Vinhos e Afins – 23/7/2012

Programa Primeira Exportação
terá 14 vinícolas este ano

O Programa Primeira Exportação (PPE), que procura capacitar as vinícolas para iniciar a exportação de seus rótulos, terá a participação de 14 empresas este ano, quatro a mais do que 2011. O lançamento do PPE realizado pelo projeto Wines of Brasil, uma parceria entre o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), ocorreu na semana passada, em Bento Gonçalves. Das 14 vinícolas participantes, oito são de Santa Catarina, cinco do Rio Grande do Sul e uma do Paraná.
Com maioria catarinense, o PPE terá um lançamento em Santa Catarina nos próximos dias. “O time do vinho brasileiro ganha força no exterior com a maior participação de vinícolas de outros estados além do Rio Grande do Sul”, afirma a subgerente do Wines of Brasil, Ana Paula Kleinowski. As empresas confirmadas para o PPE 2012 são Abreu Garcia (SC), Boscato (RS), Campestre (RS), Dezem (PR), Dal Pizzol (RS), Hiragami (SC), Laurentia (RS), Kranz (SC), Peterlongo (RS), Sanjo (SC), Santo Emilio (SC), Suzin (SC), Villaggio Grando (SC), Villa Francioni (SC). Ana Paula informa que ainda há duas vagas disponíveis para as empresas interessadas.

Resultados
No ano passado, das 10 vinícolas que participaram do PPE, duas efetivaram a primeira exportação – Basso e Don Giovanni. Outras três empresas fizeram contatos promissores para a primeira venda ao exterior.
Entre as empresas que ainda não exportaram, a Adega Cavalleri decidiu entrar no Projeto Tradings, passando a ser representada nas ações de exportação do Wijes of Brasil pela Suriana Trade Masters. A Cooperativa Vinícola Garibaldi contratou uma profissional para atuar exclusivamente nas atividades de exportação e importação da empresa.
A Don Guerino iniciou negociação com o maior importador de vinhos dos Estados Unidos, a Southern Wine and Spirits, e realizou a sua primeira exportação indireta durante o PPE. A Dunamis participou pela primeira vez como expositora em uma feira internacional de vinhos, a London Wine Fair, e contratou uma profissional de vendas com atuação também na aérea de exportação. A Vinícola Campos de Cima participou ativamente das consultorias e contratou um profissional de vendas para o mercado interno e externo.
Durante o PPE de 2011, que contou com a participação de 10 empresas (Basso, Campos de Cima, Cavalleri, Don Giovanni, Don Guerino, Dunamis, Galiotto, Garibaldi, Piagentini e Santo Emílio), compreendeu três etapas de capacitação. A primeira fase incluiu a realização de um diagnóstico para a exportação. Depois, é elaborado um Plano de Exportação, que, por fim, é posto em prática, sempre com o assessoramento dos consultores do PPE.
Cada vinícola recebeu, em média, cinco visitas de consultoria in company, fora o diagnóstico que é utilizado pelo Projeto Extensão Industrial Exportadora (PEIEX) da Apex-Brasil. No total, foram dadas mais de 250 horas de consultoria nas próprias vinícolas. Além disso, ocorreram cerca de 30 horas de treinamentos e oficinas para realização de Projeto Imagem, sobre tendências de mercado, formação de preços, planejamento estratégico, degustações culturais e missões técnicas, entre outras atividades.
“Notamos que as empresas receberam ferramentas que melhoraram seu desempenho não só no mercado externo como também no interno”, comenta Ana Paula. “Além da necessidade de planejar e de estabelecer uma estratégia, foi iniciada a cultura exportadora dentro de cada empresa do PPE”, acrescenta. Com isso, a participação das empresas nas ações de mercado do Wines of Brasil aumentou, deixando as empresas mais próximas de realizarem negócios.

Bom Dia!! Segunda, 23 de julho de 2012

UM DOS MEUS ÍDOLOS SE DESPEDE

Na década de 70 deveria ser um dos primeiros que comprava O Pasquim, toda semana. Pelo menos em Porto Alegre. Devorava todas as edições. Mas gostava mesmo quando o Jaguar escrevia. E os textos dele eu guardava numa pasta. Lia e relia aqueles raros textos porque o cara escrevia de uma maneira simples, como se estivesse conversando comigo.
Quando já estava fazendo jornalismo na PUCe trabalhava no Diário de Notícias, li que Jaguar e Fausto Wolf viriam a Porto Alegre lançar O Pasquim, com enfoque para os gaúchos. Me escalei para a coletiva, que foi no Clube de Cultura, na rua Ramiro Barcelos. Fausto não conseguia falar direito porque estava completamente bêbado; Jaguar também estava, mas falava normalmente – e ele salvou a entrevista. Estavam acompanhados de Glênio Peres, “nosso homem em Porto Alegre”. Lembro que Jaguar começou o seu papo assim:
– O Pasquim chega aqui em Porto Alegre como um mixto-quente frio.
Não lembro como, mas de noite me encontrei com o Glênio e o Jaguar num bar que tinha na rua José do Patrocínio, numa esquina. Música ao vivo – Plauto Cruz era um que estava lá com sua flauta. Tomamos todas. Eu tinha um Opalão e dei carona para os dois, sei lá de que maneira.
Imagina os papos. Um negócio inesqucível.

Logo no início da revista Press, no comecinho deste século, o Julio Ribeiro e eu inventamos de fazer o Prêmio Press. Antes, teria um meeting. Emplaquei, como cinvidados, o Mário Marona, então diretor da Globo em Brasília, e o Jaguar.
Fui recebê-lo, de manhã, no aeroporto. Desembarcou só com uma pastinha na mão. Perguntei se não tinha mala. Ele mostra a pasta.
– Não, aqui trago uma camisa e uma cueca. E isso aqui.
Abriu a pasta e mostrou uma garrafinha de uisque. Claro que deu um golão.
Fomos até o Hotel Everest, onde ficou hospedado, e o tempo todo falou bobagem e terminou com a garrafinha de uisque.
No meeting ele deu um show. E ficou em toda a cerimônia de entrega do primeiro Prêmio Press. Antes, no coquetel, tivemos que providenciar uma garrafa de uísque para ele.
Olha o registro:

Eu, Jaguar, Ruy Carlos Ostermann e Mário Marona


Neste domimgo leio na Folha de S. Paulo que ele está com cirrose e câncer, aos 80 anos.
Me deu uma tristeza danada.
Um dos meus ídolos “se despediu” numa crônica no jornal O Dia, onde escreve. Pelo menos foi a última antes de se internar.
Imaginei a cara dele entrando no hospital e no trato com enfermeiros e médicos.
Uma pena.

A crônica que ele publicou no sábado, em O Dia:

 Jaguar: Piscina de cerveja

Rio –  Uma piscina olímpica, no mínimo, foi o que bebi nos últimos 62 anos (completei 80 há 7 meses e bebo desde os 18). Para ficar só nas cervejas, sem falar nos vinhos e nos destilados: cachaça, underberg, bagaceira, grapa, tequila, steinhager, pisco, conhaque, rum, aquavit, gim, sakê, até absinto. E mil coquetéis, do Hi-Fi ao dry-martini. Durante esse tempo todo, consumi no mínimo uns 5 litros por dia da loura gelada, façam as contas. Quem persevera sempre alcança: fui fazer um checape de rotina e deu cirrose em estágio pra lá de avançado e vários cânceres ( tem plural?), no que os antigos boêmios chamavam carinhosamente de figueiredo.
Em linguagem técnica, eu estava com CHC (Carcinoma Hépato Celular). O médico do Chico Caruso aconselhou procurar o maior oncologista (especializado em câncer), com consultório em São Paulo. Ele foi sucinto. “Precisa operar imediatamente”. Levei um susto.  Cheguei aos 80 sem um furo no meu corpo, exceto os que já nasci com eles. “E se não quiser operar, doutor ?” “Você vai ter entre 2 a 20 dias de vida, na melhor das hipóteses”. Achei um exagero: “Mas não sinto nada, nenhuma dor”. “ Você é um caso raro. Qualquer um no seu estado teria náuseas, dor e febre”. “Depois da operação posso voltar a beber?”
Como o corvo de Edgar Allan Poe, respondeu: “Nunca mais”. “Então deixa pra lá, o que tinha que fazer fiz e o que não fiz não farei mais”. O resto da vida vendo tevê, lendo jornal ou jogando biriba no Posto 6 com outros velhinhos. Mas não houve jeito de escapar. Célia me internou no Hospital Sírio-Libanês, o mesmo onde estiveram Lula e a Presidenta.
Antes almoçamos no Gero com dry-martinis, vinho e underberg. Pelo menos minha presumida última refeição foi bem melhor que a de Cristo. Quando chegamos, havia uma multidão de fotógrafos e cinegrafistas. “Como descobriram? Só os médicos, Célia e eu sabíamos”. Ledo Ivo engano (licença, Sérgio Porto). Estavam na porta do hospital para cobrir a saída de Pedro, filho do cantor sertanejo Leonardo. No meu tempo era cantor caipira, com chapéu de palha e botina. Agora é chapéu texano, muita joia e botas de grife. (Continua).

O “(Continua)” aí de cima é do texto dele, mesmo.

Para quem não sabe, o nome do Jaguar é Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe.

Fim de Semana do Prévidi – 21-22/7/2012 – 2

DIÁRIO DO PARAÍSO

Saímos neste sábado de Porto Alegre antes das 10 horas.
Pocuo acima de 10 graus.
Uma hora e pouco depois chegamos em Oeisis International.
Não sei quantos graus estava, mas estou com uma pólo e uma calça de verão. Chinelos. Certamente mais de 20 graus.
É ou não é o paraíso?

Depois que reforçamos o bunker, ladrão pé-de-chinelo não tem a menor chance.
Tudo na mais perfeita ordem.

Não vínhamos aqui há mais ou menos 40 dias.
Tudo funcionando.

Tô ficando velho, mesmo. Porque estou gostando do silêncio.
Na cadeira de praia, sento ao sol. Ideias e mais ideias, como sempre, brilhantes!!

A boa surpresa é a nossa horta, no quintal, que causa inveja generalizada.
O Ruy Gessinger é um desses. Tenm horta no seu latifúndio em Unistalda, mas pergunta pra ele se tem uma salsinha na praia? O Jorge Loeffler, em Xangri-lá, não deve ter nem um pé de funcho. Outro: o João Carlos Machado Filho, que tem casa aqui na Grande Oeisis (Tramandaí Sul) não sabe nem o que é horta.
Duvidam?
Olha só:


Claro que não tenho a menor ideia de como manter esta encrenca.
Tarefa da Rute, a grande Rute!!

Fim de Semana do Prévidi – 21-22/7/2012

TELEFONIA MÓVEL

UMA LEI BURRA,
MAS TEM PORTO-ALEGRENSE
QUE ACHA O MÁXIMO!! – 2

O pitaco do Marko Petek, direto da Suiça.

Em primeiro lugar, ontem ouvi dizer que a lei de Porto Alegre segue a lei suiça em relação a espaçamentos de antenas e torres. Se for isto ótimo, já que moro na Suiça e jamais tive problemas com meu celular. Portanto este argumento me parece falho.

Além disto ontem me dei conta de que jamais enxerguei uma torre de celular por aqui. E para confirmar esta suspeita, passei a procurar por onde andei ontem e hoje alguma indicação da existência de uma torre ou antena. Nada, absolutamente nada.

Como o Ricardo Rothfeld já explicou na sexta, o efeito da radiação emitida pela torre é mínimo. Verdade que não me sinto confortável quando estou próximo a ela, em um raio digamos de uns 10 metros. Mas depois disto o efeito se dissipa.

Mas o pitaco que eu gostaria de dar é que estão apontando para o vilão errado. O real vilão é sim o aparelho de celular que nós carregamos junto ao corpo o tempo inteiro.

Veja bem Prévidi. O sinal emitido pela torre não é um sinal que sai dela, entra no nosso celular e retorna para ela. Não. Ele é apenas da torre para o nosso aparelho. Assim como o sinal da televisão entra em nossa casa, em nosso aparelho de tv mas não retorna para a antena.

Então o sinal da antena se espalha no ambiente e chega ao nosso celular. A antena é bem poderosa e pode enviar o sinal dela a uma grande distância. Além disto esta ligada a energia elétrica, portanto não lhe falta alimentação.

Agora, para que o sinal de nosso aparelho celular viaje até a antena, carregando a nossa voz, nosso pequeno aparelhinho tem que transmitir com uma potência bem considerável. Senão apenas ouviriamos mas não conseguiriamos falar (estou simplificando aqui). Portanto este aparelhinho, que fica grudado em nosso ouvido, a poucos milímetros do nosso cérebro está sim emitindo uma radiação bem desconfortável. E quanto mais longe estiver a antena, mais potência ele irá consumir. Eu sempre que posso, mantenho meu aparelho a alguma distância de mim.

Em meus tempos de professor de redes de computadores na Ulbra, gostava de mostrar para os alunos a interferência que um celular causa no meio-ambiente e que não percebemos. São preciso equipamentos especiais para medir isto (ou improvisar com um radinho de camelô). Era uma daquelas atividades que eu tinha certeza de que os alunos gostariam e sempre faziam sucesso.

Tudo isto quer dizer que as informações não fecham. Se o padrão de Porto Alegre segue o da Suiça, então não é preciso mexer na lei. Porém se fosse preciso mexer, na realidade estaria se reduzindo os riscos para a saúde, já que nossos aparelhos celulares não necessitariam transmitir com tanta potência, para alcançar antenas que estão lááá loooonge.

O que eu gostaria mesmo de saber é porque no Brasil se paga um absurdo pelo serviço celular (até 4 vezes mais proporcionalmente do que eu pago aqui), com péssima qualidade e ainda jogando a culpa nas leis urbanas. Eu tenho várias convicções e informações sobre isto, mas ficaria muito longo de explicar. Só digo o seguinte: dá para melhorar a qualidade várias vezes com as leis que estão aí. E dá para baixar muito o preço (e não me venham com a lenga-lenga dosi impostos).

Sexta, 20 de julho de 2012 – parte 4

FURA-FURA ATACA NOVAMENTE!!

Ele é terrível!!
E por isso é odiado pela concorrência.
Ou melhor, não tem concorrente no seu setor – o futebol.

Claro que estou falando de Luiz Carlos Reche, o mais famoso repórter esportivo do RS e chefe de Esportes da Rádio Guaíba.
Para quem não ouviu.
Ele abriu o microfone e lascou:
– São 12 horas e 19 minutos e estou informando que Fernandão é o novo técnico do Internacional.
Pulei no rádio e fui para a Gaúcha.
Não prestei atenção, porque estavam falando uma abobrinha de um tal de Adilson ou, sei lá, de um “desconforto” de algum jogador. Esperei e nada.
Quer dizer, a soberba é tanta na Gaúcha que eles não devem ter mais o tradicional rádio-escuta.

Hahahahahaha!!!!
Não é piadinha!! Aconteceu, mesmo!!

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CLUBE DE OPINIÃO NA SEGUNDA
 Na próxima segunda, dia 23, o Clube de Opinião recebe maisum convidado especial.
É o presidente do Badesul, Marcelo Lopes.
Vai ser, a partir das 10 horas, na Sala Figueira, do Hotel Plaza São Rafael.

Jornalistas, com opinião, estão convidados.