Bom Dia!! Segunda, 18 de junho de 2012

O ANTIBAIRRISTA

by ALFREDO OCT@VIO

Permitam-me usar este espaço, que me é emprestado gratuitamente, para publicar um texto que acredito assaz importante. Melhor, brilhante.

SE AINDA SOU GAÚCHO
JANER CRISTALDO
http://cristaldo.blogspot.com.br/

Me pergunta um leitor: ainda és gaúcho? É uma boa pergunta.

Minha definição de gaúcho não é a que vige no Brasil, a de gentílico de quem nasceu no Rio Grande do Sul. Entendo como gaúcho o homem que nasce no campo, entre vacas, ovelhas e cavalos. Não concebo como gaúcho gente nascida no asfalto. Quanto aos cetegistas, recorro à definição dos catarinenses. Qual é o menor circo do mundo? São as bombachas. Só cabe um palhaço dentro.

Nasci na pampa, entre vacas, ovelhas e cavalos. Sei o que é o gaúcho. É homem que geralmente nasceu pobre, vive afastado do mundo contemporâneo e tem uma visão peculiar de mundo, que nada tem a ver com a do homem urbano. Para começar, um gaúcho sabe o que é horizonte, noção cada vez mais rara nas cidades. Em minha infância, tive 360º graus de horizonte, que se situava a mais de légua de distância. Isso mexe com a psicologia de qualquer um.

Nasci em um deserto verde, salpicado de capões de árvores e umbus solitários. Quando fui para a cidade, meu primeiro espanto foi ver que nossa propriedade terminava no pátio. Lá no Upamaruty, terminava no horizonte. Meu espanto só foi maior quando passei a morar em apartamento. Meu espaço terminava na janela.

Meu pai, quando foi para o “povoado” – em função de minha educação – sentiu-se como peixe fora d’água. Cheguei em Dom Pedrito numa época em que botas e bombachas eram sinônimo de “grosso lá de fora”. Mesmo assim, Canário enfrentava a cidade com suas pilchas. Que não eram para bailes, mas seus trajes costumeiros lá no campo. Quanto a mim, larguei as botas, por uma questão de conforto. Mas mantive as bombachas. Com sapatos. O que me valeu muitas piadas no colégio. Acabei traindo os meus. Optei pela calça corrida. Meu pai morreu amargurado, longe dos pagos. Jamais se adaptou à vida urbana. Sentia falta das lides do campo, das vacas e dos cavalos.

A tapera ficou lá fora. Por muitos anos a visitei, meus tios e primos ainda viviam lá. Um belo dia, um fazendeiro da região procurou-me em Porto Alegre. Precisava de uma saída para o Uruguai e me perguntou se eu não queria vender meu “campinho”. Pensei um pouco e considerei que aquele rancho fazia parte do passado, eu jamais voltaria para lá. Virei bicho da cidade e não tinha mais vocação para fazendeiro. Com dor na alma, passei-lhe a escritura. Naquele dia, morri um pouco. Mas que fazer? Não havia porque manter um pedaço de terra ao qual eu jamais voltaria.

Em 77, antes de ir para Paris, levei até lá minha companheira, para mostrar-lhe os campos onde havia nascido. Foi certamente a viagem mais dolorosa que já fiz. O Fusca atolou uma boa légua antes de chegarmos a meu rancho e continuamos a pé. Era inverno e um mar revolto de alhos-bravos e flechilhas agitava as coxilhas e canhadas. Subi pelo Cerro da Tala, em cujo cume havia a Toca da Onça. Era um buraco sob uma pedra onde, crianças, nos escondíamos, para tratar de nossos mistérios. De minha lembrança, me parecia uma imensa caverna. Tentei entrar na Toca da Onça. Já não cabia.

Desci o Cerro da Tala, e entrei pela sanga no Passo do Vime, onde a prima Corininha, acocorada, lavava roupas sobre o empedrado. Eu me postava do outro lado do filete de água, para espiar aquele intrigante triângulo escuro que as mulheres tinham entre as pernas. Rumei à Casa, último resquício da herdade, onde em meus dias vivera tio Ângelo. Era um precursor. Um belo dia entre os dias, decidiu que teria um rádio.

Era tido como um visionário. Sua primeira providência foi cortar o mais reto e alto dos eucaliptos, no eucaliptal do Toto Ferreira, a uma boa légua de distância. Teria uns quinze, talvez vinte metros de altura. Falquejado, foi levado por uma junta de bois até a Casa. Providência seguinte, pintá-lo de vermelho. O erguimento do poste foi uma operação mais ou menos como a construção das pirâmides, da qual participei com muito orgulho. Com quatro máquinas de alambrar, levantamos o poste e o colocamos num buraco frente ao oitão do rancho.

Era o primeiro passo para a instalação do rádio, o cata-vento. Depois chegaram as baterias, de Villa Indarte, no Uruguai. Depois, finalmente chegou o rádio, um Telefunken mastodôntico, que só meu tio sabia operar. O universo começou a entrar em nosso pequeno mundinho. A propriedade do tio Ângelo passou a ser conhecida como Estabelecimento do Pau Vermelho. Quando o sol começava a cair, a gauchada chegava de longe, para escutar rádio. Meu tio, com a solenidade de um sacerdote, girava o dial e viajava pela Argentina e Uruguai.

À medida que me aproximava da Casa, o coração batia com mais força. Tudo deserto. Sentei-me na laje onde meu tio afiava facas e gritei: “Ô de casa!” Corininha apareceu na porta e perguntou: o que o senhor deseja? Com a voz já embargada, respondi: o tio Ângelo está?

Não estava mais. Ela reconheceu-me e nos abraçamos chorando. Meu rancho ficava a uma meia légua dali. Desci pela canhada e fui revisitar nossa cacimba. Era julho e escorria pelas bordas. Debrucei-me sobre o pedregal e sorvi com gosto aquela água salobra, com sabor de infância. Minhas lágrimas se misturaram às águas da cacimba. Chorei como terneiro desmamado.

Aquela canhada, desci milhares de vezes, sempre em pânico. Ficava até tarde da noite, sob o cinamomo à frente da Casa, ouvindo dos adultos histórias de assombração. Geralmente voltava para meu rancho lá pela meia-noite, hora sinistra, sob um luar gelado que tornava a noite clara. E corria desesperado de um vulto que me perseguia e não me dava quartel, juro que não minto. Era minha sombra. Durante muitos anos, tive medo de passar à noite por um cemitério. Também, pudera, até meu cavalo ficava sestroso, quando uma alma penada montava na garupa.

Nunca mais voltei lá. Nem quero voltar. Dói muito. Se ainda sou gaúcho? Diria que não. Tive um passado de gaúcho, mas este passado ficou perdido no tempo. Bati na marca e saí a correr mundo. Vivi em cidades onde a geada é grossa de mais de palmo. Vaguei por terras onde no verão o sol não se põe e no inverno é noite o dia todo. Ouvi línguas que mais parecem doença da garganta. Estou mais longe dos cavalos e vacas que dos restaurantes da Europa. Faz 33 anos que não volto aos pagos onde nasci. A Paris ou Madri, vou todos os anos.

Nasci na fronteira seca entre Brasil e Uruguai. Coincidia que o Uruguai começava justo no horizonte, onde ficava a Linha Divisória. Nesta linha, de três em três quilômetros há um marco de concreto. De seis em seis, há um marco maior. Em frente a nosso rancho, ficava o Marco Grande dos Moreiras. Canário me erguia até o topo do marco, me fazia virar para o nascente e dizia: “Fala para os homens do Uruguai, meu filho”. Depois, me virava para o poente: “Fala agora com os homens do Brasil”. Nasci entre dois países, sempre olhando para um e outro. Daí a querer ir mais adiante foi só um passo.

Em verdade, diria que nem brasileiro sou. Nasci voltado para o Prata, me sinto melhor em Montevidéu, Buenos Aires ou Madri do que em Porto Alegre ou São Paulo. Martín Fierro foi o primeiro poema que ouvi em minha vida, recitado por meu pai nas fogueiras do galpão. Falar espanhol me proporciona mais prazer do que falar português. Foi minha língua de cuna. Mas isto pouco importa. Não há lei no mundo que obrigue quem nasceu no Brasil a sentir-se brasileiro. Minha infância foi mais platina que rio-grandense.

Infeliz do ser humano que morre igual como nasceu. Não evoluiu. A vida, as viagens, as cidades me transformaram. Virei cidadão do mundo e não consigo mais viver no deserto. Seria um tour de force dizer hoje que sou gaúcho.

Mas à minha infância, continuo fiel.

Cinema com Wilson Rosa – 15/6/2012

GANHE INGRESSOS PARA O GNC CINEMAS!!
ESTÁ VALENDO!!
É HOJE!! RESPONDE RÁPIDO!!

A grande promoção com validade
para os moradores nas cidades que têm o privilégio de contar com salas
do GNC Cinemas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

AGORA, AS DUAS PERGUNTAS SÃO NA SEXTA:

1) Qual o nome do primeiro grande longa
de Ridley Scott, de 1977?

2) Atriz, especialmente de filmes, fez muito sucesso
na década de 70. Soninha Toda Pura foi um desses sucessos.
Morreu em um acidente de trânsito
no
Rio de Janeiro – dirigia um Fusca.


VAMOS LÁ!! Quem responder primeiro ganha os ingressos!!
NÃO ESQUEÇA: RESPONDA AS DUAS QUESTÕES!!

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Carlão, um cara de vanguarda
O porto-alegrense Carlão
 O cinema brasileiro perdeu uma grande cabeça, um cara de vanguarda.
Faleceu ontem, aos 67 anos, Carlos Reichenbach, o Carlão. Ele deixou 22 filmes, muitos polêmicos como “Império do Desejo” (1981), “Anjos do Arrabalde” (1986) e “Garotas do ABC” (2003).
Reichenbach ganhou o Kikito de melhor diretor no Festival de Gramado, em 1986, com “Filme Demência”. E também ganhou o Candango de Melhor Filme, no Festival de
Brasília, com “Alma Corsária”.

Veja a filmografia de Carlos Reichenbach:
“Esta Rua Tão Augusta” (curta-metragem) (1967)
“As Libertinas” (episódio: Alice) (1968)
“Audácia” (episódio: A Badaladíssima dos Trópicos X os Picaretas do Sexo) (1970)
“Corrida em Busca do Amor” (1972)
“O Guru e os Guris” (produtor e diretor de fotografia) (1973)
“Lilian M: Relatório Confidencial” (1975)
“Sede de Amar” (1977)
“A Ilha dos Prazeres Proibidos” (1978)
“Amor, Palavra Prostituta” (1980)
“Sangue Corsário” (curta-metragem) (1980)
“Sonhos de Vida” (curta-metragem) (1980)
“O Paraíso Proibido” (1981)
“O Império do Desejo” (1981)
“As Safadas” (episódio: A Rainha do Fliperama) (1982)
“Extremos do Prazer” (1984)
“Filme Demência” (1985)
“Anjos do Arrabalde” (1986)
“City Life” (episódio: Desordem em Progresso) (1990)
“Alma Corsária” (1993)
“Olhar e Sensação” (curta-metragem) (1994)
“Dois Córregos” (1999)
“Equilíbrio & Graça” (curta-metragem) (2003)
“Garotas do ABC” (2003)
“Bens Confiscados” (2005)
“Falsa Loura” (2007)

Sexta, 15 de junho de 2012 – parte 3

NOVIDADE SOBRE O
NOVO CASAMENTO DO ANO!!

Ainda não sabe?
É o casório ou troca de alianças de

Patrick Lucchese e Marina Sirotsky!!

Patrick é filho do doutor Fernando Lucchese, um dos mais famosos e competentes cardiologistas do Brasil
O rapaz mora em São Paulo, mas nasceu em Porto Alegre. Estudou na Universidade George Washington e pelo que levantei é presidente da Investprev Seguros e Previdência.
Marina é filha do próprio, o doutor Nelson Sirotsky. Também mora em São Paulo.

Me informam que o evento foi marcado pelos nubentes para 8 de dezembro.
Quando o doutor Nelson soube, bateu pé:
– Negativo!! Neste dia será a inauguração da Arena do Grêmio!! Marca para o outro sábado!!
E aí a dupla remarcou a data: 15 de dezembro.
Sério!!

Vai ser mais engraçado ainda se a direção do Grêmio trocar a data para 15 de dezembro, porque até agora não tem nada certo.

Aí vamos ver quem tem mais força:
Se a dupla Sirotsky/Lucchese ou Paulo Odone!!


Levo mais fé na dupla!!
Pudera, o casamento do Patrick com a Marina é muito mais importante do que a inauguração da Arena!!
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Na coluna Byn9ve (ZH) de ontem
Quem desembarca hoje em Porto Alegre é o DJ Erick Morillo. Para a apresentação na casa noturna Kiss & Fly, o dejota colombiano exigiu voo particular e suíte presidencial. No camarim, garrafas da champanha Perrier-Jouët e uma ilha de sushi estarão à disposição do artista.
E tem otário que paga!!
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DICA URGENTE!!!
No Hotel Embaixador:
Terças, chá da tarde.
Quartas, Puchero;
Sextas, Feijoada;
Centro Histórico de Porto Alegre
(51) 3215 6711
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SEM COMENTÁRIOS
Recebo de um leitor:

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PP e PCdoB UNIDOS!!
Recebo:
A coligação que a senadora Ana Amélia, tanto desejava em Porto Alegre, se concretizou em Carlos Barbosa.
Ontem, os partidos PP e PCdoB, reuniram a imprensa local, para anunciar, que irão concorrer juntos, nas eleições municipais deste ano. Integram a coligação oposicionista, também, o DEM e o PR.
Embora sem definir os nomes, é dado como certo, que o ex-prefeito Irani Chies (PP) será candidato a prefeito, com o vereador Todson Andrade (PCdoB) como vice. Todson, é o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Carlos Barbosa, categoria que engloba 5 mil trabalhadores na cidade.
O PCdoB, fazia parte do atual governo até poucos dias, quando houve desentendimentos, e a coligação governista, quebrou.
Pela situação, já anunciados, concorrem o atual prefeito Fernado Xavier (PDT)  tendo como vice o vereador Evandro Zibetti (PMDB).

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MAGISTRADOS NO MOTEL!!

No http://piadinhas-do-dia.blogspot.com.br/
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 PIADA OU GOZAÇÃO?
Manifesto do MST em apoio aos professores das universidades federais que estão em greve.
Nos somamos na defesa de sua justa pauta de reivindicação:
– Contra o produtivismo: Educação não é mercadoria. Pelo aumento de salários. Pela garantia do plano de carreira. Pela qualidade da educação; Pela destinação de 10% do PIB para a educação; Contra a apropriação do público pelo privado através da privatização indireta em curso.
A universidade pública não pode estar a serviço do capital e do mercado. A universidade deve ser um espaço de pesquisa, produção e divulgação do conhecimento.
Nos colocamos nas ruas e nas lutas ao lado dos trabalhadores e das trabalhadoras da educação. Empunhando as bandeiras da Reforma Agrária e da Educação Pública de qualidade e gratuita, seguimos na construção de um país soberano.
“A educação não é a única alavanca para transformação da sociedade, mas sem a educação, a transformação não ocorre.” Paulo Freire
Direção Nacional do MST

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NOVO COLUNISTA SOCIAL DA ZH?

Não é trabalho para amador ou inexperiente.
Como o Paulo Gasparotto não voltaria, lembro apenas que o Décio Azevedo está aí, editando o www.decioazevedo.com/
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Encontro de corretores
No dia 4 de Julho, as imobiliárias e construtoras terão seu  primeiro encontro no IMOBZONA SUL em Porto Alegre.
A reunião-almoço, na sede da AABB da Wenceslau Escobar, em Ipanema, reunirá os profissionais do ramo imobiliário da cidade com palestras do Presidente do CRECI , Flávio Koch, sobre as novas leis do mercado de imóveis.
Também palestra motivacional de vendas e atendimento, com Renato Pereira e do publicitário Paulo Ferrari sobre valorização do Design, Valorização e Marketing de Marcas no ramo de imóveis.
Após o almoço serão distribuidos e sorteados brindes dos patrocinadores e apoiadores.
Reservas e informações com a BUREAU Eventos: 51 3227-5433 ou agenda2@gmail.com ou bureau@brturbo.com
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Bella Gula participa da ABF FRANCHISING EXPO 2012
Pela primeira vez, a Bella Gula participa da Feira da Associação Brasileira de Franchising (ABF). Chancelada pela ABF, a Bella Gula recebeu recentemente o Selo de Excelência em Franchising 2012. Este selo reconhece a capacidade e qualidade das empresas franqueadoras, a partir da avaliação feita pelos próprios franqueados das redes.  É uma das mais importantes certificações do segmento.
Segundo a ABF, o desempenho das franquias cresce a cada ano. Houve uma variação de 2010 para 2011 no faturamento do setor no segmento alimentício de 14,5%. De acordo com a última Pesquisa de Indicadores Trimestrais do Franchising, o ramo de alimentação teve 34% de participação na amostra, mantendo a tendência do setor mais participativo no estudo, totalizando mais de um terço da amostra.
A feira que acontece desde 1992, tem como objetivo oferecer ao público oportunidades de investimento em praticamente todos os segmentos da economia nacional, da alimentação à locação de veículos.  O evento ocorre entre os dias 13 e 16 de junho, na Expo Center Norte, em São Paulo.  
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MAGISTRADOS NO MOTEL!!

No http://piadinhas-do-dia.blogspot.com.br/

Sexta, 15 de junho de 2012

TE CUIDA, TARSO FERNANDO!!
(Portuga é bobo só em piada de brasileiro)

Leiam esta notícia que foi puboicada na Zero Hora de quarta, dia 13:
O grupo português Consulgal, atuante na área de engenharia, transporte e logística, esteve no Palácio Piratini nesta quarta-feira. O grupo estaria interessado em investir no Estado.
— Queremos trazer a experiência da Consulgal para o Rio Grande do Sul. A engenharia brasileira é madura, mas com nossa competência podemos viabilizar a concretização de sonhos — disse o vice-presidente da Comissão Executiva da Consulgal, Antonio Martins de Matos.


Recebo de um amigo/leitor que mora em Portugal um recado:
– Dá uma olhada nessa Consulgal e o rolo do “processo de corrupção Face Oculta”. A boquinha terminou pra eles em Portugal, com a troca de governo, e eles querem “novos ares”.
Bah, fui pro Goggle e é uma confusão dos diabos!!
Pepino grossíssimo!!
Sei não, mas o Governo do RS tem que ir com calma com esses portugueses.

Leiam apenas essa matéria do Jornal de Negócios, de Portugal:
(não esqueçam que tem que ir “traduzindo”)
“Procuro sempre ajudar os meus amigos. É a minha forma de estar na vida”. É desta forma que Fernando Lopes Barreira, dono da empresa Consulgal e arguido no processo de corrupção Face Oculta, rejeita, em entrevista ao “Diário de Notícias”, as acusações de tráfico de influências.
Uma das situações por trás da acusação são as conversas que teve com Manuel Godinho, dono da empresa de sucata O2, no sentido de que poderia falar com o então ministro das Obras Públicas, Mário Lino, para, alegadamente, afastar a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, e o líder da Refer, Luís Pardal.
“Olhe, sou amigo de Mário Lino desde os tempos de estudantes. Mas as minhas conversas com ele são sobre batatas com bacalhau, alheiras e um belo copo de vinho tinto, ele quando deixou de ser ministro até me disse que eu nunca lhe tinha pedido nada. Ganhei um concurso na Ana, com a Consulgal, uma das empresas mais especializadas em aeroportos, e ele disse que seria melhor atribuir o negócio à Consulgal porque senão depois começavam a falar que éramos amigos”, revela na entrevista ao DN.
Também de Ana Paula Vitorino, Lopes Barreira se afirma “muito amigo”. No entanto, adianta, especificando que não está a falar de Luís Pardal, que “há um indivíduo, administrador da RAVE, que tentou pôr areia na nossa engrenagem (…). Por isso, a RAVE deve-me 2,5 milhões de euros há quatro anos e ainda não me pagou. É natural que esteja chateado e tenha criticado a Refer e a RAVE”.
Quanto a Manuel Godinho, dono da empresa de sucata O2 que está no centro do processo de corrupção, Lopes Barreira diz que o conheceu durante a Expo 98. “É um homem muito agradável e respeitador”, sublinha, revelando que “a partir daí ele contactava-me, de vez em quando, para ver se eu lhe arranjava trabalho (…). Interessei-me por o ajudar, mas nunca o consegui”.
Já sobre o almoço que juntou Lopes Barreira e Armando Vara na casa de Godinho, em Ovar, repasto referido no processo Face Oculta, o dono da Consulgal diz ter-se tratado de uma comemoração da sua recuperação de uma doença “gravíssima” de que sofrera meses antes. “Fui para lá de boleia com o dr. Armando Vara, que ia para a terra de carro, e para cá vim de comboio”, confidencia.

Bom Dia!! Sexta, 15 de junho de 2012

BRITO ERA O PEDÁGIO.
OLÍVIO ERA O CAMINHO.
TARSO FERNANDO É A EGR??

Ontem postei uma notinha simples, mais em função de todo esse alarido em relação aos pedágios:
POR FAVOR, TARSO FERNANDO!!
NÃO MEXE, POR FAVOR, NA FRIUEI!!
A GENTE GOSTA DE PAGAR PEDÁGIO EM ESTRADA LEGAL!!

Não me meti no assunto, porque todo mundo estava tratando do assunto e não sou usuário contumaz das estradas estaduais. Eventualmente vou para a Serra ou para a praia pela estrada que passa por Viamão. Aquela encrenca que nos leva a Jaguarão fui a última vez no final de 2006 – de noite e de ônibus. Quer dizer o absurdo pedágio já estava na passagem e nem vi as condições da dita.
Sério, gosto mesmo de pagar pedágio na friuei, porque é uma rodovia que dá para levar a sério. Não me venham, por favor, comparar com estradas europeias!

De propósito – e não é a primeira vez – dei uma provocada no governador. NÃO ME MEXE NA FRIUEI!! Sim, porque só faltava um entendido do Governo estadual implicar com a friuei!!

Ontem mesmo, à tarde, recebi um e-mail da secretária de Comunicação do RS, a jornalista Vera Spolidoro:
Mostrei teu post sobre a friuei para o governador. Ele me ditou: “Não posso mexer porque é estrada federal. Nem mexeria se fosse estadual, desde que a estrada seja boa e o preço também. Também não mexeria se fosse secretário-geral da ONU”.

Hahahahaha!!!!
Mais claro é impossível. Tenho certeza de que nada muda se há alguma estrada estadual em excelentes condições e com o preço do pedágio razoável. Pelamordedeus!! Se mudarem aí desisto!! Não esperava outra posição de TF.
Em relação a frase final, explico para quem não sabe.
Fiquei um bom tempo – sei lá, dois anos, por aí – fazendo uma campanha para que Tarso Fernando lutasse para ser secretário-geral da ONU. Ele era ministro e eu insistindo para que parasse com essa bobagem de ser governador do RS. Pô, ele iria morar em Nova York e certamente levaria a Vera Spolidoro como sua assessora. Aí os amigos teriam onde tomar um café ou até mesmo jantar quando estivessem na cidade. E fora uma que outra “mordomia” naquela maravilha!!
Não era perfeito? Não, o cara insistiu com essa boabgem de ser governador.
Agora, paciência. Aguenta!!

Bom o título, não?
Tarso Fernando é a EGR?
Confesso que apenas hoje fui tomar conhecimento da Empresa Gaúcha de Rodovias. Claro que escutei muita gente contra e muita gente a favor do projeto.
Fui pro Google.
Conferi um editorial do Sul21.com.br e me bastou.
Quer criar uma empresa pública para gerir as concessionárias que exploram os usuários? Tudo bem.
Grana dos pedágios SÓ para melhorias nas estradas? Tudo bem.
Certeza de que não vai se tornar um cabide de empregos? Legal.
Mas há dois pontos interessantes.
Lembro que há pouco escutei uma entrevista do secretário Beto Albuquerque dizendo, com todas as letras, que o Governo injeta uma boa grana nas estradas onde há os tais pedágios comunitários. Ou seja, esses pedágios comunitários não são um modelo para nada!! Ficam dizendo que este sistema é perfeito, mas não é nada disso!!

O que me chamou a atenão, mesmo, no editorial do Sul21, foi este trecho:
A boa prática da gestão pública indica que todos os servidores de empresas públicas, quaisquer que sejam elas, devam ser admitidos exclusivamente por meio de concurso público de provas e títulos. Indica também a necessidade de se implantar planos de cargos e salários que definam as atribuições, os vencimentos e as formas de ascensão profissional dos seus servidores e, ainda, que apenas os cargos de direção sejam preenchidos por funcionários de confiança. Recomenda também que seja implantado um sistema de avaliação periódica e permanente dos funcionários, com o estabelecimento de metas a serem alcançadas e de prêmios a serem auferidos.

Bah, aí que mora o perigo!!
Já imaginou? Só dou um exemplo:
As gurias, que cobram os usuários nas praças de pedágios, aprovadas em concurso público e com todos os direitos de funcionário público!!
Não vai funcionar!! Licença disso e daquilo, essas mumunhas típicas da função pública!! Já imagino, algumas praças com apenas uma cabine funcionando num final de domingo!!
Isso não é tarefa para funcionário público!! Me desculpe!!
E os trabalhadores da manutenção? Também funcionários concursados? Hahahahaha!!!

Não sei a melhor forma, até porque sou apenas usuário e não “entendido” no assunto.
Mas tenho certeza absoluta que

OS PEDÁGIOS NÃO PODEM SER 
UMA GRANDE REPARTIÇÃO PÚBLICA!!