depois de ler a minha “matéria”: “Isso aqui é uma merda, mas tu vai aprender a ser repórter”.

Tinha métodos simples. Me dava uma pauta e eu fazia o melhor que podia. No outro dia, chegava na redação e ele estava com todos os jornais abertos na mesma matéria. “Qual das matérias está melhor”, perguntava. A minha estava ali também. “A da Folha da Manhã está melhor”, respondia. Ele me olhava, um discreto sorriso, e sempre falava: “Ainda bem que tu é honesto”. A Leila Weber era a editora da Geral e cada bronca que levava valia por uma semana de aula.
A busca por grana era tão intensa que tive nesse ano uma passagem por uma agência de propaganda. Era redator. Não era o meu negócio e pouco fiquei por lá. Mas, imagine, os dois empregos e as duas faculdades. E mais os frees.

No início de 1979 fui promovido a editor de Economia do DN e em maio comecei como repórter de setor da Rádio Farroupilha, que começava a ter uma programação de jornalismo. Aí era assim: tinha voltado a fazer a Famecos de manhã e através de um orelhão me tornava, no período, repórter da rádio. Passava inclusive boletins. A tarde fazia meus frees (entre muitos outros, para o Rio Grande Semanal, um projeto da Coojornal) e apresentava um programete chamado “Farroupilha Economia”. No início da noite fazia uma cadeira na Filô e ia para o jornal, baixar a Economia.
Era uma vida emocionante. Mas era feliz

O Diário de Notícias fechou em 31 de dezembro de 1979 e eu já tinha saído da Farroupilha – tinha um chefe de reportagem, dublê de policial, daqueles repulsivos, que não ia com a minha cara e fez de tudo para me ferrar.
Comecei 1980 desempregado, justamente no ano em que me formaria.
O grande Marçal e eu tentamos conseguir emprego. Tínhamos grana, porque nos pagaram tudo direitinho, até o FGTS. Fizemos até um teste na Rádio Gaúcha. Ele iria apresentar um programa na madrugada, sua especialidade, e eu seria o repórter. A direção da RBS não gostou de ter o Marçal de volta.
Um parêntese.
Jornalista adora dizer que foi “convidado” para um “novo desafio”. É raro ouvir ou ler algum dizer que batalhou para conseguir um trabalho. Como sempre fui meio gauche, briguei muito para conseguir as coisas. Os convites foram raríssimos em minha vida profissional.
Fora aqueles que começaram na profissão “por acaso”. Algo assim: um amigo perguntou se não gostaria de ser repórter na rádio ou no jornal da cidade. Depois de alguns meses, com o sucesso que fazia, foi convidado para trabalhar na melhor rádio ou no mais popular jornal da capital. E aí a carreira de sucesso veio naturalmente.
Comigo não foi nada assim.
Fechar parêntese.

Mas, acreditem, um amigo de faculdade, Carlos Sávio, me ligou dizendo quer tinha uma vaga na Política da Zero Hora, onde trabalhava. Que fosse falar com o João Carlos Terlera, o editor, na imprensa da Assembléia. Conversamos uns 15 minutos e acertamos que começaria na semana seguinte.
Por que a demora para começar?
Porque ainda tinha um vínculo com o Correio do Povo. Explico. Quando estava na pior, pintou uma vaga temporária no Correião para cobrir o período que antecedia o Carnaval.
Fazia matérias sobre os ensaios das escolas de samba e eventualmente cobria um baile.
O Carnaval terminou e senti que estava desempregado de novo. Mas me conseguiram uma vaga de repórter. Só que fui ser setorista do Tribunal de Justiça.
Não era o sonho da minha vida de repórter.
Foi nessa época, quando já passava as tardes percorrendo os andares do Tribunal, que o Sávio me ligou.

Fiquei pouco mais de três anos na Zero Hora. Mas, claro, o início foi dramático (como escrevi, só comigo é tudo muito difícil). O presidente do Sindicato dos Jornalistas era funcionário do jornal e marcava de cima, não permitindo que estudante fosse contratado. Mas beirava a sacanagem, porque estávamos em março e eu me formaria em junho. O Carlos Fehlberg, editor-chefe da ZH, bateu pé e assinaram minha carteira como “Repórter C”.
Comecei a me sentir repórter de verdade.
Tinha tempo de ler, novamente, e estava numa editoria que era o sonho de muito jornalista experiente. Trabalhei na cobertura da primeira visita do Papa João Paulo II a Porto Alegre, conheci o Banhado do Colégio, os movimentos tímidos pela reforma agrária, os colonos que foram enviados para o norte do país… Tudo bem, e a Política? É, às vezes eu era emprestado para a Geral, Polícia, fiz matérias 500 e até setorista de aeroporto nos domingos.

Na Política conheci figuras fantásticas. Até hoje não consigo entender como almocei ao lado de Luiz Carlos Prestes, sem tremer a perna. “Olá, José Luiz, como vai?”, me atendia Leonel Brizola ao telefone. Bati grandes papos com dona Neuza Brizola, principalmente quando ligava para a casa do casal aos domingos.
Com os dois fiz grandes matérias. No período que antecedeu a histórica eleição de 1982, fui a uma coletiva de Prestes. Nada de mais. Ao final, me aproximei dele e perguntei, como quem não quer nada, se os comunistas teriam candidatos.
– Claro, meu filho, a todos os cargos e em quase todos os estados.
– E por qual partido?
– Qualquer partido.
– Inclusive no PDS?
– Inclusive no PDS.
Saí de fininho e fiz a matéria. Teve uma boa chamada na capa do jornal – afinal, o PDS era o partido que apoiava os militares – e repercussão nacional. Os coleguinhas, das sucursais dos jornais do Rio e de São Paulo, foram aguardar o líder comunista no aeroporto, para nova entrevista antes do embarque para o Rio de Janeiro.
Ele confirmou a minha matéria.
Brizola era diferente de todos. Falava só o que queria e somente aquilo que lhe interessava. No entanto, uma vez consegui arrancar um fato novo, inédito.
Ainda no período que antecedeu a eleição de 82, os militares inventaram o voto vinculado – o pobre eleitor teria que votar nos candidatos do mesmo partido, em todos os níveis. Era um golpe nos partidos de oposição – PMDB, PDT, PP e PT. Nos primeiros momentos, o PP de Tancredo Neves foi incorporado pelo PMDB. E todos queriam que Brizola fizesse o mesmo. Os jornais davam como certa a adesão do PDT ao PMDB. O ex-governador estava no Uruguai e todo dia adiava a sua volta.
Numa noite, consegui uma frase de Brizola, com a interferência de um grande jornalista brizolista chamado Carlos Cunha Contursi. Depois de enrolar muito, me disse antes de desligar: “É muito difícil estarmos ao lado do PMDB”. O Terlera matou a charada: como o Brizola concorreria ao Governo do Rio com a hegemonia dos seguidores de Chagas Freitas no PMDB?
Deu manchete.

Boa a vida de repórter, mas se ganhava muito pouco. Já tinha os meus luxos.
O deputado Aldo Pinto iria presidir a Assembléia Legislativa e – creiam, é verdade! – me chamou e lascou: “Tu vais trabalhar comigo”. Topei, era uma grana que jamais ganharia em um jornal e não havia, na época, impeditivo para os dois empregos. Aliás, os chefes de redação incentivavam o duplo emprego e inclusive eles, os chefes, tinham empregos públicos. Praticamente todos.
Assessorias de imprensa não são emocionantes. Não é um lugar legal para repórter. Mas pagavam muito bem. Passei por várias. Um período muito agradável foi na assessoria de imprensa do Governo Brizola no Rio.

Sempre senti muita falta de escrever reportagens. Aí, enquanto percorria assessorias de imprensa, inventava jornais onde publicava as minhas reportagens e era colunista. O primeiro foi o Rua da Praia – Jornal do Centro, em 1987. Mais de 10 títulos de jornais até hoje.
Fiz grandes entrevistas e reportagens. Numa edição do Rua da Praia entrevistamos o radialista Sérgio Zambiasi, em quatro páginas, e na central uma matéria sobre os travestis da avenida Farrapos. As pessoas faziam fila na porta da nossa Editora para comprar uma edição.
Queria ter o poder de síntese de um redator de rádio para transformar quase 29 anos de jornalismo em 9 mil caracteres. Já passei dos 9 mil e faltou muita história. Nem falei do tempo em que editei a Press e um semanário antológico, o Press Advertising, quando pude, vez que outra, ser repórter.
Hoje, muitos ganham bem e têm tranqüilidade para trabalhar. Nossas TVs, rádios e jornais nos brindam com grandes repórteres.
Sei lá, mesmo com todas as provações e dramas, faria tudo de novo. Mesmo que tenha passado boa parte da vida em assessorias de imprensa. Paciência, era repórter nos jornais que inventava.

Quinta, 5 de julho de 2018

Jamais troquei de lado.
Por quê? Eu não tenho lado.
Ou melhor, o meu lado sou eu



Atualizado diariamente
até o meio-dia





Do Eduardo Escobar:
Agora que não tem pedágio,
o porto-alegrense vai passear
na Freeway como fez
na Orla do Guaíba,
no final de semana?

40 anos de Jornalismo – 3

PRESS: NADA PARECIDO NO RS

Não tinha a menor ideia do que poderia ser uma revista sobre a imprensa gaúcha. Gostava muito da Imprensa, a revista paulista que havia surgido na década de 70. Era a única referência.

Conheci o Julio Ribeiro no início da década de 90. Não tínhamos trabalhado juntos, mas sempre conversamos. Um dia, por telefone, disse a ele que iria fazer um jornal de política. “Política do Rio Grande” era o nome. Ele foi lá em casa e pilotando o meu Compaq 486 mudou para “Página 12 – A Política do Rio Grande”. Chamamos o Marco Poli para sócio da empreitada e tocamos o projeto. Não fizemos chover porque não tínhamos apenas este poder, mas azucrinamos a vida de muita gente e ganhamos uns pilas.
Lá pelas tantas, ele me disse que iria fazer uma revista de propaganda. E que estava fora do Página 12. Surgia a Advertising, um projeto dele com a Associação Riograndense de Propaganda, que era presidida pelo queridão Sérgio Gonzalez.
Um sucesso que começou em 1997.
O Poli e eu fazíamos o mensário, que rodava no Jornal do Comércio, e era um produto “antigo” perto da revista que o Julio fazia – papel couché, colorida.

Em maio de 2.000, o Julio me chamou para almoçar e veio com esse papo de uma revista de imprensa. “Tu vai ser o editor”, me disse de aperitivo. Saí do almoço e comecei a ficar preocupado, porque não tinha a menor ideia do que fazer. Uma revista de imprensa! E gaúcha!
Pensava na revista que ele fazia, a Advertising; eu editava um jornal, preto e branco, de turismo. Um não tinha nada a ver com o outro.

Passava os dias pensando na tal revista.
E, mais, ajudava o Julio a “vender” a novidade para possíveis clientes.
Nessas idas e vindas conversava com ele sobre as minhas ideias.
A primeira – e mais óbvia – foi uma seção que chamei de “Vida de Repórter”. De cara, o meu escolhido foi o Flávio Alcaraz Gomes. Fui lá na Rádio Guaíba para conversar com o mito.
Ele não deu muita bola, típico dele, e lascou:
– Tem um livro meu sobre a minha vida de repórter. Lê, faz um texto e me traz aqui pra eu aprovar.
Comprei o livro num sebo, li e fiz um resumão das melhores histórias. O Adriano Marinho diagramou, em duas páginas com fotos, fez uma print e levei pra ele no dia seguinte.
– Nem precisava me trazer, guri. Perfeito.
Aí, cheio de razão, comecei a falar com os amigos. Pedir artigos, palpites, essas coisas. Contava do projeto e de cara dizia que não podia pagar nada pelas colaborações. E todos foram topando. Foi muito legal, um negócio que não imaginava.
Até ir para a impressão briguei muito com o Julio. Porque ele queria uma revista muito legal, “diferente”. E eu só dizia: “Diferente do quê?”. E “vendia” pra ele as minhas ideias.

Lançamos a Press, num ato na ARI – Associação Riograndense de Imprensa. Primeiro de junho de 2.000, Dia da Imprensa. Foi um sucesso. Sucesso, mesmo, porque os jornalistas gaúchos jamais tinham sido paparicados. Em todos os lugares que chegávamos eram só elogios.

Alexandre Garcia

Na primeira edição, reunimos feras e mais feras.
Flávio Alcaraz Gomes, Alexandre Garcia, Mario Marona, Maria Helena Maieron, Denison Mendes, Guto Moisés, Wladymir Ungaretti, Fernando Albrecht,  Kayser, Bier, Paulo Dias foram alguns dos convidados.
Alguma decepção?
Mínimas, desprezíveis.
Eu sempre estava com o Julio, tentando vender o projeto da Press. Como se fosse meu. Tinha que dar certo.
Com a primeira edição embaixo do braço, fomos conversar com um jornalista que era o secretário de comunicação do governador Olívio Dutra. O conhecia há muitos anos, desde o tempo do antológico Bar Pedrini, da avenida Venâncio Aires. Sempre me diziam que era um imbecil, que mal sabia escrever o nome, mas achava que era implicância, porque trabalhava na sucursal de um jornal carioca.
O tal secretário nos atendeu. Mostramos a revista.
Ele folheou.
– Pô, só tem gente de direita nessa revista!!
Aos berros!!
Além de imbecil, era um idiota o tal secretário.
Mas, graças ao bom Deus, não precisamos do imbecil/idiota para que a Press sobrevivesse.
Sério, durante quatro anos do governicho do Olívio Dutra não tivemos apoio. Um preposto do tal secretário, responsável pela propaganda, marcava “reuniões” e sempre transferia a data. Um idiota que depois foi enrolar num governo petista no nordeste do Brasil.

José Barrionuevo

A cada edição, novas descobertas, entrevistas antológicas.
Sei lá, mas as entrevistas poderiam estar num livro – claro, situadas no tempo.
Como escrevi, não sabíamos o que seria a revista. As entrevistas, ping-pong, foram se tornando o nosso principal “produto”. Bem como eram em O Pasquim – linguagem coloquial. A gente perguntava, bem simples, tipo “Como foi a tua infância?” e o cara saía falando, se soltando.
Horas de gravação. No início, duas, três páginas. Até que batemos um longo papo com o José Barrionuevo. Faltou fita para gravar tudo. O Barrio falou o que queria e o que não podia. Quando começamos a baixar, decidimos: o Barrio vai ser a capa. Levamos o entrevistado para a capa e a Press foi a revista mais vendida nas bancas de Porto Alegre. Esgotou em três dias.
A ideia foi também para a Advertising. Entrevistas maravilhosas, como com o italiano Oliviero Toscani – “O inimigo número 1 dos publicitários”.
A Advertising e a Press caminhavam lado a lado. Projetos “distintos”, mas…

Ratinho
Rogério Mendelski

Todas as entrevistas da Press, que deram capa, foram antológicas.
Mas, vão me permitir destacar algumas mais:
– Paulo Raymundo Gasparotto – “Para ter livre a cabeça, não pode ter preso o rabo”;
– Antônio Brito – “Não há mais virgens na política gaúcha”;
– Flávio Alcaraz Gomes – “Fui ao fundo do inferno e voltei”;
– Augusto Nunes –  “Está na hora do gaúcho se tornar brasileiro”.
Conto:
Fomos a São Paulo fazer duas entrevistas. Com o Augusto e o Ratinho.
Entrevistamos o Augusto Nunes, no seu apartamento na avenida Oscar Freire. O Ratinho foi no SBT.
Um dia, para nós, histórico.
O Augusto falou pelos cotovelos. Tudo gravado.
Quando nos despedimos, ele, rindo, disse:
– Vocês não vão publicar isso, né?
O Julio me olhou.
E ele:
– Não publiquem isso, hein?
Eu fui na pleura:
– Cara, tá tudo gravado e vai ser publicado como está.
Meu Deus, a entrevista foi mais uma bomba.

Moacyr Scliar

Dunga


A Advertising?
Também editei, por “força das circunstâncias”. Fiz várias matérias.
Uma vez, uma jornalista apurou toda a matéria de capa, um trabalho até legal. Aí, no primeiro parágrafo, ela se referiu a um famoso publicitário como “publicista”.
Virei redator, editor e como me “promoveu” o Julio, a “gerente de conteúdo”.

Oliviero Toscani

Jaguar veio para o primeiro Prêmio Press.
Ele mostra a garrafinha de uísque para “emergências”

Pra encerrar:
Julho de 2.000. O Julio e eu estamos tomando um chope no Pedrini.
– Cara, tínhamos que fazer alguma coisa pra agitar mais o mercado.
– Tipo um prêmio?
– Isso, não sei bem, mas algo como “Prêmio Press”.
Deu no que deu!
Hahahahahaha!!!!

Meu sucessor na edição da Press/Advertising foi o maravilhoso e talentoso Marco Schuster, meu querido colega do Diário de Notícias. Em 2004. Antes ele só editava a Advertising.
Só podia melhorar, não?

continua amanhã

PARECE MENTIRA – Me enviam email relatando o noticiário do SBT sobre a friuei:

O jornal do meio-dia do SBT entrou com VTs de comportamento e só falou do pedágio da freeway depois da metade. Não tem factual no espelho deles. Muito estranho. Parece que até o Jornal da Pampa da Vera Armando tá de mexendo mais.

ESTRANHO – Não vi nenhuma entrevista com o ministro Eliseu Padilha. Afinal, foi ele quem determinou a saída da Concepa da friuei.

RDC ABERTA – O Roberto Brenol Andrade envia:

O Cláudio Roberto acaba de me telefonar (já está na RDC) pedindo que te informe que a TV pode ser acessada também nos canais abertos, no caso, canal 24. Não precisa, então ter Net, apesar dela também estar no modelo. Não te comunicaram tudo. Abração.

Ainda não estão se comunicando, né?
Será que esqueceram de contratar UM assessor de imprensa?

EM AGOSTO, MAIS FELIPE VIEIRA – O jornalista Felipe Vieira está à frente do BahTchê Papo, programa semanal que estreia em agosto no Canal Bah!. A atração vai ao ar aos domingos, a partir das 21 horas, além de reprises durante a semana na grade do canal. Segundo Felipe, a ideia é fazer no máximo duas entrevistas especiais por programa e a pauta não será específica.
“Eu gosto de variar os temas e vou procurar contar boas histórias”, comenta o jornalista.
A programação ainda conta com a participação especial de Guaracy Andrade, que fará uma retrospectiva dos eventos acontecidos na semana e adiantará o que deve ser notícia na sociedade porto-alegrense.
Para o diretor do Canal Bah!, Zento Kulczynski, é uma satisfação contar com mais um programa de qualidade para compor a grade do canal. “Buscamos sempre a qualidade
no nosso canal e isto significa ter programas e figuras de referência”, ressalta o diretor.
O Canal Bah! está nas frequências 20 e 520 da NET. Para a região do Vale do Sinos, pode ser conferido nos canais 26 e 526. A programação também pode ser acompanhada, em tempo real, pelo site www.bahtv.com.br.

COBERTURA DA COPA – Recebo:

Sr. Previdi,

Como o senhor sabe, não sou jornalista, mas um consumidor insaciável de todas as “mídias”. Portanto, também assisti algumas reportagens da Alice Bastos Neves e ela está fazendo o que pode, pois não se desloca de Moscou. Tenho apenas dois reparos a fazer: acho que ela ri demais, ou melhor, entra no ar rindo, dando uma uniformidade no seu trabalho que, muitas vezes, dispensaria o eterno sorriso largo.
É uma boa repórter, mas quando qualquer um deles (elas, principalmente) entra sempre rindo, dá a impressão de deslumbramento com o que está fazendo.
O segundo reparo vale para todos os repórteres em cobertura fora de sua área de atuação: jornalista não entrevista jornalista. Ao fazer isso, o repórter passa um recado sutil de que é desinformado ou que está lhe faltando pauta.

PS – Não ouvi nunca a Gaúcha durante a Copa. A cobertura da Band e da Band News estão ótimas quando estamos ouvindo rádio em deslocamento, em dia de jogos. Na TV, é claro, “Fora Galvão Bueno”, pois a SporTV e a Fox estão muito bem.

Seu criado, Alfredo Silva

Alfredo, está ainda mais insuportável a Sandra Annenberg, que apresenta, da Rússia, o jornal Hoje, da Globo.
Está sempre rindo, mesmo que a notícia não tenha nada de engraçado.

NOVO LIVRO DO DILAN CAMARGO – Dentro da programação da Feira Literária do Parlamento Gaúcho, que será realizada entre 4 e 10 de julho no hall da Assembleia Legislativa do Estado, com apoio da Câmara Riograndense do Livro (CRL) e do Instituto Estadual do Livro (IEL), Dilan Camargo lança “A Arte do Medo”, pela Editora Minha Lei é Ler. A violência e o medo permeiam o livro de poesias para adultos, com uma linguagem próxima ao teatro, que terá sessão de autógrafos nesta quinta,  a partir das 17 horas.
Dilan Camargo é conhecido pela sua extensa obra em poesias e narrativas para o público infantil e juvenil, mas publicou e publica também poesia para adultos, como ocorreu no livro “A Fala de Adão”, Prêmio “Livro do Ano” na categoria Poesia da Associação Gaúcha de Escritores (AGE) de 2015. Com uma certa dureza formal nos próprios versos dos poemas, esta publicação composto por cem páginas é dividida em  três partes: A Arte do Medo, O Teatro da Cachorra e A Razão Cínica.

Sobre seu livro, que está sendo escrito há muito tempo, Dilan avisa que não é de momento e nem sobre o momento histórico brasileiro. “Nele não há referências e nem inferências, talvez palavras desagradáveis. Relutei em publicá-lo porque trata do universo da violência e do medo: não queria reproduzir e nem corroborar a chamada ‘cultura do medo’. Tinha que publicá-lo, e aí ele está, com as suas angústias e imperfeições”, afirma. O tema está presente no cotidiano dos brasileiros, mas também no de outras sociedades. Há ainda um medo do Outro. Isto é abordagem para a poesia? A poesia contemporânea dispõe de uma “linguagem poética” para falar da violência e do medo?
“Estamos impregnados, ensopados, tanto do medo real como do imaginário do medo. Não cabe à poesia oferecer respostas, mas fazer perguntas, e de uma forma dramática, que quase escorregue para fora da poética”, acrescenta o escritor. Numa realidade social marcada pela violência, cada indivíduo se transforma numa vítima ou num agressor, real ou potencial. Todos se tornam suspeitos. O que imobiliza as pessoas, a matéria diária da imprensa, é o medo. Cada um se torna um “artista do medo”, (título do poema que abre o livro), pervertendo a arte de sobreviver humanamente.

As epígrafes do livro são retiradas de obras de Nicanor Parra, Carlos Drummond de Andrade, Armando Freitas Filho e Santo Agostinho. Na poesia brasileira, Carlos Drummond de Andrade, tanto em “Sentimento do Mundo”, com o poema “Congresso Internacional do Medo”, como em “A Rosa do Povo”, com o poema “O Medo”, inaugurou essa poética do medo, tão real no Brasil há décadas, da qual somos herdeiros.

CADA VEZ MAIS PARECIDA COM O LOURO JOSÉ

  …

Comentarista solo

Na TV, no dia em que Lula foi preso

No dia do Orgulho Gay

REFLEXÃO – Do André Arnt:

Sobre Moro e Toffoli: quando o juiz que rodou nos concursos cassa a decisão do aprovado, você está no Brasil.

BOAZINHA

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PROMOÇÃO ESPETACULAR!
LIVROS DO PRÉVIDI

3 LIVROS DE PIADINHAS:
200 Piadinhas para Ler na Viagem
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OS TRÊS POR APENAS 25 REAIS!!


3 LIVROS SOBRE PORTO ALEGRE:
Porto Alegre é Assim!
Apaixonados por Porto Alegre – Personagens do Centro
Apaixonados por Porto Alegre 2 – A Porto Alegre Deles

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A Revolução da Minha Janela
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Rua da República esquina 
avenida João Pessoa – Porto Alegre

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LEGAL!! – Envia o Edgar Silveira, de Bagé:

Leitor assíduo de sua coluna,  acredito que muitos tenham esse hábito. Com essa enxurrada de notícias falsas, mais do mesmo, enfim, todas essas baboseiras que há por aí nas tais redes sociais, aplicativos e tal… Procurar por colunas assim ao estilo blog, em especial o do estimado Jornalista, faz bem. Uma leitura light (usando um palavreado cult) é algo como garimpar histórias e fatos saudáveis
 Os relatos tanto os seus, como de  amigos e pessoas públicas, no modo brando como é escrito,  faz bem. Nos mantém blindado da mídia açucarada. Temos acesso ao cotidiano de pessoas reais, não o mundo fantasioso que vigora pelo éter virtual. Veja o inverso que caminha a sociedade, num passado não tanto distante, dispúnhamos de computadores lentos, uma internet discada, ao passo que tudo era lento, mas tentávamos ao máximo conseguir acesso a todo tipo de sites.
Hoje o inverso, temos computadores velozes, internet rápida, mas pairamos em um ou dois sites, nos aprisionamos numa única e duvidosa fonte de informação e cultura. Esse blog, assim como de outros colegas seus que tenho o hábito de ler (Políbio Braga, Rogério Mendelski, Fernando Albrecht) nos dá essa proximidade de que o cotidiano real ainda existe, sem preocupação com palavreados da moda, termos “politicamente corretos”, etc…
Enfim, notícia, dessas com conteúdo, sem perder a classe e fazer o melhor jornalismo, que ao meu ver é isso, transmitir os fatos sem querer holofotes. Continue assim. Um abraço e sucesso!

JORNAIS IMPRESSOS – Li isso na página do jornalista Mário Marcos de Souza no Facebook:

Quando a vizinha viu que uma das sacolas do lixo limpo estava lotada de jornais, quase se jogou na Maria Helena como um zagueiro sueco:
– São jornais? Preciso deles – e saiu safisfeita com a sacola.
Pouco depois, ao entrar em uma floricultura, lá estavam os cartazes nas paredes:
– Aceitamos jornais velhos.
Dias atrás, li um texto sobre o apelo desesperado de plantadores de abacaxi. A falta de jornais, que protegem as frutas, estava prejudicando a produção.
Se havia alguma dúvida sobre a crise do jornalismo impresso, episódios como estes acabam com ela.
Os jornais estão sumindo de nossas vidas.

JORNAIS PARA TRAMANDAÍ – A Vigilância Sanitária de Tramandaí está solicitando a comunidade jornais velhos. O material será utilizado no Canil Municipal.
Com o frio e a umidade, o ambiente em que os cães vivem precisa receber uma manutenção ainda maior para ficar sempre seco e quente. Para isso, os jornais são fundamentais.
Caso você queira ajudar, pode levar os jornais nos seguintes lugares:
– Vigilância Sanitária: Localizada no térreo do prédio administrativo da Prefeitura de Tramandaí. Avenida da Igreja 346.
– Canil Municipal: Localizado na estrada do Carrachi, a 600 metros da RST 030.
– Para contato: (51) 3684 9085

ZONA FRANCA DA UVA E DO VINHO – A criação da Zona Franca da Uva e do Vinho será debatida nesta sexta, em audiência pública, a partir das 9 horas, no Spa do Vinho Hotel & Condomínio Vitivinícola, no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves (RS). A realização do evento é da Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia, presidida pela deputada federal Marinha Raupp (MDB-RO), onde tramita o Projeto de Lei 9045/2017, de autoria do deputado federal João Derly (Rede-RS), que propõe a redução de impostos para produtos derivados da uva e do vinho em 23 cidades da Serra Gaúcha, aos moldes da zona franca de Manaus.
A intenção do projeto é desenvolver a vitivinicultura local e o enoturismo na região. Conforme o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), a tributação nos vinhos corresponde a mais da metade do valor do produto. “Precisamos enfrentar o problema da elevada tributação que sobrecarrega a cadeia vitivinícola nacional, que sofre uma concorrência desleal dos produtos importados”, afirma João Derly.

Para a diretora de Infraestrutura da Aprovale (Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos), Deborah Villas-Bôas, a redução de impostos vai incrementar ainda mais o enoturismo na região da Uva e do Vinho. “Só o Vale dos Vinhedos recebe mais de 400 mil turistas por ano. Com a redução dos impostos nos vinhos e derivados da uva, podemos dobrar este número de visitantes em pouco tempo, gerando novos empreendimentos, empregos e mais renda na região”, destaca.

A audiência pública em Bento Gonçalves é a segunda que será realizada sobre o projeto de lei que cria um regime tributário especial às atividades da cadeia vitivinícola do Vale da Uva e do Vinho. Foram convidados 16 municípios. Na semana passada, Farroupilha recebeu o evento, que teve mais de 50 participantes entre prefeitos, entidades, sindicatos e autoridades de sete dos municípios envolvidos. Para o projeto ser votado, são necessárias três audiências públicas. Inicialmente, a Zona Franca começaria pelo Vale dos Vinhedos. Assim que as demais cidades criarem suas entidades reguladoras, elas seriam incluídas na iniciativa.
As 23 cidades contempladas pela Zona Franca da Uva e do Vinho são Bento Gonçalves, Garibaldi, Monte Belo do Sul, Antônio Prado, Boa Vista do Sul, Carlos Barbosa, Caxias do Sul, Coronel Pilar, Cotiporã, Farroupilha, Flores da Cunha, Guaporé, Ipê, Nova Pádua, Nova Prata, Nova Roma do Sul, Pinto Bandeira, Salvador do Sul, Santa Tereza, São Marcos, São Valentim do Sul, Veranopólis e Vila Flores.

LEIAM




(clica em cima que amplia)

PIADINHA

Quarta, 4 de julho de 2018

.

Jamais troquei de lado.
Por quê? Eu não tenho lado.
Ou melhor, o meu lado sou eu



Atualizado diariamente
até o meio-dia





DESPACITO CRIATIVO:
Prefeitura de Porto Alegre
tem 1.580 funcionários
lotados em órgãos que
não existem mais (ZH)

40 anos de Jornalismo – 2

TRABALHEI EM LUGARES QUE
ME DERAM MUITA SATISFAÇÃO

Logo que entrei na faculdade aprendi muito da produção de jornal com o Fernando Di Primio. Quem me levou a ele foi um amigão, o advogado e jornalista Jaime Cimenti, que hoje tem uma coluna de Literatura no Jornal do Comércio. O Fernando, entre vários produtos, edita a revista Free-Way e fez uma revista antológica chamada Wonderful, que por 10 anos inovou em estética e conteúdo.  Lá pela década de 70 ele editava o jornal Minuano. Eu adorava ir para a redação e fazia tudo o que ele pedia, até colar nos espelhos as tiras de textos. E também escrevia – era o máximo!

Leitão de Abreu, Otávio Germano e  eu no fundo
com baita gravador na mão. Detalhe para a gravata,
obrigatória em visita de “general presidente”

Jantar com o pessoal do Diário de Notícias

Mario Soares: entrevista no Galeão

No Diário de Notícias, Correio do Povo e Zero Hora aprendi a fazer o que mais gostava – jornal. Fui repórter, editor, penteei muito telex. E junto a colegas mais experientes, aprendi outras funções, como diagramar.

Um bambambã do Turismo com o Turismo-RS
Adivinhe…

Foto histórica: o então deputado estadual
Comandante Raul (Pont) lendo um
jornal que eu era co-editor

Não sei bem, mas fiz de 8 a 10 jornais segmentados/alternativos. Acredito que 8, mas no meu currículo constam 10. Sei lá.
O primeiro foi o Rua da Praia – Jornal do Centro. Durou pouco mais de um ano.
Como era o editor, recebi um ofício HISTÓRICO, que reproduzo:

Datado: 13 de julho de 1988 (não saiu na digitalização):

Não é histórico?
ALFREDO OCTÁVIO era o nome de uma página, só de fofocas da cidade.

Gostei muito de outro jornal que inventei, Portos do Sul,  em 1991, que depois virou Portos E Comércio Exterior. Na mesma época fiz o Jornal de Porto Alegre e o Jornal Turismo-RS.
O Página 12 – A Política do Rio Grande: além de nos divertirmos, ganhamos uns pilas legal.
Aliás, todos os jornais que fiz deram um bom dinheiro. TODOS.

No Correio do Povo tive muita satisfação de cobrir o Carnaval de Porto Alegre, 1981. Desde os ensaios, concursos, etc. Até o dia do desfile na avenida. E até um baile de smoking eu fui, o Baile da Cidade.

Em Porto Alegre, 1982

No tempo que trabalhei na Zero Hora e na Assembleia, bancada do PDT, conversei muito com Leonel Brizola. Todo domingo era uma rotina. Quando ele não estava em casa batia longos papos com dona Neuza. Conheci e me tornei amigo de vários políticos do PDT, pessoas íntegras.

Trabalhar “dentro de um Governo” foi uma boa experiência. Muito agradável, apesar da tensão diária. Foi no primeiro Governo brizola, em 1983.

1990, no Cemitério de São Borja.
Ao meu lado o Julio Ribeiro

Campanha do Collares de 1990, nas Missões.
Dois motoras, Jorge e Conceição, eu e a Francis

Aí voltei a Porto Alegre e participei, pela primeira vez, de uma “campanha eleitoral por dentro”. Foi  a de Alceu Collares à Prefeitura. Uma experiência fabulosa, que me ajudou muito para participar da campanha de 1990, Collares/João Gilberto/Matheus Schmidt.  Fiz todas as viagens pelo Rio Grande do Sul, inclusive no segundo turno, quando Collares enfrentou Nelson Marchezan, o pai. Não preciso dizer que Collares venceu as duas.
Já tinha acompanhado a campanha do Collares ao Governo em 1982, mas como repórter da ZH.

Em 1995 fui trabalhar em casa. Eram raros os que tinham “office home”. Ou melhor, quem trabalhava em casa não comentava. Claro que eu não falava pra ninguém. Uma vez estava falando com a diretora de uma entidade pelo telefone. Tocaram na campainha e as cadelas latiram muito. Eu não sabia o que dizer pra mulher.

Fiquei só em casa até o primeiro semestre de 2.000.

continua amanhã

EDITORA E PRECONCEITO – Escreve a Veronica Cabral:
Em junho foram lançados dois livros de uma nova editora gaúcha, a Figura de Linguagem. A peculiaridade é que os dois sócios, Fernanda Bastos e Luiz Mauricio Azevedo, são negros e querem lançar, predominantemente, livros de negros. Até aí eu vou: é uma escolha pessoal de quem não se sente “representado” – embora eu prefira a ideia de bons livros no mercado. Só. De brancos ou negros.
Mas vale a pena dar uma olhada no site da editora (http://www.editorafiguradelinguagem.com). Lá está: “Somos intolerantes à lactose. Por favor, não insista”. E tem uma foto de café. Lactose, leite, branco; café, negro. E na “política de cotas”, o último grupo “representado” é de “indivíduos com renda superior a 40 salários mínimos” (esse grupo vem depois de 1) autodeclarados brancos e 2) autodeclarados heterossexuais). É isso que eu chamo de segregação! No dia em que publicarem o tal autor de “40 salários mínimos” – improvável, pela carta de intenções, que é só para constar -,  eu me interessarei pelos livros deles. Até lá… bem, o politicamente correto – e o abertamente preconceituoso, travestido de liberdade – não me interessa.

Isso eu li no Facebook. E a editora tem uma página no Facebook – https://www.facebook.com/Figura-de-Linguagem-102963383849450/

Luiz Maurício Azevedo e Fernanda Bastos lançam sua nova editora Figura de Linguagem em sessão de autógrafos de suas obras no próximo sábado, 9 de junho, às 18h30min, na Livraria Baleia (Rua Santana, 252, Bairro Farroupilha, Porto Alegre/RS).
Uma das características da editora é a preocupação com a diversidade e, por isso, ela possui uma política interna de cotas para pessoas brancas. “Por acreditarmos na força criativa da diversidade, como sócios-fundadores da empresa estabelecemos uma política interna de ação afirmativa para grupos de autores que eventualmente não se sintam contemplados com a identidade cultural da Figura de Linguagem. A cada cinco autores negros publicados, a Figura de Linguagem vai viabilizar a edição de uma obra produzida por um autor auto-declarado branco, heterossexual, com renda familiar superior a 40 salários mínimos”, explica Luiz Maurício Azevedo, editor executivo da Figura de Linguagem.

Olha, se isso aí em cima não é preconceito… não sei o que é preconceito.

Pra encerrar, deixam bem claro:

Somos intolerantes à lactose. Por favor, não insista. 

COMPANHIA PARA LULA – Rafael Correa, que por 10 anos foi presidente do Equador, está para ser preso a qualquer momento ma Bélgica, onde se esconde.
Muito amigo de Lula. Eles “se atraem”.
Era um presidente “de esquerda”.

ME AVISAM – A RDCTV pode ser assistida nas redes sociais e no www.rdctv.com.br, além da NET.”
Mas eu ainda não tenho o hábito de ver TV no computador.
Tem que ser muito especial para eu assistir.

NA JANELA – Sei não, mas me dá a impressão que tem mais bandeiras do Uruguai, nos edifícios, do que do Brasil.

NO RBS NOTÍCIAS – Esqueci de registrar: A fabulosa apresentadora do noticiário da RBS, Carla Fachim, abriu a edição de segunda, lendo:
– O Brasil venceu o México por dois a zero.
God! Sete horas da noite de segunda!! Como se ninguém soubesse que o Brasil venceu o jogo, com resultado final às 13 horas!!

SÓ POSSO ACREDITAR QUE FIZERAM ISSO DE SACANAGEM COM A CARLA!!

ISSO SIM É GOLPE!

A saída da Concepa da friuei. Vai terminar a melhor estrada do Brasil!!

Leio que foi o próprio Padilha quem vetou a prorrogação do contrato com a Concepa.
Claro, ela deve estar indo de helicóptero pro litoral – quando aparece por lá.

Demitidos 400 funcionários, viu Padilha?

Olha essa do jornalista Auber Lopes de Almeida:

Com o encerramento do contrato de concessão da Concepa, que até ontem administrava a BR-290, termina, também, o projeto profissional mais formidável que já realizei: a Radiovia Free Way FM 88,3, que desenvolvi e implantei entre 2001 e 2004, ao lado do engenheiro eletrônico Higino Germani.
Foi um trabalho pioneiro, inédito no mundo, que rendeu à empresa e a nós visibilidade internacional, sendo veiculadas reportagens, entre outros, no SBT, Band e Globo, além de diversas revistas e jornais do Mercosul e até europeus.
Infelizmente, por ir de encontro à ideologia do governo da época, o projeto não obteve autorização da Anatel pra ser implantado em outros estados, levando a empresa que eu havia criado, a Radiovias do Brasil, à falência. A Free Way FM funcionou por 14 anos “em caráter experimental”. Nunca foi concedida a licença definitiva.

MOCREIOS – Tudo com jeito de banana bobalhão esses jogadores da Inglaterra.

PEIXE MORRE PELA BOCA, TITE

UMA MULHER MARAVILHOSA QUE VIROU “OSSOS QUE ANDAM”. QUEM FICARIA CASADO COM OSSOS?

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200 Piadinhas para Ler na Viagem
200 Piadinhas Contra Qualquer Crise
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Porto Alegre é Assim!
Apaixonados por Porto Alegre – Personagens do Centro
Apaixonados por Porto Alegre 2 – A Porto Alegre Deles

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PIADINHA

Rapidinha

Dois gaúchos passeando a cavalo:
Mas tchê, onde tu conseguiste este cavalo?
– Ontem, estava conferindo os campos, quando uma china desceu e amarrou o cavalo na cerca, tirou toda a roupa até mesmo a calcinha e disse:
– Vem pegar o que tu queres.
– Daí peguei o cavalo!
O amigo:
– Fizeste bem , tchê, vai que a calcinha não te servia!

Terça, 3 de julho de 2018

Jamais troquei de lado.
Por quê? Eu não tenho lado.
Ou melhor, o meu lado sou eu



Atualizado diariamente
até o meio-dia





O QUE O DESPACITO JR. FEZ
COM OS GARIS DE PORTO ALEGRE?

40 anos de Jornalismo – 1

BEM COISA DE VELHO:
ERREI A DATA! HAHAHA!!

(clica em cima que amplia)

Estão aí em cima a prova dos meus dois primeiros empregos formais.
Tinha planejado começar ontem os meus 40 anos de Jornalismo. Aí lembrei que na segunda iria ter o jogo do Brasil e resolvi passar para hoje.
Bem, aí ontem fui digitalizar as “históricas” duas páginas da minha carteira do trabalho e constatei que errei o dia da assinatura do documento como “repórter” do Diário de Notícias. Tinha “absoluta certeza” de que era 1º de julho.
O velhinho aqui errou: o certo é 1º de JUNHO, como está aí em cima.

Fora alguns “gênios”, os jovens jornalistas da minha geração ralaram muito.
Os gênios” sempre foram convidados para empregos fantásticos. Nós, normais, tínhamos que ir atrás.
Os “predestinados” nem precisavam estudar, ler aquilo que era fundamental. Tinham uma especie de “aura” que tudo podiam.
Bah, eu fiz faculdades, tive acúmulo de empregos e nestes 40 anos não roubei e nem trafiquei. E, claro, não trabalhei para alguns que não gostava.
Os “gênios” podiam e podem tudo. Vários trabalharam para os governos militares e para governadores nomeados pelos milicos. Muitos foram assessores de imprensa  de gente da Arena e ligados aos militares. Hoje trabalham para políticos da pior espécie. Afinal, os “gênios” trabalhavam para aqueles que apoiavam a ditadura militar, ganhavam bons salários, mas normalmente eram “de esquerda”.
Para terem uma ideia de como funcionava para os “normais”.
Tinha entrado há pouco na Editoria de Política da Zero Hora, o sonho de qualquer jornalista nos anos 70/80. Aí vieram me perguntar se eu queria ser assessor de imprensa do PDS, o partido que era o sucedâneo da Arena/milicos. Cheguei a participar de uma reunião com os deputados estaduais, mas não tive estômago, mesmo sendo um baita salário de CC da Assembleia. Falei com as pessoas próximas e com amigos – foi uma unanimidade que eu não deveria aceitar o tal emprego.
Afinal, eu não passava de um jovem jornalista “normal” – não fazia parte do rol dos “gênios”, que podiam tudo.

Como a imensa maioria dos jornalistas, eu não conseguia me sustentar trabalhando em jornal. E nem mesmo quando tive empregos em jornal e rádio.
O período em que trabalhei apenas na iniciativa privada foi pequeno. Grana muito pequena.
Consegui uma CC na Assembleia, quando o deputado Aldo Pinto foi eleito presidente. Em 1981.
Trabalhava que nem um maluco, porque tinha as faculdades e dois empregos – ZH e Assembleia.
Um parêntesis.
Eu era repórter da Zero hora e comecei a trabalhar na Assembleia. Cada vez que eu entrava no Bar Pedrini sempre vinha alguém me perguntar se eu estava nos dois empregos. Não me criticavam abertamente, mas eu via que tinham “restrições”. Mesmo quando estava na AL, trabalhando, sempre apareciam alguns para me indagar sobre os meus empregos.
O tempo foi passando e eu descobri que a maioria da redação da ZH tinha dois ou três empregos, inclusive os chefes. Aí eu tripudiava dos “anjinhos críticos”. E sempre que podia pegava no pé dos que sempre estiveram prestando apoio aos filhotes da ditadura.

Em pouco mais de cinco anos trabalhei como repórter de geral e editor de economia do Diário de Notícias. repórter e apresentador de programa de economia na Rádio Farroupilha, no tempo de Flávio Alcaraz Gomes e Cândido Norberto; redator de uma agência de propaganda; repórter de Carnaval e repórter do Judiciário do Correio do Povo; repórter da Política da Zero Hora. Nesse meio tempo, trabalhei numa eleição – 1978 – na RBS e fiz parte, por pouco tempo, do setor de Divulgação da RBS.
Especialmente nos anos que fiquei na Zero Hora aprendi muito. Não só pelas matérias que fazia na Política, mas fiz matérias também de Geral, 500 e até plantão no Aeroporto Salgado Filho.
Sempre tentei fazer o melhor e por isso quando entrei para a primeira assessoria de imprensa sabia exatamente o que tinha que fazer para que o meu material fosse aproveitado.
Acreditem, são pouquíssimos os jornalistas que não passaram por algum tipo de assessoria de imprensa. Uma pessoa normal não consgue viver relativamente bem só com emprego em um veículo. Para quem não sabe, o piso de jornalista sempre foi mais ou menos o equivalente a um rancho mensal.
Assim mesmo, diante desta realidade, tem gente que perde tempo discutindo se assessoria de imprensa é Jornalismo. Olha, sem entrar nesta debate bobo, tenho absoluta certeza que jamais fiz RP nos meus tempos de assessor de imprensa.

Tem que querer ser jornalista.
Olha isso:

Confiram: entrei no Banco do Brasil em janeiro de 1977 e ganhava, inicialmente, CR$ 3.210. Depois de 14 meses, quando saí recebia CR$ 5,325.
Pois bem, saí do BB em março de 1978.
Três meses depois entrei no Diário de Notícias ganhando CR$ 2,700.
A  metade do que ganhava.
E eu tinha a Famecos-PUC para pagar e a prestação de um Opala 1974. Pelo menos a Filosofia da UFRGS era gratuita. Claro, e tinha que fazer as minhas festas.
Fui me virar.
E sobrevivi, com a ajuda providencial de minha mãe – caso contrário, tinha desistido.
Mais um parêntesis.
Quando retornei a Porto Alegre, para recomeçar a faculdade de Jornalismo, fiz um concurso para a Varig, de tanto que um primo, já falecido, José Antônio, me torrou o saco para me inscrever. Era uma vaga para “promotor de vendas”. a mesma função do meu primo. Passava o dia visitando clientes, vendendo passagens, e uma vez por ano podia ir para qualquer parte do mundo de férias. Mas a grana era um pouco mais do que ganharia pouco tempo depois no Diarinho.
Fiz o concurso e fui o único que passou.
Num determinado dia teria que me apresentar na Varig – e não fui.
PORRA, QUERIA SER JORNALISTA!!
Já tinha perdido meu tempo no Banco do Brasil e não iria perder mais tempo na Varig.

Os diretores e supervisores da Varig não entenderam a minha desistência. Nem o chefe do meu primo entendeu a opção de fazer a faculdade de Jornalismo.  Como alguém deixar de ser funcionário da Varig para ser jornalista!! Eu me irritava e dizia:
– Larguei o Banco do Brasil.

Hoje, vendo estas decisões estranhas que tomei, chego a apenas uma conclusão: tudo que fiz sempre tive o apoio da minha mãe. Em tudo. Ela só me dizia:
– Faz o que manda o teu coração. No que eu puder ajudar…

continua amanhã

UMA BAITA FAKE NEWS!! NO ZH!!

E a linha de apoio:

Soraia Saloum Rosso vendeu a casa noturna Carmen’s Club, na Cidade Baixa, e abrirá bar de comida árabe próximo ao Gasômetro

A matéria completa está em https://gauchazh.clicrbs.com.br/porto-alegre/noticia/2018/06/e-a-aposentadoria-da-tia-carmen-empresaria-troca-noite-por-bar-na-orla-do-guaiba-cjizwcojn0kln01qob0u4slst.html

HAHAHAHAHA!!!!!!
Acredito que não é uma fake e sim uma boa piadinha, típica do Zero Hora.
Vamos por partes.

Bastaria eles consultarem a constituição do estabelecimento comercial Bar Drink Top Models Ltda, a popular em todo o Brasil Carmen’s Club – no popular, o puteiro da Tia Carmen.
Começou a funcionar em 14 de julho de 1994. Portanto, vai completar 24 anos
Atividade econômica principal:
– Bares e outros estabelecimentos especializados em servir bebidas (5611202).
Sócios da empresa:
Nome (Manuel Luiz Simoes Touguinha)
Qualificação (49-Sócio-Administrador)
Nome (Antonio Sales)
Qualificação (49-Sócio-Administrador).

Na entrevista no Zero Hora, ela diz: “Desde 1998 eu administrava o Carmen’s”.
Ou seja, ela começou a trabalhar no Carmen’s Club quatro anos depois da inauguração.
Diz a dona Soraia Maria Saloum Rosso:
– Então, há três meses eu vendi o Carmen’s Club a um empresário do ramo de casas de swing e agora vou para a gastronomia.
Como ela vendeu um estabelecimento que não é dela?
Ou Manuel Luiz e Antonio são laranjas?
Aliá, no Google não existe nada com o nome Soraia Maria Saloum Rosso. Pode?
Ela disse na famosa entrevista:
– Então, há três meses eu vendi o Carmen’s Club a um empresário do ramo de casas de swing e agora vou para a gastronomia.
HAHAHAHAHAHAHA!!!!!!!!! PIADISTA!!!!!

Será que ela passou adiante todos os imóveis no entorno da rua Olavo Bolac, 336? Inclusive aquele edifício na esquina da avenida João pessoa, onde moram várias gurias que trabalham no Carmen’s Club?

Tudo bem, podem ter caído na conversinha da dona Soraia, mas não podiam ter conferido o que ela falou?
Terminou que fizeram um release mal feito ( RELEASE: material informativo distribuído entre jornalistas antes de solenidades, entrevistas, lançamentos de filmes etc., com resumos, biografias, dados específicos que facilitem o trabalho jornalístico.)

PRA ENCERRAR:


Por que não perguntaram a ela sobre a “morte da galinha dos ovos de ouro”? Quem mataria uma galinha dessas?
Ou seja, quem trocaria uma galinha dos ovos de ouro por um simples pintinho?
Conta outra, Tia Carmen!!

ALÉM DA  FAKE NEWS, AGORA TEM O FAKE ACENTO!

(clica em cima que amplia)

NÃO É PIADINHA – Só podia voltar pra casa: olha a cor da camisa e o número.
HAHAHAHA!!!!

ORIGINALIDADE DA NOVA TV – Acredito que ontem não foi um grande dia para a estreia de um canal de TV. O jogo do Brasil atrapalha tudo.
Mas, tudo bem, está no ar. Não assisti porque não tenho e não quer ter Net.
A RDC TV, por enquanto, só pode ser sintonizada pelos canais 24 e 524 da Net.

Conferindo a programação, constato que a imensa maioria das atrações foram tiradas da TVU.
E que os administradores não tiveram muita paciência para nominar os programas. Por exemplo, Pulo do Gato é um programa da Band que tem mais de 40 anos. 90 Minutos? Rio Grande em Movimento? Acontece?
Agora, este parece até piada, né Lasier Martins? Cruzando as Conversas!!

Tenho curiosidade para conferir estas atrações no final de semana:
No domingo, a programação se inicia às 10 horas, com Campo Capital, comandado por Irineu Guarnier. Claro, o principal assunto é o agronegócio.
Às 13h30min, Clube Esporte Bar, apresentado por Fabiano Brasil, que receberá convidados do futebol – técnicos, dirigentes, esportistas e ex-atletas.
Duas Mulheres Num Sofá virá a seguir, às 19 hoas, com apresentação de Marla Martins e Marília Rizzon. A dupla vai tratar de estilo de vida, comportamento e relacionamento.

“O Rio Grande se conecta aqui” é o conceito da RDC TV.
Completo: mas só pra quem tem Net.

VAI COMEÇAR O INFERNO NA FREEWAY! – A Concepa não terá o contrato prorrogado. Quer dizer que vai tirar todos os funcionários que trabalham na melhor rodovia do Brasil. A partir de amanhã.

A pior notícia: o Dnit administrará a estrada.

PERGUNTINHA

Falam que o Trump tem “tolerância zero” com quem entra ilegal nos Estados Unidos.
Pergunto: Que tipo de tolerância que o Governo dos EUA tem que ter com essa gente?

SOBERBOS – Willian e Neymar, no jogo de ontem. Ponto.
Em compensação, os dois laterais, especialmente aquele cara que parece que tem o cabelo oleoso, estão péssimos.  O Alisson é uma temeridade.

ZERO para atuação de Neymar como ator. No nível da Marchezini.

PERGUNTINHA DO JORNALISTA JALMO FORNARI 

Datena abrirá mão do salário de apresentador de 700 mil reais por mês para ser senador com um salário de 33 mil reais!
Seria um homem obstinado na defesa do povo?

PROTESTO!! ESSE CARA NÃO PODE SAIR DO MERCADO, ASSIM… – José Antonio Vieira da Cunha, o Vieirinha, sócio-diretor da Moove, não está mais na agência de propaganda. Tudo bem, ele acertou com o sócio José Luiz Fuscaldo há mais de um ano. “Não se trata de uma decisão intempestiva. Meu projeto de vida é partir para outra etapa. Quero, neste momento, passar mais tempo com minha família”, explicou. “Este é um ciclo que começou bem e encerra-se muito bem”, afirmou.
Mas não é assim pra sair do mercado!
Desde janeiro de 1999, Vieira da Cunha e Fuscaldo atuam juntos no mercado da Comunicação, com a fundação da Coletiva.net e da Moove Comunicação. “Hoje, a agência é uma empresa respeitada no mercado, tendo sido eleita Agência do Ano/ARP, em 2017. Estamos em um momento virtuoso e, por isso, fico tranquilo em deixar a sociedade nesta fase”, afirma.

Olha se um cara deszses pode sair do mercado:
Vieira da Cunha foi presidente da Coojornal – Cooperativa dos Jornalistas de Porto Alegre, de agosto de 1974 a outubro de 1980, e secretário de Redação e Planejamento do jornal Correio do Povo, de Porto Alegre, de dezembro de 1986 a abril de 1988.
Também foi sócio-diretor da Plural Comunicação e editor da revista Amanhã, de maio de 1988 a janeiro de 1995.
Assumiu a Secretaria de Comunicação Social do Governo do Rio Grande do Sul, de agosto de 1989 a março de 1991, período em que esteve licenciado das atividades na Plural Comunicação.
Presidiu a TVE RS, de janeiro de 1995 a dezembro de 1998. No ano seguinte, fundou a Coletiva.net. Desde abril de 2002, é sócio-diretor da Moove.

O APLICATIVO DA ENFERMEIRA – O aplicativo Isolation WebApp foi concebido e desenvolvido no mestrado em Ensino na Saúde (PPGENSAU/UFCSPA) por enfermeira do Controle de Infecção da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Ariane Monteiro, com apoio de equipe multidisciplinar composta pelo graduando em Informática Biomédica da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Ícaro Castro, orientada pela Profº. Dr. Luzia Fernandes Millão (doutora em Enfermagem) e co-orientada pelo Prof. Dr. Silvio César Cazella (doutor em Ciência da Computação).
O aplicativo constitui-se em uma ferramenta de pesquisa que une informações sobre precauções para condições e infecções por KPC, por Acinetobacter, varicela, vírus respiratórios, tuberculose, meningite, entre outros. Tais precauções contemplam desde a higienização das mãos até os equipamentos de proteção individual e coletiva necessários para evitar a transmissão de condições/infecções, protegendo, assim profissionais e pacientes.
Disponível em um primeiro momento somente para os colaboradores da instituição – via intranet – o app reúne orientações para mais de 200 condições/infecções.
De maneira ágil, fácil e unificada, o corpo assistencial pode acessar informações claras sobre isolamento, higienização das mãos, além de links internacionais e institucionais para a ampliação de consulta. “Estas informações, antes estavam acessíveis por meio de busca em um sistema institucional mais complexo.
Já o aplicativo, localizado em posição estratégica na página inicial da intranet, facilita o acesso orientações extremamente importantes, agilizando e qualificando o cuidado com o paciente”, informa Ariane.

O RESTAURANTE DA FAMÍLIA DO RC7 – A família de Cristiano Ronaldo, em parceria com a Gramado Parks e a Chocolate Lugano, inaugura em Gramado na próxima quinta, dia 5, às 19h30min, o restaurante Casa Aveiro by Dolores. Trata-se do único estabelecimento gastronômico de culinária portuguesa da cidade e que vai oferecer exclusivo cardápio de receitas originais de Dolores Aveiro, mãe de CR7.
Cabe destacar que foi como cozinheira que a matriarca dos Aveiro, sustentou a família durante anos no Funchal, capital da Ilha da Madeira e origem do clã.
Localizado no centro de Gramado, na Av. Borges de Medeiros 2507, o Casa Aveiro terá capacidade para 200 clientes, gerando 50 empregos diretos.
O cardápio contará com diversas opções de pescados e também carnes, além de uma carta de vinhos com os melhores rótulos de Portugal. Acompanhamento perfeito para o Bacalhau à Brás, prato favorito de Cristiano Ronaldo.
A decoração do restaurante, a cargo da arquiteta Pollyana Pizzutti, privilegia a união do rústico com o moderno em meio a azulejos portugueses e fotografias, exaltando um ambiente familiar, refinado e acolhedor.
Segundo Kátia, a inspiração é sua mãe, Dolores, tendo a família como a base do empreendimento.
(Informação do Adriano Frauches)

FESTA DA MAÇÃ – Foi lançada a 10ª Festa Nacional da Maçã e Feira Agroindustrial de Veranópolis – Femaçã 2019. Sob o slogan “Paraíso para Todos” e com uma identidade visual que remete à conexão de pontos e das diversas facetas da fruta símbolo do evento, cerca de 250 pessoas presentes no Clube Sociedade Alfredochavense (Soal), na semana passada, foram convidadas a fazer parte da festa que ocorrerá de 12 a 14 e de 18 a 21 de abril de 2019.
“Estamos agregando pessoas, ideias, planejamento, ações que deverão ser pautadas pela clareza do que queremos alcançar e de estratégias para realizar com sucesso a décima Femaçã. Nosso objetivo principal é integrar a comunidade, permitindo a cada veranense, de nascimento ou de coração, a possibilidade de sentir-se coparticipante dessa festa com destaque nacional”, afirmou o presidente da Femaçã, Domingos Costella.

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LGBTQIAP+ E A PARADA NA MINHA RUA

Aí, para comprovar, mais uma vez, que o Blog do Prévidi é cultura!!
Recebi:

O que significa LGBTQIAP+?
LGBTQIAP+ é uma sigla que significa Lésbicas, Gays, Bi, Trans, Queer/Questionando, Intersexo, Assexuais/Arromântiques/Agênero, Pan/Poli, e mais.

Lésbicas e pessoas gays são pessoas que sentem atração pelo mesmo gênero, e por pessoas que consideram seus gêneros parecidos. Lésbicas são sempre mulheres, ou pessoas não-binárias que se alinham com o gênero feminino de alguma forma. Gays historicamente eram homens, mas hoje em dia, é também aceito que mulheres ou pessoas não binárias utilizem a palavra gay para se identificarem como pessoas que sentem atração pelo mesmo gênero e por pessoas que se consideram de gêneros parecidos.

Pessoas bi são pessoas que sentem atração por dois ou mais gêneros.

Pessoas transgênero, ou trans, são pessoas cujo gênero designado ao nascimento é diferente do gênero que possuem. Mesmo assim, nem todas as pessoas que se encaixam nesta definição se identificam como trans; como é o caso de certas travestis, de certas pessoas não-binárias e de certas pessoas que não vivem em culturas onde só existem dois gêneros. De qualquer modo, qualquer pessoa que não é cis – ou seja, qualquer pessoa cujo gênero designado ao nascimento é diferente do gênero que possui, ou cujo gênero não pode ser traduzido adequadamente para a nossa sociedade como homem ou como mulher – é bem-vinda na comunidade, por causa da comunidade trans.

Queer é um termo vago, que muitas vezes foi e ainda é utilizado como termo pejorativo em países de língua inglesa. Significa, basicamente, “estranhe”. Algumas pessoas definem sua orientação como queer, por não quererem/saberem defini-la e ao mesmo tempo não serem hétero; algumas pessoas definem seu gênero como queer, ou como genderqueer (“gênero queer”), por não quererem/saberem defini-lo além de “nem homem, nem mulher”, ou por desafiarem as normas de ser homem ou mulher.

Questionando significa que a pessoa não sabe qual é sua identidade. A pessoa pode estar questionando sobre alguma(s) identidade(s) específica(s): uma mulher pode estar questionando entre bi e lésbica, não sabendo se realmente sente atração por gêneros além de mulher, enquanto outra pessoa diz que está questionando ser bi porque não tem certeza se é mas é a única coisa que parece encaixar no momento. A pessoa pode também simplesmente definir seu gênero ou orientação como questionando, porque não faz ideia de onde se encaixa.

Pessoas intersexo são pessoas que, congenitamente, não se encaixam no binário conhecido como sexo feminino e sexo masculino, em questões de hormônios, genitais, cromossomos, e/ou outras características biológicas.

Pessoas assexuais são pessoas que nunca, ou que raramente, sentem atração sexual. Pessoas arromânticas são pessoas que nunca, ou que raramente, se apaixonam.

O A na sigla inclui tanto estas orientações como todas as do espectro assexual e as do espectro arromântico, que incluem orientações como quoissexual (alguém para quem o conceito de atração sexual não faz sentido), akoirromântique (alguém que não consegue continuar apaixonade uma vez que a outra pessoa também está apaixonada pela pessoa akoirromântica), e grayssexual (alguém que raramente sente atração sexual).

Pessoas agênero não possuem gênero.

Pessoas pan sentem atração por todos os gêneros, ou independentemente do gênero. Pessoas poli sentem atração por muitos gêneros. (Falo aqui de pessoas polissexuais/polirromânticas; não confundir com poliamor, que é ter mais de ume parceire num relacionamento sério.)

O + está ali para pessoas não-cis que não se consideram trans, e por todas as outras orientações que não são hétero. Por exemplo, pessoas cetero são pessoas não binárias que só sentem atração por outras pessoas não-binárias, pessoas omni sentem atração por todos os gêneros (algumas pessoas se dizem omni e pan; outras utilizam omni para evitar a conotação de “atração independentemente de gênero”), e pessoas abro possuem atração que muda constantemente (uma pessoa abrossexual pode ser gay em alguns momentos, assexual em outros, e pansexual em outros, por exemplo). Existem múltiplas possibilidades de orientações, e não é prático incluir cada uma na sigla.

Mesmo assim, dependendo do grupo ou da pessoa, é possível que retirem algumas letras, ou que adicionem outras, como N de não-binárie, O de omni e/ou D de demi.

Como nem todas as pessoas contam pessoas assexuais, arromânticas, intersexo, pan ou poli como “reais” ou como “marginalizadas o suficiente para serem LGBT”, é bom deixar claro que aqui estas identidades são aceitas; por isso que não resumimos a sigla em LGBT ou em LGBT+.

Alternativas inclusivas:

Algumas pessoas utilizam o termo comunidade queer. No entanto, como queer é uma palavra com conotação pejorativa e isso pode deixar pessoas traumatizadas com o termo desconfortáveis, não é uma expressão mundialmente aceita. Além disso, o termo é vago, o que faz com que fique fácil de excluir pessoas intersexo, assexuais e arromânticas da comunidade.

PITOM (Pessoas Intersexo, Trans, e/ou de Orientações Marginalizadas) pode ser uma alternativa. Esta é uma adaptação melhorada de MOGAI (Marginalized Orientations, Gender Alignments and Intersex, ou, em português, Orientações Marginalizadas, Alinhamentos de Gênero e Intersexo); algumas das reclamações em relação a MOGAI são que intersexo não parece encaixar bem com os outros termos utilizados, e que Alinhamentos de Gênero pode não ser a melhor expressão para incluir pessoas trans e não-binárias. PITOM cobre estes problemas, e pessoas não-cis ainda podem se encaixar na comunidade, já que são poucas as reclamações sobre pessoas não-cis e não-trans não estarem tecnicamente encaixadas em LGBT.

Outros termos acabam sendo vagos demais, ou exclusionários; SAGA (Sexuality And Gender Alliance; Aliança de Sexualidade e de Gênero) não inclui pessoas intersexo, não deixa claro que só estamos falando de um grupo oprimido, e não inclui pessoas que poderiam ser oprimidas por orientações românticas. GSRM (Gender, Sexuality and Romantic Minorities; Minorias de Gênero, Sexuais e Românticas) foi uma sigla originalmente feita por alguém que queria incluir parafilias (como pedofilia e necrofilia) em “minorias sexuais”, fora que exclui pessoas intersexo e não deixa claro quem conta como minoria de gênero.

Por fim, temos Q(U)ILTBAG
Queer, Undecided (não decidide), Intersexo, Lésbica, Transgênero, Bi, Assexual/Arromântique/Agênero, Gay: Alternativa para LGBTQIAP+.
, uma alternativa pronunciável a LGBTQIA+ (o P não está presente, e o U é de enfeite ou com o significado de undecided; alguém que não decidiu sua identidade). É um termo ok, especialmente se considerar que é raro alguém realmente excluir pessoas pan/poli da comunidade se não excluem pessoas bi, mas é desconhecido demais.

DOMINGO, 22 HORAS, NA RUA DA REPÚBLICA:
PARADA GAY A MIL NA CAPITAL GAY BRASILEIRA!

PIADINHA

Segunda, 2 de julho de 2018

Jamais troquei de lado.
Por quê? Eu não tenho lado.
Ou melhor, o meu lado sou eu



Atualizado diariamente
até o meio-dia





VAMOS LIQUIDAR
COM AS MARRECAS FRANCESAS!

Hoje, jogo do Brasil, os meus leitores fieis – ou não – nem estão aí com o que está acontecendo. Querem é torcer – ou não – pelo Brasil.
Por isso, hoje é um dia especial.
Aí lembrei deste texto maravilhoso sobre o futebol brasileiro.
Está no meu livro “A Revolução da Minha Janela“, de dezembro de 2008.
Todas as histórias que estão na “Revolução…” são muito boas.
Leia com atenção.
É atualíssimo.

A partir de amanhã começo a tratar dos meus 40 anos de jornalismo.

O PARAÍSO DAS MUTRETAS

O futebol no Brasil sempre foi integrado por todo tipo de gente. Escroques, cafajestes, bandidos de um modo geral sempre estiveram comandando os clubes. Raras exceções, é verdade, mas a imensa maioria se aboleta em cargos de mando para enriquecer, em função do valor dos jogadores. Antes, em valores modestos, mas nos últimos anos todas as transações giram em torno de um milhão de dólares, para começo de conversa.
O símbolo dessa gente é o ex-presidente do Vasco da Gama, Eurico Miranda. Como ainda não está preso é um grande mistério do nosso país. Também foi deputado federal, eleito pela “nação vascaína”.
Por todo este Brasil, se os clubes são geridos por gente assim, imagine-se que os dirigentes nos Estados sejam da mesma cepa. E a suprema entidade do futebol não fugiria da regra. Normal. Tão normal que o brasileiro se acostumou com esta situação.
Repito: em qualquer das esferas sempre há exceções. Excelentes pessoas que, apaixonadas pelos clubes e mesmo pelo futebol, são exemplos de integridade.
Sem entrar em detalhes, é comum até mesmo clubes pequenos venderem por milhares de dólares jogadores para o exterior. Os 10 grandes clubes brasileiros fazem negócios de milhões de dólares ou euros. E os noticiários diários falam da quebradeira generalizada. Só mesmo os ingênuos podem acreditar em má administração.
Acompanho com algum interesse o noticiário sobre futebol. E digo que jamais ouvi um dirigente falar assim: vendemos o jogador por tantos milhões de dólares. Pagamos tanto de impostos e o restante vai ser aplicado no pagamento disso, daquilo e naquilo. Jamais! Eles nunca explicam onde é aplicado o dinheiro de uma transação milionária.
E tudo é normal do futebol.
Todos sabem que tem sacanagem, mas a impressão que fica é que estas mutretagens fazem parte do esporte. E assim deve pensar quem faz parte do dia-a-dia dos clubes, como os integrantes da chamada “crônica esportiva”. Sabem que existe a sacanagem, mas não podem provar. O estranho é que quando um “dissidente” da chamada crônica decide fazer uma matéria a respeito de uma, apenas uma das mutretas, é chamado de louco ou de estar “a serviço da oposição ao presidente do clube”.
Nos últimos anos alguém se lembra de alguma denúncia que tenha parado na Justiça comum? E no que deu a CPI do Futebol? Ricardo Teixeira, presidente da CBF, foi acusado de crimes como lavagem de dinheiro, sonegação de impostos, apropriação indébita e evasão de divisas.
Foi preso ou continua por aí, posando como celebridade?

(continua abaixo)

O futebol brasileiro é coalhado de sacripantas, biltres e sujeitos sem qualificação moral. Se reunissem todos esses dirigentes, apenas os que atuaram neste século, em um plenário, qualquer composição do Congresso Nacional, desde o início do século XX, seria considerado um conclave de meninotes colegiais aburguesados.
O mais triste é que os dirigentes de futebol levam uma ampla vantagem em relação a deputados e senadores: mexem com a paixão dos brasileiros. Por isso, por mais que o torcedor desconfie de negociatas e até eventualmente tenha conhecimento de alguma mutreta, releva em nome do objeto de uma paixão arrebatadora.
Tudo colabora com o sucesso dessa gente que controla o futebol brasileiro, em todas as esferas. Rigorosamente tudo.
Jogadores e técnicos são conhecedores das grandes negociatas, mas se calam porque ou estão envolvidos ou têm a perspectiva de sobrar um bom dinheiro em alguma negociação futura.
Colabora muito com este quadro amplamente favorável às tretas a participação direta e indireta dos meios de comunicação. Pela ordem, TV, rádio e jornal. Mesmo que esporadicamente ceda espaços para alguma denúncia de descalabros, a chamada mídia brasileira ganha muito dinheiro com o futebol e, por isso, leva livre esta súcia de mandantes.
Uma mão lava a outra – a malta do futebol enche os cofres dos donos da mídia e estes dão generosos espaços para o jogo dos biltres. Todos ganham cada um em seu espaço.
É desnecessário dizer a razão de nossos denodados donos dos veículos de comunicação liberarem seus jornalistas/investigadores para vasculhar a vida de deputados, senadores, prefeitos e vereadores. Afinal, as verbas publicitárias desses poderes são ínfimas diante do universo do futebol. Mesmo que àss vezes os donos das mídias precisem dos políticos para conseguirem concretizar projetos, escusos ou não.
E, por favor, nada contra o poder judiciário – é uma ordem generalizada em TVs, rádios e jornais.
——–
Deve-se fazer justiça a alguns raros jornalistas que tentaram denunciar as tradicionais falcatruas patrocinadas por dirigentes de futebol. E até mesmo profissionais que trabalharam diretamente com canalhas e pústulas conhecidas e também decidiram fazer denúncias. Todos, rigorosamente todos tiveram como recompensa uma enxurrada de processos. Passam, infelizmente, por rabugentos.
O mais triste de todo este quadro de falcatruas é o papel de radialistas e jornalistas que trabalham na chamada “crônica esportiva”. Todos sabem que existem inúmeros embustes, assim como os integrantes das editorias políticas de jornais, rádios e TVs sabem de mutretas nos legislativos e executivos e os que trabalham nas editorias de economia dos veículos de comunicação sabem de inúmeras fraudes consideradas comuns – sonegação de impostos, caixa 2, etc.
Em todas essas áreas do jornalismo é difícil comprovar qualquer tipo de irregularidade. Todos sabem que existe, mas não há um documento, por exemplo. O simples torcedor, o mais sisudo magistrado tem conhecimento de descaradas roubalheiras. Numa operação em que um craque é vendido por cinco milhões de euros, por exemplo, os principais dirigentes embolsam qual porcentagem a título de comissão? Dez por cento?
Para os que desconhecem este tipo de prática, é bom que saibam que não há, por parte dos governos, nenhum controle sobre dólares e euros que ingressam, em princípio – vejam bem, em princípio –, para um clube de futebol.
Guarde isso: não existe controle do que sai da conta de um investidor baseado no exterior e o que entra na contabilidade do clube. E nenhum torcedor fica sabendo, nem mesmo aqueles repórteres que acompanham o dia-a-dia dos clubes. Não é à toa que dirigentes de grandes clubes de futebol deixam suas profissões – grande parte se dedicava a escritórios de advocacia – para “se entregarem de corpo e alma ao seu clube do coração”.
Já notou que todo dirigente de grande clube é ou está próximo de se tornar milionário?
Há dois casos emblemáticos no RS, dirigentes de dois grandes clubes. Um, ex-funcionário público, está milionário à frente de um escritório de advocacia onde apenas empresta o seu “famoso nome”. O outro, com dinheiro jorrando “pelo ladrão”, se deu ao luxo de fechar o seu escritório de advocacia – afinal a impunidade é total para quem administra o circo da plebe.
O mais triste, em relação a jornalistas e radialistas que acompanham o futebol, é o cinismo e o deboche com que agem.
Um desses comentaristas, que se acha uma sumidade, disse assim: “Não entendo como este clube tem tanto dinheiro para fazer investimentos”.
Ora, o cínico “profissional” sabe que há bastante tempo o tal clube está fazendo muitos negócios excelentes, tendo “mexido” com algo em torno de 100 milhões de dólares. E a camarilha embolsou, mais ou menos, 10 milhões de dólares.
Sabe o que deve ter ganho o comentarista baba-ovo? No máximo, uma costela gorda para o churrasco com a família.
———
A mais impressionante CPI da história do Congresso Nacional investigou sonegação de impostos, contribuições previdenciárias e irregularidades na venda de jogadores para o exterior e em contratos com patrocinadores.
Ninguém foi preso, mas consta que as denúncias “ajudaram a derrubar o técnico Luxemburgo da seleção e a minar o poder do cartola Eurico Miranda”.
Em dezembro de 2001, o Senado aprovou o relatório final da CPI do Futebol, apontando fraudes dos principais cartolas, incriminou 17 pessoas e foi aprovado pelos 12 membros da Comissão.
Entre os indiciados: empresários como Reinaldo Pitta, que fez fortuna comprando jogadores e depois os vendendo a clubes estrangeiros. Dirigentes de times, como o então deputado federal Eurico Miranda, do Vasco, e Edmundo Santos Silva, do Flamengo. Presidentes de federações estaduais, como Eduardo José Farah, de São Paulo, Elmer Guilherme, de Minas Gerais, e Eduardo Viana, do Rio de Janeiro.
O campeão de acusações foi o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Lavagem de dinheiro, sonegação, apropriação indébita e evasão de divisas – algumas das acusações que pesaram contra a celebridade.
Escreveu, na época, a Veja: Como a documentação à disposição dos senadores era farta, nenhum dos integrantes da CPI ficou contra o indiciamento da cartolagem. Apenas o senador Gilvam Borges, do PMDB do Amapá, amigão de Ricardo Teixeira, criticou o relatório. Ainda assim, acabou votando a favor. “A verdade é demolidora. Não há resistência capaz de suportar provas documentais incontestáveis”, afirmou o senador Álvaro Dias, do PDT do Paraná, que presidiu a CPI.
“Nem os aliados de Ricardo Teixeira tiveram coragem de defendê-lo”, comemorou o senador Geraldo Althoff, do PFL de Santa Catarina, que relatou o caso. Nesta semana, a papelada será encaminhada ao procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, que deverá processar criminalmente os acusados. Era o que Ricardo Teixeira mais temia. Se for considerado culpado de todos os crimes dos quais é acusado, o cartola será condenado a, no mínimo, nove anos e seis meses de cadeia. Pior: já condenado a seis anos de prisão por sonegação, sentença da qual está recorrendo, Teixeira perde o benefício da liberdade concedido aos réus primários. Se sair sentença incriminando-o, vai mesmo para o xilindró.
———
Há muitos anos, esporadicamente, os veículos de comunicação tratam do lado mutreteiro do futebol. A revista Placar é a mais insistente em desvendar as sacanagens. O problema é que além de lidar com a paixão dos torcedores o futebol envolve milhões e milhões de dólares e euros. É um dinheiro farto e o risco é mínimo.
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O que diferencia o Clube dos 13 do MST? O primeiro tem CNPJ.
Pode ser até compreensível que algumas esferas da Justiça, tão ciosas em descobrir maracutaias em alguns setores da sociedade, não entrem no “mundo do futebol”. Investigar os Malufs da vida é uma barbada, porque são notórios picaretas.
É complicado pegar no pé, investigar uma máfia.
E, claro, não sou eu quem vai entrar nesse jogo.
Não gostaria de deixar de acordar, com a boca cheia de formigas.
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PIADINHA

Para não cair