Especial! Terça, 16 de agosto de 2011

Nossos comerciais, por favor!!
Hoje não vou tratar da bobagem ou palhaçada que fizeram com a Rádio Ipanema.
Não vou escrever sobre a (quase) demissão do Reche da Rádio Guaíba.
Também não vou comentar sobre um cara muito legal que conheci ontem, o presidente do Grupo Record RS, Fábio Tucilho.
Não vou revelar quem era o cara que estava na charadinha de ontem.
Nada de dona Dilma, de Tarso Fernando ou de José Alberto Fortunati.
Nem o texto da Laís Legg, sobre o galo da Rua da Praia, que só vai ser postado amanhã.
Nadica de nada.
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Hoje é tudo com o previdi.com.br.
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Acontece que no último sábado, dia 13 de agosto, o previdi.com.br completou 8 anos de existência.

E EU ESQUECI!!

Fui lembrar apenas ontem de noite.
Que falha!!
O cara esquecer do próprio aniversário!!
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Aí, ontem de noite, pedi para o Gustavo “resgatar” os desenhos da página.
O primeiro foi feito pelo Guilherme, o meu rapaz mais velho. Hoje ele detesta tudo que diga respeito a informática, apesar de ter ganho uns pilas com isso. Fez sites pra muita gente, mas apagou isso da sua história.
Olha o primeirão:

Até que era bem bonitinho, né?
No início eu pisava em ovos, não sabia bem o que fazia.
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Aí fui pegando o jeito da coisa. Mas ainda estava tatiando.
Olha – esse já foi do Gustavo que, por sinal, também detesta tudo que diga respeito a informática, mas me dá uma mão legal:

Melhorou, né?
Já estava mais manso da coisa.
É engraçado. As vezes falo com uns caras que acham que colocam no ar uma página e vão viver daquilo. De uma hora pra outra vão achar o modelo certo, infalível. Não tem MÁGICA: ou o cara tem muito dinheiro, para bancar uma redação ou… ou… vai metendo a cara.
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Aí teve a terceira versão:

Essa todo mundo lembra, né?
Nessa fase eu já estava com os dois pés no chão e sabia o que estava fazendo.
Até que chegamos ao site/blog ou blog/site que está hoje no ar:

Legal, né?
Uma vida, meu!!
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Hoje estou muito contente. Como se estivesse no dia 13 de agosto de 2011.
Alegria dupla:
Conto:
Ontem, dia 15 de agosto, tive o maior número de visitantes únicos nestes 8 anos!! Um negócio espetacular.
E sabe qual é a média de permanência no blog/site? 8m1s. Isso mesmo, pouco mais de 8 MINUTOS. Outra: tem sempre uma média de 20 visitantes on line. Sempre. Claro, menos na madrugada, mas sempre tem alguém dando uma conferida. No mês, tem visitantes de 500 a 600 cidades do Brasil e de todos os continentes.
É mole?
Não, amigos e amigas, é um trabalho de 8 anos.
E o fundamental: faço, sempre, feliz. Muito feliz!!
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PARABÉNS PRA EU!!!!

Segunda, 15 de agosto de 2011 – parte 2

Parece mentira!!

 Hoje é um dia de festa em Porto Alegre.
Está saindo do papel algo que parecia impossível – ou improvável.
Não, ainda não é a inauguração da barca que ligará a capital do RS com Guaíba.
Acreditem, hoje, aconteceu a cerimônia de início da construção do aeromóvel em Porto Alegre, no canteiro da rotatória de acesso do Aeroporto Salgado Filho.
Imagina?
E mais: Hoje escutei no Guaíba Cidades, uma entrevista do Felipe Vieira com Humberto Kasper, diretor-presidente do Trensurb. Ele garantiu que em fevereiro de 2012 a população poderá usar o aeromóvel, da estação do metrô até o aeroporto.
É uma festa!! E merecida!!
O nosso governador Tarso Fernando, o nosso prefeito José Alberto e até o ministro das Cidades Mário Negromonte participaram da cerimônia.
Aleluia!!
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Extra! Extra!!
Dona Dilma, a nossa presidentE, na sexta recebeu as credenciais de vários embaixadores.
Aí abaixo ela está com o embaixador da Nigéria, Vicent Amerib-Okun Okoedion. A foto é do Roberto Stuckert Filho.
Olha só a elegância da nossa presidentE:

Cá entre nós: o nigeriano parece um bispo, cardeal, por aí.
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Pérola
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Geral&newsID=a3446595.xml
Polícia | 12/08/2011 | 21h25min
Tiroteio na Avenida Praia de Belas, na Capital, deixa uma mulher baleada
Outros dois homens, que estavam em um dos carros, também foram atingidos
Um tiroteio surpreendeu quem passava pela Avenida Praia de Belas no começo da noite desta sexta-feira, por volta das 19h. Um dos tiros atingiu a perna de uma mulher, próximo a uma parada de ônibus, nas imediações da Praça Itália.
Rosemari Siqueira Pereira foi socorrida pelo Samu e encaminhada ao Hospital de Pronto Socorro. Testemunhas relataram à Brigada Militar que os tiros partiram de dois Pálios com três homens dentro de cada um deles.
Um dos carros também foi parar no HPS com dois baleados.
De acordo com a BM, depois de atendidos, eles fugiram do hospital.

O Marco A. Souza comenta: Que tiro, hein? Arremessou o Pálio com dois feridos dentro do HPS.
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Viviane Kremer
Solicitei meu desligamento da Rádio Pampa na última terça-feira e, portanto, não comando mais o Pampa Girando com a Notícia. Minha decisão foi motivada somente entre viabilidade e recursos financeiros. 
Sigo buscando oportunidades na área e, como sempre, investindo na minha capacitação profissional, certo!

Contatos com a excelente Viviane pelo (51) 8544-8052.
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BARRACO AO VIVO NA IPANEMA!!

O histórico locutor da Rádio Ipanema, Cláudio Cunha, chuta o balde no ar e cara sai do ar na marra.
Dá uma olhada:

No Facebook
Do Renato Martins, diretor de jornalismo do Grupo Band no RS:
E aí, que tal? Gostaram da #NovaIpanema FM 94,9? Eu não.
Pouco antes, o Renato postou:
Acordamos hoje com uma Nova Ipanema FM 94,9. Luan Santana, Angélica, Latino, Ivete Sangalo, Exaltasamba, etc. É um novo modelo. Eu não gosto de desse tipo de música, mas muita gente gosta. Infelizmente há os descontentes, mas há aqueles que estão felizes com uma nova opção musical no rádio.
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No Facebook – 2
De Leonardo Meneghetti, diretor-geral do Grupo Bandeirantes no RS:

SEGUNDA-FEIRA PARA ENTRAR NA HISTÓRIA DO FM GAÚCHO!

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Jango na tela
Amanhã, o Cinema na Câmara exibe Jango em 3 Atos, documentário de Deraldo Goulart. A sessão começa às 19 horas, no Teatro Glênio Peres (Av. Loureiro da Silva, 255 – 2º andar).
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Desabafo

 De um repórter que cobre o setor de Polícia todos os dias:
Tá na hora da sociedade e dos parlamentares repensarem o Código Penal e acabar com esse negócio de “a polícia prende e a Justiça solta”.
Hoje tudo beneficia o infrator, o criminoso. Eles não precisam mostrar o rosto, pois são “suspeitos”, mesmo que estejam envolvidos. É preciso eliminar artigos que servem de brechas para advogados porta-de-cadeia, que livram os bandidos antes do julgamento. Hoje, para colocar o sujeito na prisão, o brigadiano precisa apresentar provas do crime na delegacia.

Se o bandido jogou fora o revólver, já está livre de uma punição maior.
Ainda tem policial civil que complica para incriminar o bandido, exigindo o material (mas é o que determina a lei, ironizam).
E o bandido escutando e rindo. Depois o delegado tem que fechar bem o inquérito para que o juiz não libere o criminoso (alguns também não autorizam mandado de busca e de prisão por falta até do nome do acusado – apelido não serve!). O advogado mal-intencionado confere tudinho para livrar “o cliente”. E após tudo isso, o bandido ainda tem direito ao regime semi-aberto. “Os manos estão rindo da nossa cara”.

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Piadinhas legais?
No http://piadinhas-do-dia.blogspot.com/.
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Do Políbio Braga
Conselheiros do TCE do RS recebem remuneração média mensal de R$ 31.800,00, além de boca livre para usar computadores, celulares, refeições, passagens aérea e hospedagem em viagens, nomeação de assessores e carro do ano com motorista. Além disto, podem aposentar-se com salários integrais ao final de apenas cinco anos de trabalho. 
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Mais um
Jamais vi alguém tão poderoso na Assembleia gaúcha. Mandava mais do que os presidentes.
Hoje de manhã soube da morte de Antônio Maciel. De câncer do fígado.
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Mais um – 2
Hoje de manhã escutei o Antônio Carlos Macedo, o apresentador Macedão/Mazedão da Rádio Gaúcha, dizendo que sua mãe faleceu na semana passada. Faria 75 anos em setembro.
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Piadinhas legais?
No http://piadinhas-do-dia.blogspot.com/.

Ferro e Mais Ferro – 15 de agosto

O país das Ilicitações

Por Glauco Fonseca

As relações entre o público e o privado estão em crise no Brasil. Qualquer parceria entre os segmentos pode ser vista como se fosse um caleidoscópio. Dependendo do que se queira ver, denúncias são formuladas a bel prazer, de acordo com o tempo, a temperatura, velocidade dos ventos e espectros astrais, seja lá o que isto significa. Entrar em uma licitação já é considerado indício de intenção de crime. Ganhar, então, é a prova cabal de que há roubo de dinheiro que “poderia ir para a construção de escolas, creches, hospitais” ou qualquer coisa que os gestores públicos fingiram que fariam e jamais farão.
A corrupção no Brasil tem sido evolutiva sob todos os aspectos. A ousadia dos ilícitos é cada vez maior, tanto quanto os recursos que têm sido desviados a céu aberto. O número de pessoas envolvidas em crimes de corrupção também aumentou de modo endêmico. Não se trata mais de um fenômeno estanque ou temporário e sim de algo institucionalizado e até tolerado. O limite para o saque das burras públicas é que ainda não atingiu o seu pico. Há ainda mais espaço para roubar, mais dinheiro (que não acaba nunca) e mais criatividade em ações para fins ilícitos do que para sanar problemas históricos do país, como estradas esburacadas, educação incompleta ou saneamento precário.
A hipocrisia é crescente e se alimenta da falta de ética de uma nação inteira. Empresas que corrompem sistematicamente são, muitas vezes, as mesmas que possuem ações em bolsa, com suas contas abertas a investidores. Ou seja, praticam padrões éticos internacionalmente aceitos no campo privado e deitam e rolam nos certames públicos como se fossem “O Médico e o Monstro”. Se um dia as empresas privadas decidissem dar um basta à corrupção no setor público, atuando como se privado fosse, teríamos um golpe mortal efetivo nas ocorrências de roubo de recursos públicos. A ideia é boa.
Se partirmos da premissa de que nosso cotidiano  nos leva a esquecer do “pequeno detalhe” de que só há corrupto se houver um corruptor, a junção de lideranças empresariais para a reformatação do mercado certamente renderia bons frutos. Não acabaria com o roubo, mas daria um “uppercut” letal para a maioria dos ratos de navio que se arvoraram depois dos ensinamentos do Mensalão. Isto sim seria ser “socialmente responsável”. Isto sim seria “ética empresarial” e competitividade livre de influências malignas da corrupção.
Em síntese, há um grande motor favorável às engrenagens lubrificadas da corrupção no Brasil e este motor se chama iniciativa privada inescrupulosa. Experimentem competir limpo, praticando a ética que exigem de seus empregados e fornecedores, para ver se o país não melhora, se não melhora a qualidade da interlocução, a qualidade profissional e técnica dos agentes públicos. Não há país livre de corrupção com empresários corruptos e corruptores. Não há meia ética ou ética de apenas uma via.
Fica a sugestão para um grande pacto nacional de combate à corrupção, tendo à frente não a Polícia Federal ou os  agentes públicos apenas. A sugestão é de criação de um pacto pra valer. Corrupto não recebe mais dinheiro, empresário não paga mais. Assim, corrupto morre de fome e empresas incompetentes vão ter de se virar com seus destinos diante da competição séria e sem aditivos inescrupulosos.
Não há agentes públicos corruptos sem que haja empresários mais corruptos ainda.

DVDs Legais – Fábio Rübenich

ALÉM DA LINHA VERMELHA

Novembro de 1993. No há muito extinto Cine Avenida 2, cinco pessoas (eu, meu irmão, um amigo e ainda um casal de desconhecidos)  prestigiavam uma sessão de final de tarde de “Cães de Aluguel”, primeiro e melhor filme do então obscuro e desconhecido Quentin Tarantino. Menos de um ano depois, “Pulp Fiction – Tempo de Violência” ganharia a Palma de Ouro em Cannes. Quando estreou em Porto Alegre, no início de 1995, havia sessões lotadas até mesmo nos Shoppings de Porto Alegre, que haviam ignorado a existência de “Cães de Aluguel”, é claro. Tarantino passou a ser referência “pop”, foi para a “boca do povo”, e nunca mais arrastou apenas cinco testemunhas para seus próximos filmes.
Algo semelhante está acontecendo em 2011 com Terrence Mallick, o genial filósofo-cineasta, um dos últimos diretores-autores do cinema americano. Com 67 anos de idade, Mallick é da mesma geração de Steven Spielberg, Francis Ford Copolla e Martin Scorsese, mas nunca alcançou reconhecimento pelo menos parecido com o dos três colegas, mesmo porque, até hoje, sem contar um filme que já está na pós-produção e que ainda sequer tem título definido, dirigiu apenas cinco filmes em uma carreira que começou em 1973, com “Terra de Ninguém”. Com “Árvore da Vida” vencendo o principal prêmio de Cannes em maio passado, Malick ganhou uma rápida e certamente não desejada notoriedade. Assim, seus filmes anteriores e menos prestigiados despertam interesse maior a partir de agora. O último, “O Novo Mundo”, de 2005, já mencionado aqui neste espaço no blog do Previdi, praticamente ninguém viu, infelizmente. Mas, o anterior, “Além da Linha Vermelha”, de 1998, recebera sete indicações frustradas ao Oscar daquele ano, que consagraria O Resgate do Soldado Ryan e Shakespeare Apaixonado. Nem mesmo o prêmio de melhor fotografia o filme de Malick levou, apesar de ter sido considerado imbatível na categoria.
“Além da Linha Vermelha”, o “melhor filme de guerra americano de todos os tempos”, segundo comentários recentes publicados no “The Guardian”, já inicia de forma poética e contemplativa, com o lento mergulho de um crocodilo, seguido por imagens que revelam um local que à primeira vista parece se tratar de um paraíso terreno. Vemos homens brancos interagindo com os nativos de uma ilha do sul do Pacífico, se banhando no mar cristalino e exibindo o sorriso da felicidade despreocupada, tudo isso embalado pelas melodias e pelo coral suave do trecho “In Paradisum”, do Réquiem de Gabriel Fauré. Mas, logo o som ensurdecedor de uma fragata da marinha americana interrompe os momentos idílicos. Ela veio capturar aqueles homens, na verdade fuzileiros desertores. Aquele lugar é a Ilha de Guadalcanal, um dos cenários mais violentos da Segunda Guerra Mundial.
A partir daí, Mallick vai justificar, em quase três horas de filme, que alterna imagens tão díspares como um corpo destroçado e apodrecido com o suave e quase silencioso balanço das folhas de uma árvore, o uso da metáfora criada pelo general inglês que derrotou Napoleão no título original do filme: “A tênue linha vermelha”. Loucura, crueldade, amor ao próximo, respeito ao vencido e cenas realistas de um combate sangrento entre americanos e japoneses são intercalados com angústias e pensamentos narrados em “off” por vários dos personagens desse marcante “drama existencialista de guerra”.
Sean Penn e Jim Caviziel (o Jesus, de A Paixão de Cristo) lideram um elenco que traz pequenas participações de astros como John Travolta, Nick Nolte, John Cusack, Woody Harrelson, Adrien Brody e George Clooney, que foram exigências do estúdio que financiou o retorno de Terrence Malick ao cinema depois de um hiato de 20 anos.

Além da Linha Vermelha (The Thin Red Line). EUA 1998. 170 minutos. Dirigido e escrito por Terrence Malick.