TIPOS INESQUECÍVEIS DA RBS
MARCELO RECH, O PASTOR EVANGÉLICO OU LORDE PARAGUAIO?
RICARDINHO, O PUXA-SACO COM MUITOS COICES!
EDUARDO SMITH, O GUGU, O AGRACIADO!
Para entender:
Marcelo Rech – Diretor-executivo de jornalismo;
Ricardo Stefanelli – Diretor de redação dos jornais de Santa Catarina;
Eduardo Magnus Smith – Vice-presidente de jornais, rádios e digital.
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O texto abaixo é do jornalista Fabiano Golgo, que conviveu com as figuras em Santa Catarina.
Minha primeira surpresa foi quando o Rech atendeu um telefonema do Tarso Genro, durante uma reunião de cúpula. Falaram por cerca de 20 minutos, discutindo um toma-lá-dá-cá.
Outro factóide ocorreu durante uma onda de ataques, coordenados das penitenciárias, contra ônibus catarinenses, onde dezenas foram queimados, em 2013. Primeiro, o Rech decidiu que não deveríamos citar o nome da facção – PGC – nas matérias. Ele achava que isso poderia atrair novos integrantes. Depois de 2 semanas, mudou de ideia.
Ainda sobre o PGC, na época dos ataques, recebemos na redação um CD-Rom com as explicações de seus motivos. Era uma sexta-feira, perto da meia-noite, e o Ricardinho já havia ido pra casa. Como ele passaria aquele fim-de-semana com a família no RS, viajou na mesma noite. Como na RBS tudo é muito burocratizado e engessado, ninguém queria postar o conteúdo do vídeo, exclusivo, no ClicRBS, muito menos parar a edição para incluir o conteúdo no jornal do dia seguinte. Nunca vi gente que precisa pedir permissão aos superiores para tudo, como é o caso de um furo desses. Ligaram pro Ricardinho. Ele mandou segurarem a história até sua volta, no domingo à noite. Somente na segunda-feira, depois de 3 dias tendo em mãos uma notícia importante, quando todo o Estado esperava por uma luz sobre os motivos dos ataques, foi publicado. Isso é jornalismo?
Agora, grave mesmo foi quando o Rech proibiu a publicação da foto de um delegado que havia, por engano, enviado uma imagem onde apareciam ele e vários integrantes da polícia vestindo roupas femininas que haviam sido recolhidas de uma ex Miss Atlético Mineiro, que havia sido presa ao roubá-las de uma butique em Floripa. O tal delegado era apelidado de delegaTo, por ter olhos azuis, pinta de galã e adorar aparecer na mídia, sempre ligando para o Diário Catarinense com dicas de futuras operações e prisões. O Rech recebeu a foto em Dubai, onde passava férias, e deu ordem para que eu não publicasse (passando por cima do fato de que um delegado não pode fazer gracinha com material apreendido, que deveria ser devolvido à butique). Sua justificativa foi que ele era um bom informante e que isso poderia prejudicar suas ambições políticas futuras.
O rapaz que manda no ClicRBS de SC (uma carroça, pois para às 23h30min e só volta no dia seguinte, como se fosse armazém do século passado) é intocável, pois todos dizem que é afilhado do Rech.
A maneira como Rech se porta é cômica, ele parece estar fazendo uma imitação paraguaia de um lorde inglês. Durante as tais reuniões, invariavelmente começava a “pescar” com os olhos quando os outros estavam falando, demonstrando interesse zero, já que praticamente nunca complementava o assunto, sempre mudando para algo de seu interesse, sobre o qual adora elucubrar em voz alta por minutos sem fim. Eu achei que o cara tem complexo de pastor evangélico, sempre com longos discursos de pouca densidade.
Mais sobre o Ricardo Stefanelli: confesso que nunca vi maior puxa-saco. Não há outra palavra. Ele abertamente puxa o saco do Rech, do Gugu e de qualquer pessoa acima dele. Me dei ao trabalho de anotar as participações dele em reuniões de cúpula, onde absolutamente todas suas considerações eram precedidas de lambidas explícitas no ego dos seus superiores. Nunca vi coisa igual, eu saía constrangido por ele.
Em contrapartida, em total contraste com suas atuações entre seus superiores, as reuniões de pauta, com seus inferiores, eram um desfile de coices e egocentrismo. Lá, cheio de si, ele até chegou a trazer seu prato de almoço, que foi consumido durante a reunião de pauta… O Ricardinho comendo bife enquanto discute os assuntos do dia seguinte me pareceu cena de filme do Fellini. E uma falta de respeito e profissionalismo. Trazer um prato da lancheria, 3 andares acima, e comer durante uma reunião é coisa de quem se acha dono do pedaço.
E o Eduardo Smith? Apelidado de Gugu, ele foi agraciado com as “chaves” de Florianópolis, pela Câmara de Vereadores, e de SC, pelos deputados estaduais. Em ambas as ocasiões, fomos obrigados a dar grande destaque ao fato. Eu argumentei que o jornal Hora de SC, onde eu era Editor Executivo, voltado à classe C, não tinha motivo algum para ocupar suas pouquíssimas páginas com notícia desse tipo, que só interessa à família, amigos e empregadores do agraciado. Fui obrigado a retirar uma notícia importante para dar lugar ao puxa-saquismo do Stefanelli.
Na minha opinião, baseada em minha experiência em jornais americanos e europeus (www.curriculofabianogolgo.blogspot.com.br), a direção da RBS em SC não é fruto de meritocracia, mas sim um clube-panelinha de puxa-sacos dos donos. Falta talento e seriedade.
São uns deslumbrados.