Bom Dia!! Segunda, 14 de maio de 2012

NÃO PRECISA SER CIENTISTA
PARA SENTIR NO AR UMA PICARETAGEM!!

 Desde a mais tenra idade tive distúrbios intestinais; diarreias constantes, mesmo.

Tinhas
poucos alimentos que podia comer sem me causar uma rápida ida ao
banheiro. Sopas, purês de batatas com carne moída, maçãs e algumas
outras frutas e ovos. Gostava mesmo de comer ovos na casca, quase crus.
Até que um dia o pediatra disse pra minha mãe cortar os ovos, porque “mais tarde este menino vai ter problema com o colesterol”.
Não demos bola e cresci comendo ovos dee galinha de todos os jeitos.
Mais
crescido li que o ovo era um dos males da humanidade. Quem insistia em
comer os ovos da galinha estava cavando a sua própria sepultura. Até que
um médico aconselhou que fizesse a medição do colesterol. Perfeito. Os
meus estavam ótimos!!
Na adolescência cheguei a comer meia dúzia
deste produto da galinha. E só lia e ouvia a mesma ladainha: NÃO COMA A
GEMA DO OVO!! SUA SAÚDE AGRADECE!!
Jamais, em mais de 40 anos, ouvi uma autoridade científica contestar isto.
Assim
como jamais ouvi uma contestação científica de que a carne vermelha “é
um veneno para a humanidade!! Coma apenas frango e peixe!!”.Curioso, né?

um bom tempo já ultrapassei os 50 anos e continuo comendo muitos ovos
de galinha; e só como carne vermelha – nada de peixe ou galinha.
E o meu colesterol? Perfeitíssimo, índices ideais!!
Pois
bem, agora tenho escutado e lido membros da comunidade científica
afirmando que o ovo não é um vilão, bem como a carne vermelha não é um
veneno. Não causa câncer, como foi uma regra por décadas.

Por que esse papo todo?
Para
dizer para o Marko Petek, amigão nosso, que produziu um furibundo
artigo no Fim de Semana do Prévidi – 12/13-5-2012 contra o que escreveu o
Janer Cristaldo, na sexta, dia 11, no Ferro e Mais Ferro.

Como
tudo nesse mundo, Marko, os teus colegas cientistas falam e fazem muita
besteira. Besteiras que saem inclusive na Science que, felizmente,
jamais tive contato com a publicação, porque a impressão que tenho é de
que faço o contrário do que tudo o que está lá. Uma grande parte dos
cientistas, principalmente nos grandes centros, sempre estão a serviço
de alguém. Sempre. Claro que existem aqueles desinteressados, que visam
apenas o crescimento da humanidade, mas são poucos. Infelizmente.
As “comprovações” das maravilhas da carne de frango são uma triste realidade disto. Ou não?

 Aí eu pergunto: Por que a estupenda comunidade científica não pode estar errada com o tal do “aquecimento global”?
Será
mesmo que os puns das nossas vaquinhas prejudicam tanto quanto, há
milhões de anos, os dos dinossauros herbíveros, que ajudaram a destruir o
nosso “planeta”?

Meus amigos, quando começou esse papo
de “aquecimento global” fiquei meio desconfiado, porque o grande
propagandista era aquele carinha, com todo o tipo de picareta, que foi
vice-presidente dos Estados Unidos. Logo, surgiram ongs para “defender o
planeta”. A Globo entrou a mil!!
E eu cada vez mais desconfiado,
mas na minha, porque ninguém contestava. O “aquecimento global” iria
terminar com o “planeta” amanhã!!
Até que me caiu na mão uma
revista, editada em Novo Hamburgo, a Expansão. Li uma entrevista com o
professor Eugenio Hackbart, da MetSul. E ele mostrava, de forma que
qualquer pessoa conseguia entender, que o aquecimento sempre aconteceu, a
variação da temperatura no mundo sempre aconteceu.
Bah, foi um alívio.

Há 20 anos acontecia a Eco92. E eu estava no Rio e vi de perto aquela picaretagem.
Graças
ao bom Deus não acompanho malandragens semelhantes. Não me dou ao
trabalho de ler nada a respeito desses “grande eventos” eco-chatos, como
este que vai acontecer daqui a pouco no Rio.

Outra
grande conversa para boi dormir foi esse Protocolo de Kyoto. Basta
começar a ler os objetivos para sentir que tem treta. Não é a toa que os
Estados Unidos pularam fora.

Pra encerrar:
Na
década de 70 a afamada comunidade científica anunciou que as reservas
mundiais de petróleo estavam terminando. O mundo ficou preocupadíssimo.
Tanto que a OPEP, que reúne os produtores do ouro negro,  multiplicou
por 10 o preço e, principalmente, os árabes ficaram mais bilionários
ainda.
E quem não lembra daquele papo “científico” de que a Amazônia era o “pulmão do mundo”?
Tudo científico, comprovado!!
Tão comprovado quanto o aquecimento global.
Tão prejudical quanto as sacolinhas de plástico dos supermercados!!

Boa semana a todos!!
E, por favor, menos puns!! Cuide da camada de ozônio!!!

Ia esquecendo:
QUEM
ACREDITA EM AQUECIMENTO GLOBAL ACHA QUE A DONA EVA É A MATRIARCA DA
CULTURA GAUDÉRIA; QUE JOSÉ LUTZENBERGER ERA UM ECOCHATO MUITO LEGAL,
MESMO TENDO SIDO MINISTRO DO COLLOR; QUE O MENSALÃO NÃO EXISTIU!!

HAHAHAHAHA!!!!!!!!

Bom Dia!! Segunda, 14 de maio de 2012 – 3

A entrevista a seguir é de um bacharel e mestre em meteorologia da Antártida,Ricardo Augusto Felício, no Terra. A entrevista foi feita por André Naddeo e publicada no sábado, dia 12.

“Rio+20 é mamata e aquecimento,
história pra boi dormir”, diz professor

A pouco mais de um mês para a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, o professor Ricardo Augusto Felício é a “água no chope” de qualquer tese ambientalista, a ponto de dizer que o aquecimento global é “história para boi dormir”, que o protocolo de Kyoto “é uma grande besteira” e que Al Gore, o ex-vice-presidente americano que fez o documentário “Uma Verdade Nada Inconveniente”, sobre os perigos da elevação das temperaturas no planeta, não passa de um “sem-vergonha”.
O que mais intriga em Felício, e que serve como contraponto ao espírito de conservação ambiental e de políticas de sustentabilidade tão em voga, é que o seu discurso é muito bem embasado em estudos e, claro, na sua formação específica: é bacharel e mestre em meteorologia da Antártida, onde já esteve para duas temporadas de pesquisas, além de doutor em climatologia da Universidade de São Paulo.
Ele repudia a existência do efeito estufa e afirma, com toda a convicção, que buraco na camada de ozônio é algo equivocado, pois sem a incidência do sol, ela simplesmente não existe, é um estado transitório. Sempre com argumentos fortes. “Não é teoria da conspiração, é mentira mesmo. São vários os interesses. O discurso da mídia está sempre pautado no medo, na morte e no futuro. A gente fica evocando os maiores medos da humanidade”, explica.
Vinte anos após a Eco92, o Brasil, e especificamente o Rio de Janeiro, volta a ser o centro das atenções em temas relacionados ao meio ambiente e suas políticas a partir do mês que vem. Para o professor, porém, tudo não passa de “uma grande mamata”. “A cada 20 dias tem uma reunião num lugar exótico: você não adoraria viajar? Copenhague no Natal? Show!”, afirma.
Confira a seguir a entrevista exclusiva do Terra com o climatólogo da USP.
Terra: Quer dizer que essa história toda de aquecimento global é pura balela?
Ricardo Felício: É história para boi dormir. Primeiramente, pela hipótese que se utiliza: essa história toda de efeito estufa, que aí incrimina o gás CO2, aquele que alimenta toda a nossa vida, e está entre os que absorvem a radiação infravermelha, deixando a Terra ainda mais quente. Mas isso aconteceu sempre em toda a história do planeta. A taxa de CO2 é extremamente pequena, em torno de 0,033% a 0,035%. É tão ridículo! E estamos falando de todo o CO2 do planeta. Para você ter uma noção, a atividade humana é menor que a dos insetos. Não dá para engolir mais essa história. É uma física impossível. Se isso acontecesse os cientistas já teriam montado algum equipamento nesse sentido, justamente para captar essa energia extra, você não acha?
Terra: Sinceramente não sei, mas estou ouvindo sua tese.
Felício: O climatólogo canadense Thimoty Ball (outro famoso por contrariar a tese coletiva do aquecimento global) dizia que nós confundimos essa ideia de green house (casa verde) com glass house (casa de vidro). Porque a energia entra naquela casinha de vidro, esquenta o ar, mas ele não sai lá de dentro. O efeito estufa é um efeito que diminui, ou até anula a dinâmica de fluído de atmosfera. Você está dentro do carro, com vidro fechado: você vai morrer porque você está com calor. Abriu o vidro, caem 20 graus quase que automaticamente.

Terra: E os outros gases, como os CFCs?
Felício: Essa besteira que inventaram que foi o protocolo de Montreal, que antecedeu outra besteira chamada protocolo de Kyoto, fala que não pode ter. Criaram até delegacias no Canadá para não se usar CFC. Você torna o gás um vilão, que quem usa tem que ser preso para não destruir a camada de Ozônio. Chegou-se ao ponto de se confiscar produtos, como desodorantes, que usavam esse gás. Resumidamente, é queda de patentes: é um gás altamente benéfico para a indústria, não reage com nada. Quando ele cai no mar, as próprias bactérias o destroem, segundo o último artigo científico que li. A quantidade de CFC é irrisória.

Terra: Mas não causa buracos na camada de ozônio?
Felício: Mudança climática não é ciência consolidada. Lá na Inglaterra já está saindo do currículo escolar. Mas para nós aqui, que somos país de terceiro mundo, continua se ensinando esta besteira. O que existe na atmosfera é nitrogênio e oxigênio. O tal do ozônio é um estado transitório quando a energia solar incide sobre a atmosfera. O ultravioleta categoria C, por propriedades da molécula, age sobre o O2. É bem simples o que eu vou dizer: ele reage, e gera o ozônio. Ele é transitório. Quando não tem energia, não forma. Sem sol, não tem camada de ozônio. É um ciclismo rápido. Quando não tem luz, não tem ozônio.

Terra: Você já viu, certamente, o documentário “Uma Verdade Nada Inconveniente”, do ex-vice-presidente dos EUA, o Al Gore?
Felício: Ele é um sem-vergonha! Ele é dono da bolsa climática CCX (que cuida de créditos de carbono), que está caindo por chão, porque sua história é irreal. O filme e o livro são proibidos de entrar nas escolas do Reino Unido. A alta corte britânica proibiu, você sabia disso? Porque tem pelo menos 10 inverdades ali. Aqui você vai a qualquer escola e tem gente ensinando e falando do filme daquele desgraçado.

Terra: Quais inverdades são essas?
Felício: Uma é a do próprio efeito estufa, ao mostrar que os efeitos meteorológicos estão ficando severos. Poxa, gente de velha guarda dos Estados Unidos que estuda tornados há décadas mostra que isso não existe. É o processo da desinformação. Colocam um cientista político corrupto por trás, que vai na história que você quer escutar. Eu estudo há anos a Antártida e já estive lá duas vezes. Os anos de 2007 e 2009 foram os mais frios, quebrou-se recorde de 1941. Justamente no ponto em que eles dizem que mais se aquece, que é a península Antártida. O pessoal do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que trabalhava sério com as informações de meteorologia, nos últimos 15 anos mostrou que a temperatura estava baixando. Só que fecharam a estação deles! Quando a informação não convém, fecha-se.

Terra: Acho que algumas pessoas que lerem essa entrevista vão ter a impressão de que você fala de uma teoria da conspiração.
Felício: Não é teoria da conspiração, é mentira mesmo. São vários os interesses. Você vai me desculpar, mas o discurso da mídia está sempre pautado no medo, na morte e no futuro. As pessoas vão morrer! A gente fica evocando os maiores medos da humanidade.

Terra: Você está dizendo, fazendo um comparativo, que a ideia de aquecimento global é igual a dos armamentos de destruição em massa que o ex-presidente americano George W. Bush usou como justificativa para invadir o Iraque? Ou seja, a teoria do medo?
Felício: Exatamente. É o controle das pessoas. Você justifica qualquer ação governamental com isso. Esses caras estão passando por cima de tudo, estão legitimados porque estão salvando o planeta. Você está abrindo precedentes para se salvar o planeta. Passa por cima de lei, de controle de recursos naturais. O medo legitima a implementação de qualquer coisa, e ainda serve de desculpa que não deu para fazer algo que deveria ser feito. Teve enchente? Poxa, desculpa, quem mandou você usar o seu carro? Mudou o clima do planeta: se você não usar a sua lâmpada de led você vai ter um desastre de enormes proporções. Agora inventaram até essa história de proibir sacolinha plástica (a distribuição em supermercados) para obrigar as pessoas a gastar mais dinheiro.

Terra: Você também é contra isso? Mas o plástico demora mais de 100 anos para se degradar no ambiente.
Felício: O planeta é muito mais sofisticado do que a gente acha. Já existem vários mecanismos na espreita aproveitando a oportunidade. Já ouviu falar das leveduras negras? São bactérias que comem até petróleo. Esse papinho que não pode usar plástico é bomba relógio elitista, porque os pobrezinhos não vão poder mais usar. Vai fazer as pessoas gastarem dinheiro para se comprar plástico? É uma sem-vergonhice! Daqui a pouco vão falar que o aquecimento global começou com as sacolinhas. Temos tecnologia para chegar no lixão e eliminar o plástico. Poxa, já temos bactéria que come até petróleo! É a velha máxima: ‘Está com dor de cabeça? Corta a cabeça’.

Terra: Por que não usaram essa tal levedura no derramamento de óleo do golfo do México, então?
Felício: É como eu disse: tudo uma questão de interesse. Sempre é assim. Já estou abstraindo dessas coisas. Não dá, cara.

Terra: O que você acha da Conferência das Nações Unidas para Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que ocorre agora no próximo mês de junho?
Felício: Minha opinião é a pior possível: a (premiê alemã Angela) Merkel não vem, um monte de gente não vem. O que vamos deixar para os filhos? Rio+50, Rio+infinito? Isso é literalmente manter as colônias daqui sob o domínio europeu. Em 1492 vieram com o espelhinho vender para gente, agora vêm com essa mentira. É a ‘mamata’, meu velho. A cada 20 dias tem uma reunião num lugar exótico: você não adoraria viajar? Copenhague no Natal? Show! (sobre o último grande encontro climático mundial na capital dinamarquesa, em dezembro de 2009). Nunca vamos resolver esse problema porque é a ‘mamata’ e não precisa de nenhum cientista para falar isso. O mito tem poder porque as pessoas acreditam. Aí eu quero ver quem é que vai por o nomezinho para se responsabilizar. Em ciência, quem faz afirmação é que tem que provar. Isso é um princípio, o cético não tem que provar, a gente pede a prova. Não tem prova nenhuma, isso que é o pior.

Não tem medo de estar totalmente enganado?
Felício: Nenhum mesmo. Não dá mais. O planeta vai fazer o que quiser e danem-se vocês seres humanos. Quando eu quiser fazer nevasca, vou fazer, e quando tiver tsunami vocês correm com os rabos no meio das pernas. Veja como é curioso: os cientistas sempre têm uma solução desde que você pague por elas. O cético fala para você não fazer nada, e não pagar nada. Não estou falando para você pagar algum produto meu.

Terra: E se daqui a alguns meses você escrever um livro falando sobre tudo isso? Não será também, de certa forma, por interesse?
Felício: A pior coisa para um cientista é ter que fazer isso. Passo o bastão para quem quiser. Queria ficar no meu cantinho, fazendo minha pesquisa, trabalhando sossegado. Mas é muita patifaria. Sou humanista, não um marxista. É o destino da humanidade por outro viés. O planeta vai muito bem, obrigado. Vai continuar por aqui quando nós já tivermos desaparecido. Já tem um monte de livros aí na praça, gente muito melhor do que eu. Procura na internet. São 35 mil oceanógrafos, meteorologistas dos EUA. Muita gente que não aceita essa hipótese. Não tem mais o que falar: tem que encerrar esse assunto. São dois mil anos de assunto, chega! Temos que nos preocupar em resolver os assuntos da humanidade, como os recursos hídricos para resolver a condição das pessoas na seca.

Bom Dia!! Segunda, 14 de maio de 2012 – 2

No sábado, o jornalista Janer Cristaldo respondeu ao artigo de Marko Petek, publicado no “Fim de Semana do Prévidi – 12/13-5-2012”, que contestou a afirmação de que o “aquecimento global é uma bobagem”.
O texto está no http://cristaldo.blogspot.com.br/

CIENTISTA DO CERN NÃO
COSTUMA LER JORNAIS

Meu caro Marko Petek:

É justamente para não falar bobagens que me abstenho de comentar o tal de aquecimento global. A área é multidisciplinar, exige domínio de ciências como biologia, física, química, astronomia, arqueologia, paleontologia e por aí vai. Sua abrangência é tal que permite duas abordagens. Primeira, dizer bobagens por falta de conhecimento. Segunda, elaborar teorias desvairadas, por falta de conhecimento. Como não me agrada incidir em nenhum deste itens, que no fundo são um só, sempre me mantive silente. Silêncio que ainda preservo, pois não pretendo discutir o que não conheço.

É muito fácil mostrar fotos de glaciares diminuindo de volume. O que se esquece é que glaciares também se expandem. Tampouco é difícil mostrar fotos de satélites em que vemos uma montanha coberta de neve e, na foto seguinte, careca de neve. O que se esquece é que muitas montanhas se cobrem de neve no inverno e dela se despem no verão. Não, nunca quis discutir tais fatos, já que tais fotos pouco ou nada provam. Há períodos de aquecimento no planeta? Claro que sim. Houve muitos. Como também glaciações. Temperaturas aumentam? Sim, aumentam. Mas também baixam. Glaciares diminuem? De fato, diminuem. Mas também aumentam.

Mas sei ler e – sabendo ler – não tenho dificuldade alguma em entender esta frase singela: “cometi um erro”.
Também consigo entender o que segue:

– O problema é que não sabemos o que o clima está fazendo. Pensávamos que sabíamos nos últimos vinte anos. Isto levou a alguns livros alarmistas – o meu inclusive – porque parecia óbvio, mas isto não aconteceu. O clima está fazendo seus truques usuais. Não há nada realmente acontecendo ainda. Já era para estarmos a meio caminho de um mundo tórrido. O mundo não aqueceu muito desde a virada do milênio. Doze anos é um tempo razoável… a temperatura permaneceu quase constante, enquanto devia ter-se elevado. O dióxido de carbono está aumentando, não há dúvida quanto a isso.

Não li isto em Veja ou Superinteressante, nem vi no programa do Jô. Minhas fontes são as declarações de James Lovelock, o guru da teoria do aquecimento global. Que chegou à conclusão que a raça humana está condenada. Que mais de seis bilhões de pessoas morrerão neste século. Que arrebanhou milhares de malucos no mundo todo, que saíram a fazer campanhas para impedir a construção de barragens e hidrelétricas. Que dizia ao escritor americano Jeff Goodel, enquanto caminhava em um parque em Oslo:

– Até 2040, o Saara vai invadir a Europa, e Berlim será tão quente quanto Bagdá. Atlanta acabará se transformando em uma selva de trepadeiras kudzu. Phoenix se tornará um lugar inabitável, assim como partes de Beijing (deserto), Miami (elevação do nível do mar) e Londres (enchentes). A falta de alimentos fará com que milhões de pessoas se dirijam para o norte, elevando as tensões políticas. “Os chineses não terão para onde ir além da Sibéria”, sentencia Lovelock. “O que os russos vão achar disso? Sinto que uma guerra entre a Rússia e a China seja inevitável.” Com as dificuldades de sobrevivência e as migrações em massa, virão as epidemias. Até 2100, a população da Terra encolherá dos atuais 6,6 bilhões de habitantes para cerca de 500 milhões, sendo que a maior parte dos sobreviventes habitará altas latitudes – Canadá, Islândia, Escandinávia, Bacia Ártica.

Continua Jeff Goodel:
– Até o final do século, segundo o cientista, o aquecimento global fará com que zonas de temperatura como a América do Norte e a Europa se aqueçam quase 8 graus Celsius – quase o dobro das previsões mais prováveis do relatório mais recente do Painel Intergovernamental sobre a Mudança Climática, a organização sancionada pela ONU que inclui os principais cientistas do mundo. “Nosso futuro”, Lovelock escreveu, “é como o dos passageiros em um barquinho de passeio navegando tranqüilamente sobre as cataratas do Niagara, sem saber que os motores em breve sofrerão pane”. E trocar as lâmpadas de casa por aquelas que economizam energia não vai nos salvar. Para Lovelock, diminuir a poluição dos gases responsáveis pelo efeito estufa não vai fazer muita diferença a esta altura, e boa parte do que é considerado desenvolvimento sustentável não passa de um truque para tirar proveito do desastre. “Verde”, ele me diz, só meio de piada, “é a cor do mofo e da corrupção.”

Lovelock, inventor do Electron Capture Detector, aparelho que ajudou a detectar o buraco crescente na camada de ozônio e outros nano-poluentes, considerado “uma das mentes científicas mais inovadoras e rebeldes da atualidade”, é o criador da chamada hipótese de Gaia, que vê a Terra como um organismo vivo. Segundo o “cientista”, a emissão de gás carbônico, de clorofluorcarbonetos (CFCs), de desmatamentos dos biomas importantes como a floresta amazônica, a concentração de renda, o consumismo e a má distribuição de terra podem causar sérios danos ao grande organismo vivo e aos outros seres vivos, inclusive ao ser humano. Por conta disso, há aumento do efeito-estufa, a intensificação de fenômenos climáticos, o derretimento das calotas polares e da neve eterna das grandes montanhas, a chuva ácidas, a miséria e a exclusão humana.

Ou seja, de um lado a emissão de gás carbônico (característica de países industrializados), desmatamento de biomas (característica também destes países), concentração de renda, consumismo e má distribuição da terra. De outro, a miséria e a exclusão humana. Traduzindo: militando no lado do Mal estão os países ricos. Os países pobres sofrem no lado do Bem. Se não me falha a memória, já ouvi essa tese. Data do século XIX, se bem me lembro.

Pois é, Marko, não é a Veja nem o programa do Jô que estão negando a hipótese do aquecimento global. Muito menos eu. E sim o “cientista” que elaborou a teoria. Arthur Clarke e Clifford Simack foram prudentes e jogaram suas fantasias no campo da ficção científica. Lovelock pretendeu situar seus desvarios no campo da ciência. Ora, ficção científica é um gênero literário que serve para espairecer. Ciência é algo mais sério e exige confirmação nos fatos.

Outro erro de Lovelock foi situar o apocalipse perto demais de seus contemporâneos. Apocalipse só funciona no final dos tempos. Este foi também o erro de um outro profeta, Marx. Colocou o paraíso duas ou três gerações logo adiante. Ora, você pode anunciar o paraíso até a geração de seus netos. Mas se o anunciado paraíso não ocorre, você não espera mais. O profeta era fajuto.

Você é pesquisador do prestigioso CERN e trabalha na Suíça, não é verdade? Ou os jornais não estão atravessando os Alpes, ou você, encerrado nos subterrâneos do CERN, imerso na contemplação das colisões entre elétrons e pósitrons, não leu os jornais da semana passada. Você me recomenda estudar mais um pouquinho. Eu o aconselho a ler jornais. Você não está sabendo das últimas.

Por uma feliz coincidência, centrei meu artigo sobre Lovelock em José Lutzenberger, o desvairado gaúcho que assumiu a hipótese de Gaia. Não sabia que, nestes dias, comemoram-se os dez anos de sua morte. Leio na Zero Hora que centenas de jovens foram levados a visitar um parque em sua memória, em Pântano Grande, o Rincão de Gaia. Sintomático que tenham levado jovens para homenageá-lo. Os jovens são em geral idiotas e engolem qualquer potoca que lhes enfiem pela garganta.

Fim de Semana do Prévidi – 12/13-5-2012

GRANDE TROFÉU SEMANAL!!
“SOU CARA DE PAU, SIM, E DAÍ??!!”

 
Como prometido no final de semana passado, aí está mais uma etapa do GRANDE CONCURSO “SOU CARA DE PAU, SIM, E DAÍ??!!”.
Sempre que me der na telha, estarei dando duas opções para que vocês decidam quem merece o Grande Troféu Semanal.
Hoje, excepcionalmente, temos apenas um concorrente.
Porque é um negócio muito louco!! Só faltaram mandar a mulher catar coquinho!!
Sem mais delongas (hahaha!! parece coisa do Magistrado) vamos à notícia!! Está no site do Tribunal de Justiça do RS e o texto é da jornalista Ana Cristina Rosa:

União estável
entre tio-avô e sobrinha-neta?

53 anos de diferença!!!!

A 1ª Câmara Cível do TJRS reformou sentença proferida em 1º Grau na Comarca de Porto Alegre e negou o pedido de pensão por morte a mulher que sustentou viver em união estável com servidor estadual falecido aos 84 anos, em 2009. Na ocasião, ela contava 31 anos de vida. No entendimento unânime dos Desembargadores da Câmara, não é possível reconhecer a existência de união estável com sentido típico de relacionamento homem mulher havendo, entre eles, diferença de idade de 53 anos.   

Caso
A autora ingressou com ação declaratória contra o Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul (IPERGS) pretendendo que fosse declarado o direito de perceber pensão por morte do suposto companheiro. Sustentou que, desde 2004, era companheira de ex-servidor estadual, de quem dependia economicamente, razão pela qual defendeu direito de pensão em razão de seu falecimento, em junho de 2009. Salientou que requereu administrativamente a pensão, tendo o pedido negado pelo IPERGS.
Em 1ª Instância, a sentença foi pela procedência do pedido.
O IPERGS apelou aduzindo que a autora não preencheu os requisitos legais para a concessão da pensão e postulando a reforma da decisão.

Apelação
No entendimento do relator do acórdão no Tribunal, Desembargador Irineu Mariani, não há como reconhecer união estável para fins previdenciários em situações como a que está em questão sob pena de se implantar a indústria da união estável com o fim exclusivo de obter a benesse.
Não se pode reconhecer união estável, com o sentido típico de relacionamento entre homem e mulher, se ele é octogenário, e ela mulher cinquenta e três anos mais jovem, ainda mais sendo ele casado e vivendo com a esposa até 2007, quando essa faleceu, diz o relator em seu voto. Ademais, peculiaridade singular, pelo quanto relatado pela própria demandante, o dito companheiro era seu tio-avô.
Segundo o relator, as circunstâncias são reveladoras de que a sobrinha-neta se aproximou do tio-avô por puro interesse de ficar com a pensão previdenciária quando de sua morte. Abstraindo a condição de tio-avô, quais as condições de um octogenário ser homem de uma mulher na faixa etária de 25 a 30 e poucos anos, questionou o Desembargador Mariani em seu voto. A união estável pode não exigir necessariamente convivência sob o mesmo teto, mas por certo não admite que tal ocorra sem condições efetivas de um relacionamento como homem e mulher. 
O Desembargador Mariani lembrou que, para fins previdenciários, seu entendimento é no sentido de que a lei estadual exige pelo menos cinco anos de união estável ou filho comum (Lei RS 7.672/82, art. 11, parágrafo único) e a lei federal 9.278/96 é restrita aos efeitos patrimoniais da convivência. E a evidência é de que, pelo menos até a morte da esposa, não é possível computar o período como típico de união estável. No caso nem precisamos adentrar na questão do tempo mínimo, pois simplesmente não há condições de se reconhecer os requisitos de uma união estável por qualquer período.   
Participaram do julgamento, além do relator, os Desembargadores Carlos Roberto Lofego Caníbal e Jorge Maraschin dos Santos.

Fim de Semana do Prévidi – 12/13-5-2012

MARKO PETEK INDIGNADO!!
DIRETO DA SUÍÇA!!

DIGA PARA SEU FILHO
QUE BEBER E DIRIGIR ESTÁ OK

O título acima choca? Provavelmente. Mas porque não? Sob o ponto de vista de muitas pessoas, alcool e direção combinam sim. E provam isto, mostrando que vem bebendo e dirigindo a décadas e continuam vivas. Alguém quer prova maior que esta?
Quantos bebados devem dirigir nas noites de Porto Alegre. Se for 1% da população serão umas 20.000 pessoas por noite. Se for 0.1% da população umas 2.000. Em qualquer hipótese é gente pra dedéu. E quantas morrem por mês? Poucas, dá para contar nos dedos. Portanto a chance de morrer dirigindo bebado é muito pequena.
Da mesma forma existem pessoas que dizem que as drogas não fazem mal. Que se forem consumidas com controle, podem até servir para relaxar. Tenho certeza que a percentagem de pessoas usuárias de drogas e que acreditam nisto é, infelizmente, bastante alta.
E a viagem a Lua? Hoje há um movimento que “prova” nunca ter acontecido!
O homem veio do macaco? Bobagem!!! (aliás não veio, veio de um ser muito inferior ao macaco, as pessoas não percebem isto). Evolução? Que provas há? Os trilhões de ossos e fosseis não provam nada!!! Só acredito vendo!
E será que ver adianta alguma coisa? Até uns 400 anos atrás as pessoas “viam” a Terra como o centro do universo. Até o início do século XX não se conhecia a noção de galáxias. E por aí posso continuar horas e horas a falar.
E o ar? Você já viu o ar? Você já viu a inteligência. O fato de não poder vê-la significa que ela não existe? Pior ainda: e o vácuo? Pode existir algo que não contem nada?
O motivo de minha indignação que levou-me a sair do silencio obsequioso que observo desde janeiro foi o texto do Janer Cristaldo publicado na sexta no Blog do Prévidi .
Para início de conversa quero dizer que gosto muito do Cristaldo, sou seguidor fiel. Temos posições em muito parecidas e, como entre qualquer par de pessoas, temos nossas divergências. Mas isto não é o caso.
O texto dele sentava o pau no aquecimento global. Acontece que apenas esta semana é o terceiro texto igual que leio. (pausa para ouvir “have you ever seen the rain” que está tocando aqui… continuando…)
Como dizia, é o terceiro texto. Por uma infeliz coincidência, todos os três com origem no Brasil.
Em 1976 juntamente com um amigo também leitor do Blog eu fundei o Observatório Astronômico Canopus. Tinha apenas 15 anos na época, mas já me assustava a ignorância científica das pessoas. Uma das missões primordiais do Canopus, até hoje perseguida, era educar cientficamente as pessoas.
Naquela época a situação no Brasil era ainda pior. O nosso isolamento comercial, monetário e a precariedade de nossas comunicações faziam que as informações que recebíamos do exterior fossem muito poucas. Como jovens cientistas comprávamos Mecanica Popular e Scientific America, quando os bolsos permitiam. O resto era por carta. Eu comprava folhas com 100 selos pois enviava e recebia uma 4 ou 5 cartas por dia.
Nesta situação de isolamento campeava (gauchescamente falando) o desconhecimento. O Canopus ao longo da história promoveu cursos, deu palestras em colégios (até jardins de infância), fez excursões para observação, enfim trabalhou para educar. E não foi o único. Ao longo do Brasil diversos grupos de cientistas amadores fizeram e fazem o mesmo.
Os caminhos da vida me levaram a ser um cientista profissional. Aí aprendi em primeiro lugar o minucioso escrutínio pelo qual passa qualquer artigo científico antes de poder ser publicado em um periódico especializado. Existem casos de artigos que levaram anos para serem aprovados. Levar meses é uma situação normal. Ninguém reclama.
Mas voltando aos artigos publicados na imprensa brasileira. Todos eles com um assunto: contestando o aquecimento global! A cada um que leio o sangue me sobe às temporas e eu fico “fora da casinha”. Desculpe,mas deixando o politicamente correto de lado, o que me vem a cabeça é: “Mas que bando de ignorantes !!!”
Vejam, meu pai me ensinou que ignorante não é ofensa. É um fato, a pessoa ignora alguma coisa. Basta ela se informar para deixar de ser ignorante.
Eu pergunto: de que fonte as pessoas buscaram a informação que o aquecimento global é uma farsa? Ah, da Veja. Ah, do Programa do Jô. Ah, da Super-Interessante! Ora bolas!!!!!!
Antes de falarem algo estudem pelo menos. Porque senão serão facilmente contra-argumentados (para não dizer humilhados). Querer contrapor periódicos científicos com Super-Interessante é … deixa prá lá.
Desculpem se pareço alterado. É que estou sim. Porque estão brincando com coisa séria
Hoje 97% dos cientistas que estudam esta área concordam com a tese do aquecimento. Em nenhuma outra área da ciência existe tamanha concordância. E se existe algo muito difícil é cientistas concordarem. Normalmente a alegria de um é achar furos na teoria do outro.
Eu conheço pessoalmente vários destes cientistas. Acham que estão sendo patrocinados por “Interésses” excusos como dizia o Brizola? Bem se estivessem acho que pelo menos poderiam trocar os carros, inevitavelmente com mais de 10 anos de uso, por uns com apenas 5. Talvez seus sapatos não estivessem em petição de miséria e por aí vai… Cientista ganha mal no mundo todo.
Mas esta mesma ciência que os luminares da Super-interessante condenam é a que faz aviões voarem, remédios curarem e a internet funcionar. Interessante né? Quando me serve a ciência é boa, quando não me serve ela está errada.
O que acontece no Brasil é pior que ignorância, é burrice. Burrice política ! Acontece que o PT sempre defendeu causas ecológicas. Isto é natural visto que em sua origem haviam muitos professores universitários que sempre se preocuparam com estes assuntos. (parenteses para dizer que sou tri-anti-pt e anti-comunismo. minha família perdeu tudo que tinha para eles e já no berço fui catequizado pela direita, mas não dá para negar os fatos).
Então nossa burra direita que não produz uma única liderança a 20 ou mais anos (Aécio? piada né?) acha que para ser anti-PT tem que negar o aquecimento global. Como se os alhos tivessem algo a ver com os bugalhos.
Só que esta é uma brincadeira perigosa. Tão perigosa quanto mandar o seu filho beber e depois sair dirigindo. Porque esta brincadeira mata. Não vai matar a nós que não temos tanto tempo assim pela frente, mas vai sim tornar muito dificil a vida dos nossos descendentes.
Então se você não está nem aí para o mundo que vá deixar queime, gaste, torre, desperdice. Mas estude também um pouquinho por favor antes de falar bobagem.