Ferro e Mais Ferro – 12 de julho

 Pior que a impunidade

Por Glauco Fonseca

O incômodo é permanente, quase atávico. Manchetes de jornais se sucedem com casos de corrupção cada vez mais incríveis. Já passamos do tempo da indignação. Isto é ainda pior do que a impunidade. Já não sentimos mais. Perdemos o tato, a sensação confortável de justiça. Horrível. Acontece comigo, acontece com você, com todos nós. Muito pior do que ver alguém roubar dinheiro que deveria ir para vítimas de enchentes, por exemplo, é ler matérias sobre desvios, conhecer a crueza dos fatos envolvendo propinas e comissões e não sentir mais absolutamente nada. Passou o tempo do grito. Só resta a ignorância que nos sustenta sem que choremos de ódio sem parar. Ignorar no Brasil é melhor do que saber, ensinou Lula. Estamos quase aprendendo.
O Brasil criou um “locus” para testar e implantar esta amarga vivência em todos nós. Chama-se Congresso Nacional. Lá, toda sorte de delito acontece sem que haja lei, juízes, polícias, tribunais. Nada mais detém o produto nacional estúpido que é a corrupção impune e autoimune, aperfeiçoada no grande laboratório que é Brasília e disseminada como herpes por todo o país. Isto é pior do que a corrupção em si e ainda pior do que a impunidade.
A evolução da falta completa de limites é algo assombroso. Agora, não haverá sequer licitações públicas para as obras da Copa do Mundo. O roubo será descarado, desavergonhado e – pasmem – legal. Nada acontecerá nem com os criminosos, nem conosco, com nossa alma. Nossa alma já é corrompida, ora ignorante, ora omissa, cativa, muda. Sem licitação, o Brasil já perdeu a Copa do Mundo.
Mas ainda há algo pior do que a impunidade e a falta de limites. É o desarranjo entre pesos e suas medidas. Uma fraude de 300 milhões na Petrobrás terá um tipo de julgamento muito diferente de um crime semelhante, como o assalto ao Banco Central de Fortaleza, por exemplo, (considerado o maior roubo do Brasil, de “apenas” 160 milhões). Todos deveriam ser presos. Alguns, no máximo, serão “desligados” de suas funções e poderão ir para casa contar dinheiro roubado. Uma estrada a 16 milhões de reais o quilômetro não nos emula a indignação, uma ponte de 2 quilômetros mais cara do que uma chinesa de 36 não nos excita a vergonha na cara e não nos faz emitir nem um som.  Isto é ainda pior do que a impunidade.
Mas pior mesmo do que a impunidade é vê-la patrocinada pela lei. Daqui a poucas horas, mesmo que sejam condenados, pelo menos 36 mensaleiros serão “perdoados” pela lei brasileira. Nenhum tostão será devolvido e todos estarão livres, sem terem perdido um prego de suas casas, um parafuso de seus carros, uma página sequer de seus passaportes.
Pior do que a impunidade é a morte por tristeza de milhões de jovens corações.

Terça, 12 de julho de 2011

Acertou?

Sei que não era nada fácil, porque não dei dicas.
Teve muito chute. O maior número de chutes foi para o Claudinho Pereira. Depois Clóvis Dias Costa, Cascalho Contursi, Fernando Vieira, Arlindo Sassi.
Bem, pela primeira vez surgiu um impasse!
Quatro leitores acertaram o discotecário. Só que os dois primeiros erraram o primeiro nome.
É isso, reunida a Comissão Decisória do previdi.com.br, ficou definido que Roberto e Alfonso Abraham foram desclassificados. Ficou valendo o voto do Glauco Fonseca (ontem, às 12h51min) e o do Fernando Trindade. É isso!!
Pois é, o cara aí de cima é formado em Relações Públicas pela UCS, empresário de sucesso e um baita de um boa-praça. Trata-se dele mesmo

JULIUS RIGOTTO

Uma foto atual do galã:

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Quem é aí embaixo?
Envie seu palpite para previdi@previdi.com.br.
(Não envia pelos “comentários”, porque aí todo mundo vê!!!) 

(clica em cima das fotos que elas ampliam)

O cara escreve:
“em cima do Edifício Ouvidor, Guaíbão ao fundo”.
Essa se eu não der dicas, periga nem ele acertar.
O cara é jornalista, formado em Porto Alegre, mas mora há muitos anos em Florianópolis.
Teve uma expressiva participação na imprensa local, especialmente pela Zero Hora.
 Há alguns anos, é editor.
Chega!!
O primeiro que acertar leva dois livros do Prévidi!!

Bom Dia! Terça, 12 de julho de 2011

 Não assisto mais o Gordinho!!
Continuo com a mesma opinião sobre o apresentador Alexandre Mota, da TV Record: é a grande novidade do século na TV gaúcha. Em atividade. Ele sabe falar com o público que atinge. Só insiste com aquela bobagem de usar terno e gravata, mas tudo bem. É o melhor.
Mas, de uns tempos pra cá não consigo suportar o Balanço Geral, justamente no horário que estou almoçando. Gostava de conferir o programa porque dava risada das bobagens. Por exemplo, ele chorando quando a polícia mata um bandido é 10!
Aí começaram a colocar no ar matérias sem dizer a cidade. O trouxa do telespectador ficava espantado com um crime brutal e no final da “reportagem” ficava sabendo que a história aconteceu no interior do Piauí. Depois corrigiram isso, e a corretíssima Kellen Caldas fala logo o país ou a cidade da matéria.
Mas, cá entre nós, é uma encheção de linguiça danada!!!
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O que me aborrece no Balanço Geral?

 Sério, aquela enganação terrível que é vender patifaria para os pobres. Ah, a cada vez que vejo o Gordinho falando dos milagres que aquelas porcarias fazem, o meu almoço fica louco para sair por onde entrou. Não consigo assistir aquela enganação.
Ainda mais quando vejo o Mota, um cara inteligente e bem informado, dizendo que toma aquelas porcarias. E os pobres acreditam nele porque ele é um ídolo!!
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Para vocês terem uma ideia, aquelas patifarias que ele oferece custam uma fortuna!! Tanto é que vendem em várias vezes no cartão, sem entrada, com brindes, e o escambau. Se uma porcaria dessas prestasse não iriam dar brindes!! E o Gordinho fica lá:
– Ligue agora, o desconto é de 30 reais!!!
Só que o golpe é tão certinho que ele diz que dá um desonto, só não diz quanto custa.
Tem outra mutreta:
Eles dizem assim: nos próximos 10 minutos, se você ligar para o número tal vai ter um grande desconto e um brinde especial. Só que já me disseram que nos tais 10 minutos ninguém atende a ligação!!! Hahahaha!! Malandros, não?
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Há umas semanas liguei para um número desses. A atendente te trata como um idiota que consegue falar. Eu insistia que só queria saber o preço da tal patifaria. E ela só fazendo perguntas e, a melhor, queria saber qual o cartão de crédito que tinha.Mas eu quero saber o preço!!!, gritei. E ela me deu mais explicações – o senhor compra 3 tubos, ganha mais um produto milagroso e uma bolsinha. Paga apenas 240 reais em quatro vezes!! Toda animadinha a representante da picaretagem.
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Ontem mesmo coloquei na Record, antes das 14 horas. Consegui suportar 20 segundos. O Alexandre Mota começou a vender um milagre e fui embora!!!
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Tudo bem, sou a favor de qualquer propaganda, até da Tia Carmen no intervalo do Chávez.
Mas, por favor, o departamento comercial poderia livrar a cara do Gordinho, um ídolo do Rio Grande!!. Ele não precisava ficar se expondo desse jeito. Um negócio ridículo!!!
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Quanto ao título desse Bom Dia!?
Bah, ele vai ficar 3 dias sem dormir porque não assisto mais o programa!!!

Segunda, 11 de julho de 2011 – parte 4

Vai ficar?
Com a posse da nova direção do Tribunal de Contas do RS, o aspirante a uma vaga de conselheiro, Marcos Rolinho, vai continuar no cargo de assessor de imprensa do TCE?
Vão continuar pagando um funcionário que diz, em carta, que os conselheiros poderiam fazer mais?
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Tudo é motivo para um boato
O poderoso Túlio Millman não assina hoje o Informe Especial da Zero Hora (página 3). O responsável de hoje é a “Editoria Geral”.
O mais estranho é que hoje ele entrou com um comentário gravado no Gaúcha Hoje. E se despediu dando um “até amanhã”.
Tentei falar com o TM, mas o celular estava fora da área.
Será que é férias, de novo?
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Machado Filho – www.machadofilho.com
A Malú Benitez, além de ter uma das vozes mais bonitas do rádio do RS, canta como poucas e é uma das grandes parceiras deste universo radiofonico não tão parceiro assim. Na minha idade, Malú, “aranha” , que aprendi a gostar em São Gabriel, nos tempos de guri, agora só raramente.
Prá quem não conhece, aranha é aquele carro de duas rodas puxado por um cavalo. Quem conhece, sabe do que estamos falando.

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Boa Tarde RS
O Boa Tarde RS começou hoje uma série especial de debates sobre segurança. Em cinco programas, o cidadão vai saber tudo sobre como se proteger da violência nas ruas, na escola, na internet e em outros ambientes onde possa ser vítima de alguma violência. O programa tem apresentação de Fernanda Farias e João Garcia, participação de Carmen Flores, com edição de Cristiane Weber e coordenação de Fernando Guimarães.
De segunda a sexta, 13h10min, na Band TV.
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Imagina a tristeza dos parentes que vivem no RS
Recebo do MAS:
http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/?Noticia=314720
11/07/2011 08:58 – Atualizado em 11/07/2011 09:05
Acidente de trânsito mata crianças em Bangladesh
Caminhão transportava 50 estudantes que retornavam de uma partida de futebol

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Piadinhas do Dia?

No http://piadinhas-do-dia.blogspot.com/.
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Revista VOTO n° 79 chega nas bancas
Reportagem de capa
Brasil. O País da impunidade, do poder e da liberdade
Identidade Sul
Os destaques e as curiosidades da política nos três estados da região Sul: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Entrevista
Presidente da IBM Brasil, Ricardo Pelegrini, fala da importância do uso das tecnologias e inovações.
Economia
Reforma Tributária: quem perde e quem ganha
VOTO Entrevista
Armínio Fraga: O Brasil está com pressa, mas precisa ter consciência de que não existe atalho.
Mobilidade Urbana
A dificuldade cada vez maior de se locomover torna-se um dos grandes entraves do desenvolvimento das cidades brasileiras
Tendências
Exportação do modelo “Lulinha, paz e amor”. Transformação feita pelo marketing na imagem do ex-presidente Lula é seguida por políticos fora do país.
Brasil
Até quando vamos apenas falar em sustentabilidade?
Mulheres de Poder
Rute Stédile: A sensibilidade para transformar o desejo em realidade.
Destinos
Mesmo no inverno, Paraty é encantadora

Ferro e Mais Ferro – 11 de julho

CANINOFOBIA!!

Recebo do jornalista Clóvis Heberle:
Motivado pela polêmica criada no teu blog, semana passada quase fui a Gramado. Só que eu tenho um cachorrinho, e teria que levá-lo junto. Liguei para vários hotéis e pousadas, e o único que aceitou hospedá-lo queria cobrar R$ 50,00 a mais na já carésima diária.
 Na melhor hospedagem de bichos da cidade a dona disse que, apesar da temperatura de zero grau, desligava a estufa à noite.
Desisti. E hoje escrevi um “manifesto” contra o preconceito dos hoteleiros contra os totós. Tá no meu blog – http://clovisheberle.blogspot.com/. Gostaria que lesses, e se quiseres publica, para ver a repercussão.
Um abraço, boa semana

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Totó também é gente…
No excelente filme “Meia Noite em Paris” há uma cena de um cãozinho à mesa de um restaurante, participando do jantar. Na capital francesa não é incomum os mascotes acompanharem seus donos nas refeições, um hábito, no mínimo, anti-higiênico.
Exageros à parte, nos últimos anos o aumento vertiginoso da população de animais de estimação tem forçado uma mudança de hábitos, especialmente nas cidades grandes e médias. O mercado voltado para os bichinhos cresce cada vez mais, e não falta trabalho para veterinários e proprietários de pet shops.
Nas famílias, os cachorros adotados ou comprados se tornam membros da família – têm pais, irmãos, priminhos, tios e padrinhos. São vacinados, comem rações específicas para a raça, o peso e a idade, tomam banho pelo menos a cada dez dias. O telefone do veterinário está sempre à mão, colado na geladeira. Quando um deles adoece todos sofrem, e a morte do Snoopy ou da Laila é motivo de dor e choro, especialmente das crianças.
Mas há um problema de difícil – ou impossível – solução: o que fazer com o totó quando a família vai viajar, nem que seja por um fim de semana?
Os lugares de hospedagem para animais de estimação quase sempre são improvisados – jaulinhas em peças sem ventilação ou climatização. Levá-los junto é mais complicado ainda. São raros, raríssimos, os hotéis e pousadas que aceitam cães. Não adianta argumentar que são dóceis e de pequeno porte.
A explicação dos recepcionistas é sempre a mesma: eles podem perturbar o sossego dos demais hóspedes, principalmente pelos latidos. Bobagem, pois os seus responsáveis são os mais interessados em mantê-los tranquilos. E há florais e tranquilizantes específicos para animais.
Os gerentes de estabelecimentos receptivos aos pets só têm depoimentos positivos: raramente ocorre alguma queixa, e a política de boa vontade acaba atraindo novos clientes.
Proibir cachorrinhos em hotéis é apenas preconceito. Mais um que deve acabar, o quanto antes.