JORNALISTAS
Esse é um dos grandes filmes que vi em toda minha vida.
Um típico filme americado, dirigido por Billy Wilder. De 1974
Resumo: Se passa nos anos 20. Hildy Johnson (Jack Lemmon) é o principal repórter de um jornal de Chicago, mas, cansado, está determinado em deixar o emprego e se casar com Peggy Grant (Susan Sarandon).
Entretanto, o ardiloso editor de Hildy, Walter Burns (Walter Matthau), tem outros planos, pois não quer perder Johnson e, na véspera de Earl Williams (Austin Pendleton) ir para a forca em virtude de uma condenação, Burns tenta convencer que Johnson fique um pouco mais para escrever a história.
O final é fantástico. Assisti umas 4 vezes.
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Não conheço jornalistas de todo o mundo, mas acredito que todos os jornalistas do mundo são iguais. Independente do que fazem, e do modo que agem, tenho uma certeza: todos adoram o que fazem – ou lutam para fazer o que sempre tiveram com sonho.
São raríssimos, aqui no Brasil, os jornalistas milionários. Poucos. Os que chegaram ou ultrapassaram a um milhão de reais de patrimônio deixaram a reportagem, a edição, a redação. Descambaram para a área comercial, ou para empregos públicos ou se tornaram empresários. Ah, sim, ou são de famílias ricas. Herdeiros. E esta categoria é até comum. Fazem de tudo para mostrar que são ricos porque são “bem sucedidos na profissão”. Hum, hum.
É uma regra. Nenhum jornalista fica milionário, por exemplo, como repórter.
Se o leitor conhece algum, me conte, porque tenho mais de 30 anos no meio e ainda não conheci uma peça dessas.
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Não existe um jornalista completo – e chego a esta conclusão pelos colegas que conheci e amigos que tenho em mais de 3 décadas. É assim: uns escrevem muito bem, mas não são bons repórteres; outros sabem apurar de forma extraordinária, mas na hora de passar para o papel se confundem. O sujeito que é bom de microfone, geralmente, não escreve nada.
Há exceções, é claro, mas não vou dar exemplos.
Há jornalistas, poucos, que são bons vendedores, bons de microfone e excelentes de texto.
Tem um tipo de jornalista muito engraçado: o cara é amigo de todo o empresariado da cidade, é admirado pelos governantes, frequenta todos os grandes eventos, mas na hora de tocar um projeto, sempre argumenta:
– Eu não sei vender.
E o projeto fica arquivado.
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Jornalista, de um modo geral, é um tipo único. Indescritível. Não tem como comparar com outtros tipos.
Só mesmo os companheiros (as) para traçarem esse perfil. Me nego a falar disso. Só digo uma coisa: quanto mais experiente mais o convívio é difícil. Depois melhora. Será?
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Toda essa conversa para publcar um e-mail do economista Paulo Timm.
Por que jornalistas namoram jornalistas?
– Porque eles freqüentam sempre as mesmas redações, os mesmos bares de jornalista, festas de jornalista, eventos para jornalista.
– Porque jornalista adora apresentar um amigo jornalista encalhado para uma amiga jornalista encalhada.
– Porque pobreza atrai pobreza.
– Porque só um jornalista entende as neuras do outro.
– Porque só um jornalista suporta o papo de jornalista do outro.
– Porque é doce a ilusão de, um dia, se tornar o novo casal 20 do Jornal Nacional.
– Porque um não pode rir da desgraça do outro.
– Porque, assim como ela, ele gosta de usar camisa xadrez, de ouvir Chico e Caetano, de protestar contra tudo, e essa afinidade toda deve ter algum significado cósmico que unirá estas duas almas jornalísticas para todo o sempre.
– Porque o namorado(a) anterior era publicitário(a) e descobriu-se, assim, que tem coisa pior que jornalista neste mundo.
– Porque jornalistas são metidos mesmo e querem cruzar apenas entre si para perpetuar a pureza da espécie.
– Porque o amor é cego e surdo e estúpido, nunca ouviu isso, não?
– Porque é preciso ter alguém para ler os seus textos antes de mandar os frilas para a editora.
– Porque, como os dois ralam pra cacete e vivem fazendo plantão, o risco de um cornear o outro é bem menor.
– Porque, como os dois ralam pra cacete e vivem fazendo plantão, o risco de um ter que conviver com a família do outro é bem menor.
– Porque algum(a) ex de outra profissão deve ter jogado uma praga daquelas bem fortes, do tipo vocês jornalistas se merecem, manja?
– Porque essa coisa de ser meio anti-herói e esquisito tem um charme que só outro jornalista é capaz de perceber e deixar-se seduzir.
– Porque só jornalistas conseguem envelhecer ao lado de jornalistas.
– Porque jornalista é um bicho burro mesmo. Com tanto engenheiro rico e empresária bem-sucedida por aí, vai escolher logo outro jornalista? Faça-me o favor.
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Claro que tive algumas jornalistas como namoradas. Fui até noivo de uma.
Como poderia dar certo?
