Bom Dia!! Quarta, 25 de abril de 2011

EM 2014?
CLAUDIO E/OU AIRTON ZAFFARI
PARA O 
GOVERNO DO RS!!!

Do Fredy Vieira, do Jornal do Comércio

Um ou outro. Ou os dois – governador e vice. Ou, quem sabe, um outro Zaffari.
Por quê?
Então tá.
Vá visitar o Bourbon Shopping Wallig, a partir desta quinta, que me darão toda a razão.
Na avenida Assis Brasil, 2611, esquina com a Francisco Trein.
Qualquer pessoa que entra no Wallig vai querer um Zaffari no Governo do Estado.

ZAFFARI(S) PARA GOVERNADOR DO RIO GRANDE DO SUL!!


Ontem à noite estive lá para a solenidade de inauguração. Depois o coquetel.
Centenas e centenas de pessoas. Vocês não imaginam.
Um serviço de primeiríssima!!
Shows, desfiles, uma loucura maravilhosa!! Uma banda muito legal, do Tiago Abravanel, que é aquele sobrinho do Silvio Santos, que canta quase igual ao Tim Maia.

Olha, pra conhecer todo o Wallig o cara tem que ficar o dia lá.
É muito grande. E muito bonito.
Um negócio assim:
VENHA PARA PORTO ALEGRE CONHECER O WALLIG!!
Vai ser a maior atração turística da cidade (Já que a Secretaria de Turismo de Porto Alegre nada faz…)
A Zona Norte da capital merecia um empreendimento desse nível.

Só dá uma conferida do que é o empreendimento:
– 199.200 m2 de área construída
– 4 pavimentos de lojas
– 238 operações
– 8 lojas-âncora
– 7 salas de cinema – O primeiro IMAX-3D Premium do Estado
– 3.033 vagas cobertas
– Praça de alimentação com 22 lojas e capacidade para 1.085 lugares
– 4 restaurantes consagrados com acesso direto pela avenida Grécia.

Ainda quer que eu escreva mais motivos de se querer um Zaffari para governar o Rio Grande do Sul?
Meu Deus!!

NÃO EXISTE NADA IGUAL EM PORTO ALEGRE!!
NO BRASIL!!
NA AMÉRICA LATINA!!

Leia:
– O Hipermercado Zaffari Wallig é uma das seis âncoras do shopping, sendo a 30ª unidade da rede Zaffari e Bourbon de Supermercados e Hipermercados.
– Moda é um dos pontos fortes do mix do Bourbon Shopping Wallig. Cinco de suas seis âncoras – Renner, Riachuelo, C&A, Marisa e Centauro – são dedicadas ao setor.
O shopping também está trazendo operações inéditas na cidade como a Crawford, grife de moda masculina, e a Memove, operação vanguardista que surpreende o público com inovações na loja, tanto em tecnologia de instalações como na forma de relacionamento com seus clientes.
Marcas como Siberian, Paquetá, Luigi Bertolli, Gaston, TNG, Makenji, Aramis, Hering, M.Officer, Arezzo e Shoulder também marcam presença.
– A praça de alimentação, no quarto pavimento, ocupa um espaço com luz natural e vista panorâmica da região. É composta por 18 operações de fast food, e mais 4 casual restaurants. As principais redes nacionais e regionais marcarão presença, gerando para toda a região um novo e importante espaço de alimentação e lazer.
No primeiro pavimento, restaurantes como o Dado Garden Grill fazem parte da Alameda Gastronômica, espaço com ambientação exclusiva, acesso próprio e vista para a avenida Grécia.
Além das áreas específicas, mais 11 operações de alimentação, tais como cafeterias, chocolaterias e sorveterias, estão distribuídas pelos demais pavimentos do shopping, proporcionando conforto aos clientes em compras.
– Área de cinemas com 3 mil m², com capacidade para aproximadamente 2 mil lugares. São oito salas, sendo uma delas IMAX (equipada para filmes 2D e 3D) – a primeira do RS –, com cerca de 350 lugares.
O Cinespaço Bourbon Wallig será operado pelo Grupo Espaço, cujo diretor é o premiado cineclubista Adhemar Oliveira. O Grupo Espaço opera mais de 100 salas no Brasil, e já é parceiro do Grupo Zaffari nas unidades Bourbon Shopping Country, Bourbon Shopping Novo Hamburgo e Bourbon Shopping São Paulo.


Aí hoje de manhã fiquei pensando.
Já imaginou doar para os Zaffari aquela área do Presídio Central de Porto Alegre?
Calma, calma.
Eles construiriam 5 presídios, para 1.500 detentos cada.
Construídas no Estado, é claro. Em cidades onde a bandidagem é grande. E apenas uma em Porto Alegre. Na Zona Sul, onde tem muitas áreas disponíveis.
Já imaginou o Bourbon Shopping que não fariam na área?

BOURBON SHOPPING PC???


Não, não.
É viagem minha.
Prefiro um

ZAFFARI
NO GOVERNO DO RIO GRANDE DO SUL!!
(o que achas, hein Airton??)

Terça, 24 de abril de 2012

NO MÁS

Não existe amizade entre André Machado e Lauro Quadros – os dois da Rádio Gaúcha.
Nem mesmo profissionalmente.
Notaram que o Lauro não entra mais no finalzinho do programa do André, para anunciar os “palpitantes temas” do Polêmica?
Feia a coisa.
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ESTA É A DO ANO?

Zona Norte23/04/2012 | 08h40
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/policia/noticia/2012/04/homem-morre-enforcado-no-bairro-chacara-das-pedras-em-porto-alegre-3735798.html
Homem morre enforcado no bairro Chácara das Pedras, em Porto Alegre
Corpo estava pendurado por uma corda presa em árvore de praça na Avenida Teixeira Mendes, na altura do número 766
Um homem foi encontrado morto antes das 7h desta segunda-feira na zona norte de Porto Alegre. O corpo estava pendurado por uma corda presa em árvore de uma praça na Avenida Teixeira Mendes, na altura do número 766, bairro Chácara das Pedras.
O local foi isolado pela polícia para a realização de perícia. O homem, que não apresentava documentação, aparenta ter entre 40 e 50 anos, vestia calça jeans e camisa azul. As causas da morte ainda são desconhecidas.
ZERO HORA
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GENIAL!! EM QUE JORNAL SAIU ISSO???
Bola perdida durante o tsunami do Japão é encontrada no Alasca
Japonês de 16 anos reconheceu objetivo perdido em março de 2011 por escritos no objeto

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 EU VOU!!
Solenidade de inauguração do Bourbon Shopping Wallig.
Hoje, às 19 horas.
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EU VOU!! – 2 
João Batista Marçal lança mais um livro: Banditismo Republicano na Fronteira Oeste do RS.
A partir das 18 horas na Churrascaria Estrela do Porto – rua Jerônimo Coelho, 281.
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EU VOU – 3
O antropólogo Roberto DaMatta, que fará a Conferência Magna de lançamento dos trabalhos da Comissão Especial de Revisão do Código de Posturas do Município, realiza hoje um meeting com a imprensa e vereadores às 17h30min, no Salão Nobre da presidência. DaMatta estará promovendo à noite, às 19 horas, a conferência Convivência democrática: O desafio da vida cotidiana nos municípios. A atividade acontecerá no plenário Otávio Rocha.
A Revisão do Código de Posturas, que busca elaborar normas de convivência democrática para Porto Alegre, construídas a partir da discussão de temas que estão inseridos no dia a dia de todos e nas mais diversas áreas, como mobilidade, limpeza e preservação do meio-ambiente, é uma das prioridades da atual gestão da Câmara Municipal, anunciadas ainda no discurso de posse do presidente Mauro Zacher (PDT), em janeiro desse ano.
O evento tem entrada franca. As inscrições podem ser feitas pelo banner localizado na capa do site da Câmara (www.camarapoa.rs.gov.br). 
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PIADINHAS GENIAIS??

No http://www.piadinhas-do-dia.blogspot.com.br/
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Sescoop/RS lança a Cavalgada do Cooperativismo
Dentro das comemorações pelo Ano Internacional das Cooperativas, o Sistema Ocergs-Sescoop/RS, com apoio do Sicredi, lançou ontem a Cavalgada do Cooperativismo – Caminhos do Padre Theodor Amstad. O evento foi no restaurante Vitrine Gaúcha, Shopping DC Navegantes.
A Cavalgada tem por objetivo mostrar a importância do cooperativismo para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul e incentivar a intercooperação entre os diferentes ramos do cooperativismo, através do resgate da rota percorrida pelo Padre Theodor Amstad. Imigrante alemão, Amstad foi o responsável pela fundação da primeira cooperativa de crédito no Brasil, em 1902. Com duração de 22 dias, a Cavalgada passará por 17 municípios.
Comandada pelo tradicionalista Elton Saldanha, os participantes da Cavalgada serão recepcionados com palestras e shows nas comunidades por onde passarem e também estarão em um documentário que acompanhará todo o percurso. “O documentário servirá de registro e fonte de pesquisa para quem buscar informações sobre a rota que o padre Theodor Amstad percorreu realizando suas atividades pastorais”, diz Vergilio Perius, presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS. Nas comunidades onde ainda houver sinais da passagem do imigrante alemão serão plantados dois pinheiros em alusão ao símbolo do cooperativismo.
A cavalgada sairá do município de Cerro Largo no dia 6 de novembro e chegará em Porto Alegre no dia 28 de novembro de 2012. Dia 29, data em que ocorrerá o XV Seminário Estadual do Cooperativismo, haverá a entrega das bandeiras do Rio Grande do Sul, do Brasil e do Cooperativismo para autoridades presentes do Seminário, que será realizado na PUC.
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Claudio Spencer, de Porto Alegre
Francamente Prévidi, estou decepcionado. Achei que sendo um leitor assíduo do teu blog eu seria um cidadão bem informado. Mas foi somente ontem, ao ver o Lasier anunciando os convidados do Conversas Cruzadas, que soube que o Marcos Rolim também é “consultor de segurança” (kkk), além de todos os outros títulos que esse telentoso rapaz possui. Estou achando que o TCE não merece ter em seus quadros o Rolinho, o órgão é muito limitado pra abrigar toda a versatilidade do rapaz, não acha?
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De bola cheia
O Banrisul figura na nova lista das duas mil maiores empresas do mundo do índice Forbes Global 2000, divulgado pela revista americana Forbes. O Banco, que é uma das 33 companhias brasileiras incluídas no ranking, aparece em 1.437º lugar, uma posição acima do ranking de 2011. O levantamento da Forbes é elaborado com base em critérios que levam em conta faturamento, valor de mercado, ativos e lucro líquido.
Para o presidente do Banrisul, Túlio Zamin, a publicação reflete a solidez da instituição e seu posicionamento estratégico e mercadológico no mercado nacional e no exterior. “O desempenho alcançado é fruto de uma gestão dedicada em buscar melhores oportunidades de investimento, e na confiança conquistada junto aos clientes e comunidades onde o Banco atua”, destacou.
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Celas específicas para travestis 

Uma galeria com celas específicas para travestis no Presídio Central de Porto Alegre (PCPA) foi inaugurada, oficialmente, ontem. O espaço já abriga, desde março, 44 pessoas, entre travestis e seus companheiros(as), e integra a Política de Atenção à Diversidade Sexual da Susepe, que prevê, ainda, a realização de cursos profissionalizantes e oficinas. A cela específica é uma iniciativa da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), em conjunto com a Secretaria Estadual da Saúde (SES), Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos (SJDH) e a ONG Igualdade RS.
O ato teve a presença do secretário da Segurança Pública (SSP),  Airton Michels, do titular da Susepe, Gelson Treiesleben, e representantes de órgãos do Governo, do judiciário e de organizações não-governamentais (ONGs). Airton Michels destacou as políticas públicas existentes na casa prisional, apesar dos históricos problemas que a casa enfrenta. “Exemplo de ações positivas, são essas celas específicas que foram criadas para o público de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT)”, afirmou.
Para Gelson Treiesleben, a Susepe vem promovendo avanços na implementação de atividades dentro das Diretrizes Nacionais e Internacionais de Direitos Humanos. “Realizamos uma política de tratamento penal que contempla as necessidades dos diferentes grupos da população carcerária”, enfatizou.
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PIADINHAS GENIAIS??

No http://www.piadinhas-do-dia.blogspot.com.br/

Vinhos e Afins – 24/4/2012

Ibravin leva pequenas
e médias vinícolas para a ExpoVinis 2012

 O Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) fará mais uma participação histórica na ExpoVinis 2012, a maior feira do setor da América Latina e uma das dez mais importantes do mundo. No espaço Vinhos do Brasil estarão presentes 23 vinícolas das diversas regiões produtoras do Rio Grande do Sul (Serra, Vale dos Vinhedos, Pinto Bandeira, Campanha, Altos dos Montes, Alto Uruguai e Campos de Cima da Serra). A 16ª edição do Salão Internacional do Vinho começa nesta terça-feira (24) e segue até quinta-feira (26), em São Paulo, no Expo Center Norte – Pavilhão Azul.
Na Sala de Degustação Vinhos do Brasil, com espaço de 80m² (mais do que o dobro do ano passado), serão realizadas 11 palestras em parceria com o Senac/SP sobre os vinhos brasileiros, serviço do vinho e hábitos de consumo. “A Expovinis é a principal vitrine de vinho da América Latina”, afirma o gerente de Promoção e Marketing do Ibravin, Diego Bertolini. É neste palco que as vinícolas brasileiras irão mostrar seus últimos lançamentos para um público superior a 20 mil pessoas, que terão a sua disposição mais de 400 expositores do mundo todo.
A participação do Ibravin na ExpoVinis conta com o apoio do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, por meio da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa), Sebrae Nacional, do Sebrae-RS, da Oxford Cristais e da Scholle Packaging.
Confira as vinícolas que estarão presentes no estande do Ibravin:
Antonio Dias, Basso, Boscato, Cave Antiga, Courmayeur, Cooperativa Vinícola Garibaldi, Cordilheira de Santana, Dal Pizzol, Don Abel, Don Bonifácio, Don Guerino, Dunamis, Guatambu, Campos de Cima, Dom Cândido, Góes & Venturini, Larentis, Perini, Salvador, Sozo, Valmarino, Wine Park e Zanella.

Serviço da ExpoVinis Brasil 2012
16ª Salão Internacional do Vinho
24 a 26 de abril de 2012

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Dal Pizzol e as novidades ‘Do Lugar’

Os vinhos Do Lugar, elaborados pela Dal Pizzol Vinhos Finos, começam a chegar ao mercado com novo visual. Sem deixar a tradição de lado, a vinícola aposta na modernização dos rótulos de toda linha de vinhos com essa marca. A novidade estará sendo apresentada na Expovinis 2012, que acontecerá de 24 a 26 de abril no Pavilhão Azul do Expo Center Norte, em São Paulo.
O novo rótulo traz, de forma simbólica e estilizada, um cacho de uva representando a tradição da vinícola na elaboração de vinhos finos e também o próprio Parque Temático Dal Pizzol. O desenho faz alusão ao cuidado que a vinícola dedica a matéria prima do vinho: a uva. Na ilustração foi utilizada uma técnica de pincelada para retratar o trabalho artesanal ainda mantido pela vinícola no zelo com que cada garrafa é elaborada, rotulada e embalada para comercialização. A arte é expressa nos detalhes harmônicos e limpos que enaltecem o vinho.
As marcas ‘Do Lugar’ e ‘Dal Pizzol’ mantêm perfeito equilíbrio, cada uma com seu valor e representação, figurando no rótulo de forma clara. Essas características foram contempladas para evidenciar a autenticidade e a qualidade dos vinhos ‘Do Lugar’, que como a própria marca diz são produtos com a identidade da Rota das Cantinas Históricas, Faria Lemos, em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha.
O formato ascendente do rótulo não foi feito por acaso. O design foi buscar na história inspiração para representar a evolução contínua do produto ‘Do Lugar’. Sinônimo de alta qualidade, os vinhos ‘Do Lugar’ são genuínos e, portanto, verdadeiros e naturais como a própria história da Dal Pizzol Vinhos Finos.
Outra mudança está no contra rótulo, agora ainda mais didático para facilitar o consumo e harmonização feita pelo apreciador. As dicas de acompanhamento, notas do produtor, temperatura de serviço e prazo de validade vêm acompanhadas de desenhos que funcionam como legendas, facilitando o entendimento do consumidor.

Bom Dia!! Terça, 24 de abril de 2012

MAIS UM TEXTO PERFEITO!!

Gosto muito do que o Janer Cristaldo escreve.
Este, então, está de lascar!!
Leia:


SOBRE FEIRAS E VAIDADES
Janer Cristaldo – http://cristaldo.blogspot.com.br/

Lá pelos anos 70, fui quase um militante da Feira do Livro de Porto Alegre. Sempre a divulguei em minha coluna na Folha da Manhã, dela participei em tardes de autógrafo e sempre estava lá nos finais de tarde. Era uma feira pequena, sem som nem promoções outras que não o livro, que propiciava encontros entre escritor e leitor. Pessoas do interior do Estado vinham com malas para aprovisionar-se de leitura para o ano todo.
Minhas tardes de autógrafo tinham um encanto especial. Eu tinha muito carinho pelas profissionais que freqüentava e sempre as convidava para os meus lançamentos. Alheias àquele universo, elas não imaginavam que tinham de comprar o livro. Esperavam um presente. Resignado, eu sempre tinha uma boa dúzia de livros sob a mesa para regalos. Como as sessões eram geralmente à tardinha, elas vinham já vestidas para o trabalho, o que dava um colorido um tanto exótico à fila. Sentiam-se honradas sendo convidadas para um lançamento de livro e eu me sentia muito bem ao honrá-las.
Com o tempo, a feira foi crescendo. O número de lançamentos também. Fatores estranhos ao livro tomaram conta da praça. Foi instalado um arremedo de bar, que servia cerveja choca em copos de plástico. Mais um sistema de som. E um palco para apresentação de grupos e de teatro infantil. (Que tem a ver teatro infantil com livros?). Diversas organizações começaram a tirar casquinha da feira. Políticos a invadiram, em busca de visibilidade e votos. Eu já vivia longe de Porto Alegre, mas sempre voltava quando floriam os jacarandás da Praça da Alfândega. O gigantismo do que havia sido uma festa do livro afastou-me da feira. Deixei de voltar a Porto Alegre para visitá-la e mais: procuro evitar Porto Alegre nessas ocasiões. A cidade me traz recordações que machucam.
Em 95, fui convidado a fazer uma palestra na PUC gaúcha, sobre Camilo José Cela. Fui feliz a Porto Alegre, eu havia traduzido A Família de Pascual Duarte e Mazurca para Dois Mortos. O primeiro, a novela mais difundida na Espanha depois do Quixote, o segundo, um passeio pela Galícia espanhola, ao ritmo de uma estranha melodia, só ao alcance de quem curte a música das palavras. Cela, Nobel de 89, receberia um doutorado honoris causa na universidade e eu matava três ou quatro coelhos de uma só cajadada: revia meus amigos, revisitava a feira, conhecia o autor galego e fazia palestra sobre uma literatura que me fascinava.
Assim aconteceu. Mas um episódio empanou meu entusiasmo. Cela deu uma tarde de autógrafos na Feira. Formaram-se filas imensas ante o escritor, que teve de interromper os autógrafos, duas ou três horas depois, por estar com câimbras nos dedos. Foi quando tive uma triste percepção do universo dos leitores. Aquela multidão toda, que fazia fila como russos diante de um McDonald’s, não sabia se Cela era açougueiro ou alfaiate. Estavam ali para receber o autógrafo de um prêmio Nobel. A feira havia transformado um grande autor em uma celebridade qualquer. Alguns anos mais tarde, Paulo Coelho poluiu a Praça da Alfândega. De novo, filas quilométricas. Há um tipo de leitor para quem Coelho ou Cela têm o mesmo peso. São famosos e basta. Não importa o que tenham escrito. Mesmo quando compra um bom livro, este leitor nem sabe o que está comprando.
Soube, ano passado, que meu comunicado na PUC foi “esquecido” na edição da revista que reuniu as palestras do evento. Pelo jeito, até quando presto uma homenagem constranjo. Não sei exatamente quais foram as razões que levaram a esta censura. Mas suponho ter sido o fato de afirmar que Cela militou na Falange franquista. E jamais se arrependeu disso. Mas o Nobel transfigura seus contemplados. Na mesa coordenadora das palestras, havia até velhos comunistas prestigiando o soldado de Francisco Franco.
A moda das feiras se espalhou pelo Rio Grande do Sul e cada cidadezinha, mesmo não tendo livrarias, passou a ter uma feira do livro. Visitei algumas, por acaso. São tristes. Como não há livreiros locais que as abasteçam, encomendam livros de Porto Alegre. As livrarias mandam o que vende mais, os best-sellers. Nessas feiras, dificilmente você vai encontrar literatura que preste. De modo geral, só best-sellers e livrecos de autores locais. De algum advogado que se julga escritor só porque redige petições, ou de alguma poetisa que põe no papel suas angústias de menopausa. Mais um stand de livros evangélicos e outro de livros espíritas. E o resto é silêncio.
As feiras do livro viraram feiras de vaidades. Isto é herança de um passado ainda recente, no qual o escritor é um personagem mítico. Estes dias estão terminando. Há escritores que se gabam de ter escrito quarenta ou mais livros, e não somos capazes de citar um só título. Dois exemplos: alguém já ouviu falar de Josué Montelo? Pessoa da minha idade, talvez. Pois o homem escreveu mais de cem livros e dele não lembramos título algum.
Segundo exemplo: li há pouco que participou – ou participará – da feira do livro de Bogotá a escritora e imortal da Academia Brasiliense de Letras, Margarida Patriota, autora de 26 livros. Alguém consegue citar algum sem uma busca no Google? Duvido.
A profissão de escritor se dessacralizou, só não percebem isto escritores de província. Neste sentido, o ebook é bem-vindo. Hoje, se alguém quer publicar um livro, não precisa de editor, distribuidor ou livreiro. Basta colocar seu texto em formato eletrônico e jogá-lo na rede. O fetiche do livro publicado em papel só tem vez nas feiras do livro e programas governamentais de leitura.
A propósito, acabo de ler que a Fundação Biblioteca Nacional terá 330 milhões de reais para investir em programas do livro. Parte dessa grana servirá para a contratação de quatro mil agentes de leitura, realização de mais de 500 encontros com autores no projeto Caravana de Leitura, apoio a 200 pequenas e médias feiras.
Traduzindo: cabide de empregos, turismo gastronômico e financiamento de feiras onde pavões irão exibir suas plumas. Que faz um agente de leitura? Não tenho idéia. O máximo que posso conceber é alguém que segura o livro enquanto você lê.
Sobre a crônica passada, leitores me advertem que Gabriel, o sedizente pensador, não é roqueiro. Mas rapper. Segundo outros, é pop. Ou talvez hip hop. Que seja. Pertence a essa raça que saltita no palco enquanto rasca guitarras para uma platéia de anencéfalos que juntam as mãos sobre a cabeça? Então é similar.
Só mudam as moscas. Mantenho o título da crônica.