Segunda, 12 de maio de 2014 – parte 2

PERGUNTINHA FUTEBOLÍSTICA

Se tirarem da ACEG – Associação dos Cronistas Esportivos Gaúchos – a emissão das credenciais para os estádios de futebol, em dias de jogos, qual será a renda da entidade?
Respondo: ZERO.
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O GORDO ATIROU A TOALHA

Ele mesmo, o jornalista João Garcia, apresentador e comentarista da Band:

A conclusão que cheguei, depois das atitudes do atual presidente da ACEG, de desrespeito à entidade, sem que os ex-presidentes decidissem por ordem na bagunça, a situação é de descalabro.
A entidade perdeu o respeito e a credibilidade, envolvendo-se com cheques sem fundos a agiotas,com cancelamento de contas bancárias, com dívidas pagas pela Federação Gaúcha de Futebol, com o presidente denunciado pelo Conselho Fiscal, com a diretoria toda demissionária, com Assembleia Geral desrespeitada,  com funcionários em atraso, com as contas malversadas pelo presidente em mais de 80 mil reais.
Isto é o caos e o presidente agarra-se ao cargo enquanto tiver Copa do Mundo e dinheiro em caixa. Depois joga a chave pela janela e vai embora, não sem antes vender o patrimônio que resta.
Esta é a derradeira manifestação que faço neste espaço da Comunicação. Não pretendo ocupar-me dele.Vou entregar minha credencial na sede da entidade,dela não preciso, a tinha por respeito. Não respeito mais.
Os que lavaram as mãos orgulhem-se disso e assistam a debacle de uma entidade que sobreviveu 70 anos com respeito, dignidade e credibilidade.

Segunda, 12 de maio de 2014

NANDO GROSS ATACA!

O chefe dos Esportes da Rádio Guaíba anunciou a contratação de um narrador.
O cara vem de uma rádio de Lajeado. A Independente.
Trata-se de Marcelo Cardoso, 27 anos.
Bom narrador.

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MUITO, MAS MUITO ESTRANHO!!

Pela primeira vez na minha vida tomo conhecimento de que uma rádio vai ficar fora do ar, por 24 horas, para “ajustes na transmissão”.
Vai acontecer na Rádio Guaíba, nesta terça, dia 13.
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QUEM É QUEM?

É o primeiro caso de um homem e uma mulher.
Mas, incrível, muito parecidos.
Vamos lá:
– Dirigente de redação da Zero Hora;
– Cineasta dos EUA.

Respostas para o jlprevidi@gmail.com
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O TAMANHO DO CARA!!

A Assembleia Legislativa fez muito bem ao deputado Mano Changes.
Dava para fazer uma propaganda do “desapega” – OLX.


Quando entrou na AL o cara era assim:

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NÃO ADIANTA SER ESFORÇADO

O ex-árbitro de futebol. Márcio Chagas, vai ter que treinar muito para se tornar, agora, um dos comentaristas de arbitragem da RBS TV.
Não adianta querer inventar.
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A RBS NÃO APARECE???

Abaixo o ranking de 2014, elaborado pela ZenithOptimedia, sobre as maiores empresas de mídia do mundo.
O Google faturou no ano passado US$ 37,9 bilhões, e o grupo que está em segundo lugar, a DirecTV, arrecadou US$ 27,2 bilhões.
O Top Thirty Global Media Owners é um ranking que classifica os grupos de mídia de acordo com a receita anual, de verbas de publicidade.
A Rede Globo, no último levantamento, estava na 17ª posição, mas caiu para 20ª.

(clica em cima que amplia)

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NÃO SUPORTO
O NORDESTINO SUBMARINO!!

Eduardo Escobar escreve:

Pela quatrocentésimaoctagésimanona vez seres humanos mergulham ao lado de tubarões em imagens INÉDITAS!
É domingo!
É o Show da Vida!
É Fantástico!
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HOMENAGEM AO MENTA

O presidente do Sindicato das Empresas de transportes Rodoviários do Rio Grande do Sul, Ilso Pedro Menta vai receber nesta quarta, dia 14, às 18 horas, a Medalha da 53ª Legislatura. A honraria é concedida pela Assembleia Legislativa a pessoas  com relevantes serviços prestados à comunidade gaúcha.
Menta iniciou suas atividades no setor de transportes em 1.966, em Canoas, passando pela administração de empresas e entidades do setor, bem como associações comunitárias. Atualmente. preside o Sindicato  das Empresas de Transportes Rodo viários do RS e é o diretor superintendente da Associação dos Transportadores Intermunicipais de Passageiros – ATM.
A concessão da Medalha a Ilso Pedro Menta é iniciativa do deputado Mike Breier.
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O PÉ-DE-CHINELO DE VERDADE?

Entre o Rubindo e esse Massa?
O Massa não chega nem a Havaianas, a legítima.
É totalmente falsificado.

Toda vez, depois de uma corrida, há muitos anos, só escuto ele dando explicações de mais um fracasso.
Um bostrica!!
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VEREADORA DO PP E DO MST??

Recebo:

Não só os R$ 50 mil de doações de campanha do doleiro Alberto Yossef que tiram o sono de Ana Amélia Lemos. Uma vereadora do PP do Alegrete, sra. Cleni, estava à frente da paralisação da estrada entre Alegrete e Manoel Viana, pelo MST, sendo a interlocutora do grupo. Vereadora do PP numa região altamente produtiva, isso sim é progressismo. O fato tem causado rebuliço no município. 

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EXEMPLO DE LAJEADO
PARA AS “GRANDES”

O Grupo Independente de Lajeado tem um profissional que as chamadas “grandes” rádios de Porto Alegre não possuem. Soberba? Sabem tudo, não?

Carlos André Nunes
Lajeado

Corretor de textos.


Evita as tradicionais babadas!!
Muito tri!!
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PIADINHA

Bom Dia!! Segunda, 12 de maio de 2014

falta um mês para a copa

TORCER OU NÃO TORCER

A exceção de duas edições – 1962 e 2010 – sempre torci contra a seleção brasileira em Copas do Mundo. Em 62 tinha o Amarildo (Botafogo) que foi o melhor de todos; em 2010 torci mais para o Dunga, porque todos os “entendidos em futebol” eram contra ele. Tá certo, em 2002 fiquei indiferente, mas gostei de ver o Cafu levantando a taça.
Os milicos sempre torceram para que se repetisse 1970. Para eles era o máximo. A grande maioria dos brasileiros vivendo uma ilusão. Anestesiados.
Eu contra os milicos e a seleção.
Quem viveu aquela euforia de 1970 sabe bem do que estou falando.

Em 94 não consegui suportar Galvão Bueno e Pelé juntos. De vomitar.

Não consigo também admitir a paparicação pra cima desses jogadores.
Os caras são milionários e os tratam como bibelôs. Os “entendidos em futebol” os consideram crianças mimadas. E ninguém sabe jogar futebol no mundo, segundo ele, como os brasileiros – a “malícia dos nossos craques” e por aí a fora. Um horror!
Neste ano está pior porque a Copa é aqui.
Mas é curioso: estamos exatamente a um mês do primeiro jogo e não se vê nada nas ruas. Só nas TVs, que estão ganhando milhões e mais milhões dos patrocinadores. Nas TVs é uma festa; nas ruas não tem nada.

É só pensar um pouquinho para se dar conta que foi um descalabro esta Copa no Bananão.
Quem não lembra do nosso presidente Lula dizendo, todo pimpão, que o Governo não gastaria nada com a Copa?
Sei não, mas acredito que não vamos saber quantos bilhões de reais foram gastos no evento e quantos milhões de reais enriqueceram alguns brasileiros. Negócio de louco.
Ahhhh, lembro como os opositores dos milicos, especialmente os “entendidos em futebol”, criticaram os milicos pela construção de estádios imensos. Era uma gritaria geral! Aqui, no interior do RS, em Erechim, construíram um estádio cuja capacidade de público era maior do que a população do município.
E esses vergonhosos estádios, construídos em cidades em que nem clubes existem?

Esperam milhões de visitantes, de todo o mundo.
Quero ver para crer.
Cada vez que vejo uma “autoridade” falando em milhares e milhares de visitantes, lembro de um filme, maravilhoso: O Banheiro do Papa.
Não viu?
Vai!! O trailer, com comentários. A apresentadora erra ao dizer que Melo é na fronteira com o Brasil. Fica perto, mas não é fronteira.


Não vou torcer. Indiferente, sim.

Pra encerrar, mesmo, uma reflexão do designer Rick Jardim:
Que lástima que este rico e lindo país não esteja política, econômica e socialmente equilibrado, para que realmente pudéssemos torcer por nossa seleção com alegria e vontade, tendo a certeza de que o povo está realmente feliz! 

Fim de Semana do Prévidi – 10-11 maio 2014 – 8

ETNA, O VULCÃO, ERA MINHA MÃE

Ela costumava dizer que quando o vulcão Etna entrava em erupção ela ficava a mil, “ninguém me segura”.
A mais pura verdade.
Etna Braz Gulart, depois Etna Gulart Prévidi.
Teve uma história maravilhosa.
Nasceu em Melo, no Uruguai e se criou até os 15 anos em Jaguarão, fronteira com o Uruguai. Aí a sua mãe, Adylles, decidiu morar no Rio de Janeiro. Adylles, Etna e Juca (José Antônio Braz Goulart), um dos irmãos, embarcaram num vapor para o sonho de minha avó. Foram viver, por um tempo, na casa da Tia Sinhá, uma prima da Adylles.
Juca, por detalhe, não foi para a Segunda Guerra Mundial; Etna estudava e trabalhava no Iate Clube, na Urca. Praticamente não saía na rua, porque era loira e a paranoia era grande. Ela contava que recebeu várias cusparadas porque achavam que era alemã.
Nesse meio tempo conheceu o Waldemar, que na época era Waldemar Luiz Eberle Previdi – mais tarde, abreviou para Waldemar Previdi. Casaram-se logo depois que a guerra terminou. Um sufoco, porque não havia imóveis para vender e alugar. Foram morar numa casa alugada em Santa Teresa, onde meu irmão Paulo Cesar nasceu.
Mudaram-se para a Urca, onde nasci.
Mas tarde, já no início da década de 60, fomos para a rua das Laranjeiras.

Boa a história da família Previdi. Muito feliz, sem dificuldades, sem sofrimento. Só alegrias.
Até 1966.
Por uma daquelas situações, parece, que só os outros passam, aconteceu conosco. Meu pai morreu barbaramente, menos de 50 anos. Pensei que minha mãe fosse ficar louquinha, mas resistiu.
Decidiu que iríamos morar em Porto Alegre – até hoje não entendo o motivo. A versão mais plausível é de que o outro irmão dela, Dirceu, vivia aqui, e ela estaria mais próxima dos parentes de Jaguarão e Montevidéu. Pode ser. O outro irmão, Juca, vivia em Belo Horizonte, depois São Paulo.

O corpo do meu pai veio para Caxias do Sul, onde nasceu, e meu irmão e eu já ficamos em Porto Alegre.
Pouco via a minha mãe, porque ela estava sempre viajando – Rio, Caxias, Rio, Caxias.
Ficamos um tempo na casa do Tio Dirceu e depois alugamos um quartão num hotelzinho/pensão que tinha na avenida João Pessoa, o Palace. Minha avó, meu irmão e eu. Minha mãe quando resolveu todas as encrencas, juntou-se a nós. E trouxe o carro que ainda estava no Rio, um Fusca novinho.
De julho a dezembro vivemos lá. Aí ela comprou um baita apartamento na avenida Venâncio Aires.
Veio a mudança do Rio, ela mandou fazer móveis, tudo na mais perfeita. Até que em junho de 67 – 11 meses depois que o meu pai morreu – o meu irmão teve um acidente fatal. Com o Fusca novinho.

Bah, aí sim, pensei que ela não resistiria.
E eu, com 13 anos, não tinha o que fazer. Etna tinha dores de cabeça infernais. Gritava, chorava, se rasgava! Eu fazia o que estava a meu alcance. Ia até o quinto andar do prédio e chamava o médico. O cara descia, aplicava uma injeção, tal e coisa, e acalmava o vulcão.
Parêntesis: o jovem médico tornou-se diretor-presidente do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e ministro da Saúde, Carlos César Albuquerque.
Ela foi melhorando e sempre que podia viajava, visitava os parentes. Passeava. Tentava se distrair.
Daquela feliz família do início desta história, restara ela e eu.

Nos dois primeiros anos não convivi muito com ela, porque estive num internato, o Champagnat. Ela me dava tudo que queria. Para terem uma ideia, minhas férias eram em Punta Del Este ou no Rio.
Depois desse período, formamos uma dupla do barulho. Porque ela era muito mais porra-louca do que eu, adolescente. Tão despirocada que uma vez cheguei do colégio, e ela me esperava sorridente:
– Vamos morar em São Paulo.
Não é que fomos?
Vivíamos num belo apartamento no Itaim, estudava no Colégio Eduardo Prado e era sócio do Pinheiros. Férias em Santos e em Porto Alegre. No Rio.
Aí ela decidiu voltar para Porto Alegre, porque gastava muito.

Nessa época, início dos anos 70, me dava a impressão de que ela estava bem. Mas, relembrando hoje, ela não era uma pessoa “normal”. Não era, porque o seu humor variava demais. Um exemplo: ela estava numa festa familiar, brincando, rindo, tudo numa boa. Lá pelas tantas, ela pegava a bolsa e dizia:
– José Luiz, vamos embora!!
A impressão que tinha é que ela estava sempre fugindo. E, acredito, quem a conhecia pensava o mesmo.
Também, em casa, alterava, em questão de segundos, o humor. Ela e eu conversando. Ela rindo brincando; segundos depois, estava furiosa comigo, por algum motivo. Um negócio muito estranho.
Hoje, sei lá, iriam diagnosticar que era bipolar, depressiva, por aí. Na época não tinha nada disso.

Fui crescendo e me adaptei a ela. E ela a mim. Nos tornamos muito amigos.
Era uma baita administradora – foi viúva por 22 anos e jamais trabalhou. Só soube administrar, muto bem, o que meu pai deixou.
Comprava e vendia imóveis, ganhou um bom dinheiro na Bolsa de Valores, e não fez mais bons negócios porque alguns familiares a desencorajavam. Uma vez queria comprar uma chácara, nas cercanias onde hoje está o Shopping Iguatemi e não deixaram: “O que queres naquele fim de mundo?!”.

Basicamente éramos amigos, aprendi muito com ela, apesar de brigarmos muito.
Sempre me deu força nas minhas escolhas, até quando decidi pedir demissão do Banco do Brasil para voltar a Faculdade de Jornalismo. Quando me acidentei, com 19 anos, ela gastou o equivalente a uma apartamento de dois quartos, na rua Santana, para me garantir um tratamento de primeira.
O vulcão era fantástico.
Em 83 inventei de ir trabalhar no Governo Brizola. Cheguei no Rio no início de dezembro. Ligava sempre pra ela.
Um dia ela lasca:
– Botei a venda o nosso apartamento da Venâncio Aires. Também vou pro Rio. Sabes que voltar é o meu sonho.
Em abril de 1984 ela comprou um apartamento em Copacabana, na Bolívar com a Copacabana.
O vulcão.

Em 1988 ela estava feliz da vida com o neto Guilherme, nascido em 85. Nós tínhamos voltado para Porto Alegre e ela já pensava seriamente em voltar para ficar perto do neto.
Em novembro, pouco antes da eleição para prefeito, liguei:
– José Luiz, fala com o Araújo (Carlos Araújo, candidato a prefeito pelo PDT) e consegue uma passagem pra mim. É um voto a mais pra ele.
– Não dá, mãe, não tenho cara-de-pau pra pedir.
A eleição era num domingo. No sábado, de noite, apareceu um primo lá em casa – eu morava na Branquinha, na zona rural de Viamão.
No portão, ele branco, com cara de choro:
– A tua mãe, Zé.

A Rute estava grávida do Gustavo. Não sabia se chorava ou se tentava acalmá-la, por causa do bebê. Fiz as duas coisas e ainda tomei uísques.
Afinal, a minha primeira família estava extinta. A última referência tinha ido.
No domingo de manhã cheguei ao Rio, antes do meio dia. Ela já estava no IML.
A trouxe para Porto Alegre e está junto com o Paulo Cesar, meu irmão.

Há 25 anos.
E como é difícil a gente se acostumar.

A jovem mamãe Etna

A vovó Etna com o neto Guilherme

Fim de Semana do Prévidi – 10-11 maio 2014 – 7

AS SEREIAS DO JAPÃO

Iwase Yoshiyuki, um japa que
não fica atrás do Sebastião Salgado

Como sou faísca atrasada, descobri há pouco tempo o hypeness.com.br. É simplesmente maravilhoso.
Olha só essa matéria:

No Japão da década de 20, centenas de mulheres mergulhavam nuas em busca de ostras e pérolas. Com um fôlego invejável, elas chegavam a ficar mais de 2 minutos debaixo d’água, inclusive durante o inverno. Chamadas de Amas, essas mulheres foram registradas por Iwase Yoshiyuki em sua Kodak. As fotografias são um dos únicos registros dessa milenar profissão que se extinguiu algumas décadas depois.

Utilizando uma máscara para os olhos e chinelos especiais, mulheres e meninas, também conhecidas como sereias, enfrentavam os mares por toda a costa japonesa. O motivo de fazerem isso nuas? Enquanto que roupas de mergulho não chegaram ao país até 1950, roupas de algodão atrapalhavam o mergulho, além de serem desconfortáveis quando molhadas e demorarem para secar.

Cada mergulho de 2 minutos em busca de ostras era intercalado com pequenos intervalos de respiro. A maratona era feita até 60 vezes por dia. Tanto esforço, contudo, pagava-se. Em poucas semanas de trabalho, uma Ama conseguia mais dinheiro que um homem comum que trabalhasse por um ano.

Os homens, aliás, raramente participavam da busca por ostras. Acreditava-se que o corpo da mulher, por conter mais gordura, era mais apropriado para controlar a respiração e as baixas temperaturas. Embarque nessa verdadeira viagem no tempo com as fotos de Iwase Yoshiyuki abaixo: