Vinhos e Afins – 19 de julho de 2011

Safra de uva é recorde
A safra de uva colhida este ano no Rio Grande do Sul é a maior da história.
Segundo dados do Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho) foram colhidos 707,2 milhões de quilos de uvas no RS, estado responsável por cerca de 90% da elaboração brasileira de vinhos e 55% da produção de uvas. O crescimento é de 180,4 milhões de quilos – 34,2% a mais do que os 526,8 milhões de quilos colhidos na safra de 2010. Até agora, a maior safra da história era a de 2008, que teve a colheita de 634 milhões de quilos de uva, 10,3% menor do que a atual.
O maior aumento ocorreu nas uvas comuns (americanas ou híbridas), que resultaram numa colheita de 624,9 milhões de quilos, enquanto as uvas viníferas somaram 82,3 milhões de quilos, um pouco menor do que os 83,8 milhões de quilos da safra 2008.
Quase a metade das uvas comuns foi destinada à elaboração de suco, seguindo uma tendência observada desde a safra passada. Na comparação com 2004, dobrou o volume de uva comum designada ao suco, pulando de 24,2% em 2004 para 49% este ano. “Felizmente, o aumento considerável na produção de uva no
Estado foi destinado, em sua grande maioria, para a elaboração de suco”, afirmou o presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin, Júlio Fante.
O mercado do suco de uva cresceu 300% nos últimos sete anos no Brasil. Em 2010, o aumento nas vendas de suco de uva pronto para beber foi de 20%. Isso justifica a preferência dos viticultores pelas variedades americanas ou híbridas, sobretudo Bordô e Isabel. “O suco de uva consolida-se como uma alternativa viável para o maior equilíbrio do setor, diminuindo o destino de uvas comuns à produção de vinho de mesa, que ainda sofre com os altos estoques”, observou Fante.
A produção de uvas viníferas foi dominada – mais de 60% – por cinco municípios nesta safra: Bento Gonçalves (25% do total), Farroupilha (15,7%), Monte Belo do Sul (10%), Santana do Livramento (6%) e Garibaldi (5,6%). Na sequencia dos 10 maiores municípios produtores de uvas viníferas aparecem São Jorge, Cotiporã, Flores da Cunha, Encruzilhada do Sul e Veranópolis.

Municípios produtores
Os maiores municípios produtores de uva (comuns e viníferas) do Rio Grande do Sul e por extensão do Brasil são Bento Gonçalves (123,3 milhões de quilos), Flores da Cunha (106,6 milhões/kg), Farroupilha (72 milhões/kg), Caxias do Sul (60,5 milhões/kg) e Garibaldi (49,8 milhões/kg). Eles são seguidos por Monte Belo do Sul, Nova Pádua, São Marcos e Antônio Prado.
Das uvas colhidas e processadas este ano no Rio Grande do Sul, 63,5% são originadas de apenas dois municípios, Bento Gonçalves (36,2%) e Flores da Cunha (27,3%). A participação desses dois municípios cresceu 89% no total de uvas processas no RS este ano em relação a 2010. Na safra passada, Bento Gonçalves processou 19,3% da uva gaúcha e Flores da Cunha 14,3%. Farroupilha passou de 8,6% em 2010 para 10,7% este ano das uvas processas no RS.
Os outros municípios situados entre os principais produtores de uvas do RS perderam força no processamento (elaboração de vinho ou suco) de uvas no Estado, mesmo tendo sua produção de uvas acrescida na atual safra. Caxias do Sul caiu de 8% em 2010 para 5,7% em 2011, Garibaldi de 7,4% para 5,6%, Monte Belo do Sul de 6,8% para 5%, Nova Pádua de 4,6% para 2,7%, São Marcos de 4,2% para 2,1% e Antônio Prado de 3,4% para 1,3%.
O diretor-executivo do Ibravin, Carlos Raimundo Paviani, lembrou que o aumento da safra de uva está relacionado às novas áreas de cultivo implantadas nos últimos anos e que só agora entram definitivamente em
produção, especialmente na Serra Gaúcha, a mais tradicional região produtora do Brasil. “Expandimos a área produtiva de uva na Serra Gaúcha e também em outras regiões, como a Campanha, a Serra do Sudeste e inclusive o Norte do Estado”, disse. Mainardi ressaltou a presença da Campanha Gaúcha, que com apenas 16 vinícolas já possui em torno de 15% da produção de vinhos finos, elaborados a partir de uvas de variedades Vitis viníferas.

Evolução de vinícolas no RS

O número de empresas vinícolas no Rio Grande do Sul soma 751 este ano, contra 741 no ano passado. Os primeiros cinco municípios sede destas empresas são Flores da Cunha (25%), Caxias do Sul (17,4%), Bento Gonçalves (10,7%), Garibaldi (8,8%) e Farroupilha (6%). Em relação há cinco aos, ocorreu uma elevação de 10% no total de empresas vinícolas no RS e, há uma década, o crescimento foi de 71%. Fante destacou que 151 municípios gaúchos – 30% do total do RS – produziram uva nesta safra, contra 141 na safra de 2010. Em 2004, por exemplo, havia 119 (24%) municípios produtores de uva no RS.

Ferro e Mais Ferro – 19 de julho

 É preciso olhar por nossas crianças
Mônica Leal – http://monicalealrs.blogspot.com/

Vejo com grande preocupação a questão da infância e da adolescência em nosso país e não é de hoje que assistimos essa geração ser atingida pela marginalidade e pela desesperança. É importante registrar que a violência acontece nesse meio, transforma perigosamente nossas crianças e jovens, tanto em agressores como em vítimas precoces deste processo desenfreado que são as drogas, a prostituição e o crime. O amparo adequado na primeira infância é, sem dúvida, o fator determinante para a formação do ser humano; isso irá nortear a conduta correta em sua vida.
E entre os maiores problemas com que nos deparamos está a crescente prostituição infantil e o turismo sexual. O mais grave disso é que meninas recém entrando na puberdade são utilizadas para essa exploração, sendo até prática comum nas ruas das cidades brasileiras. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que no Brasil, 5 milhões de crianças morem nas ruas. O governo Federal refuta o número, as organizações não-governamentais também, e o IBGE não tem os dados, pois só contabiliza pessoas em domicílios. Projeta-se que o número de meninas brasileiras apanhadas nessa modalidade oscila entre 100 mil e 500 mil. Essas informações não tão precisas, nos mostram claramente o descontrole público nessa questão.
Com isso, a primeira coisa que nos chama atenção é que essa exploração do sexo e o tráfico de crianças, bem como as situações de abandono e vulnerabilidade, têm ligação direta com a exclusão social e a pobreza, que aumentam assustadoramente no Brasil. A precocidade em que o abuso sexual ocorre no Brasil é um dado alarmante. Li um artigo da professora Eva Faleiros, da Universidade de Brasília (UnB), que coordenou uma pesquisa com 40 casos de abuso sexual na infância e as conclusões foram preocupantes: revelou que 69,1% das crianças abusadas tem menos de 11 anos. E, em 27,3% dos casos, elas tem 0 e 6 anos. Outro dado relevante que a pesquisa confirmou é que as estatísticas nacionais e internacionais de que a violência contra crianças e adolescentes é praticada basicamente por familiares ou pessoas conhecidas.  Lamentavelmente, a criança que passa por essa situação constrangedora, será o jovem de amanhã, marcado pela tragédia, e, com raríssimas exceções, conseguirá superar essa barreira sem dificuldades ou danos em sua vida pessoal e profissional.
A miséria que assola o país aumenta o contingente de crianças sem lares, que perambulam pelas ruas, morando em praças, a mercê de toda a sorte, tornando-se alvo de malfeitores e aliciadores. Qual o futuro que terá uma criança sem lar, família, educação, saúde e sem o amparo dos órgãos públicos?
É preciso que os governantes, em seus projetos – que sejam efetivamente colocados em prática – incluam como prioridade o investimento na primeira infância.
Acredito que o primeiro passo para resolver a questão seria a reimplantação de escolas de tempo integral, onde a criança receba amplo atendimento nas suas necessidades básicas em diversas áreas do segmento social: alimentação, lazer e recreação, educação e saúde. É fundamental investir nas crianças, somente desta forma é que uma nação terá futuro.

Terça, 19 de julho de 2011

Acertou?

Dou razão para vocês, não era fácil acertar o nome do guri aí em cima.
Mesmo assim, mataram a charada, pela ordem: Emanuel Mattos (ontem, às 14h54min), Gilberto Otávio Lima, Sérgio Seppi (Será que ele continua um grande gremista?), Valério Campos (O ridículo da foto é o famoso BR (Baixinho Ridículo) Mario Marona. Abração), João Carlos Machado Filho (Pela estatura, o Marona), Ciro Comiran (é o toquinho mário marona, nosso inesquecível companheiro das matinas da Farroupilia, 79/80), e algum mais que possa ter perdido o e-mail.
Sim, meus amigos, o guri comportadinho aí em cima é o famoso jornalista, radicado no Rio de Janeiro, mas nascido em Canoas

MÁRIO RENATO GOMES MARONA

Aí está uma foto (quase) atual do galã:

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Quem é aí embaixo?
Envie seu palpite para previdi@previdi.com.br.
(Não envia pelos “comentários”, porque aí todo mundo vê!!!) 

A guria foi loirinha
Ela com a mamãe

Bem, vamos a poucas dicas:
– É radialista, com uma belíssima voz;
– É cantora – não é preciso dizer que tem voz lindíssima;
– Mora na zona sul de Porto Alegre.
Chega!!
O primeiro que acertar leva dois livros do Prévidi!!
 

Bom Dia! Terça, 19 de julho de 2011

 Bancários e banqueiros
Leiam esta notícia:
O presidente do Banrisul, Túlio Zamin, assumirá a presidência da Associação dos Bancos no Estado do Rio Grande do Sul e do Sindicato dos Bancos nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, para a gestão 2011/2013. 
A cerimônia de posse será amanhã (19), às 12h30min, em reunião-almoço no Hotel Plaza São Rafael, Salão Le Bom Gourmet (Avenida Alberto Bins, 514), em Porto Alegre. No local, às 12 horas, o dirigente estará à disposição da imprensa.
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Legal, não?
Claro que é legal!!
Zamin é petista de carteirinha e pela segunda vez é presidente do Banrisul. Antes, ocupou o cargo no Governo do Olívio Dutra.
Ah, já sei, tem alguém que vai dizer: Isso é uma incoerência!! O cara é PT e é banqueiro!!
Então tá. A maioria da população do RS elege Tarso Fernando como governador e ele não nomeia o presidente de um dos maiores bancos do Brasil porque o Partido dele é dos Trabalhadores. Por favor, vão catar coquinho!!
O Banrisul, há um bom tempo, é um banco legal, mesmo que tenha que cumprir as regras do mercado, como esses absurdos juros do cheque especial. Tem o cartão de crédito/débito mais democrático do país, o Banricompras – tem em tudo que é lugar.
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E querem saber de uma coisa? É muito legal que Zamin assuma presidência da Associação dos Bancos no RS e do Sindicato dos Bancos nos Estados do RS e SC.
No popular, barba, cabelo e bigode!!

Segunda, 18 de julho de 2011 – parte 5

Duas opiniões

Vestígios de uma manhã qualquer
Glauco Fonseca

Acordei na sexta-feira passada ouvindo no rádio jornalistas indignados com atos de vandalismo praticados contra algumas lixeiras novinhas espalhadas pela prefeitura de Porto Alegre. Ao ouvir o velho e surrado tom “indignado”, típico de jornalistas cansados e sem assunto, lembrei-me de uma passagem singela de minha vida de marqueteiro de telefonia. Num determinado momento, inquieto com o prevalecimento das pessoas contra os inocentes orelhões, logo imaginei uma campanha daquelas bem emocionais, pra ganhar prêmio. No roteiro, um cara que teria seu cachorro beirando a morte, sofria porque o orelhão defronte sua casa estava depredado e o veterinário não podia ser acionado. Depois de tudo, viria a mensagem “Cuide de seu telefone público, você ainda pode precisar dele”. Os gerentes da área de telefonia pública pularam e me pediram pra esquecer o assunto, mostrando números incríveis que provavam que quanto mais se falasse em vandalismo, mais os pobres dos orelhões sofriam. Calei minha boca na hora. Pensei, por fim, “era bom alguém pedir pra os ilustres jornalistas arranjarem outro assunto, senão pode aumentar o vandalismo”.
Troquei de estação e lá estava meu parente distante, o velho e insuperável viamonense (nem tão velho), contando o caso da empresa de lombadas de Vera Cruz e seus alegados enormes prejuízos, atuais e futuros, com a tal operação do DAER. Meu palpite, desde o início, era de que a tal força-tarefa não daria em nada e fiquei a imaginar os esforços editoriais imensos que foram empregados para escancarar a medonhagem. Concluí que se cometem injustiças também com os que chafurdam atrás de…justiça.
Nosso estado anda meio estranho ultimamente. Coisas se misturando, funções se confundindo. Até já escrevi a respeito. Polícia é polícia, juiz é juiz, jornalista é jornalista. Se uma destas parcelas se achar maior do que a outra, se empresas de comunicação se considerarem instituições republicanas (só que privadas), vamos repetir as injustiças, regulamentar a impunidade e ter de criar o “Bolsa Mico” com cartão magnético e tudo. Ainda sobre o DAER, meu pitaco é deixar assim mesmo. Vamos agora deixar o seu Eliseu ganhar algumas licitações aqui e ali, coitado, para ele parar de se  queixar da vida. Com isto, a CPI desaparece e voltamos ao secular lema “melhor que DAER, só mesmo recebaer”.
Procurei em tudo quanto é jornal e nada sobre a Operação Cartola. Só o último e excelso guardião Políbio Braga investiga e repercute – com maestria. De resto, sumiu como que por encanto. Foram buscar lã e saíram tosquiados, será? Se o próprio Cartola soubesse que seu nome seria usado para a coisa, certamente pularia no cangote do autor da tal “operação”. De novo, resultado mesmo só o nome de oito prefeitos na mais pura e fétida merda. Reeleição? Para eles, reeleição só se Cucuia virar nome de município. Se a ideia era passar pavor para a prefeitada, a tal “operação” foi um formidável sucesso. O resumo da bufa, no entanto, como diria um amigo de nome Wladimir Lenine Lattuada, ate o momento é “muito mais ovo do que aplauso”.
Minha manhã terminou com a informação de que, no seu aguardadíssimo depoimento, Paulo Feijó teria negado veementemente, diante da juíza, tudo que Luciana Genro dissera em entrevista coletiva no passado recente. Em resumo, ele disse que nada era verdade, que a filha do governador havia mentido. Desliguei o rádio. Fico constrangido com mentira. Não deve ser nada fácil pra esse pessoal lidar com essas coisas em casa.

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De futebol
Leila Weber

Não entendo nada de futebol, mas os últimos resultados desse esporte – que deixou de ser só esporte pra virar mercado afrodescendente… mas isso é assunto pr’outro dia. Pois os últimos resultados dão margem a algumas conclusões.
Por exemplo: os paraguaios finalmente se vingaram do conceito sobre falsificação que a gente tem sobre eles. No domingo, os falsificadores estavam do outro lado. De camisas bem amarelinhas.
Por falar em cor, acho que é injustiça dizerem que Falcão amarelou. Ele ficou é vermelho de vergonha da goleada. Mas Falcão não precisa ficar chateado, que isso é coisa de São Pedro: cansado de ser xingado como patrono do nosso Estado, além de nos castigar com frio-e-chuva, combinou com São Paulo de dar uma lição à gauchada.
E não é só o Dunga que deve estar dando risada, mas também o Renato. Se bem que…